CONTRATO DE SEGURO Para Caio Mário da Silva Pereira “é o contrato por via do qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado), mediante.

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Transcrição da apresentação:

CONTRATO DE SEGURO Para Caio Mário da Silva Pereira “é o contrato por via do qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado), mediante o recebimento de um prêmio, a indenizá-la, ou a terceiros, de prejuízos resultantes de riscos futuros, previstos”

O vasto campo de abrangência dos seguros na sociedade e a constante evolução das necessidades sociais, fez com que o legislador deixasse para a legislação extravagante a disciplina das diversas subespécies de seguro. O Código o disciplinou, de forma geral, tendo um sistema unitário, mesmo sendo integrado por espécies diferentes.

É o contrato que divide entre várias pessoas o prejuízo imposto a alguém pelo acaso. Algumas pessoas pagam e apenas aquelas que sofrerem perdas, a depender do destino (=álea), receberão indenização. Os segurados são implicitamente solidários, pois cada um contribui para indenizar quem sofrer um acidente.

O contrato de seguro interessa também ao Direito Comercial (ex: seguro marítimo) e ao Direito Previdenciário (ex: seguros sociais, seguro desemprego, salário maternidade, acidente do trabalho, etc).

Há duas espécies de seguro tratadas no Código Civil Seguro de dano Seguro de Pessoa

Seguro de Dano É o contrato pelo qual uma empresa especializada obriga-se para com uma pessoa física ou jurídica, mediante prêmio por esta devida, a lhe pagar uma indenização se ocorrer um sinistro previsto no contrato ao patrimônio do segurado (757/CC). Só pode ser seguradora pessoa jurídica devidamente autorizada (§ único do 757/CC).

A seguradora recebe o prêmio, assume o risco e paga a indenização se ocorrer o sinistro.   O seguro de dano protege o patrimônio do segurado, qualquer que seja o bem de pessoa física ou jurídica, contra incêndio, abalroamento, roubo, acidente, etc. Se o sinistro ocorrido não estiver expressamente previsto no contrato não há indenização.

O segurado paga uma remuneração = prêmio, e terá direito à indenização se ocorrer o sinistro. A seguradora não pode dispensar o prêmio de um dos segurados. Qualquer bem pode subitamente sofrer um dano e perecer, é o risco, porém o sinistro é potencial. Quando o risco se materializa nós temos o sinistro, surgindo para a seguradora a obrigação de indenizar.

Características:         - é contrato bilateral: o segurado tem a obrigação de pagar o prêmio à seguradora pelo risco por ela assumido (763); tem também o dever de não agravar o risco (768,). A seguradora tem interesse na conservação do bem do segurado (771), e tem    a  obrigação de pagar a indenização se o  sinistro ocorrer (776,772). - é contrato aleatório: a obrigação do segurado é certa, já a da seguradora é eventual. Se durante a vigência do contrato não ocorrer sinistro algum, a seguradora nada irá desembolsar, porém o prêmio não será devolvido (764). - é solene: prova-se por escrito mediante apólice com os detalhes do art. 760, mas admite-se seguro pelo consenso, antes da apólice (ex: se transmite à seguradora o fax da nota fiscal do carro 0 km adquirido numa loja.

- é contrato de adesão: suas cláusulas previamente estabelecidas pelo Governo (Susep) e pela seguradora, surgindo o consenso com o “aceite” do consumidor. O consumidor é o “proponente” e a seguradora pode recusá-lo porque aumenta a potencialidade do  risco, onerando o custo do seguro para os bons consumidores (por isso a proposta pode ser recusada). - é duradouro: o seguro pode durar dias, meses e anos.

Quando a seguradora paga o prejuízo do segurado, terá ação regressiva contra o causador do dano (786/CC)

Valor máximo da indenização O seguro de dano tem por limite o valor da coisa, afinal seguro não existe para enriquecer, apenas para evitar uma perda, não se podendo segurar uma coisa por mais do que ela valha (778). A seguradora visa ao lucro no seu negócio, mas o segurado não (781). Não se admite segurar um bem em mais de uma seguradora (782). O que se permite nos seguros de alto valor é que várias seguradoras dividam seus riscos (co-seguro do 761).

O princípio da boa fé é aplicável a todos os contratos, mas é exigido com mais rigor nos contratos de seguro. O segurado não pode mentir e nem omitir nenhuma informação relevante à seguradora (765, ex: o carro dorme em garagem ou na rua? Quem guia mais o carro é um jovem ou um adulto?) A lei pune com a perda da indenização o segurado que viola a boa-fé, mesmo que o bem segurado tenha sido vistoriado pela seguradora (766, 784 e § único).

Seguro de Pessoa Subdivide-se em: seguro de saúde seguro de vida

Pode ser feito seguro de pessoa em mais de uma seguradora (789). No seguro de saúde as indenizações serão divididas entre as seguradoras que o cliente tiver porque o objeto da indenização é a despesa comprovada. No seguro de vida (não tem preço), todas as apólices serão indenizadas.

O seguro de saúde  garante as condições médico-hospitalares em caso de enfermidades.

O seguro de vida consiste no pagamento pela seguradora de um capital a um beneficiário do segurado, após sua morte ou invalidez permanente   (792 e § único). O beneficiário pode ser indicado e substituído a qualquer tempo pelo segurado. O segurado paga um prêmio à seguradora que assume o risco da sua morte (796).

O capital pago pela seguradora não é herança, pois não integra o patrimônio do segurado, por isso um estranho pode ser beneficiário, mesmo sem ser parente (794). O segurado não pode agravar o risco de morrer (ex: pular de pára-quedas, 768). Igualmente a seguradora não cobre acidente provocado intencionalmente pelo próprio segurado (762). Se o segurado se suicida, a seguradora pagará o capital ao beneficiário só após o prazo de carência do art. 798.

Seguro de pessoas em grupo está previsto no art Seguro de pessoas em grupo está previsto no art. 801 do CC e é usado por empresas para garantir saúde a seus funcionários.