Resenha do texto "O olho que observa: 10 olhares da mesma cena" de Donald Wing Tiago Rodrigues Pinto -RA

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Resenha do texto "O olho que observa: 10 olhares da mesma cena" de Donald Wing Tiago Rodrigues Pinto -RA

O visão sobre o conceito de paisagem varia de acordo com o tempo histórico de quem a observa, sua filosofia e do conhecimento que se tem sobre aquele espaço. Este conceito foi modificado ao longo dos anos levando em conta todos os fatores citados. Ao longo do século XVIII, o conceito sobre paisagem era de que a natureza que a compõe era absoluta no espaço, grandiosa e majestosa, além de duradoura e inabalável, e, nesta visão, o homem se torna apenas uma criatura subordinada do seu poder e grandiosidade, visto que não há equivalência entre seu poder e sua força com algo tão grandioso, puro e generoso. Este conceito reforça a necessidade do homem de respeitar a natureza como ser maior por depender da mesma para sua sobreviência. Nesta visão, os mundos da natureza e do homem seriam distintos, diminuindo sua importância e o tornando vulnerável.

Ao passar dos tempos, esta relação entre o homem e a natureza começou a ser tratada de forma recíproca, onde o homem tem papel de descobridor da natureza por seu empoderamento do espaço, fazendo com que ela se torne um lar para o mesmo, que deixa sua marca em todo o espaço, e se torna dono daquilo. Sendo assim foi estabelecido que a natureza e o homem deveriam ser estudados em conjunto, visto que a influência entre ambos é proporcional aos resultados. Eis que surge uma nova vertente de estudos de ecologia e ambientalismo.

Ao ramo científico, a natureza é objeto de estudo como sistema vivo e essencial para a sobrevivência do homem, tendo este que estuda-la a fundo para descobrir seus poderes, sua importância e seu papel. Neste sistema chamado de natureza, existem inúmeros micro- sistemas e elementos que os integram, gerando uma infinidade de possibilidades de interação entre eles, gerando os fenômenos naturais. O cientista estudioso da natureza busca entender quais são essas interações para que possa prevenir e alertar ao homem as consequências. Neste âmbito, o natureza é vista com preocupação, precisando de correções do homem para que não se torne um problema para ele.

Há também a visão do ativista, que, por receio da destruição da paisagem pelo homem, levanta a bandeira sobre as consequências do seu uso, e a visão daqueles que enxergam a paisagem como riqueza, de poder monetário e vendável. Esta última visão a torna uma paisagem finita e quantitativa, vertente oposta ao olhar Romântico.

Por fim, ao juntar todos os estes conceitos, a paisagem se torna, como um todo, parte que conta a história, de onde se estudam as possibilidades de uso, de segmentação, de cuidado, despertando o olhar e os sentidos do observador para o visual, o olfativo, o tátil e auditivo se tratando de um espaço onde animais, plantas e homem se integram a outros elementos.