Alterações de origem neurológica: Vesicais e Esfincterianas. Classificação das diversas associações. Zein M. Sammour.

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Alterações de origem neurológica: Vesicais e Esfincterianas. Classificação das diversas associações. Zein M. Sammour

Classificação das alterações vesicoesfincterianas de origem Neurológica Primeiro caso de bexiga neurogênica reportado na historia (3000 AC), Edwin Smith: Surgical papyrus tradução em Adulto masculino, deslocamento de vertebra cervical. 2.Paraplegia 3.Ereção e incontinência urinaria American Urological Association Education and Research. April 2013 Vol 189, Issue 4, Suppl Pages e452–e453

Classificação da disfunções vesicoesfincterianas Classificação de Lapides, baseada em achados urodinâmicos: 1.Paralitico sensitiva: lesão nas fibras sensoriais da bexiga a medula espinal. Ausência de sensibilidade vesical com eventual comprometimento motor. 2.Paralitico motora: Comprometimento das fibras motoras que partem da medula espinal para a bexiga. Sensibilidade preservada com comprometimento motor. 3.Bexiga autônoma: danos nas fibras aferentes e eferentes com perda de sensibilidade e comprometimento motor. 4.Bexiga não inibida : Comprometimento cortical com perda da inibição cortical 5.Bexiga reflexa: Dano na medula espinal entre o sacro e a tronco cerebral com incoordenação das funções vesicoesfincterianas, perda da sensibilidade vesical e incontinência. Lapides J. In: Campbell MF, Harrison JH, editors. Urology. Philadelphia: Saunders; 1970:1343–279.

Classificação da disfunções vesicoesfincterianas Classificação das disfunções vesicais neurogênicas baseada na função vesical e uretral The various types of neurogenic bladder dysfunction: an update of current therapeutic concepts Paraplegia, 28 (1990), pp. 217–219

Classificação da disfunções vesicoesfincterianas Classificação Neuro-Urológica Hald T, Bradley WE. The urinary bladder, neurology and dynamics. Baltimore: Williams & Wilkins; 1982 Adaptado de Nature

Disfunções vesicoesfincterianas EtiologiaIncidência Traumatismo Raquimedular70 a 80% Esclerose Múltipla50 a 80% Mielodisplasias50 a 75% Doença de Parkinson15 a 35% Diabetes Mellitus10 a 30% Doenças cerebrovasculares10 a 15% Wein AJ, et al. Campbell-Walsh Urology. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders 2008.

Genaro et al., J. Urol; 2004, Bladder management for adults with spinal cord injury ( doc server bladder 2009). EUA: I = /ano, P = 900 por % sexo masculino 85% acima de T12 (quadriplegia 55%) 54% lesões incompletas LUTS de enchimento e esvaziamento Avaliação anual UDN, USG, Exames Lab. Traumatismo raquimedular

Lesões intracranianas, supra sacrais e sacrais PREV: 1 a 2 por 1000 M:2 H:1 HD 30% a 90% IVE 10% a 40% Hipocontratilidade 10% Esclerose Múltipla Litwiller et al., J. Urol, 1999, Eardley, I. Brit. J. Urol. 1991; 68: 81

Esclerose Múltipla Litwiller et al., J. Urol, 1999, Eardley, I. Brit. J. Urol. 1991; 68: 81

Spina Bífida e Mielomeningocele Prevalência 0,5/1000 Protrusão da medula, nervos e meninges Fatores genéticos e maternos, Folatos,obesidade, DM e medicamentos Au et al., 2008; Deak et al., 2008

Spina Bífida e Mielomeningocele Estudos urodinamicos: 71% diminuicao da CCM, 35% hiperatividade detrusora e 25% diminuicao da complacencia Estudo restrospectivo com 36 pacientes submetidos a cirurgias reconstrutivas: (40%) lesoes toracicas, (34%) lombares e (26%) sacrais. Prognostico da função vesical: depende do nível da lesão (p<0.05) RVU: 38% uni ou bi (I e II = III e IV). DLPP > 20 cmH2O: risco ao TUS L. Muller et al., 2006, Tarcan et al., 2009, Clayton et al., 2011, Mac Neiky et al., 2011, Metcalfe et al., 2011.

Doença de Parkinson N: 110 => 57% sintomáticos Alterações no SNC Sammour et al., Neurourology and Urodynamics, 2009

Gravidade da DP x LUTS p=0.02 Sammour et al., Neurourology and Urodynamics, 2009

DP: Hiperatividade Detrusora 65ª, masc, Urge- incontinência

Obstrução infravesical 58ª, masc, Micção incoordenada

Diabetes Mellitus DM tipo II N: 187 (H = M) Idade media: 65.3 CLASSIFICACÃON (%) HD s/ RPM58 (31%) HD c/ RPM17 (9%) Hipocontratilidade54 (29%) Arreflexia36 (19%) Incoordenação22 (12%) Schahnaz Alloussi et al., J. Urol, Vol. 179, p352– Neuropatia Diabética

Doenças Cerebrovasculares LUTS: 14 a 53% Hiperatividade detrusora: córtex frontal, área pré-frontal, cíngulo, hipotálamo e cerebelo Retenção urinária: tronco cerebral e giro periaqueductal e na fase de choque Dois tipos de incontinência urinária: neurogênica e funcional N: 48 pacientes sintomáticos (estudo retrospectivo) Burney et al., 1996 Ersoz et al., 2005; Sakakibara et al., UrodinâmicaAVC IsquêmicoAVC Hemorrágico HD73%63% OIV13%51%

Doenças Cerebrovasculares LUTS - Perda da sensibilidade vesical e inabilidade para inibir a contração vesical Incontinência pode ser transitória e na maioria das vezes permanece ate 6 meses Lesões no lobo frontal, maior predomínio de LUTS Incontinência Urinaria na 1ª semana esta associada a pior prognostico Brocklehurst JC et al., 1985, Peterson R et al., 2006

Síndrome de Williams-Beuren –Cardiopatia, microcefalia e face de dimensões reduzidas – LUTS 70% –Deleção no braço longo do cromossomo 7 Morris et al., 1988, Sammour et al., 2006, Sammour et al., 2010

SWB: Urodinâmica Hiperatividade detrusora Incoordenação vesicoesfincterina Sammour et al., j. Urol. 2006, Sammour et al., J. Urol 2010