Incontinência de Urgência Casos clínicos Dr. Cristiano Mendes Gomes Setor de Disfunções Miccionais - Divisão de Urologia Hospital das Clínicas da FMUSP.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
(med-unicamp-segundo ano)
Advertisements

INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO
Infecções do Trato Urinário
DISFUNÇÃO NEUROGÊNICA
CANCER DE PROSTATA ARNILDO HASPER TEL CEL
Infecção urinária febril Maurícia Cammarota
Terminologia Urológica
Conceitos atuais sobre Incontinência Urinária
SISTEMA URINÁRIO E PUNÇÃO VENOSA
Dr GUSTAVO FRANCO CARVALHAL DR JORGE A PASTRO NORONHA
Reunião Clínico-Cirúrgica
Caso clínico 1 Menina de 6 anos de idade é atendida no Posto de saúde com história de disúria e polaciúria há 2 dias. Nega febre. ISDA: obstipação; corrimento.
Anatomia da Uretra.
Hiperplasia Prostática Benigna
Hiperplasia Prostática Benigna
Thaís Sciulli Provenza
Sistema Urinário Nomes: Ana, Felipe Dias e Lucas Negrello Turma: 81
Sistema Urinário.
Caso clínico 2.
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA
E. M. E. F. ANTONINA WALDEVINO DOS SANTOS
Divertículo de Zenker Diverticulotomia endoscópica
Bexiga Hiperativa Refratária Dr. Cristiano Mendes Gomes Setor de Disfunções Miccionais - Divisão de Urologia Hospital das Clínicas da FMUSP
Alternativas Terapêuticas para Bexiga Hiperativa Idiopática Fabrício Leite de Carvalho Doutor em Urologia USP Prof. Adjunto Faculdade de Ciências Médicas.
Casos Clínicos – Disfunção Miccional Fabrício Leite de Carvalho Doutor em Urologia USP Prof. Adjunto Faculdade de Ciências Médicas de MG Hospital Universitário.
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE FACULDADE DE CAMPINA GRANDE-FAC-CG Incontinência Urinária EQUIPE : Ariela Oliveira da Silva Francielly Kely.
Disfunção Miccional em Crianças Riberto Liguori. Estado da arte do aprendizado da disfunção micional vias neuro-anatómicas mediadores quimicos aprendizados.
Toxina Botulínica ou Neuromodulação Sacral: Qual a sequência na OAB refratária? Dr. Thiago Souto Hemerly Setor de Disfunções Miccionais e Laparoscopia.
Sindrome da Bexiga Hiperativa no Idoso Diagnóstico e Tratamento Miriam Dambros Livre Docente em Urologia.
Mielomeningocele e Bexiga Neurogênica Dra. Marcela Leal da Cruz CACAU – Centro de Apoio à Criança com Anomalia Urológica NUPEP – Núcleo de Urologia Pediátrica.
FLUXOMETRIA Daniel Moser Assistente da Disciplina de Urologia Unicamp Setor de Urologia Funcional.
Incontinência Urinária Mista: Trato primeiro a incontinência urinária de esforço Dr. Thiago Souto Hemerly Setor de Disfunções Miccionais e Laparoscopia.
Reaplicação de toxina botulínica em casos de sucesso José Carlos Truzzi Doutor em Urologia pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP Chefe do Departamento.
Rita Pavione Rodrigues Pereira Mestre em Ciências da Reabilitação – FMUSP Especialista em Reeducação Funcional da Postura e do Movimento - FMUSP.
XVIII WORKSHOP ONCOLOGIA URINÁRIA
DIABETES MELLITUS – TIPO II (módulo 3)
SISTEMA URINÁRIO CAPÍTULO 18 COC 07.
Ana Cristina Cleto Serviço de Radioterapia – CHUC
Dr. Marcos Alexandre Vieira
Epidemiologia Analítica
Infecção Urinária e Pielonefrite
DIABETES MELLITUS – TIPO II
Qual a melhor técnica para o tratamento cirúrgico da incontinência urinária =
URONEFROSE.
Alessandro H. A. Lopes, Luiz G.O. Brito, Maria A.C.Carvalho,
RCG 0323 SISTEMA RESPIRATÓRIO 2017
BRAQUITERAPIA em MONOTERAPIA - Um Tratamento Eficaz
Arthur Melem Bruno Coelho Camila Martins
Disfunção miccional e enurese na infância
Derrames pleurais Casos clínicos
Caso Clínico AAT, 67 a. Fem. Há 6 meses com Urgência miccional, urge-incontinência, polaciúria e noctúria 2 a 3 vezes. Há alguns anos com incontinência.
 NOMES: ANA PAULA, CAMILA, CELINA,GABRIELA, JULIE, RAQUEL, RENILDA, TATIANE. PROFESSORA: GEISIELLI KAPITISKI ZANETTI. INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSOS.
HIDRATAÇÃO VENOSA Manoel Menezes da Silva Neto
INCONTINÊNCIA URINÁRIA ADRIANA FERRAZ
O mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem. O câncer de próstata é o sexto tipo mais.
TRO/Hidratação endovenosa
Caso clínico Homem, 47 anos, sintomas de fadiga, astenia e aumento da freqüência miccional nos últimos 6 meses, com início concomitante de discreta urgência.
STATUS EPILEPTICUS Drª. Ana Marily Soriano Ricardo
SISTEMA URINÁRIO CAPÍTULO 18 COC 07.
TESTE DE TOSSE, AFA E AVALIAÇÃO DAS CONTRAÇÕES PARASITAS
Diário Fecal, Miccional e Alimentar
Infecção urinária na infância
Diabetes.
Infecção urinária febril Maurícia Cammarota
DIABETES MELLITUS – TIPO II. A diabetes tipo II O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações,
Professora Carla Marins
Transcrição da apresentação:

Incontinência de Urgência Casos clínicos Dr. Cristiano Mendes Gomes Setor de Disfunções Miccionais - Divisão de Urologia Hospital das Clínicas da FMUSP

Caso 1 55 anos, sexo feminino55 anos, sexo feminino Diabética (Metformina)Diabética (Metformina) GII, PII, 2 partos normaisGII, PII, 2 partos normais Sintomas miccionais progressivos há cerca de 1 ano:Sintomas miccionais progressivos há cerca de 1 ano: Frequência aumentada, urgência, urge-incontinência e noctúriaFrequência aumentada, urgência, urge-incontinência e noctúria Usa absorvente sempre que sai e evita tomar líquidosUsa absorvente sempre que sai e evita tomar líquidos –Média de 2 forros por dia Sem perdas aos esforçosSem perdas aos esforços Sem queixas de dificuldade miccionalSem queixas de dificuldade miccional Exame físico abdominal/ginecológico: normalExame físico abdominal/ginecológico: normal

Caso 1 Diário miccional (3 dias)Diário miccional (3 dias) –Intervalo diurno médio de 1-2 horas (máximo 2,5 horas) –Noctúria 2-3x –Volumes de 60 a 200 ml (médio= 100 ml) –Diurese 24 hs= 1100 ml –Perdas: média de 2x/dia (urgência) –Exames Urina I: normalUrina I: normal Cultura: negativaCultura: negativa Creatinina e glicemia: normaisCreatinina e glicemia: normais

Conduta (questão interativa 1) Solicita teste de fraldas de 24 horasSolicita teste de fraldas de 24 horas Solicita urofluxometriaSolicita urofluxometria Solicita ultra-som de vias urinárias com medida de resíduoSolicita ultra-som de vias urinárias com medida de resíduo Solicita urodinâmicaSolicita urodinâmica Inicia tratamentoInicia tratamento

500 Volume: 300 ml

Caso 1 Ultra-somUltra-som –Rins normais –Bexiga sem alterações (enchimento parcial) –Resíduo pós-miccional desprezível

Caso 1 Tratamento comportamental*Tratamento comportamental* AnticolinérgicoAnticolinérgico Oxibutinina (liberação prolongada - 10 mg)Oxibutinina (liberação prolongada - 10 mg) Tolterodine (liberação prolongada - 4 mg)Tolterodine (liberação prolongada - 4 mg) Tratamento inicial não tolerou Sem melhora clínica

Conduta (questão interativa 2) Tenta novo anticolinérgicoTenta novo anticolinérgico Associa dois ou mais medicamentosAssocia dois ou mais medicamentos Solicita urodinâmicaSolicita urodinâmica Propõe injeção de toxina botulínica no detrusorPropõe injeção de toxina botulínica no detrusor Propõe neuromodulaçãoPropõe neuromodulação

Qmax= 34 ml/s Resíduo: 0 ml HD com perdas

Conduta (questão interativa 3) Tenta novo anticolinérgicoTenta novo anticolinérgico Associa dois ou mais medicamentosAssocia dois ou mais medicamentos Propõe injeção de toxina botulínica no detrusorPropõe injeção de toxina botulínica no detrusor Propõe neuromodulação sacral (implantável)Propõe neuromodulação sacral (implantável) Propõe neuromodulação do nervo tibial (percutâneo)Propõe neuromodulação do nervo tibial (percutâneo)

Qmax= 15ml/s Resíduo= 100 ml Estudo Miccional

Conduta (questão interativa 4) Tenta novo anticolinérgicoTenta novo anticolinérgico Associa dois ou mais medicamentosAssocia dois ou mais medicamentos Propõe injeção de toxina botulínica no detrusorPropõe injeção de toxina botulínica no detrusor Propõe neuromodulação sacral (implantável)Propõe neuromodulação sacral (implantável) Propõe neuromodulação do nervo tibial (percutâneo)Propõe neuromodulação do nervo tibial (percutâneo)

Caso 1 67 anos, prostatectomia radical há 2 anos67 anos, prostatectomia radical há 2 anos Incontinência urinária desde a prostatectomiaIncontinência urinária desde a prostatectomia Perdas somente aos esforçosPerdas somente aos esforços Sem perdas dormindoSem perdas dormindo Usa 2 absorventes durante o dia e nenhum para dormirUsa 2 absorventes durante o dia e nenhum para dormir Nega urgênciaNega urgência Bom jatoBom jato Comorbidades: HAS (enalapril)Comorbidades: HAS (enalapril)

Caso 1 Exame físicoExame físico –Abdomen: sem particularidades –Genital e períneo: normal –Sem anormalidades neurológicas

Caso 1 Diário miccionalDiário miccional –Micções a cada 2-3 horas –Nocturia 1x –Volumes urinados: 150 a 300 ml –Diurese 24 hs = 1500 mL Exames laboratoriaisExames laboratoriais Urina I= normalUrina I= normal Cultura de urina: negativaCultura de urina: negativa PSA: indetectávelPSA: indetectável Glicose e creatinina: normaisGlicose e creatinina: normais

Caso 1 UltrassomUltrassom –Rins normais –Bexiga normal –Resíduo pós miccional: 10 mL Uretrocistoscopia: normalUretrocistoscopia: normal

1. 1.Uretrocistografia 2. 2.Exame urodinâmico 3. 3.Tratamento medicamentoso 4. 4.Fisioterapia 5.Sling masculino 6. 6.Esfíncter artificial Qual seu próximo passo?

Urofluxometria Qmax= 19 mL/s Resíduo= 0 mL

Urodinâmica Perdas aos esforços (VLPP= 90 cmH2O) Capacidade= 350 mL

1. 1.Tratamento medicamentoso 2. 2.Fisioterapia 3.Sling masculino 4. 4.Esfíncter artificial Qual sua escolha?