PEDAGOGIA – PROF. ANA ELISABETE LOPES

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PEDAGOGIA – PROF. ANA ELISABETE LOPES EDUCAÇÃO ESPECIAL PEDAGOGIA – PROF. ANA ELISABETE LOPES

Aula 2 Da integração à inclusão: uma abordagem histórica da Educação Especial.

OBJETIVO DA AULA: Reconhecer os diferentes paradigmas educacionais que orientaram o campo da Educação Especial no contexto educacional brasileiro. Definir o conceito de integração e inclusão.

Transformações sociais sobre a visão da deficiência e sobre a pessoa com uma deficiência/diferença: Produção social sobre o conceito de deficiência. Transformações no comportamento da sociedade quando se defronta com a questão do convívio com a diferença, a diversidade humana e a pluralidade cultural. Movimento de inclusão/exclusão social da pessoa com deficiência.

“A diferença, a deficiência, o desvio, não suportados no convívio social, determinam a criação desses espaços diferenciados que, por sua vez, são estigmatizados pela própria sociedade que os cria” (Goffman, 1988). Reflexo da: - visão social estereotipada em relação à deficiência. -julgamento qualitativo negativo e desqualificante da pessoa com deficiência. - premissas preconceituosas e estigmatizantes.

Transformações ao longo da história: Antiguidade (Grécia e Roma): pessoas com limitações funcionais ou necessidades diferenciadas eram rejeitadas e abandonas à própria sorte. pessoa com deficiência sequer era considerada como um ser humano e, em muitos casos, o direito à vida era suprimido. práticas de exclusão/eliminação aceitas socialmente.

Idade Média: advento do Cristianismo e transformações político-administrativa com a divisão do poder decisório entre a nobreza e o clero. a visão sobre a pessoa com deficiência sofre transformações sob influência dos dogmas cristãos. Igreja Católica condena prática do extermínio pois todas as pessoas são criaturas de Deus e têm direito à vida. sociedade passa a suportar o convívio com pessoas doentes, deficientes, mentalmente afetadas.

Relação sociedade e pessoa com deficiência nesse período: sentimentos de piedade e caridade permeiam a relação. concebidos como seres inferiores. mantidos à margem do convívio social. seres improdutivos sem trabalho ou renda. trato social com desprezo e pena. concebido como um ser desqualificado, incapaz e improdutivo.

Advento do Capitalismo: Século XVIII- primeiras iniciativas voltadas para ação educativa junto às pessoas com alguma deficiência. Tese- estimulação direta para obter algum resultado na aprendizagem e na adequação do comportamento desejável.

História da Educação Especial no Brasil: Diferentes paradigmas educacionais: paradigma médico- assistencialista paradigma de serviços paradigma de suportes

Paradigma médico-assistencialista: visava o cuidado e a proteção da pessoa com deficiência. a pessoa era retirada do convívio social e separada de sua família. prática de confinamento em espaços segregados: conventos, asilos, manicômios.

Paradigma de Serviços - século XX (após os anos 60): Crítica ao paradigma da institucionalização devido a sua ineficiência e inadequação na recuperação ou preparação das pessoas com uma deficiência para a vida em sociedade. Princípio de normalização- procurar formas de atuação junto ao deficiente visando ajudá-lo a adquirir as condições e os padrões de comportamento mais próximos possíveis do que é socialmente determinado como normal.

Oferta de serviços especializados- escolas especiais, entidades assistencialistas e centros de reabilitação. Integração parcial- comportamento ou grau de aprendizado definido como padrão para o aluno poder tentar ser integrado em uma classe especial, criada dentro das escolas regulares ou em classes comuns. Integração parcial- “sistema de cascata”.

Paradigma de Suporte - (a partir da década de 80)- conceito de inclusão. - garantir o acesso imediato, irrestrito e contínuo dos alunos com necessidades especiais a todos os espaços comuns da escola regular. - oferta de uma rede de suporte e apoio para auxiliar o processo de inclusão social e educacional de todos os alunos.