45ª Assembleia Nacional da ASSEMAE Saneamento Ambiental: Políticas Integradas com Participação Social 24 a 29 de Maio de 2015 A Situação Atual e Modelos.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DAS AGÊNCIAS REGULADORAS
Advertisements

Inovação Tecnológica e Segurança Jurídica São Paulo, 13 de dezembro de 2006 Carlos Américo Pacheco – IE/Unicamp.
A REGULAÇÃO DA SAÚDE UMA ABORDAGEM
Instrumentos Econômicos e Financeiros para GIRH
Sistema FIEMG FÓRUM METROPOLITANO DA RMBH E COLAR METROPOLITANO
Ordenamento e Desafios Regulatórios
REUNIÕES TÉCNICAS DE SANEAMENTO Ações Regulatórias da AGERGS em 2010.
AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DO RIO GRANDE DO SUL AGERGS 01 de dezembro de 2010.
AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 003/2011-ADASA Reajuste Tarifário Anual dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário prestados pela CAESB.
Como Fortalecera Governança para o Crescimento?  Utilizar a agenda de aprimoramento do Sistema de Gestão Regulatória para melhorar o ambiente de negócios.
IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos A experiência da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS)
Contexto e desafios da institucionalidade regulatória em Latino América Sebastian Lopez Azumendi Consultor em Governo e Regulação Nota: As opiniões desenvolvidas.
Os (10) desafios da regulação no Brasil
Estrutura Organizacional da Administração Pública
RESSARCIMENTO AO SUS Diretoria de Desenvolvimento Setorial – DIDES
44ª Assembleia Nacional da Assemae
Seminário Regulação, Infraestrutura e o Futuro do Brasil Painel I – International Experiences on Regulation.
Regulação para Entidades sem fins lucrativos:
Manesco, Ramires, Perez Azevedo Marques Advocacia CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS - CNM X MARCHA A BRASILIA DE DEFESA DOS MUNICÍPIOS Principais aspectos.
A EFICIÊNCIA NA GESTÃO Regulação, Fiscalização e Cooperação Técnica POLÍTICA DE SANEAMENTO - DESAFIO DO PLANEJAMENTO ITUIUTABA/MG MAR Ç O DE 2013 Marcos.
44ª Assembleia Nacional da ASSEMAE Carlos Roberto de Oliveira
VII SEMINÁRIO DE USUÁRIOS VOLUNTÁRIOS DA AGERGS Marco Regulatório do Saneamento Um novo papel para os Usuários Voluntários Porto Alegre, 26 de novembro.
Conselho Estadual de Saúde – Paraná
Câmara Técnica de Mecanismos de Regulação Reunião ANS - 24/10/12 Câmara Técnica de Mecanismos de Regulação Reunião ANS - 24/10/12.
Floriano de Azevedo Marques Neto1 LEI Nº / 2007 PRINCIPAIS ASPECTOS REGULATÓRIOS SEMINÁRIO SANEAMENTO BÁSICO FIESP SÃO PAULO, 01 DE MARÇO DE 2007.
Manesco, Ramires, Perez Azevedo Marques Advocacia CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS – CNM X MARCHA A BRASILIA EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS A gestão financeira.
PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO PNPG
Porto Alegre, 05 de junho de 2012 Acompanhamento de políticas públicas para melhoria de desempenho e de resultados IX SERGOP Seminário Rio-Grandense sobre.
Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena | TCE-RS Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil Lei nº /2014.
1 X Congresso Brasileiro de Energia Racionalização, Regulação e Visão do Consumidor Adriano Pires 28/10/2004.
A Questão da Titularidade nas Regiões Metropolitanas Hugo Sergio de Oliveira Diretor ARSESP/ABAR.
ÁGUA ESGOTAMENTO SANITÁRIO
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS Centro de Ciências Humanas Letras e Artes Departamento de Geografia Curso de especialização em Gestão.
Prefeitura Municipal de Erechim
Ministério da Ciência e Tecnologia Brasília, 29 de maio de 2007 Augusto Gadelha Secretaria de Política de Informática Política Nacional de Tecnologia da.
02 de Setembro Missão Assegurar adequada prestação de serviços aos consumidores e a sustentabilidade dos operadores nos sectores de energia, água,
A Regulação do Sector Eléctrico em STP O Regime Jurídico do Sector Eléctrico Conferência sobre a Energia na CPLP MINISTÉRIO DAS INFRA-ESTRUTURAS, RECURSOS.
Agenda Regulatória 790ª RCD Conselheiro Rodrigo Zerbone Loureiro Agência Nacional de Telecomunicações 3 de dezembro de 2015.
CONTROLE SOCIAL FINANCIAMENTO DO SUS LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE Vide Lei nº 8.689, de 1993 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão.
1 O Papel dos Órgãos Regulatórios Seminário “Concessões, Regulação e Segurança Jurídica” Valor Econômico São Paulo, 09/11/2015 José Elaeres Marques Teixeira.
A Regulação dos Serviços de Saneamento Básico nas Regiões Metropolitanas BRASÍLIA, 17 de agosto de 2015 C ARLOS R OBERTO DE O LIVEIRA.
REGULAÇÃO DO SETOR DE SANEAMENTO NO BRASIL: UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS AGÊNCIAS Cristina de Saboya Gouveia Santos Brasília, Agosto/2015.
Concessões e PPPs Governança e Controle Marcelo Spilki Secretaria da Fazenda/RS Unidade de PPP/RS.
Diretoria Metropolitana Sabesp Represa Jaguari em 30/01/2014 Grupo Técnico de Apoio sobre Crise Hídrica XXI Reunião da Câmara Técnica de Saneamento Básico.
Uma visão estratégica para o desenvolvimento. O Fim do Milagre Econômico Aspectos Institucionais Metas PLANSAB – atuação SANEAGO Planejamento Técnico.
Planejamento e Gestão: Implantação dos Planos Municipais de Saneamento Básico Luiz Antônio Castro dos Santos.
Desenho e Implementação da Regulação Subnacional: Abrangência, Avanços e Desafios IX Congresso Brasileiro de Regulação Diógenes Mortari Diretor.
FACULDADE DE DIREITO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICEUB Fundamentos da Regulação Prof. Dr. Ivo T. Gico Jr., Ph.D. A situação atual e modelos de regulação.
5º Encontro de Inovação Cesan A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO E OS DESAFIOS PARA O SETOR WALDER SURIANI SUPERINTENDENTE DA AESBE Vitória, Julho.
ABAR IX CONGRESSO BRASILEIRO DE REGULAÇÃO AÇÕES DE CAPACITAÇÃO EM SANEAMENTO BÁSICO VISANDO A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS POR EMPRESA ESTATAL ESTADUAL.
1 / 18 A Experiência das Agências Reguladoras na Regulamentação Técnica dos Serviços de Saneamento Básico no Brasil. Alexandre Caetano da Silva Coordenador.
O Papel das Agências Reguladoras Perante os Planos Municipais de Saneamento Básico Desatualizados.
A IMPORTÂNCIA DA REGULAÇÃO PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA GESTÃO DO SANEAMENTO BÁSICO Luiz Antonio de Oliveira Junior.
ESTADO PRODUTOR DE BENS E SERVIÇOS
Saneamento Básico um Direito de Todos 46ª Assembleia Nacional da Assemae.
Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Paulo Ferreira Secretário Nacional de Saneamento Ambiental Ministério das Cidades Brasília.
Prof. Marcelo Motta Veiga, Ph.D. Brasília - 18/08/2015 Regulação dos Serviços de Resíduos Sólidos: Desafios e Oportunidades 1.
OS DESAFIOS E OS CAMINHOS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO.
CISPAR Consórcio Intermunicipal de Saneamento do Paraná ORCISPAR Ente Regulador do CISPAR.
AGÊNCIA REGULADORA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ (ARES-PCJ)
Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Desenvolvimento Urbano AUDIÊNCIA PÚBLICA.
Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento 1 SEMINÁRIO CNI - ITB COMO ELIMINAR OS GARGALOS E UNIVERSALIZAR OS SERVIÇOS DE SANEAMENTO Apresentação:
As atividades de Regulação e a Universalização do Saneamento Subcomissão Especial da Universalização do Saneamento Básico e do Uso Racional da Água da.
Empresa Brasileira de Planejamento em Saneamento - EBPS Proposta de criação da Empresa Brasileira de Planejamento em Saneamento - EBPS FRENTE NACIONAL.
Prof. Antonio Carlos A. Lobão. Entidade Reguladora (Decreto 7.217) Art. 31. As atividades administrativas de regulação, inclusive organização, e de fiscalização.
Subcomissão Especial da Universalização do Saneamento Básico e Uso Racional da Água Universalização do Saneamento Básico nos Municípios com até
16 A 19 DE MAIO DE 2016 JARAGU Á DO SUL - SC. Saneamento Básico: um direito de todos. “A visão dos trabalhadores sobre o acesso ao saneamento no Brasil”
AGÊNCIA REGULADORA NOS PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO: UMA VISÃO DA EXPERIÊNCIA DE ATUAÇÃO Autor : Caio Barbosa de Carulice (1) Agente Técnico da Agência.
CISAM – MO Consórcio Intermunicipal de Saneamento Ambiental do Meio Oeste de Santa Catarina WORSHOP - REGULAMENTO PRESTAÇÃO DO SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO.
Rui Cunha Marques Universidade de Lisboa 9º Congresso Brasileiro de Regulação Centro de Convenções Ulysses Guimarães 17 a 20 de Agosto de 2015, Brasília.
Transcrição da apresentação:

45ª Assembleia Nacional da ASSEMAE Saneamento Ambiental: Políticas Integradas com Participação Social 24 a 29 de Maio de 2015 A Situação Atual e Modelos de Regulação no Setor de Saneamento Básico Rui Cunha Marques Instituto Superior Técnico - Universidade de Lisboa (IST-UL)

Agenda 2 1 Introdução 3 A Evolução da Regulação no Brasil 2 Lei Nacional de Saneamento Básico 4 Principais Desafios Rui Cunha Marques

INTRODUÇÃO 33Rui Cunha Marques

“Satisfação das necessidades básicas dos usuários, cuja presença é essencial à vida e à saúde dos cidadãos” Princípios Universalidade Continuidade Qualidade de serviço Acessibilidade Protecção do usuário Porquê regular? Serviço público de saneamento Introdução 4Rui Cunha Marques

Porquê regular? Introdução 5 Monopólio natural Economias de escala, escopo e densidade Obrigações de serviço público Custos irrecuperáveis Externalidades Assimetria de informação Ambiente operacional Falhas de mercado Rui Cunha Marques

Qualidade de serviço Tarifas OSP Regulação OSP – Obrigações de Serviço Público Para quê regular? Introdução 6Rui Cunha Marques

Introdução 7Rui Cunha Marques Regulação Social Regulação Ambiental Regulação Econômica Função objectivo: regular economicamente com as restrições da regulação social e da regulação da qualidade de serviço

Regulação no Mundo 8 Apesar dos benefícios a regulação dedicada ao setor do saneamento não é “universal”

LEI NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO 99Rui Cunha Marques

Introdução A regulação do setor do saneamento encontra-se normalizada pela Lei nº , de 5 de janeiro de 2007: Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico; O art. 11 pressupõe a “existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização”. 10

Quadro Legal 11 Conceitos fundamentais: TitularidadeFunção LegislativaFunção PlanejadoraFunção Reguladora / FiscalizadoraFunção de prestação dos serviços

Ser titular… 12 LegislarPlanejar Regular e fiscalizar Prestar Quadro Legal

Regular e fiscalizar: – A regulação e fiscalização são funções delegáveis. – O Município tem possibilidade de exercê-la: (i) diretamente, por meios próprios; (ii) diretamente, por meio de consórcio público; (iii) mediante delegação a agência reguladora estadual ou federal. 13 Quadro Legal

A EVOLUÇÃO DA REGULAÇÃO NO BRASIL 14 Rui Cunha Marques

15 Antes da Lei Nacional de Saneamento Básico Evolução do Panorama de Criação de Reguladores Depois da Lei Nacional de Saneamento Básico

Agências Reguladoras de Saneamento Básico 16 Fonte: ABAR

Panorama Nacional Serviços por universalizar 17

Panorama Nacional Sustentabilidade financeira dos serviços 18 Ainda há muitos Estados onde a despesa é superior à tarifa média

Panorama Nacional Perdas de água 19

PRINCIPAIS DESAFIOS 20 Rui Cunha Marques

Principais Desafios Universalização dos serviços Missão impossível sem investimento avultado!... De onde se obtém os recursos necessários? Qual o papel dos Municípios? do Estado e do setor Privado? Ao ritmo do investimento atual os objetivos do PLANSAB não são alcançados neste século

Principais Desafios Ausência de uma política de subsidiação Municípios e ou o Estado não se podem demitir desta função; A função social dos prestadores é limitada; Contabilização efetiva dos Bairros Subnormais.

Principais Desafios Inexistência de regulação tarifária Estrutura tarifária usual em muitos prestadores é desajustada e não promove incentivos à poupança.

Principais Desafios Enquadramento regulamentar ainda “nebuloso” Clarificação da titularidade nas áreas metropolitanas e da própria responsabilidade da regulação

Principais Desafios 25 Regulação das PPP Os reguladores em geral não participam nos processos de PPP A regulação destes contratos não é prevista A sua execução e as renegociações/reequilíbrios ao longo do tempo tem impactos relevantes A regulação contratual não é suficiente

Principais Desafios Autonomia e independência efetiva dos reguladores Melhorar a autonomia e independência da regulação clarificando a separação entre o poder político e o poder regulatório, dotando o regulador com os instrumentos adequados; A independência do regulador não significa a sua desresponsabilização, devendo existir sempre mecanismos de apelo;

Principais Desafios Governança Melhoria da governança regulatória, que inclui diversos fatores como, por exemplo, a transparência, a previsibilidade, a consistência, a proporcionalidade, a clareza das regras, …;

Principais Desafios Capacitação Necessidade de capacitação e especialização; Necessidade de estabilidade dos recursos humanos (muita rotatividade significa perda de know-how).

29 Obrigado pela vossa atenção!! Rui Cunha Marques 29Rui Cunha Marques