Dez Mandamentos 02 Segundo Mandamento
Segundo Mandamento Ex 20, 7: “Não dirás o nome do Senhor, teu Deus, em falso, pois o Senhor não deixará impune o que jure o seu nome em falso” (cfr. Dt 5, 11). Mt 5, 33-34: “Ouvistes o que se disse aos antepassa- dos: Não perjurarás, antes cumprirás ao Senhor os teus juramentos. Pois eu digo-vos que não jureis nunca”. Designar o “nome” é referir-se à pessoa que o ostenta, pelo que o nome de “Deus” evoca a mesma pessoa divina. CCE 2143: “O nome de Deus é santo. Por isso o homem não pode usar mal dele. Deve-o guardar na memória num silêncio de adoração amorosa”.
Teologia Fundamental Deus é sagrado e introduz o homem no âmbito do sacro” ou “sagrado”. O “sacro” caracteriza as realidades que participam de algum modo da santidade de Deus, na medida em que se dedicam a Ele “consagrando-se” ao seu culto ou serviço. Existem coisas sagradas (cálices, templos dedicados ao culto divino,...) e pessoas sagradas porque se consagram ao serviço de Deus e da Igreja. Mas a categoria de “sagrado” corresponde mais direc- tamente aos sacramentos e de forma singular à Eucaristia.
O oposto ao “sagrado” é o “profano” Segundo Mandamento O oposto ao “sagrado” é o “profano” Houve épocas nas quais se sacralizaram” realidades que em si mesmas são profanas. Com rigor o mundo, a ciência, a técnica e as diversas insti- tuições sociais são profanas. Há épocas em que parece que se quer apagar todo o âmbito do sagrado, até pretender “dessacralizar” tudo. A “secularização” é pertinente quando se refere a realidades em si mesmas “profanas”. Pelo contrário se se defende uma secularização absoluta, corre-se o risco de acabar no “secularismo”, o qual repudia qualquer referência a Deus. Jean Guitton: “uma das coisas importantes hoje em dia é trabalhar pela regeneração do sentido do sagrado” (Memória de um século).
Segundo Mandamento Jurar é tomar Deus por testemunho da verdade. Santo Agostinho: “jurar é devolver a Deus o direito que tem a toda verdade” (Sermão 180). São Tomás: “o homem, ao jurar tomando Deus por testemunho, confessa a excelência superior de Deus cuja verdade é infalível e o seu conhecimento universal. Pelo que tributa a Deus de algu- ma maneira reverência” (II-II, q. 89, a. 4). Jesus condenou a prática abusiva do povo judeu do seu tempo (jurar sem necessidade e sem cumprir). Juramento assertório e juramento promissório. Válido: intenção e fórmula devida. Licitude: com justiça, com necessidade e com verdade.
Segundo Mandamento Voto é a promessa deliberada e livre feita a Deus de um bem possível e melhor que o seu contrário. O voto é emitido em honra de Deus (se pode fazer sob a intercessão da Virgem ou de um santo). Validade: que se delibere com liberdade plena acerca do que se promete; é necessário que quem o emita possa cumpri-lo em tempo devido. Faz-se voto de realizar algo que em si mesmo é óptimo. O voto supõe um compromisso sério com Deus, o qual origina a obrigação grave de o cumprir. As promessas são algo que se promete fazer em honra de Deus por ter obtido, ou para alcançar d’Ele, alguma graça especial. “Nalguns casos, a Igreja pode, por razões proporcionadas, dispensar dos votos e das promessas” (CCE 2103).
Pecados contra o segundo mandamento Abusar do nome de Deus; 1 Blasfémia: injúria directa de pensamento, palavra ou obra contra Deus e os santos; 2 Sacrilégio: profanação ou lesão de uma pessoa, coisa ou lugar sagrado (especial- mente grave a recepção da Eucaristia em pecado mortal); 3 4 Perjúrio; 5 Incumprimento dos votos.
Ficha técnica Bibliografia Slides Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) Slides Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com