Tratamento Cirúrgico das Metástases Hepáticas

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Tratamento Cirúrgico das Metástases Hepáticas Dr. Mauro Monteiro Correia www.mauromonteiro.com.br

www.mauromonteiro.com.br Metástase Hepática Observação ou Quimioterapia = sobrevida de 0% em 5 anos Hugh 1997 QT SISTÊMICA (5FU/LV) Resposta 30% QT REGIONAL Resposta 50% Cohen. Eur J Cancer 1996, 324 (13).

História Natural da Metástase Hepática (sem tratamento) www.mauromonteiro.com.br História Natural da Metástase Hepática (sem tratamento) Única Múltipla 2 órgãos 11 meses 7,5 meses 4 meses Gorog. Acta Chirg Hung 1997; 36:1-4

www.mauromonteiro.com.br Metástase Colo-Retal Nenhuma outra forma de tratamento pode reproduzir a sobrevida da cirurgia curativa. História Natural X Ressecção 0% x 35% - 5 anos

Indicações Estabelecidas www.mauromonteiro.com.br Indicações Estabelecidas Discutíveis Colo-retal Neuroendócrino Rim Seminoma Sarcoma Mama Adrenal Útero Ovário

Maus resultados Melanoma Pâncreas Estômago Vesícula Cabeça e Pescoço www.mauromonteiro.com.br Maus resultados Melanoma Pâncreas Estômago Vesícula Cabeça e Pescoço Primário desconhecido

Critérios de Inclusão Fígado - único local www.mauromonteiro.com.br Critérios de Inclusão Fígado - único local Tumor primário controlado/controlável PS > 60% Expectativa de vida > 2 meses Remanescente 2 segmentos ou 1% do peso corporal

Momento e Indicação da Cirurgia www.mauromonteiro.com.br Momento e Indicação da Cirurgia Metástase Única/Múltipla Controlado (sim/não) Central/Periférica Eletivo (sim/não) Primário Risco de observação

Metástases Hepáticas do Câncer Colo-Retal www.mauromonteiro.com.br Metástases Hepáticas do Câncer Colo-Retal Câncer colo-retal : 50% morrem por recorrência. Fígado – o local mais freqüente. Hugh. Surg Oncol 1997; 6 (1):19-30 Fígado – único local de recorrência letal em 46%. Weiss J. Natl Cancer Just 1996; 88:252-258 6ª incidência de casos novos - ano 2000 - Brasil (19.050) 5ª causa de óbito- ano 2000 - Brasil (5.950) 20% lesão sincrônica no fígado (4.000) Fong. Semin Surg Oncol 1996 12: 219-252

Fatores Prognósticos Significância SIM NÃO Sexo Idade Primário(colo ou reto) Cea - Cady 98 Taylor 97 Blumgart 97 Dukes Hugh 97 Bakalakos 98 Número de nódulos Makuuchi 2000

Fatores Prognósticos Significância SIM NÃO Uni-Bilobaridade Blumgart 97 Bakalakos 98 Tamanho Suzuki 97 Taylor 97 Sincrono/Metacronicidade - Intervalo de tempo Bakalakos 97 Isolada/Não Hugh 97 Diagnóstico Sint./Assintom. Schoemaker 98 Tipo de Ressecção

Fatores Prognósticos Significância SIM NÃO Margem (>1 / <1cm) Cady 98 Elias 98 Margem ( + / - ) Bakazakos 98 Hugh 97 Blumgart 97 Transfusão Taylor 97 - Quimioterapia Iwatsuki 86 Hughes 88 Fortner 86 Butler 88 Ressecabilidade Bakalakos 98

Sucesso na Sobrevida Seleção pré-operatória Técnica cirúrgica UIO www.mauromonteiro.com.br Sucesso na Sobrevida Seleção pré-operatória Técnica cirúrgica UIO Métodos complementares Embolização portal Crioterapia Radiofreqüência QT - IA Follow-up (CEA/U-SOM) Re-ressecção Sobrevida mediana - 20 a 40 meses >25% / 5 anos

Ultrassonografia Intra-Operatória www.mauromonteiro.com.br Ultrassonografia Intra-Operatória Sensibilidade 95% Especificidade 98% Metástase oculta - 10 a 28%  Índice de Margem (+) Falso negativo 16% Dura ~ 10 min. Cady. Am. Surg. 1998; 227 (4) Paul .Br. J. Surg. 1996; 83 (12)

Conclusão Candidatos à cirurgia: www.mauromonteiro.com.br Conclusão Candidatos à cirurgia: Todos aqueles potencialmente ressecáveis, com segurança e com margem livre Não são candidatos: Sem condições clínicas Doença metastática extra-hepática Volume residual ou qualidade do parênquima insuficiente.

Detalhes Técnicos Conhecimento da Anatomia Funcional www.mauromonteiro.com.br Detalhes Técnicos Conhecimento da Anatomia Funcional Abordagem Glissoniana (ressecção anatômica)

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Continua Apresentação www.mauromonteiro.com.br Opções: Vídeo Árvore Continua Apresentação

Abordagem Glissoniana www.mauromonteiro.com.br Abordagem Glissoniana

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www.mauromonteiro.com.br III IV II

www.mauromonteiro.com.br IV I

Tronco Venoso (média-esquerda) www.mauromonteiro.com.br Tronco Venoso (média-esquerda) Veia Hepática Direita Veia Hepática Esquerda

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Metástases hepáticas Câncer de Mama Sobrevida mediana = 2 anos QT é paliativa (RC = 10-20%) PDQ® - NCI – 20/06/99 “Surgery and/or radiation therapy if recurrence is localized or visceral”. Long term survival after resection of pulmonary metastasis. Lanza. Annals of Thor Surg, 54(2):244-248, 1992.

Ressecção de Metástases Hepáticas do Câncer de Mama Krissat, 98 Fatores prognósticos Significativos: 3 nódulos Resposta à QT R 0 Sem significado Prognóstico: Doença extra-hepática Tamanho Tipo de ressecção Intervalo LD Estadio inicial

Ressecção de Metástases Hepáticas do Câncer de Mama www.mauromonteiro.com.br Ressecção de Metástases Hepáticas do Câncer de Mama Autor n Sobrevida Mortalidade (%) Krissat (98) 43 5anos 37% 5anos SED 23% Raab (98) 34 5 anos 18,4% 3 Elias (98) 35 5anos 20% 2 Scheverlein (98) 21 2anos 60% - Berney (98) 25 5anos 10% Mariette (92) 5anos 16% TOTAL 192 5anos 10 - 37%

Métodos complementares de Tratamento QT sistêmica QT intra-art QT sis + intra Quimioembol Etanol Métodos químicos Apoptose Cito-redução Crioterapia Radiofreq Laser Radioisótopos (Itrio-90) Necrose de coagulação Métodos físicos

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Morbi-mortalidade Tratamento Morbidade (%) Mortalidade (%) Cirurgia www.mauromonteiro.com.br Morbi-mortalidade Tratamento Morbidade (%) Mortalidade (%) Cirurgia 10 - 47 0-11 Quimioemb 60 1 QT – intra 28 1 - 2 Crioterapia 0 - 27 0, 9 Radiofreq 2 2,7

Resultados (Met. Colo-retal) www.mauromonteiro.com.br Resultados (Met. Colo-retal) Tratamento Sobrevida Cirurgia 65% - 2 anos 20-50% - 5 anos QT Sistêmica 72% - 2 anos 0% - 5 anos Quimioembolização 8,6 meses Crioterapia 13% - 5 anos Radiofrequência RC 77% Rec 80% (< 4 cm) QT Sist + intra+ ressecção * 86% - 2 anos *Kemeny.New Engl J Med 1999; 341:2039-2048.

Prevalência e Resultados do INCA www.mauromonteiro.com.br Prevalência e Resultados do INCA Fases Período n n/ano Mortalidade I 50-86 66 1,8 21% II 87-95 36 4,5 13% III 97-98 24 12,0 12% IV 99-2000 16,0 0% Total: 150

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