Curso de Formação Sindical para a Educação Infantil A necessária construção da relação família e instituições de Educação Infantil SINPEEM / São Paulo.

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Transcrição da apresentação:

Curso de Formação Sindical para a Educação Infantil A necessária construção da relação família e instituições de Educação Infantil SINPEEM / São Paulo Profª Drª Maristela Angotti Departamento de Didática FCL/UNESP/CAr

O contexto da Educação Infantil em processo de transição e vínculo com o Ensino Fundamental e a família Constituição 1988: Criança sujeito de direitos; Creche e pré-escola direito da criança e de todo trabalhador rural e urbano pais ou responsáveis por elas; responsabilidade da família; Educação processo de corresponsabilidade entre Estado/família/comunidade Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

O contexto da Educação Infantil em processo de transição e vínculo com o Ensino Fundamental e a família Ganha significado especial a pessoa em sua plenitude, a pessoa cidadã que deverá ter em toda e qualquer etapa de sua vida a garantia legal de preservação de seu direito ao desenvolvimento integral – essencial para a convivência e interação sócio-histórico-cultural na condição de interveniência segura, seu preparo para o exercício da vida cidadã, e sua qualificação para o trabalho. Ou seja, esta condição exige de todos, sobretudo na etapa específica de nossas preocupações e investimentos, o conhecimento, a valorização e o compromisso frente à infância, a educação infantil na direção da sociedade que almejamos, projeto de possível consenso estabelecido via bom senso que explora o melhor da humanidade no humano.

Educação Infantil LDBEN nº 9394/96 Art. 29. A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Cuidar Educando; educar cuidando em ambiente lúdico e com as perspectivas da Arte, pelas vias das Linguagens em Educação como grande mote para o desenvolvimento da criança, de seus processos cognitivos, expressivos e identitários – individual e coletivo, de sua inserção no mundo do conhecimento.

DCNEI-2009 FINANCIAMENTO FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, instituído pela Emenda Constitucional nº 14, de setembro de 1996, implantado a partir de janeiro de 1997. FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Básica, criado pela Emenda Constitucional nº 53/2006, regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007 . E. F. de 9 anos quebra EI Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.

Ações Políticas comprometedoras para esta etapa do sistema educacional Educação Infantil O contexto da Educação Infantil em processo de transição e ampliação em termos do direito público subjetivo afirma matrículas obrigatórias a partir dos 04 anos até os 17, segundo o caráter mandatório do art. 208 da Constituição alterado pela Emenda Constitucional 59, de 2009. Outra quebra na EI – Ações Políticas comprometedoras para esta etapa do sistema educacional

Família, educação e sociedade  projeto??? Podemos considerar que a ausência de diálogo entre a sociedade, as famílias e as instituições educacionais nas discussões dessa natureza revela um estado letárgico que permite ao cidadão manter-se em uma possível zona de conforto que não exige conflitos, confrontos, defesas, sobretudo pelo processo de desresponsabilização pela infância, pelos processos educacionais e pelo próprio futuro da sociedade.

Educação Infantil vínculos com o EF e a Família Infância e criança... ... as atividades lúdicas entendidas enquanto jogos, brinquedos e brincadeiras e o trabalho com a arte por meio das linguagens representam potencial inesgotável propiciadores de desenvolvimento nos diferentes aspectos físico, intelectual e social, bem como em suas interfaces conectivas com a emoção, a afetividade, a cognição, a ousadia, a criação original perspectiva que precisa atender as crianças “maiores” também, crianças que estão matriculadas no Ensino Fundamental de 9 anos, que ainda são e devem ser respeitas pelo fato de serem crianças.

Relações entre Estado/instituição educacional e família Infância; Publicização da infância e atendimento na EI; Diálogos respeitosos e objetivados em favor da criança, do pedagógico e da sociedade; Experimentação metodológica – empoderamento pelos(as) educadores(as) e pais/responsáveis. Cidadania. Ex: Escola Livre para Educadores Profissionais e Leigos

Empoderamento entendido como um processo de reconhecimento, criação e utilização de recursos e de instrumentos pelos indivíduos, grupos e comunidades, em si mesmos e no meio envolvente, que se traduz num acréscimo de poder – psicológico, sócio-cultural, político e econômico – que permite a estes sujeitos aumentar a eficácia do exercício da sua cidadania (PINTO, 1998, n.p.) Empoderar-se seria a possibilidade de investir de uma forma mais eficiente, eficaz e efetiva nas questões e nos problemas relacionados à qualidade na infância. Uma possibilidade de investimento no campo conceitual e epistemológico para além de uma defesa e pouco argumentada que por ser dessa forma impede muitas vezes que decisões importantes e movimentos inovadores sejam pensados e formalizados.(ANGOTTI; BARRETO, 2009, p.153)

Gostamos de Receitas? Formação – conhecimento e identidade Compromisso com a infância e a sociedade Seriedade com a profissão,profissionalismo Partilha em diálogos e responsabilidades com a sociedade Sedução pelo conhecimento, pares em sociedade – educadores profissionais e leigos. Cidadania. Sem esperas – criar fatos, antecipar-se.

Relação: instituições, famílias e comunidade Para além do já estruturado em Lei e cultura... Nos espaços de formação contínua em serviço, nas reuniões, nas festividades, vincular a família à possibilidade de criação de espaços de formação, compromissos e responsabilidades partilhados em prol da infância e da criança; Relação de continuidade, aprofundamento em processo educacional entre EI e EF, sem rupturas traumáticas e distanciamento conceitual e metodológico; Constituição de novos equipamentos municipais para e pela convivência familiar, social educativa; A cidade, sua comunidade se pensando e repensando, organizando pelo bem de seus membros e pela qualidade de vida em condição de convivência e exploração pedagógica de relações e situações significativas para a exploração didática em EI.

Professor(a) relações de compromisso e responsabilidade com a infância junto à família Compromissos com partilha de responsabilidade, publicização da importância do atendimento educacional à primeira infância, da vivencia exploratória, inquietante, feliz, compromisso com uma cultura inovadora, cooperativa, colaborativa dentro das unidades educacionais, do sistema e sociedade com suas diferentes instâncias (instituição, família, comunidade), a sociedade se pensando, se repensando e investindo em sua qualidade de vida, no viver com o outro, numa interação cujo amalgama é o conhecimento que representa condição de sustentabilidade da vida humana pelo que de melhor ela possa ser, ter e produzir para viver com qualidade. Garantia de vida!

Enfim... Temos muito já feito e ainda não consolidado em termos de direitos e de práticas pedagógicas. Precisamos mudar nossa atitude, precisamos nos tornar pessoas mais sensíveis para lidar com o nosso objeto de preocupação – o ser humano criança; precisamos nos tornar cidadãos para lutarmos pelos nossos direitos e, sobretudo daqueles que não podem se defender e com quem estabelecemos laços de compromisso e responsabilidade; precisamos nos firmar profissionais, com profissionalidade e profissionalismos que nos dignifique e distinga de outros profissionais (e ou leigos) e nos tirem efetivamente da condição de leigos em serviço ou profissionais descomprometidos. Aqui reside e se sustenta a necessária construção da relação da família e instituições de EI.

Agradeço a todos pela atenção, e à Coordenação do evento pelo convite Profª Drª Maristela Angotti maristela_angotti@hotmail.com stamaris@fclar.unesp.br