PROPOSTA DE ATIVIDADE Utilizar o teatro como meio de ação social e ensino da sociologia na Escola Estadual Anísio Teixeira foi um desafio. Até então para.

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Transcrição da apresentação:

PROPOSTA DE ATIVIDADE Utilizar o teatro como meio de ação social e ensino da sociologia na Escola Estadual Anísio Teixeira foi um desafio. Até então para alguns de nós as artes cênicas pertenciam predominantemente ao universo do lúdico e pareciam bem distantes do caráter emancipador. A estética do Teatro do Oprimido de Augusto Boal ( ) trouxe-nos um despertar para novas possibilidades de ensino da sociologia. Compreendemos na prática, que o recurso teatral no ensino sociológico pode ser transformador. A partir dos estudos e vivências, percebemos que a estética do Teatro do Oprimido é baseada na idéia de que todos os seres humanos são capazes de produzir um tipo de arte, que os transforme da condição de apenas consumidores da sociedade para produtores ativos dela. O método de Boal propõe a superação de problemas sociais através da arte. Nas peças pretendemos abordar problemas vivenciados pelo alunos em seu cotidiano. Assim, a metodologia do Teatro do Oprimido não só nos possibilita uma nova concepção estética a partir de nosso contexto, como também desperta a visão crítica dos alunos, para que estes se tornem atores sociais. EXPERIÊNCIA Iniciamos o trabalho de divulgação da nossa proposta “Teatro do Oprimido para ensino da sociologia e emancipação crítica” entre os alunos e os convidamos a participarem das oficinas a serem realizadas aos sábados, o dia mais viável para atender os alunos de ambos os turnos. Passamos em todas as salas de aula tendo como objetivo despertar o interesse e curiosidade acerca do Teatro do Oprimido e sobre o que diferenciava o método de Boal do teatro tradicional. Após esse contato com os alunos nas salas, partimos para uma intervenção de uma cena elaborada pelo grupo de bolsistas sob a supervisão do coordenador, ainda com o objetivo de divulgar as ações do subprojeto. Essa peça abordava os preconceitos e exclusões que havíamos diagnosticado na escola. Feita a intervenção e devida divulgação do projeto, iniciamos as oficinas na escola. RESULTADOS As interações entre os participantes das oficinas deram-se de forma investigativa. Os participantes buscavam conhecer os limites uns dos outros, principalmente nos exercícios de força, nos quais fomos levados a saber os limites do próprio corpo e dos nossos companheiros. Augusto Boal considera que a solidariedade é inerente ao Teatro do Oprimido, e os jogos e a peça em si devem induzir os atores ao respeito, dialogo e a confiança mútua. E o resultado dessas interações sociais produziram nos participantes uma nova concepção de corpo, arte e mente. Ao passo que as oficinas avançavam, as mudanças subjetivas tornavam-se visíveis, como perda de timidez e conquista de autoconfiança. Algumas das opressões internalizadas pelos participantes foram superadas, e o dialogo sociológico sobre problemas sociais presentes na escola, ajudaram os alunos a se tornarem mais críticos. Além das oficinas, também produzimos intervenções teatrais na escola e atualmente estamos escrevendo uma peça de teatro que expressa muitas das opressões vivenciadas pelo grupo e pelos demais alunos do colégio. Coordenador: Prof.Dr. Gilmar Santana Supervisores: Profª Daniela de O. Gomes Bezerra Prof. Ms. Augusto César Fonseca Vieira Bolsistas: Cleavon Italo Edilene Dayse Emanuelly Bezerra Fernando Júnior Marília Teixeira