Atender aos requisitos do texto Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Atender aos requisitos do texto

Argumentar Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia.

Argumentação Os argumentos devem ter um embasamento, nunca se deve afirmar algo que não venha de estudos ou informações previamente adquiridas. Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos, esses devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode citar qualquer pessoa.

Argumentação Experiências que comprovem os argumentos devem ser também coerentes com a realidade. Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa.

Argumentar Escrever um texto entre 8 e 30 linhas; Apresentar na introdução uma tese em relação ao tema proposto e colocar uma síntese dos argumentos que serão utilizados no decorrer do texto; Desenvolver o texto de forma coesa e coerente, apresentando dados de pesquisas, citações de especialistas e afins para fundamentar a tua tese. Fazer uma conclusão que faça um fechamento ao que foi desenvolvido e propor uma solução para o problema em questão;

Citações Toda a citação deve vir entre “aspas” e com referência ao autor e qual a publicação proveniente desta citação. Exemplo: Segundo a fulana em entrevista ao diário... : “todo jovem deve ter acesso a universidade...”

REDAÇÃO NOTA 1000 ENEM 2016 TEMA Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância religiosa mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na prática. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa é medida que se impõe.

REDAÇÃO NOTA 1000 ENEM 2016 Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma reprodução da casa colonial, como disserta Gilberto Freyre em “Casa-Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande, cuja religião era católica, e as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os negros lhe deram aparência cristã, conhecida hoje por sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião que subjugue as outras, o que deve, pois, ser repudiado em um estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença.

REDAÇÃO NOTA 1000 ENEM 2016 De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra “Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós-modernidade, e, consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil, onde, apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a rejeição à diversidade de crença é descontruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo.

REDAÇÃO NOTA 1000 ENEM 2016 Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a intolerância religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e dos costumes presentes no território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais capazes de descontruir a prevalência de uma religião sobre as demais. Ao Ministério Público, por sua vez, compete promover ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas ofensivas à diversidade de crença. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, alçará o país a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito.”