CASO CLÍNICO MEDICINA INTERNA

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Transcrição da apresentação:

CASO CLÍNICO MEDICINA INTERNA 21/05/2015

EMA, sexo masc., 59 anos, natural e procedente de Ribeirão Preto. RG: 1277735b QC: Anemia ferropriva TC abdome total

Pré-contraste Pós-contraste

CÂNCER COLORRETAL SINCRÔNICO Marília H. Destefani - R4

Câncer colorretal Neoplasia maligna mais comum do tubo digestivo. Quarta neoplasia maligna mais comum no mundo (pulmão>mama>próstata). Terceira neoplasia mais incidente no Brasil (excluindo-se os tumores de pele). O risco de desenvolver CCR ao longo da vida na população geral é de aproximadamente 5%.

Câncer colorretal CCR ESPORÁDICO (80%) X CCR ASSOCIADO A SÍND. GENÉTICAS (20%) Em ambos os casos, há risco de neoplasias colorretais múltiplas, que podem ser SINCRÔNICAS e/ou METACRÔNICAS.

SINCRÔNICO X METACRÔNICO Câncer colorretal SINCRÔNICO X METACRÔNICO CCR SINCRÔNICO  dois ou mais tumores primários são identificados simultaneamente em um mesmo paciente, durante exames pré-operatórios, no ato operatório, ou ainda dentro de 6 meses após o diagnóstico inicial. Os tumores devem estar separados por pelo menos 4 cm de distância e deve ser descartada a possibilidade de serem lesões por contiguidade ou lesões satélites. Tumor mais localmente avançado ou de maiores dimensões  “lesão índex” e os demais tumores  “lesões concorrentes”.

SINCRÔNICO X METACRÔNICO Câncer colorretal SINCRÔNICO X METACRÔNICO CCR METACRÔNICO  uma segunda lesão primária é identificada 6 meses após a detecção da primeira lesão, excluindo-se a possibilidade da lesão não ter sido diagnosticada à época do diagnóstico da primeira lesão (quando seria sincrônica) ou de recidiva do tumor operado. Deve distar pelo menos 3 cm da anastomose cirúrgica.

Câncer colorretal INCIDÊNCIA DE CCR SINCRÔNICO: 2 a 9% – média de 4%. CCR METACRÔNICO: 1%. Incidência sabidamente maior em algumas doenças específicas: RETOCOLITE ULCERATIVA (longa evolução) - 18% POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (PAF) - 21% SÍNDROME DE LYNCH – CCR HEREDITÁRIO SEM POLIPOSE - 20%

Câncer colorretal POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (PAF) Doença autossômica dominante. Apresentam centenas de adenomas esparsos por toda a moldura colônica desde a juventude (20-30 anos). CCR é INEVITÁVEL ao longo do tempo  colectomia total.

Câncer colorretal SÍNDROME DE LYNCH – CCR HEREDITÁRIO SEM POLIPOSE (HNPCC) Doença autossômica dominante, 5x mais frequente que a PAF. Síndrome de Lynch I  envolvimento colônico isolado Síndrome de Lynch II  CCR associado a neoplasias em outros órgãos, como de endométrio, ovário, mama, estômago, intestino delgado, sistema hepatobiliar, pâncreas, ureter e de pelve renal. 80% de chance de desenvolvimento de CCR, preferencialmente no cólon direito e mais precocemente (por volta dos 45 anos). Critérios de Amsterdam.

CCR SINCRÔNICO FATORES DE RISCO NOS CASOS DE CCR ESPORÁDICO: SEXO MASCULINO HISTÓRIA FAMILIAR ADENOMAS SINCRÔNICOS Tamanho do tumor, grau de invasão local e a idade do paciente  NÃO são determinantes significativos para o desenvolvimento de lesões sincrônicas ou metacrônicas. Na maioria dos estudos, não houve diferença significativa quanto a sobrevida entre pacientes com CCR múltiplo e CCR único (mesmo nos casos de doenças hereditárias).

TUMOR DE COLISÃO Condição rara na qual dois tumores histologicamente distintos são encontrados em um mesmo sítio anatômico, sem mistura histológica entre eles. Podem ser dois tumores primários de um mesmo órgão ou um tumor primário e uma metástase. Adrenal  adenoma. Ovário (teratoma + cistoadenoma/carcinoma).

Obrigada

Referências bibliográficas Brambilla E, Sgarioni AC, Finger G, Sartori G, Cimarosti MJ. Incidence and epidemiological features of synchronous and metachronous colorectal cancer. Journal of Coloproctology 2013;33(2):58-61. Tziris N, Dokmerzioglou J, Giannoulis K, Kesisoglou I. Synchronous and metachronous adenocarcinomas of the large intestine. Hippokratia 2008,12,3:150-152. Tsai PL, Hsu TC. Synchronous colorectal carcinoma. Journal Soc Colon rectal surgeon (Taiwan) 2011;22:139-145. Spizzirri A, Coccetta M, Cirocchi R, La Mura F. Synchronous colorectal neoplasias: our experience about laparoscopic-TEM combined treatment. World Journal of Surgical Oncology 2010, 8:105. Da Silva Andrade, SM, Pereira FL. Câncer Colorretal Sincrônico – Relato de caso e revisão da literatura. Revista brasileira de Coloproctologia, 2007;27(1):069-079.