Modalidades Didáticas

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Transcrição da apresentação:

Modalidades Didáticas Gilberto José Miranda

Agenda Agenda Didática: evolução histórica Didática: conceitos Didática: dimensões Humana Sócio-política Técnica Outras dimensões Didática no ensino superior Didática nos programa de Pós-Graduação em Contabilidade

Reflexão inicial... Para ensinar Contabilidade a João é necessário saber Contabilidade e conhecer a João. Adaptado de LIBÂNEO

Didática: evolução histórica 1600 a.C. Cristo Sec. XVII Sec. XVIII Sec. XIX Sec. XX Rousseau -Emílio -Contrato Sócrates -Pedagogia do Exemplo -Educação para o combate Comênio -Didática Magna Herbert -Educação pela instrução Vera Candau Dimensões: Técnica, Humana e Político-Social Conceitos...

Didática: evolução histórica Grécia Antiga: Objetivo: preparação de jovens aristocratas para os jogos e competições (educação para o combate) Atividades: Jogos, competição, música, oratória, religião; Habilidades desenvolvidas: astúcia, inteligência e a força. Pedagogia do exemplo: foi pensada e vivida antes de ser sistematizada. Era difusa. volta

Didática: evolução histórica Século XVII: João Amós Comênio – A Didática Magna - a didática como um campo específico e autônomo Objetivo: fortes ideais filosóficos e político-religiosos. Levar educação a toda população, para que pudessem ter acesso às sagradas escrituras Máxima: ensinar tudo a todos (MASETTO, 1997) Conteúdo: ensino de conhecimentos, atitudes e valores; Fundamento: a natureza, do simples para o complexo respeitando aos estágios de desenvolvimento da aprendizagem (COMÊNIO, 1985). volta

Didática: evolução histórica Século XVIII: (Revolução Industrial/ Iluminismo) Jean Jacques Rousseau – promove segunda grande revolução na didática política e pedagogia encontravam-se estreitamente ligadas Elaborou uma nova imagem da infância: bom e animado pela piedade, sociável, mas também autônomo, como articulada em etapas sucessivas (da primeira infância a adolescência) bastante diversas entre si por capacidades cognitivas e comportamentos morais; volta

Didática: evolução histórica Século XIX: João Frederico Herbart – erige as bases da pedagogia científica Desenvolve os passos formais da aprendizagem, dos quais decorrem os do ensino: clareza na exposição, associação, sistema e método Educação pela instrução: O método de ensino será considerado o mais importante, em detrimento ao sujeito que aprende. volta

Didática: evolução histórica Século XX: Ocorrem profundas mudanças nas escolas, elas abrem-se às massas e nutrem-se de ideologias; A pedagogia mundial desenvolve experiências educativas, inspiradas em princípios formativos distintos dos até então vigentes na escola tradicional; Descobertas da psicologia: diversidade da psique infantil em relação à adulta Democratização da educação. Dimensões: humana, sócia-política e técnica (CANDAU, 1995) volta

Evolução Histórica Conceitos: Didática é... reflexão sistemática e busca de alternativas para problemas da prática pedagógica (MASETTO, 1997). é uma ciência cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas à metodologia e das estratégias de aprendizagem. (FRANCO, Maria Amélia Santoro) É a teoria e prática do ensino, é o estudo dos processos de ensino e aprendizagem referentes a um conteúdo específico. A didática estuda as condições e os modos do ato de ensinar que favorecem e tornam eficaz o ato de aprender, dentro de determinados contextos situacionais, políticos, culturais etc. (LIBÂNEO, 2002, p. 10)

Didática: dimensões Didática: dimensões Técnica Didática Humana Sócio-política

Dimensão Humana Compreensão dos valores éticos, das crenças religiosas, da afetividade, da emocionalidade, da racionalidade; O homem é tido como um ser “inacabado”; O aluno é tido como um ser social integrado, com períodos de desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor. Rigorosidade + Afetividade (Paulo Freire) Feed-back, respeito ao saber do educando, diálogo, etc... volta

Dimensão Sócio-Política Considera o contexto em que alunos e professores estão inseridos; a ação pedagógica tem um papel político Todo ato educativo é um ato político (Paulo Freire) Internacionalização das normas contábeis Problemas sócio-ambientais da atualidade e seus impactos nos empreendimentos contemporâneos

Dimensão Sócio-Política Refletir sobre a citação abaixo no contexto da Contabilidade atual.... “... As transformações que estão ocorrendo na produção, no trabalho, na comunicação e na informação, forçam uma revisão do papel da escola. A inserção no trabalho e o exercício da cidadania participativa requer sujeitos autônomos, criativos, capazes de pensar com sua própria cabeça. Destaca-se, portanto, o investimento na formação de sujeitos pensantes (formação do pensar, de atitudes, de valores, de habilidades) implicando estratégias interdisciplinares de ensino para desenvolver competências do pensar e do pensar sobre o pensar” (LIBÂNEO, 2002, p. 37). volta

Dimensão Técnica Refere-se ao domínio extensivo do conteúdo a ser desenvolvido e as formas eficazes de desenvolvê-lo; Preparação de uma aula, planejamento, provas, exercícios, etc... (MASETTO, 1997) As técnicas de ensino podem ter foco: No professor No aluno Na interação

Técnica: aula expositiva GIL, 2006 Provavelmente o método mais antigo, o mais utilizado e também o mais controverso (GIL, 2006, p.133); Fatores que explicam seu amplo uso: Economia: aplicável a classes amplas (auditórios); Flexibilidade: de públicos e de recursos; Versatilidade: se aplicam a quase todas as áreas do conhecimento; Rapidez; Ênfase no conteúdo Permite apresentá-lo de forma organizada; Permite o controle por parte do professor.

Técnica: aula expositiva Por outro lado... Não favorece a recepção de feedback; Estimula a passividade dos estudantes; Seu sucesso depende da habilidade do expositor; Não considera diferenças individuais; Não favorece o alcance de objetivos cognitivos; É pouco eficaz no ensino de habilidades motoras.

Técnica: aula expositiva Modelos: Clássico: exposição centrada no professor - monólogo (educação bancária – Paulo Freire); Concepção pedagógica crítica: a técnica extrapola o caráter instrumental, assume um caráter transformador, por intermédio da troca de experiências entre professor e alunos numa relação dialógica.

Técnica: aula expositiva Aula expositiva exige planejamento criterioso da aula, determinando... seu objetivo; esquema do assunto; cálculo do tempo; uso de linguagem clara e precisa; utilização de recursos didáticos que mantenham o interesse do aluno; ao final da aula uma síntese do assunto estudado.

Técnica: aula expositiva dialogada O ensino dialógico se contrapõe ao ensino autoritário. Ponto de partida Experiência dos alunos relacionada ao tema de estudo; Fundamento: somente partindo-se do concreto é possível chegar a uma compreensão rigorosa da realidade (Freire e Shor, 1986). Estimular os alunos a questionar, levantar problemas, hipóteses. Pergunta: indagação (estimular a curiosidade dos alunos).

Técnica: seminários VEIGA, 2003a Os seminários também são bastante utilizados em sala de aula, mas nem sempre corretamente... “... é o grupo de estudos em que se discute e se debate um ou mais temas apresentados por um ou vários alunos, sob a direção do professor” (VEIGA, 2003, p. 107) Cuidados: o seminário não deve ser a substituição da aula dada pelo professor pela aula dada pelo aluno

Técnica: seminários Etapas: Envolve encargos do professor e alunos: Explicitar os objetivos claramente; Sugerir temas adequados justificando sua importância; Ajudar os alunos a selecionar subtemas; Orientar e recomendar bibliografias; Fornecer orientações sobre categorias de análises, formular questões para serem discutidas, etc; Preparar calendário com tempo adequado a cada etapa; Preparar o arranjo físico da sala de aula para o diálogo.

Técnica: seminários Etapas: Envolve encargos do professor e alunos: Escolher o tema ou subtema; Obter informações por intermédio de pesquisas de forma a participarem ativamente do seminário; Ler bibliografia sugerida e estudar o tema; Escolher os relatores e comentaristas; Providenciar os materiais e recursos de ensino necessários à realização do seminário.

Técnica: seminários Etapas: Apresentação do tema e discussão Professor: dirigir o seminário, estimulando a reflexão, questionando afirmações, sinterizando idéias principais, estabelecendo relações entre conteúdos, consolidar as conclusões finais Alunos (todos): apresentação do trabalho escrito, exposição do tema com objetividade, formulação de questões críticas, solicitar esclarecimentos sobre dúvidas, argumentos, confrontos, conclusões, etc...

Técnica: seminários Etapas: FOCO ? Apreciação final: tanto por parte dos alunos responsáveis pelo seminário, os demais estudantes e o professor. É aconselhável que o trabalho escrito seja revisto a partir das discussões ocorridas ao longo do seminário. As principais limitações estão relacionadas à execução incorreta do seminário por parte de alunos e professores.

Técnica: discussões CASTANHO, 2003 Dado um ponto de vista (uma teoria, resultado de investigação, etc), deve-se submetê-lo a um esmiuçamento tal que sejam analisadas todas as implicações ali contidas; Podem ser usadas durante ou após uma aula expositiva, um filme, uma sessão de slides, como preparação para um projeto; Enriquece o trabalho intelectual porque permite que vários pontos de vista sejam agregados a um assunto específico; Em resumo, é a análise de um ponto de vista.

Técnica: discussões Execução: Uma bibliografia mínima deve ser bem planejada e lida por todos; Devem ser designados por consenso quem serão os grupos de opiniões, que irão expor seus argumentos e receberão, em seguida, refutações e interpelações; O professor ou um aluno será o moderador do debate; Um relator poderá ir anotando na lousa ou em painéis as posições do grupo e as decisões de consenso; Dispor as cadeiras de modo que todos se vejam;

Técnica: discussões Comportamento dos participantes... Não competir, mas cooperar. Não replicar, mas analisar a contribuição; Se não souber o assunto, participar opinando, indagando, sintetizando; Não derrotar o companheiro, ajudá-lo a expor seu pensamento vencendo a timidez; Não dominar nem deixar-se dominar; Ser objetivo; Aprender a elogiar.

Técnica: discussões As discussões podem ser aplicadas dividindo-se a classe em grupos da seguinte forma: Pequenos grupos com uma só tarefa; Pequenos grupos com tarefas diversas; Grupos de integração horizontal-vertical; Grupo de verbalização e grupo de observação (GV-GO); Grupos de oposição. No final, um comentário crítico do professor apresentando um balanço. FOCO ?

Técnica: aulas práticas (laboratórios) VEIGA, 2003b Pressupostos teóricos: Professor e aluno como seres humanos, individuais e sociais ao mesmo tempo, assumem o papel de sujeitos do processo de ensino-aprendizagem; Relação teoria e prática: Teoria sem ser mera contemplação, mas como guia da ação. Prática sem ser mera aplicação da teoria, mas prática vista como a própria ação guiada e mediada pela teoria. É necessária uma experiência vivida. Dimensão técnica e dimensão política do processo educativo: trata-se de dirigir intencionalmente a relação entre o técnico e o político, da atividade escolar ou acadêmica , em virtude dos objetivos enunciados.

Técnica: aulas práticas (laboratórios) Etapas: Preparação: Definição de objetivos; Organização do conteúdo e respectivos passos do processo a ser demonstrado; Previsão das atividades dos alunos, sua disposição participação e agrupamentos; Disposição de materiais (anteriormente selecionados) e verificação de equipamentos; Compete aos alunos estudarem os temas antecipadamente ou assistir a uma aula expositiva em que o professor explica como se dará o processo.

Técnica: aulas práticas (laboratórios) Etapas: A demonstração propriamente dita: O professor deve explicitar os objetivos da demonstração; Apresentar o roteiro da demonstração (para que os alunos tenham visão do todo); Explicar os mecanismos básicos da demonstração; Apresentar informações tecnológicas pertinentes; Normas de segurança; Fazer a demonstração explicando as etapas, questionando os alunos, estimulando participação, criticidade, criatividade, relacionando o novo conhecimento com conhecimentos anteriores...

Técnica: aulas práticas (laboratórios) Etapas: A demonstração propriamente dita: Após a demonstração será vez do aluno executar a tarefa, o que não deverá ser uma mera repetição da demonstração... Avaliação: Deve permear todo o processo. Avaliar tanto a técnica, quanto o desempenho dos alunos e professor. Costuma-se elaborar ou pedir relatórios aos alunos sobre os diversos aspectos observados durante o processo. FOCO ?

Técnica: simulações BERNARD e SOUZA FILHO, 2007 Área de negócios: jogos de empresas, jogos de negócios, simulações empresariais, etc. Possibilidade de integração das disciplinas curriculares, proporcionando uma visão sistêmica não apenas do curso, mas, sobretudo, do funcionamento de uma empresa; Como disciplina, tem sido colocada no final da matriz curricular, devido ao seu caráter integrador;

Técnica: simulações BERNARD e SOUZA FILHO, 2007 O professor poderá criar incidentes a cada período, principalmente na segunda rodada de decisões, para simular da forma mais realista possível o cenário empresarial. Avaliações: poderão ser realizadas em etapas. Pode-se exigir planilhas de custos, planejamentos estratégicos, análise de desempenho, etc... Pode-se trocar os alunos durante as rodadas para dar maior realismo ao jogo. O principal congresso na área de simulação gerencial é realizado pela Association for Business Simulation and Experiential Learning (ABSEL). Site: www.asbel.org

Técnica: simulações Etapas: FOCO ? BERNARD e SOUZA FILHO, 2007 Etapas: Apresentação da disciplina e do “caso”; Divisão dos alunos em equipes que irão gerir a empresa; Realização de uma rodada de “teste” para familiarização dos alunos e o processo de tomada de decisões; Em seguida são realizadas várias rodadas. Após cada rodada, são entregues relatórios para análise das decisões anteriores e novas decisões a serem tomadas (pode ser via web); No encerramento, os alunos devem discutir as estratégias adotadas, os sucessos e fracassos, as experiências vividas com a simulação gerencial, bem como o aprendizado obtido com esta experiência FOCO ?

Técnica: Role-playing games MOREIRA, 2007 Jogos baseados em papéis Finalidades: treinamento e ensino que envolve situações de negociação, decisão, escolhas, simulando cenários em espaço e tempo selecionados; Cada grupo de jogadores cria uma série de personagens ou escolhe personagens que respeitam uma série de regras, com perfis e habilidades adequados ao cenário proposto; O narrador, ou mestre, deve deixar claras as regras do jogo, preparar a história, seu roteiro básico, as possíveis personagens com as quais os demais jogadores vão interagir e alguns dos possíveis eventos que podem fazer parte durante o jogo;

Técnica: Role-playing games É papel do narrador movimentar a história, alterando seus rumos de acordo com as decisões dos jogadores e arbitrando regras e resultados. Etapas: Caracterização do problema; Coleta de informações; Avaliação das informações coletadas; Decidir e testar a validade da decisão. FOCO ?

Técnica: simpósio Inicia-se com a pesquisa sobre o tema definido; Cada expositor prepara uma parte do tema, para depois apresentá-lo; Não pode haver interrupções; Sua finalidade é transmitir informações; O papel do professor é de organizador; Ao final deve fazer a síntese e o fechamento. FOCO ?

Outras técnicas Estudo de caso Ensino baseado em problemas (PBL) Leituras Stotytelling Pesquisas e projetos Técnicas baseadas em mídia eletrônica: e-mails, chats, fóruns, reações a links, vídeos, etc. Demonstrações Excursões Instrução individualizada Estudos dirigidos Outros...

Dimensão Técnica Principais problemas na aplicação das técnicas... Uso inadequado de técnicas; Falta de domínio de recursos tecnológicos por parte dos docentes e alunos; Acesso limitado aos recursos, principalmente por parte de alunos; Resistência por parte de alguns docentes volta

Dimensão Técnica Escolha de métodos e técnicas de pesquisa Objetivos educacionais Estrutura do assunto e tipo Aprendizagem envolvido Experiência didática do professor Escolha de métodos e técnicas de pesquisa Tempo disponível Tipo de aluno Condições físicas Fonte: Claudino Piletti 2006

Dimensão Técnica Tipo de aluno? Possuem conhecimentos prévios relacionados ao conteúdo? Quem são meus alunos? Quais são suas expectativas? Tipo de aluno? Possuem acesso fácil ao material didático? Quais são as dificuldades? Fonte: Maria Amélia S. Franco 2009

Objetivos educacionais Técnicas mais utilizadas Dimensão Técnica Objetivos educacionais Técnicas mais utilizadas Transmitir informações Aula expositiva Instrução programada Conseguir que os alunos expressem suas opiniões Perguntas e respostas Trabalho em grupo Aprender a trabalhar em equipe na solução de problemas Técnica de solução de problemas Técnica de projetos Desenvolver a capacidade analítica Estudo dirigido Desenvolver a capacidade de verbalização Formar conceitos Fichas didáticas Desenvolver a capacidade de compreensão dos textos Fonte: Claudino Piletti 2006

Dimensão: Técnica Pierroti (1990) apud Veiga (2003) menciona que em sua pesquisa junto aos estudantes foi sugerida a diversificação de técnicas a fim de tornar mais interessante o processo de ensino/ aprendizagem. Nesse sentido, acrescentamos, diversificar as técnicas considerando o focos: No docente No discente Na interação entre ambos

Outras dimensões ??? Técnica Pesquisa? Didática Sócio-política Humana Interdisciplina- Ridade ? Pesquisa? Didática Humana Sócio-política Tecnologia ?

Outras dimensões... pesquisa A pesquisa do professor o dota de conhecimentos específicos atuais para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem; Refletir de forma crítica sobre sua prática (pesquisas sobre sua prática - práxis) A pesquisa como instrumento de ensino “Lidar didaticamente com algo é lidar epistemologicamente com algo” (Libâneo) o aluno como parte do processo de produção do conhecimento (Maria Amélia S. Franco, José Carlos Libâneo) volta

Outras dimensões... Interdisciplinaridade A escola, como sabemos, é o lugar onde se torna possível a construção, reconstrução, elaboração, reelaboração do saber sistematizado. Para compreender a realidade sob forma de conhecimento e compreender esta realidade como um todo, é preciso uma atitude interdisciplinar” (LIBÂNEO, 2002, p. 75). - Didática é um tema transversal volta

Outras dimensões... tecnologia Gerações: mudanças na forma de aprendizado das novas gerações Nativos x imigrantes Geração Y volta

Didática no Ensino Superior Docência no Ensino Superior: preocupação recente “a preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado”. LDB 9.394/96 Preparação Stricto x latu sensu Os professores iniciam suas atividades em departamentos para atuar em cursos já aprovados, em que as disciplinas já foram estabelecidas e eles deverão “individual e solitariamente” se prepararem e se responsabilizarem pela docência exercida. (Pimenta e Anastasiou, 2002, p. 37)

Didática no Ensino da Contabilidade O profissional dorme contador e acorda professor! Pesquisas sobre ensino da Contabilidade Nossa (1999), Fávero (1987), Iudícibus e Marión (1986): evidenciaram problemas estruturais; Laffin (2005): focaliza a formação de professores e aponta problemas didático-pedagógicos; Slomski (2008): conclui que a experiência dos pares é que vem estruturando a prática docente em Contabilidade; Cornachione Jr: realiza pesquisas que apresentam resultados positivos sobre o campo para o ensino a distância em Contabilidade no Brasil.

Alguns dados... Apenas 2 programas!!! Crescimento gradual e constante. Concentração nas regiões Sul e Sudeste até 2006

Disciplinas...

Autores mais referenciados... Análise nas 12 instituições com avaliação CAPES em 2006

Temas mais estudados Análise nas 12 instituições com avaliação CAPES em 2006

Temas e áreas dos autores referenciados Educação Contabilidade * Ensino Superior * Currículo * Ensino/Aprendizagem * Planejamento * Avaliação * Técnicas de Ensino * Recursos Didáticos * Ensino de Contabilidade * Professor

Formação dos professores Observação: esta análise se restringiu a oito docentes. Pois, em três Programas os nomes dos docentes não estavam disponíveis na avaliação da CAPES, e um dos docentes que tinha o nome disponível, não tinha currículo na Plataforma Lattes. E dentre os docentes analisados, dois possuíam duas graduações.

Áreas de formação dos docentes Contabilidade Educação 2 3 1 2 Outras áreas

As dimensões humana, político-social e técnica nas ementas Dimensão Humana ...certo silêncio... algumas ementas abordam o tema professor, mas não aluno; Dimensão Sócio-política Preocupação centrada em questões institucionais (currículo, legislação, etc.). O papel reflexivo do aluno não aparece; Dimensão Técnica É a que mais aparece nas ementas. A preocupação centraliza-se no “como ensinar”. O “por que” e a “quem” ficam em segundo plano. Didática Técnica Humana Sócio-política

Reflexão inicial Reflexão inicial... Para ensinar Contabilidade a João é necessário saber Contabilidade e conhecer a João. “A frase continua boa, mas hoje em dia, de forma cada vez mais dramática, é insuficiente instigar o professor a conhecer João, a conhecer a comunidade, a identificar as relações de poder no ambiente escolar, a reconhecer as diferenças. É preciso que , como ponto de partida, como começo de conversa, recupere o domínio das matérias que ensina e as habilidades básicas de pensamento e aprendizagem, para que possa efetivamente ajudar o crescimento intelectual e afetivo dos alunos” (LIBÂNEO, 2002, p. 65-66-67).

Reflexão inicial Referências BERNARD, R. R. S; SOUZA FILHO, J. C. Simulação Gerencial: Uma Proposta de Introdução e Adequação do Método aos Cursos de Graduação em Administração e Ciências Contábeis. In: Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e Ciências Contábeis (EnEPQ). Anais... Recife/PE, 2007. CAMBI, F. História da Pedagogia. 2. ed. São Paulo: UNESP, 1999. CANDAU, V. M. (org.). Rumo a Uma Nova Didática. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. CANDAU, V. M. et al. Tecendo a Cidadania: oficinas pedagógicas de direitos humanos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. CASTANHO, M. E. L M. Da discussão e do debate nasce a rebeldia. In: VEIGA, I. P. A (org.). Técnicas de ensino: por que não? 13. ed. Campinas, SP: Papiros, 2003. COMÊNIO, J.A. Didáctica Magna. 4. ed. Praga: Fundação Calouste Gulbenkian, 1957. FAVERO, H. L. O Ensino Superior de Ciências Contábeis no Estado do Paraná: um estudo de caso. Rio de Janeiro, 1987. Dissertação (Mestrado): Fundação Getúlio Vargas/ISEC, Rio de Janeiro, 1987. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2004. GIL, A. C. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2006.

Reflexão inicial Referências IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. As faculdades de ciências contábeis e a formação do contador. Revista Brasileira de Contabilidade, Rio de Janeiro, n. 56, p. 50-56. 1986. LAFFIN, M. De Contador a Professor: a trajetória da docência no ensino superior de contabilidade. Florianópolis: Imprensa Universitária, 2005. LIBÂNEO, J.C. Didática: novos e velhos temas. Goiânia: Edição do Autor, 2002. MASETTO, M. Didática: a aula como centro. São Paulo, FTD, 1997. MASETTO, M. Professor Universitário: um profissional da Pedagogia na atividade docente. In: MASETTO, M. (org.). Docência na Universidade. Campinas, SP: Papirus, 1998. MOREIRA, A. H. S. Utilização de Role-Playing Games (RPG) no ensino e simulação de Gerenciamento de Projetos. In: Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e Ciências Contábeis (EnEPQ). Anais... Recife/PE, 2007. NOSSA, V. Formação do Corpo Docente dos Cursos de Graduação em Contabilidade no Brasil: uma análise crítica. Caderno de Estudos, São Paulo, FIPECAFI, n. 21, maio ago., 1999. Disponível em: <http://www.fucape.br/professor_escolhido.asp? CodigoProfessor=12&Mostra=ProducaoCientifica>. Acesso em: 30 out. 2005. PIMENTA, S.; ANASTASIOU, L. das G. C. Docência em Formação no Ensino Superior. São Paulo: Cortez, 2002.

Reflexão inicial Referências SLOMSKI, V. Saberes que fundamentam a prática pedagógicas dos professores de Ciências Contábeis. In: Congresso USP de Contabilidade e Controladoria. 2008. São Paulo/SP. Anais... São Paulo, 2008. 1 CD-ROM. VEIGA, I. P. A. O seminário como técnica de ensino socializado. In: ______(org.). Técnicas de ensino: por que não? 13. ed. Campinas, SP: Papiros, 2003a. VEIGA, I. P. A. Nos laboratórios e oficinas escolares: a demonstração didática. In: ______(org.). Técnicas de ensino: por que não? 13. ed. Campinas, SP: Papiros, 2003b.