POTABILIDADE DAS ÁGUAS: UMA ANÁLISE SOB OS CÓRREGOS QUE PERCORREM OS ASSENTAMENTOS "DOURADINHO" E "DIVISA" NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA – MG Fabio Reis Venceslau.

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Transcrição da apresentação:

POTABILIDADE DAS ÁGUAS: UMA ANÁLISE SOB OS CÓRREGOS QUE PERCORREM OS ASSENTAMENTOS "DOURADINHO" E "DIVISA" NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA – MG Fabio Reis Venceslau. Aluno especial do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Pontal (PPGEP). Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Daniel de Araujo Silva. Mestrando do PPGEP, UFU-FACIP.

 O presente trabalho teve como objetivo avaliar a potabilidade das águas dos cursos que percorrem os limites dos assentamentos “Divisa” e “Douradinho” no sul do município de Ituiutaba MG

 Os contaminantes são produtos da ação do homem em suas atividades domésticas, industriais, agrícolas e de extração mineral, principalmente.

 Segundo Nascimento (2010) cerca de 80% das doenças conhecidas são de veiculação hídrica, ou seja, estão relacionadas à água

 Portaria nº 518, do Ministério da Saúde, de 25 de março de 2004, que, leva em consideração a características de cada manancial, expõe os regulamentos e o padrões de potabilidade da água os quais podem ser destinada ao consumo humano, no território nacional (BRASIL, 2005).

 Nas áreas rurais, o meio mais utilizado para obtenção de água para o abastecimento é proporcionado por poços rasos e nascentes, fontes suscetíveis ao contágio (AMARAL et al, 2003).

ÁREA DE PESQUISA Figura 2 – Localização da área de pesquisa. Org.: VENCESLAU, F. R.; SILVA, D. A. (2014).

MATERIAIS E MÉTODOS  O procedimento metodológico e os paramentos de aceitação, adotado para as análises foi proposto pelo kit Alfakit, que permite de forma rápida in loco obter resultados de elementos como alcalinidade, cloretos, dureza total, pH, ferro, amônia, cloro, oxigênio consumido, cor, turbidez, coliformes totais e termotolerantes.

 Os materiais utilizados para as análises são dispostos pelo kit de potabilidade (Alfakit) composto por reagentes de alcalinidade total, cloretos, dureza, pH, ferro, cloro e oxigênio consumido, os quais podem ser utilizados em aproximadamente cem testes.  O kit também é composto por três seringas pré- calibradas para a análise volumétrica de alcalinidade total, cloretos e dureza total, cem unidades de papel filtro rápido, com quatro cubetas de 10mL e quatro de 50mL, termômetro, uma proveta e conta gotas, manual de instruções com cartelas e de informações gerais, ficha de monitoramento das análises, kit microbiológico com vinte testes, uma estufa, maleta para transporte.

Entretanto, foram utilizados outros equipamentos que não acompanham o supracitado kit, são eles: doze recipientes para acomodamentos das amostras de água coletadas em campo; GPS; termômetro digital; e um peagâmetro digital portátil.

Tabela 1 – Método disponibilizado pelo kit potabilidade. Fonte: Kit técnico de potabilidade (GOMES, 2009). Org.: VENCESLAU, F. R. (2014).

Figura 1 – Procedimentos de coleta de amostra de água nos córregos. Org.: VENCESLAU, F. R.; SILVA, D. A. (2014)

RESULTADOS

Assentamento Divisa - Córrego Saltinho Componentes Período de Estiagem Período Chuvoso Limite s P 1P2P3P1P 2P3 Alcalinidade (mgL - 1 CaCO ₃ ) Amônia (mgL -1 NH ₃ ) 0, ,5 Cloro (mgL -1 Cl ₂ ) Cloretos (mgL -1 Cl¯) Cor (mgL -1 Pt/Co) Dureza (mgL -1 CaCO ₃ ) Ferro (mgL -1 Fe) 0,2 5 0,50,25 0,3 Turbidez (NTU)50 Oxigênio (mgL -1 O ₂ ) pH (Un. pH)777,56,76,57,56 -9,5 Assentamento Divisa - Córrego Sucuri Componente Período de Estiagem Período Chuvoso Limite s P 1P2P3P1P 2P3 Alcalinidade mgL - 1 aCO ₃ ) Amônia (mgL -1 NH ₃ ) 2220,51 1,5 Cloro (mgL -1 Cl ₂ ) Cloretos (mgL -1 Cl¯) Cor (mgL -1 Pt/Co) Dureza (mgL -1 CaCO ₃ ) Ferro (mgL -1 Fe)0,252 0,3 Turbidez (NTU)50 Oxigênio (mgL -1 O ₂ ) pH (Un. pH)676,57, ,5 Tabela 2 - Resultados das coletadas nos períodos baixa precipitação e alta precipitação. Org.: VENCESLAU, F. R. (2014).

Assentamento Douradinho - Córrego Capão Rico Componentes Período de Estiagem Período Chuvoso Limite s P 1P2P3P1P 2P3 AlcalinidademgL - 1 CaCO ₃ ) 5055 ─ 6045 ─ 0 Amônia (mgL -1 NH ₃ ) 22 ─ 0,5 ─ 1,5 Cloro (mgL -1 Cl ₂ ) 00 ─ 00 ─ 2 Cloretos (mgL -1 Cl¯)2855 ─ 3035 ─ 250 Cor (mgL -1 Pt/Co)55 ─ 35 ─ 15 Dureza (mgL -1 CaCO ₃ ) 3520 ─ 7560 ─ 500 Ferro (mgL -1 Fe)0,25 ─ ─ 0,3 Turbidez (NTU)50 ─ ─ Oxigênio (mgL -1 O ₂ ) 55 ─ 55 ─ 3 pH (Un. pH)7,57 ─ 7 ─ 6 -9,5 Assentamento Douradinho - Córrego Engenho de Serra Componentes Período de Estiagem Período ChuvosoLimites P 1P2P3P1P 2P3 Alcalinidade (mgL -1 CaCO ₃ ) Amônia (mgL -1 NH ₃ ) 0,522 1,5 Cloro (mgL -1 Cl ₂ ) Cloretos (mgL -1 Cl¯) Cor (mgL -1 Pt/Co) Dureza (mgL -1 CaCO ₃ ) Ferro (mgL -1 Fe)0,25 0,3 Turbidez (NTU)50 Oxigênio (mgL -1 O ₂ ) pH (Un. pH)6,5777,5 6 -9,5 Tabela 3 - Resultados das coletadas nos períodos baixa precipitação e alta precipitação. Org.: VENCESLAU, F. R. (2014).

Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que os níveis de contaminação da água não devem ultrapassar o nível máximo de 1000 coliformes termo tolerantes em 100 mL. Tabela 3 - Resultados das analises de coliformes totais e fecais e salmonela nos assentamentos. Org.: VENCESLAU, F. R. (2014). Coliformes Totais e termotolerantes e Salmonela UFC/100mL Córrego SucuriCórrego Saltinho Período de Estiagem Período Chuvoso Período de Estiagem Período Chuvoso P 1P2P 3P 1P 2P 3P 1P 2P 3P1P 2P 3 Azul Vermelho Verde ── 300 ─ 100 ─────── Córrego Capão RicoCórrego Engenho de Serra Azul * * Vermelho200800*200800* Verde_200*_400*_____100 Coliformes Termotolerantes Coliformes totais Salmonela

CONSIDERAÇÕES FINAIS  O atual quadro requer atenção, pois dentro dos paramentos analisados foi detectada a presença de coliformes e salmonela nos cursos d’ água: Córrego Sucuri; Córrego Capão Rico e Córrego Engenho de Serra, em especial o Capão Rico, pois este curso d’água apresentou os patógenos nos dois períodos, chuvosos e de estiagem.

REFERÊNCIAS AMARAL, L. A.; NADER FILHO, A.; ROSSI JUNIOR, O. D.; FERREIRA, F. L. A.; BARROS, L. S. S. Água de consumo humano como fator de risco à saúde em propriedades rurais. Revista de Saúde Pública, v. 37, n. 4, p , ago BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de vigilância em saúde coordenação-geral de vigilância em saúde ambiental. Portaria MS nº.518/2004. Brasília, DF. (2005). 28p. GOMES, L, J. kit de baixo custo para avaliação da potabilidade da água em zonas rurais f. Dissertação (Mestrado). Instituto de Ciências agrarias, área de concentração em agroecologia. Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros/MG. ICA/UFMG (2009). GUNTHER, W.M.R.; RAZZOLINI, M.T.P.; CARDOSO, M.R.A. Condições de saneamento e saúde em assentamentos periurbanos, município de Suzano, São Paulo, Brasil.Disponível em. Acesso em: 24 Out INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Cidades. Disponível em:.Acesso em:07 Nov KARMANN, I. Ciclo da Água: água subterrânea e sua ação geológica. In: Teixeira W. et al. (orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, p LENIZ, Viktor; AMARAL, S. E. Geologia geral. 14. ed. São Paulo: companhia editorial nacional, p. NASCIMENTO. V, F. Doenças de veiculação Hídrica em Trechos da Bacia do rio Piranhas- Assu: ocorrência de bactérias oportunistas, caracterização epidemiológica e concepções de professores e agentes de saúde f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Biociencias, Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, SUGUIO, K. Água. Ribeirão Preto: Holos p.