Qualidade. Qualidade do processo de desenvolvimento de software O produto gerado é ruim porque o processo é ruim. E o processo é ruim porque é mal definido,

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Qualidade

Qualidade do processo de desenvolvimento de software O produto gerado é ruim porque o processo é ruim. E o processo é ruim porque é mal definido, mal implantado e mal gerenciado. Essa situação ocorre porque faltam ferramentas e o conhecimento adequado do que é um processo de software e sua importância para a qualidade do produto gerado.

Voltando à definição de processo temos:  Segundo Manganelli e Klein[1], citados por Cruz (2004, p.29), processo é “uma série de atividades interrelacionadas que convertem negócios de entrada em negócios de saída.”.[1]  Segundo Hronec[2], citado em Cruz (2004, p.29), processo é “uma série de atividades que consomem recursos e produzem um bem ou serviço”.[2]

 A partir dessas duas definições, percebe-se que o processo é, então, um conjunto de atividades que devem ser seguidas e que produzem um bem ou serviço. É importante, no entanto, estabelecer que o processo deve seguir o ciclo de vida do software (FERNANDES; TEIXEIRA, 2004).

Um processo de desenvolvimento de software, por sua vez, pode ser visto como o conjunto de atividades, métodos, práticas e transformações desempenhadas desde a concepção até a liberação do produto (FALBO, 1996; SILVA et al., 1999), além de ter que considerar, também, a manutenção do software e seus produtos associados (OLIVEIRA; ROCHA; TRAVASSOS, 1999). O processo de desenvolvimento de software define, portanto, a abordagem que é adotada, quando um software é elaborado (PRESSMAN, 2002).

As atividades podem ser entendidas como um “conjunto de procedimentos que deve ser executado a fim de produzir um determinado resultado.” (CRUZ, 2004, p.38).

Um processo eficaz deve considerar as relações entre tarefas, ferramentas e métodos requeridos e a habilidade, treinamento e motivação do pessoal envolvido (FALBO, 1996). Estimativas de custos e prazos devem ser feitas com razoável consistência e a qualidade dos produtos resultantes deve satisfazer às necessidades dos usuários. O ciclo de vida permite estruturar as macro-atividades do processo.

O processo será formado, de acordo com a estrutura do ciclo de vida, por uma série de fases que descreverão as atividades, quando serão executadas, quem é o responsável por cada uma e os produtos de entrada e saída de cada uma das atividades estabelecidas. O processo de desenvolvimento de software é a definição de atividades, a ordem de sua execução e os produtos que devem ser recebidos e gerados por cada uma das atividades definidas.

Além disso, é necessário definir medidas para que o processo possa ser avaliado, de forma a possibilitar a melhoria contínua. As medidas são características qualitativas e quantitativas de atividades do processo de desenvolvimento (WEBER; HAUCK; WANGENHEIM, 2005). Sua importância está, principalmente, no acompanhamento que pode ser realizado a partir desse processo, possibilitando que a qualidade do software seja garantida e, para isso, é necessário possuir um processo maduro e efetivo dentro da organização.

Uma empresa é dita madura quando possui um processo que é seguido e sempre melhorado. Existem diversos níveis de maturidade, conforme o modelo de qualidade escolhido.

Um processo maduro possui diversas características que o diferem de um processo imaturo. O quadro 1 apresenta as características de cada um desses tipos de processos.

MedidaProcesso ImaturoProcesso Maduro Papéis e responsabilidadesNão são definidos. Cada pessoa assume seu papel, o que traz problemas à definição de responsabilidades e conflitos. Bem definidos, com metas e medições. Relacionamentos e responsabilidades são claramente definidos. Tratamento de mudançasPessoas diferentes trabalham de forma diferente e inventam sua própria forma de trabalhar. Pessoas seguem um processo planejado, compartilham e aprendem com a experiência e seguem um processo de forma consistente. Reação e problemasO caos reina, apagar incêndios é normal e todos reclamam para si atos de heroísmo. Problemas são analisados e tratados com base em conhecimento do processo; profissionalismo é a regra. ConfiabilidadeEstimativas não realistas; geralmente, o prazo de entrega e o orçamento são ultrapassados. Estimativas são exatas e o escopo do projeto é controlado e gerenciado; metas são atingidas de forma consistente. Recompensas às equipesRecompensas vão para os que apagam o incêndio; se você faz certo da primeira vez, você é invisível, e esse é seu trabalho; faça errado e conserte mais tarde, e você será o herói. Recompensas vão para as equipes que produzem produtos de alta qualidade, que satisfazem aos requisitos com quase nenhuma falha; prevenção de incêndios é recompensada, ao contrário de apagar incêndios. PrevisibilidadeVocê nunca sabe ao certo como está indo o desenvolvimento ou o que pode dar errado; a qualidade é variável e depende de pessoas; cronogramas e orçamentos não são baseados na experiência passada. O progresso do projeto é previsível, assim como a qualidade dos produtos; cronogramas e orçamentos são baseados no desempenho passado e não realistas. Processo Imaturo X Maduro

Fatores Executados por Empresas Maduras Existem, segundo Koscianski e Soares (2006), alguns fatores que são executados por empresas ditas maduras:  Interação com o cliente – a alteração de escopo e de requisitos do sistema deve ser considerada como algo normal no desenvolvimento do projeto. Tanto o cliente, quanto os desenvolvedores devem estar cientes de que as alterações podem ocorrer e que as duas partes devem ceder em alguns momentos, ou seja, os desenvolvedores devem aceitar as mudanças e efetuá-las e os clientes devem estar cientes de que estas mudanças podem ocasionar alterações de prazo e custos nos projetos;

 Gerenciamento de projetos – as organizações maduras procuram utilizar o gerenciamento de projetos, fazendo uso da especificação e controle dos riscos do projeto, utilizando base histórica para definição de cronogramas e custos, realizando medidas e atualizando as métricas do processo e do projeto para garantir a qualidade do produto;  Métricas – as métricas devem ser coletadas durante o desenvolvimento dos projetos da organização. Devem ser consideradas tanto métricas individuais quanto métricas da equipe de desenvolvimento. As métricas coletadas devem sempre representar a realidade das organizações, ou seja, o desenvolvedor deve sempre coletar as métricas corretamente, mesmo que elas mostrem que houve atraso no desenvolvimento, mas isso só é conseguido em empresas que realizam feedback constante da equipe, apresentando o motivo e o resultado das coletas realizadas, sem, no entanto, punir por eventuais atrasos de cronograma;

 Treinamento e coaching (aulas de esforço) – as empresas maduras costumam realizar treinamentos tanto para novos funcionários quanto para os funcionários mais antigos, valorizando a mão-de-obra disponível. O treinamento para novos funcionários pode ser realizado tanto para reciclagem quanto para apresentação de novas ferramentas. Além disso, pode ser necessária a utilização de coaching, ou seja, funcionários mais experientes auxiliam e acompanham novos funcionários;  Revisões por pares – as partes realizadas por um funcionário são verificadas por outro funcionário. Isso facilita a eliminação de erros, mas deve ser empregado corretamente, para evitar conflitos e deve-se deixar claro que se pretende uma melhor qualidade dos produtos e não o julgamento da pessoa que executou os trabalhos.

O quadro 2 apresenta as características que um processo deve possuir para ser considerado efetivo dentro da organização, segundo Fernandes e Teixeira (2004, p.74):

Características-chave do ProcessoCondições para um Processo Efetivo SeguidoUm processo é efetivo somente se for seguido consistentemente. EnfatizadoUm processo é seguido somente se for enfatizado consistentemente. MonitoradoUm processo é enfatizado somente se for consistentemente monitorado e medido. TreinadoUm processo é consistentemente desempenhado somente se aqueles que o operam receberem treinamento apropriado e aplicarem os conhecimentos adquiridos. MedidoUm processo somente pode ser aperfeiçoado se for medido e se as medições fornecerem feedback para sua melhoria sistemática. Propriedade de um processoUm processo será mantido somente se tiver dono. Apoiado visivelmente pela gerênciaUm processo estará alinhado aos objetivos de negócio somente se obtiver apoio visível da alta administração. Incentivos às equipes estão alinhados com as metas do processoAs atividades dos membros das equipes somente estarão alinhadas às metas do processo se a medição de sua produtividade e os incentivos forem orientados pelo desempenho do processo. Novos membros são treinadosO processo não se degradará pela entrada de novas pessoas na organização somente se elas forem treinadas acerca do processo. Feedback das equipesO processo aumentará sua eficiência se os membros das equipes fornecerem feedback sobre o que ajuda ou atrapalha no processo. Apoio da tecnologiaA infra-estrutura tecnológica e as ferramentas são selecionadas para apoiar as atividades, a monitoração e o feedback acerca do processo.

Segundo Duarte e Falbo (2000), a qualidade de um software são as características que devem ser atingidas por esse software. Essas características podem ser medidas e devem atingir um determinado grau de modo que é possível considerar que o produto satisfaz as necessidades dos clientes (DUARTE; FALBO, 2000). Segundo Koscianski e Soares (2006), a qualidade possui parâmetros que devem ser seguidos, mas é necessário também definir níveis que esses parâmetros precisam atingir, ou seja, graus que serão determinados. Ainda segundo Koscianski e Soares (2006), existem diferentes graus que podem determinar a qualidade do produto; além disso, erros podem ocorrer quando a coleta de informações for realizada e os usuários têm visões diferentes sobre o que é considerado qualidade para os produtos desenvolvidos.