21 de Setembro 2011 Rio de Janeiro QUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Luís Pisco Professor Convidado Departamento de Medicina Familiar Faculdade de Ciências.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Dr. Alexandre H. de Quadros
Advertisements

O QUE FAZEM OS EXECUTIVOS
A estrutura do gerenciamento de projetos Introdução
Mestrado em Ambiente Saúde e Segurança
Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza
Intervenção Social nos
Avaliação no Ciclo da Gestão Pública
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - UEMS
Qualidade Total.
Escola do Comportamento Humano
LEARNING ORGANIZATION
A Liderança e Gestão do AVEP: a opinião dos professores
Garantia de Qualidade do software
Balanced Scorecard.
MUDANÇA NA ORGANIZAÇÃO
A Promoção da Prática Baseada em Evidências em Nível Global através da Pesquisa: como eliminar lacunas no financiamento e na publicação Moisés Goldbaum.
GESTÃO DE PESSOAS EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA
Pesquisa Ação: Uma introdução metodológica.
Lideranças nas organizações educativas
AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR PROCESSOS ENVOLVIDOS
Projecto Escxel – Escola Secundária Quinta do Marquês - Oeiras Breves reflexões sobre o Projecto Escxel na nossa escola 1 de Outubro de 2010.
O Gestor como comunicador
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR Sandra Chaveiro Ano Lectivo 2011/2012 INSTRUMENTOS DE APOIO À GESTÃO.
Modelo de Excelência em Gestão
CONSTRUÇÃO DE VALOR SATISFAÇÃO e QUALIDADE.
MÓDULO 10 Planeamento Anual e Estratégico
Novos instrumentos de gestão para a profissionalização da Administração Pública A avaliação do desempenho Miguel Nuno Rodrigues.
Empreendedorismo pode ser aprendido
Teorias Modernas de Gestão
Trabalhando com Grupos
Introdução à Qualidade
Normas de Gestão na CARE
Como usar o comércio para a erradicação da pobreza
Gestão e organização da Biblioteca Escolar
MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR
A USF-AN e a Reforma dos CSP Bernardo Vilas Boas – Presidente da Direção da USF-AN.
Monitorando os Controles Internos Johann Rieser Auditor Sênior, Ministério das Finanças, Viena.
Amélia Gracias. AG QUALIDADE CUIDADOS SEGUROS CUIDADOS SEGUROS ORGANIZAÇÕES SEGURAS ORGANIZAÇÕES SEGURAS PRÁTICAS SEGURAS PRÁTICAS SEGURAS DOTAÇÕES SEGURAS.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Gestão por Competências
ISO NBR Eduardo Silvestri Ribeiro
Funções, Responsabilidades, Tarefas do Supervisor,
INOVAÇÃ0 Conhecimento Aprendizado Estratégia POR QUE INOVAR?
Terapia comportamental
Unidade VIII Arquitetura Organizacional
REENGENHARIA.
PROCESSOS DE TREINAMENTO
Vulnerabilidade na Saúde Pública
Melhoria da Qualidade dos CUIDADOS DE Saude
POR QUE INCLUSÃO? Maristella Abdala.
Livro 4 Avaliação de Desenvolvimento Sustentável: Princípios na Prática.
FUNDAMENTOS Todo negócio tem uma MISSÃO a cumprir
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMIENTO
1de12 Inserção do Laboratório no(s) Sistema(s) de Qualidade da Empresa 4 de Dezembro de 2006.
Abordagem Colaborativa à Gestão do Conhecimento: Soluções Educativas Virtuais Adelino António Peixoto Fernandes Amaral Universidade Portucalense Porto,
(Notas João Filipe Matos, 2004)
MISSÃO O que é? É a expressão da razão da existência da empresa.
Rio de Janeiro, 7 a 9 Julho Ana Jorge, Ministra da Saúde SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE PORTUGUÊS.
RECURSOS HUMANOS Aplicada na Produção.
Conceito de Mudança Mudanças organizacionais são alterações efetuadas pela administração na situação, processo ou ambiente de trabalho. O GESTOR DEVE SABER.
Áreas de concordância quanto ao conceito de estratégia
Cultura Organizacional
Segurança do Doente num Departamento de Imagem Médica
A Liderança transformacional
Gerenciamento de mudanças e Matriz de Oportunidade vs Risco
22º Encontro Nacional de Clínica Geral DESCENTRALIZAR Cuidados de proximidade ao cidadão e à comunidade António Rodrigues.
4 de Julho 2006 Características Comuns a todas as Auditorias Independentemente do tipo de auditoria e da entidade que as promove estas são actividades.
Ricardo de Andrade Kratz
ADMINISTRAÇÃO INTERDISCIPLINAR
Controle estratégico – 9a. aula Prof ª Rosana Alves Vieira Empreendedorismo e Estrat. de Negócios.
Transcrição da apresentação:

21 de Setembro 2011 Rio de Janeiro QUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Luís Pisco Professor Convidado Departamento de Medicina Familiar Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa Qualidade Clínica e Organizacional

Quality is never an accident; it is always the result of high intention, sincere effort, intelligent direction and skilful execution… the wise choice of many alternatives. William A. Foster,

The difficulty lays not so much in developing new ideas as in escaping from old ones. John Maynard Keynes

EIXOS DO SONHO E DA REALIDADE REALIDADEREALIDADE Relevância Custo-efectividade S O N H O Qualidade Equidade Aspiração de corresponder ao cumprimento de todas as expectativas, de todos. OMS -TUFH

O EQUILÍBRIO NA SAÚDE MINIMO Qualidade Máximo Equidade Máximo Obter o melhor nos serviços de saúde, não pode ser privilégio de uns poucos, mas um direito de todos. Relevância Máximo Problemas mais importantes devem ser abordados em primeiro lugar. Máximo Custo-efectividade Utilizar da melhor maneira os recursos disponíveis.

ÉTICA E QUALIDADE  Na prática da Medicina, está profundamente enraizada a filosofia de que é um dever ético do médico, tratar os seus doentes da melhor maneira possível.  A essência do juramento de Hipócrates consiste na prestação de serviços de alta qualidade aos doentes.

ÉTICA E QUALIDADE  Este código ético, e esta obrigação moral, norteiam tradicionalmente a postura e o desempenho da vasta maioria dos profissionais de saúde.  Em matéria de Qualidade, existe uma forte tradição e a nossa responsabilidade histórica e cultural é grande.  O desenvolvimento da Qualidade não é nada de novo na nossa área, e os profissionais de saúde têm que assumir um papel central na melhoria da Qualidade.

 A melhoria da Qualidade tem a ver com a mudança gradual de comportamento das pessoas em relação ao seu trabalho e da sua atitude em relação aos outros.  Claro que nada mudará se estivermos satisfeitos com o modo como as coisas estão actualmente. PRINCÍPIOS GERAIS DA MELHORIA DA QUALIDADE

 As mudanças mais importantes que acontecem num processo bem sucedido de melhoria da Qualidade, são as mudanças de comportamento.  A mudança de cada um de nós é um pré requisito fundamental para a melhoria da Qualidade da organização. PRINCÍPIOS GERAIS DA MELHORIA DA QUALIDADE

 Não há como mudar a Qualidade final dos serviços sem a cooperação dos profissionais e sem mudanças de comportamento. Roberto Passos Nogueira GESTÃO DA QUALIDADE

 A prestação de cuidados de saúde está em rota de colisão com aquilo que são as necessidades dos doentes e a realidade económica.  Aumento de custos, aumento dos problemas de qualidade e um aumento crescente de cidadãos sem acesso aos cuidados de saúde necessários, é inaceitável e insustentável.

REDEFINING HEALTH CARE Michael Porter  As evidências acumulam-se acerca da existência de problemas de qualidade e de que muitos cidadãos recebem menos cuidados de saúde, do que aqueles que seriam apropriados.  Por outro lado muitos recebem cuidados desnecessários, ou sem efectividade comprovada.

 É legitimo esperar, que os Serviços de Saúde disponham de mecanismos de avaliar de uma forma sistemática, os cuidados prestados e saber se os recursos são adequadamente utilizados e se é obtida a melhor Qualidade possível. PRINCÍPIOS GERAIS DA MELHORIA DA QUALIDADE

 A finalidade duma política de melhoria continua da Qualidade será a de conjugar todos os esforços no sentido de a tornar uma parte integrante e permanente de todas as actividades profissionais a todos os níveis do Serviço de Saúde. PRINCÍPIOS GERAIS DA MELHORIA DA QUALIDADE

ESTRATÉGIAS QUE PERMITAM OBTER:  Doentes – melhores cuidados de saúde.  Profissionais – recompensa pelas boas práticas.  Financiadores – contenção de custos. How physicians can change the future of health care Michael Porter, Elizabeth Teisberg JAMA, March 14, 2007 – vol 297, No. 10

 É sempre possível melhorar a qualidade dos cuidados prestados, apesar dos poucos recursos disponíveis.  O facto de actuarmos num ambiente pouco favorável à qualidade, só vai condicionar a nossa forma de intervenção. H. Palmer

 If you always do, What you always did  You always get, What you always got. Granny Donaldson

 “The definition of insanity is continuing to do the same thing over and over again and expecting a different result." Albert Einstein

 Qualidade e Melhoria da Qualidade significam coisas diferentes para pessoas diferentes em circunstâncias diferentes.  Na saúde, não existe uma definição universalmente aceite de Qualidade.  A definição, do Instituto de Medicina dos EUA, é frequentemente utilizada: em que medida os serviços de saúde aumentam a probabilidade de obter os resultados de saúde desejados para as pessoas e populações e são consistentes com os actuais conhecimentos científicos. CONCEITO DE QUALIDADE

DIMENSÕES DA QUALIDADE Segurança Evitar que cuidados destinados a ajudar as pessoas as prejudiquem. Centralidade do cidadão Prestação de cuidados que respondam e respeitem as necessidades e valores das pessoas. Oportunidade Reduzir esperas e atrasos prejudiciais. Efectividade Prestação de serviços baseados no conhecimento científico e que produzam um beneficio claro. Eficiência Evitar o desperdício. Equidade Prestação de cuidados cuja qualidade não varie em função das características das pessoas.

CSP do Século XXI Equitativos Seguros Efectivos Centrados no Doente AcessíveisEficientes SEIS OBJECTIVOS PARA OS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS DO SÉCULO XXI Institute of Medicine. Crossing the Quality chasm: a new health system for the 21st Century. Washington DC. National Academy Press, 2001.

Definir Qualidade Avaliar a Qualidade Melhorar Qualidade Melhoria Contínua da Qualidade

COMPONENTES DE CUIDADOS DE SAÚDE DE QUALIDADE OMS - Europa Resultados de Saúde obtidos Satisfação para os utilizadores Eficiência na utilização dos recursos Elevado grau de Excelência Profissional Riscos mínimos para os doentes

RESULTADOS Satisfação dos Profissionais Satisfação dos Utilizadores Impacto na Comunidade Meios Resultados European Foundation for Quality Management PROCESSOS Gestão de Pessoas Política e Estratégia Recursos e Parcerias LIDERANÇA Inovação e Apredizagem

OS AVALIADORES DA QUALIDADE  Para Donabedian os avaliadores da qualidade são os cidadãos, os profissionais e os gestores dos serviços de saúde e cada grupo utiliza diferentes perspectivas quando avalia essa qualidade.  Qualquer avaliação (julgamento) envolve sempre mais do que apenas uma medição, pois envolve valores, expectativas, convicções, preconceitos e preferências dos indivíduos e dos grupos que estão a fazer a avaliação dessa qualidade.

DIFERENTES PERSPECTIVAS SOBRE A QUALIDADE Efectividade e Qualidade do desempenho Qualidade Profissional Ir ao encontro das expectativas, necessidades e carências Qualidade dos doentes Acessibilidade eficiência e controle dos custos Qualidade da Gestão

CICLO DA GARANTIA DA QUALIDADE Informação de retorno Introdução de Mudanças Introdução de Mudanças Reavaliação Identificação de Problemas Identificação de Problemas Estabelecimento de Prioridades Estabelecimento de Prioridades Estabelecimento de Critérios e Standards Estabelecimento de Critérios e Standards Recolha de Dados Avaliação da Qualidade Avaliação da Qualidade

USING MEASURES TO IMPROVE QUALITY Measuring quality isn’t the problem Changing it is. Davies, 2000

Procura de soluções Estabelecer prioridades Avaliação se o problema de facto ficou resolvido Identificação de problemas Processo estruturado de identificação e solução de problemas. PRINCÍPIOS GERAIS DA MELHORIA DA QUALIDADE

Quais são as causas do problema? Quais as mais importantes para resolver de imediato? PLANEAR AS SOLUÇÕES Que problema escolher? Se existem vários, como escolho o mais importante? Que soluções alternativas existem para resolver o problema? Como é que garanto que as soluções são aplicadas de forma adequada e efectiva? Como é que as soluções funcionaram? O que é que necessita de ser modificado? Ciclo de Resolução de Problemas Como descrevo o problema de forma precisa e completa? IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA AVALIAR E MONITORIZAR DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ANÁLISE DO PROBLEMA APLICAR AS SOLUÇÕES

MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE

EMPENHO E DETERMINAÇÃO

MELHORIA DA QUALIDADE  É importante estabelecer: objectivos claros como serão atingidos com que métodos como se medirão os resultados.  As pessoas afectadas pelas mudanças, deverão ser informadas dos motivos dessas mudanças, e dos benefícios que se pretendem atingir.

PROGRAMA EXTERNO PROGRAMAINTERNO ESCOLHA CRITÉRIOS DESENHO AVALIAÇÃO ANALISE E RECOLHA DE DADOS DISCUSSÃO DOS RESULTADOS INTERVENÇÃO REAVALIAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ANALISE DO PROBLEMA

 De uma boa prática clínica.  Auditorias Clínicas  Monitorização de Indicadores Clínicos  Desenvolvimento Profissional Contínuo  Do modo como estão organizados e são prestados os serviços.  Acreditação e Certificação de Serviços  Processos de Melhoria Contínua  Níveis de Excelência da EFQM A QUALIDADE DOS CUIDADOS DE SAÚDE DEPENDE DE DOIS FACTORES:

GESTÃO DA QUALIDADE  O Contexto e o Modelo Organizativo têm maior importância no Desempenho Organizacional do que as actividades e características dos indivíduos dentro da Organização. H. Palmer & A. Donabedian

EVOLUÇÃO DOS INDICADORES ACESSO

SAÚDE DA MULHER

EFICIÊNCIA ECONÓMICA

REGRA DOS 85/15  85% dos erros em qualquer desempenho, são erros de processo (ou de causa comum) e somente cerca de 15% são atribuídos a causas especificas incluindo erro do trabalhador. E. Deming

MELHORIAS ORGANIZATIVAS  Uma vez conseguidas podem ser permanentes, enquanto que as melhorias individuais dos profissionais podem diminuir com o tempo e com a mudança de pessoal.

USF MODELOS A e B

O modelo organizacional B tem impacto positivo genericamente em todos os indicadores.

UM PLANO ESTRUTURADO PARA INSTITUCIONALIZAR A MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE  A questão central é como estabelecer e manter de forma sustentada, actividades de Melhoria Contínua da Qualidade como uma parte integrante de uma Organização. A framework for institutionalizing Quality Assurance International Journal for Quality in Health Care 2002; Volume 14, Supplement 1: 67–73

Melhoria Contínua Qualidade Definir Qualidade Def Q Avaliar a Qualidade Med Q Melhorar Qualidade Mel Q Desenvolver padrões de Qual. clínicos e administrativos. Desenhar sistemas de Qualidade Quantificar o actual nível de desempenho incluindo a satisfação dos utilizadores. Implica a definição de indicadores, desenvolvimento de sistemas de informação, análise e interpretação dos resultados. Aplicar metodologias e ferramentas de melhoria da Q para abordar as deficiências do sistema. Abordagens de melhoria continua, desde a resolução de problemas individuais ao redesenho dos sistemas ou reengenharia /reestruturação organizacional.

Valores Organizacionais Respeito Qualidade Melhoria contínua Comunicação e Informação Premiar a Qualidade DQ MQ Qualidade Cuidados Estrutura Aumento Capacidade Política Ambiente que reconhece explicitamente a importância da Qualidade para atingir os objectivos da Organização, que providencia orientação e apoio, para a implementação da melhoria da Qualidade. Recursos adequados atribuídos à melhoria de Qualidade, particularmente tempo que permita o envolvimento dos profissionais. Liderança Providencia a Visão (Para onde ir) estratégias para ir da “forma como trabalhamos agora” para “a forma como pretendemos trabalhar no futuro ”, promovendo um ambiente de aprendizagem. Valores Recursos

A CULTURA DA QUEIXA  la "cultura de la queja" es destructora de la persona y del grupo  hay que transformar las quejas en acciones, por más que muchas veces las acciones no logren cambio, pero al menos señalan el camino y dan luz a otros para salir de la "cultura de la queja" Médico de Familia Rural Professor da Escola Nacional de Saúde e da Universidade Autónoma de Madrid Juan Gérvas

A RECEITA DE HERNÂNI LOPES Ministro das Finanças e do Plano entre 1983 e 1985  A receita para esta crise - e para todas as crises futuras – dispensa números, gráficos, percentagens, gritaria e insultos gratuitos.  Toma por adquirido que os valores, as atitudes e os padrões de comportamento são a base essencial de toda a actividade económica.  Apresentou uma cábula segura para o êxito: Programa “Plano Inclinado” de Mário Crespo SIC Notícias Junho 2010

A RECEITA DE HERNÂNI LOPES Ministro das Finanças e do Plano entre 1983 e 1985 Programa “Plano Inclinado” de Mário Crespo SIC Notícias Junho 2010 Onde existe Facilitismo Vulgaridade Moleza Golpada Videirismo Ignorância Malandrice Aldrabice Colocar Exigência Excelência Dureza Seriedade Honra Conhecimento Trabalho Honestidade

Obrigado pela vossa atenção