Síndrome da veia cava superior

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Definição de asma - GINA 2008
Advertisements

CURSO DE RADIOLOGIA TORÁCICA AULA 06:
Tumores cutâneos.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Doenças do Pericardio.
José Roberto Tude Melo-Neurocirurgia-HUPES
Profilaxia e Tratamento da Doença Tromboembólica.
SISTEMA NERVOSO MENINGITES.
Paciente com história de dor torácica não ventilatório dependente, forte intensidade, com piora há 3 semanas quando associou-se a tosse seca, dispnéia.
Tumor Epidermóide de Esôfago
ABORDAGEM ENDOSCÓPICA DA LITÍASE DE COLÉDOCO
Trombose Venosa Profunda
Afecções Cirúrgicas da Região Cervical
EMBOLIA PULMONAR CONCEITO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PNEUMOTÓRAX CONCEITO ACÚMULO DE AR NO ESPAÇO PLEURAL.
Irrigação do coração Artéria coronária direita
Câncer Da Tireóide Apresentador: Luis Fernando C. Barros
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
Trombólise farmacomecânica na TVP: Quando e como
Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular
Urgência e Emergência Cardiovascular
Pneumonia em institucionalizados
METÁSTASES PULMONARES
Termo introduzido em 1911 pelo médico radiologista francês Destot,
Curso de Patologia II Prof. Jarbas de Brito
Módulo Cirurgia Vascular
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Insuficiência cardíaca congestiva
Trombose Venosa Profunda & Tromboembolismo Pulmonar
SALVAMENTO DE FAV PELA ANGIOPLASTIA
Reunião Mensal Anátomo-Patológica
DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO
Cancro da mama Introdução
II Curso de Pneumologia na Graduação Porto Alegre
Professor Ronaldo Rangel Pneumologia UFPb
Emergências Cirúrgicas Oncológicas
FÍSTULAS TRAQUEOESOFÁGICAS E BRONCOPLEURAIS
ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO
TROMBOSE.
PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA (PCR)
Pleurodese. Quando e Como?
Relato de Caso IV Curso Nacional de Circulação Pulmonar SBPT-2013 Prof. Dr. Mário Terra Filho Disciplina de Pneumologia-FMUSP.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANOGÊNICAS
Isquemia Intestinal Definição:
MENINGIOMA PARASAGITAL
Procedimentos Avançados do Paciente Traumatizado
Prof Assistente da Disciplina de Pneumologia UERJ
IMAGENS APLICADAS A EMERGÊNCIAS
Assistência de enfermagem nas valvulopatias
TVP.
Endocardite infecciosa
APRESENTAÇÃO DE CASO R3 HÉLIO A. R. Jr. ABRIL/2002.
SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR: RELATO DE CASO
Módulo II Procedimentos Realizados Indicações
TUMORES MEDIASTINAIS Marina Gaburro Da Silveira – MR3.
EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS TORÁCICAS O que devemos saber?
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL = AVC OU ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO=AVE
CIRURGIA ENDOVASCULAR Dr. Antonio E. Zerati
Aluno: Manoel Ricardo Costa Souza Orientador: Dr. Leonardo Kruschewsky
Insuficiência Respiratória Aguda
EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS
Carcinoma de local primário desconhecido
Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica Disciplina de Mecanismos Gerais da Doença 2º Módulo: O estudo da Doença 2013/14.
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO PERICÁRDIO
PATOLOGIA CLINICA HUMANA
Transcrição da apresentação:

Síndrome da veia cava superior Abordagem terapêutica Paulo Neves 15/01/2013, Reunião de Internos de CCT/CHVNG/E

Introdução Introdução Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da obstrução parcial ou completa da drenagem pela veia cava superior Patogénese Etiologia Clínica Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Patogénese Obstrução da veia cava Compressão extrínseca Patologia benigna ou maligna envolvendo o pulmão direito, gg linfáticos ou estruturas mediastínicas Obstrução intrínseca ou luminal Infiltração neoplásica, trombose Desenvolvimento de circulação colateral Ázigos, torácica interna, torácica lateral, sistema venoso esofágico Introdução Patogénese Etiologia Clínica Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Etiologia Etiologia Maligna (85%) Neoplasias do pulmão (75-80%) Linfoma (8-10%) Timoma, tumores mediastínicos, metástases (8-10%) Benigna (10-15%) Inflamatória Mediastinite fibrosante Colangite esclerosante Sarcoidose Fibrose pós-RT Iatrogénica Trombose de CVC, eléctrodos de PM Introdução Patogénese Etiologia Clínica Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Clínica Sintomas Sinais clínicos Dependem do tempo de instalação do quadro e do desenvolvimento de circulação colateral Edema facial, pescoço e membros superiores Dispneia, ortopneia, rouquidão, tosse  obstrução das vias aéreas Síncope e letargia  edema cerebral Sintomas Plétora facial, taquipneia, distensão venosa no pescoço e tórax Inclinação para a frente ou para trás pode agravar os sintomas Sinais clínicos Introdução Patogénese Etiologia Clínica Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Clínica Introdução Patogénese Etiologia Clínica Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Clínica Introdução Patogénese Etiologia Clínica Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Diagnóstico Radiológico RX torax Angio-TAC Angio-RM Ecografia Venografia Cintigrafia Etiológico Introdução Patogénese Etiologia Clínica RX – mediastinite fibrosante secundária a histoplasmose Observa-se alargamento mediastínico, massas hilares ou mediastínicas, derrame pleural, calcificações Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Diagnóstico Radiológico RX torax Angio-TAC Angio-RM Ecografia Venografia Cintigrafia Etiológico Introdução Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Diagnóstico Radiológico RX torax Angio-TAC Angio-RM Ecografia Venografia Cintigrafia Etiológico Introdução Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Diagnóstico Radiológico RX torax Angio-TAC Angio-RM Ecografia Venografia Cintigrafia Etiológico Introdução Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Avalia o fluxo nas veias subclávias e tronco braquicefálico; Diagnóstico Avalia o fluxo nas veias subclávias e tronco braquicefálico; Exclui a existência de trombos nos MS’s e veias axilares, subclávias e braquiocefálicas Radiológico RX torax Angio-TAC Angio-RM Ecografia Venografia Cintigrafia Etiológico Introdução Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Diagnóstico Radiológico RX torax Angio-TAC Angio-RM Ecografia Venografia Cintigrafia Etiológico Introdução Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Objectivos do tratamento: Introdução Objectivos do tratamento: Aliviar sintomas Tratar doença de base Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Tratamento endovascular Tratamento médico Trombolíticos em casos seleccionados (oclusões agudas) Anticoagulantes Diuréticos e corticóides para o edema laríngeo e cerebral Quimio e radioterapia Linfomas não-Hodgkin, tumores de células germinativas, CPPC (boa resposta à QT) Radioterapia – alívio sintomático em 80-90% dos doentes Tratamento endovascular Minimamente invasivo Trombólise, angioplastia e colocação de stent Sucesso de 80-90% Tratamento cirúrgico Bypass de uma VCS obstruída Utilizada quando os tratamentos acima descritos falham Introdução Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Tratamento endovascular Introdução Patogénese Tratamento endovascular Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Quando os tratamentos médico, QT, RT e endovascular falham…

Complicações do tratamento endovascular (3-7%) Precoces Oclusão Infecção Embolia pulmonar Migração do stent Hematoma Tardias Hemorragia (1-14%) Morte (1-2%) Introdução Patogénese Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Oclusão de um stent colocado na VCS Tratamento Introdução Patogénese Oclusão de um stent colocado na VCS Etiologia Clínica TAC – SVC sindrome secundário a trombose de cateter de dialise Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Tratamento cirúrgico Tratamento SVCS etiologia maligna Raramente utilizado pela eficácia do tratamento endovascular Pode incluir ressecção da VCS e reconstrução com patch venoso (safena em espiral), Dacron ou PTFE. SVCS etiologia benigna Tratamento cirúrgico é gold-standard Pouca experiência devido ao reduzido nº de casos Opções: trombectomia +/- bypass com prótese ou espiral de safena Esternotomia mediana ou toracotomia Mortalidade ~5%; patência 80-90% (hipocoagulação oral + clopidogrel) Introdução Patogénese Etiologia Clínica PTFE - politetrafluoroetileno Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Tratamento Opções cirúrgicas: a) b) c) Exérese de parte da VCS com clamp lateral (obstruções <50% do lumen) Interposição de prótese de PTFE aramada Reparação da VCS com patch de pericárdio autólogo Introdução Patogénese a) Etiologia Clínica PTFE - politetrafluoroetileno Diagnóstico Tratamento Prognóstico b) c)

Tratamento a) b) c) Opções cirúrgicas: Introdução Patogénese Etiologia Clínica a) b) c) PTFE - politetrafluoroetileno Diagnóstico Opções cirúrgicas: Reconstrução do sistema braquicefálico direito Reconstrução do sistema braquicefálico esquerdo Reconstrução do sistema braquicefálico esquerdo e direito Tratamento Prognóstico

Tratamento Bypass da veia jugular interna direita (IJV) para o apêndice auricular direito (Raa) Angio-TAC pós-operatório patologia: fibrose pós-RT Introdução Patogénese Etiologia Clínica PTFE - politetrafluoroetileno Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Prognóstico Patologia benigna Esperança de vida inalterada Patologia maligna SVCS não tratado: ~30 dias SVCS tratado: < 7 meses CPP: sobrevivência a 1 ano: 20% CPNPC: pior prognóstico; tratamento paliativo + RT Linfoma: sobrevivência a 2 anos: 50% Introdução Patogénese Etiologia Clínica PTFE - politetrafluoroetileno Diagnóstico Tratamento Prognóstico

Síndrome da veia cava superior Abordagem terapêutica Paulo Neves 15/01/2013, Reunião de Internos de CCT/CHVNG/E