GRUPOS OPERATIVOS PICHON-RIVIERE.

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Transcrição da apresentação:

GRUPOS OPERATIVOS PICHON-RIVIERE

HISTÓRICO Criado por Pichon-Rivière (suíço / argentino) em meados de 1940

HISTÓRICO Modelo constituído a partir de dois referenciais – psicanálise e dinâmica de grupos Maior contribuição latino-americana no trabalho com grupos

COMO SURGIU? 1945 a partir do trabalho com hospital psiquiátrico de Rosário. Necessidade de improviso com pacientes na função de enfermeiros

COMO SURGIU? Problema fundamental: formação de enfermeiros Habilitou pacientes para “operarem” funções de enfermeiros

O QUE CARACTERIZA? Relação que seus integrantes mantêm com a tarefa Grupo terapêutico – obtenção de “cura” Grupo de aprendizagem – aquisição de conhecimentos

O QUE CARACTERIZA? Porém distinção não tem importância para Pichon R. Todo grupo terapêutico proporciona aprendizagem de novas pautas Todo grupo de aprendizagem proporciona a criação de um clima para resolução de conflitos (todo grupo é terapêutico)

O QUE CARACTERIZA? Objetivo da tarefa grupal – resolução de situações estereotipadas e a obtenção de mudanças, sendo que o nível da mudança dependerá dos indivíduos que no grupo estão inseridos

O QUE CARACTERIZA? Para Pichon R. tudo que “está vivo” está em constante movimento e se alterando continuamente (grupo).

DOIS ASPECTOS FUNDAMENTAIS Aspecto manifesto (explícito) Execução da tarefa propriamente dita, ou seja, tratamento do tema Aspecto latente (implícito) Dificuldades / lacunas / cortes na comunicação (obstáculo epistemológico)

DOIS ASPECTOS FUNDAMENTAIS Obstáculo epistemológico denuncia uma atitude de resistência a mudança O “trabalho” funciona como uma espiral constante (através do explícito se descobre o implícito)

RESISTÊNCIA A MUDANÇA Medo da perda (ansiedades depressivas) perda dos instrumentos que eram utilizados na enfermidade medo da perda do “já adquirido” (ganho secundário, conserva, acomodação, segurança)

RESISTÊNCIA A MUDANÇA Medo da perda (ansiedades depressivas) “não querer curar-se” medo de perder uma situação previamente conquistada

RESISTÊNCIA A MUDANÇA Medo do ataque (ansiedades paranóides) vulnerabilidade frente a uma nova situação; (“medo” do novo) medo diante da falta de instrumentação

RESISTÊNCIA A MUDANÇA DESSA FORMA, o medo da perda é o sentimento de perder o que já possui, e o medo do ataque é o sentimento de achar-se indefeso diante de um meio novo, sem a instrumentação capaz de protegê-lo.

RESISTÊNCIA A MUDANÇA A tarefa consiste em resolver as situações estereotipadas que surgem da intensificação dessas ansiedades Chamadas de situação dilemática – abandonar o velho para aprender o novo – situações que impedem a mudança / resistência

RESISTÊNCIA A MUDANÇA A intenção é levar o grupo a uma situação de movimento com a possibilidade de aprender sem o temor de perder

RESISTÊNCIA A MUDANÇA Com a espiral dialética, poderá se atingir o núcleo em que está localizado o medo da mudança com resistência (explícito – interpretação – implícito)

RESISTÊNCIA A MUDANÇA O progresso é então possível e formula- se novos problemas, novos aspectos, que levam o sujeito a poder aprender com maior liberdade mediante a ruptura do estereótipo.

ALGUNS CONCEITOS Porta-voz Membro do grupo que diz ou enuncia algo que até então permaneceu implícito Expressa algo de significação grupal Denuncia a enfermidade grupal ou os elementos bloqueadores da tarefa grupal

ALGUNS CONCEITOS “O porta-voz é o que é capaz de sentir uma situação na qual o grupo está participando e pode expressá-la porque está mais próxima de sua mente do que da dos outros”

ALGUNS CONCEITOS Verticalidade Grupal Experiência, história, antecedentes pessoais, circunstâncias pessoais de um membro do grupo

ALGUNS CONCEITOS Horizontalidade Grupal Denominador comum da situação grupal O que é compartilhado por todos os membros do grupo (cs ou ics) “Fala” do porta-voz + compartilhamento do grupo = horizontalidade

ALGUNS CONCEITOS Unidade de trabalho 1) Existente 2) Interpretação 3) Novo emergente

ALGUNS CONCEITOS Unidade de trabalho 1) Existente - refere-se a tarefa enunciada 2) Interpretação – coordenador propõe uma nova perspectiva para a situação; interpreta ou assinala dificuldades que estão se apresentando

ALGUNS CONCEITOS Unidade de trabalho 3) Novo emergente – o que surge como resposta / conteúdo que surge a partir da interpretação de um material implícito / nova situação que se estrutura como uma conseqüência da interpretação do coordenador – ponto de urgência.