Disciplina de Cirurgia Torácica/ Cirurgia / FCM-Unicamp

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
SÍNDROMES PULMONARES II
Advertisements

Tumores cutâneos.
CÂNCER DE ESÔFAGO Discussão de caso clínico I GASTRINCA IV Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica Autores: Carlos Eduardo Rodrigues.
Fatores prognósticos e tratamento
Taxas brutas e padronizadas de mortalidade por 100
Cancer de pulmão Carlos Alberto deBarrosFranco
Queixas músculo-esqueléticas como causa de alto índice de absenteísmo
Tumor Epidermóide de Esôfago
TRATAMENTO SISTÊMICO DO CÂNCER DE MAMA
Avanços no Estadiamento do Câncer do Pulmão Mauro Zamboni, MD; FCCP Curso Nacional de Atualização em Pneumologia SBPT Rio de Janeiro
EMBOLIA PULMONAR CONCEITO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SEMINÁRIO (Cirurgia – 4º Ano)
CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE
PATOLOGIA MAMÁRIA CANCRO DA MAMA 4º ano / 2006.
Câncer Da Tireóide Apresentador: Luis Fernando C. Barros
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CARCINOMA DE PULMÃO LOCALMENTE AVANÇADO
Uptodate do Câncer de Testículo
Adenocarcinoma de Colo Uterino
RESSECÇÃO DA METÁSTASE HEPÁTICA NO ADENOCARCINOMA COLORRETAL SUBMETIDOS A CIRURGIA COM INTENÇÃO CURATIVA- EXPERIÊNCIA DO INCA DIAS JA ; MONTEIRO M; ALBAGLI.
Relato de Caso: Carcinoma Oculto de Mama
Paciente Cirrótico com Hepatocarcinoma
METÁSTASES PULMONARES
SAÚDE DA MULHER Tais Braga Rodrigues
Liga Acadêmica de Pneumologia
CÂNCER DA PRÓSTATA SERVIÇO DE UROLOGIA HCAP.
Doenças da mama.
Como identificar e diferenciar lesões suspeitas
Brasil Burfeind W,, Harpole D, DAmico TA et al. A cost-minimization analysis of lobectomy: thoracoscopic vs. posterolateral.
Título principal Modelo_2 Texto. Título principal Modelo_2 Texto Cenário SexoEstimativas EstadoCapital Casos Taxa BrutaCasos Taxa Bruta Homens Sbtotal.
FATORES PROGNÓSTICOS PARA A METÁSTASE NO MELANOMA CUTÂNEO
Reunião Mensal Anátomo-Patológica
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO RODRIGO CÉSAR BERBEL.
Condutas em nódulos de Tireoide
GRUPO PAULISTA NO DE APOIO AO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO
Luciana Aquino – R3 cancerologia clínica
Metástases Hepáticas de Tumores Colo-retais
Cancro da mama Introdução
Avaliação dos Pequenos Nódulos Pulmonares
CANCER DE PROSTATA ARNILDO HASPER TEL CEL
Câncer Colorretal Dr.Thiago Rego
Avaliação Prostática Anual
GPATCP GRUPO PAULISTA NO DE APOIO AO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO Apresentação de Caso Clínico IBCT INSTITUTO BRASILEIRO DE CANCEROLOGIA TORÁCICA José.
II Curso de Pneumologia na Graduação Porto Alegre
Quimioterapia no idoso com Câncer de pulmão
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Professor Ronaldo Rangel Pneumologia UFPb
Patologia da Tireóide II
Pleurodese. Quando e Como?
RADIOGRAFIA DO TÓRAX: AINDA ATUAL? DANTE LUIZ ESCUISSATO.
CÂNCER DE PULMÃO Rossano Fiorelli
CARCINOMA DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS ESTÁGIOS I e II CIRURGIA EXCLUSIVA É SUFICIENTE? José Antônio de Figueiredo Pinto Pontifícia Universidade Católica.
NEOPLASIAS PULMONARES
Câncer de Próstata: Quando pensar e como conduzir
PET e PET-CT em Oncologia
Monitoria de Laboratório Clínico Patologias da Próstata
Prof Assistente da Disciplina de Pneumologia UERJ
Faculdade de Medicina da PUCCAMP
Prof. Associado-Doutor Serviço de Ginecologia
Carcinoma broncogênico
Câncer.
Imagem da Mama Sociedade Brasileira de Mastologia – DF
TC de baixa dose no screening e seguimento do câncer de pulmão
Aluno: Manoel Ricardo Costa Souza Orientador: Dr. Leonardo Kruschewsky
Carcinoma de local primário desconhecido
Fatores prognósticos e tratamento
Clínica Cirúrgica II - Urologia Câncer de bexiga Prof. Cálide S. Gomes
Transcrição da apresentação:

Disciplina de Cirurgia Torácica/ Cirurgia / FCM-Unicamp 2005 Aspectos Clínicos, Tratamento e Prognóstico do Carcinoma Broncogênico Ivan Felizardo C. Toro Disciplina de Cirurgia Torácica/ Cirurgia / FCM-Unicamp

Introdução Neoplasia Pulmonar Maior causa de óbito por câncer no Brasil. 1.000.000 mortes em 2000 no mundo. Tratamento cirúrgico é mais eficaz. Sobrevida ao redor de 20% em 5 anos. Métodos prognósticos são insuficientes. Neoplasia Pulmonar

Neoplasia Pulmonar Doença rara no início do século. Primeira pneumonectomia: 1933. No Brasil, 1ª cirurgia em 1943. Relação nítida com tabagismo. Aumento da incidência em homens e mulheres. Fator racial: inconcluso.

CÂNCER DO PULMÃ0 Estimativa : Mundo 1912 374 1974 74.000 1980 660.000 2000 1.200.000 2015 2.500.000

Instituto Nacional do Câncer- Ministério da Saúde 2001 Câncer no Brasil Estastisticas de Mortalidade por Câncer no Brasil Instituto Nacional do Câncer- Ministério da Saúde 2001

CÂNCER de PULMÃ0 Ca. Pulmão Mama Prostata Câncer Geral Cancer Statistics, 1997. Parker S.L. et al. Ca Cancer J Clin 1997, 47:5-27 Update In Oncology, Ruckdeschel J.C., Ann.Intern.Med 1999, 131:760-67 Estados Unidos- 1997 : causa líder de mortes por câncer tanto em homens quanto em mulhares. Ca. Pulmão Mama Prostata Câncer Geral Mortes 160.400 (90%) 43.900 (24%) 41.800 (12%) 560.000 Casos Novos 178.100 180.200 334.500 1.382.400

Variação Individual Genes Ambiente Câncer Características Genéticas: Reparo do DNA Metabolismo carcinogênico Macro Ambiente: Agentes físicos Radiação Viroses Agentes químicos Variação Individual Genes Ambiente Fatores de Controle Celular: Controle do ciclo celular Apoptose Micro Ambiente: Hormônios Fatores de crescimento Radicais livres Câncer

Caso clínico Paciente masculino, 65 anos. Queixa principal: escarro hemoptóico Paciente refere escarro com sangue a 20 dias. Nega dor torácica, febre ou adinamia. Refere emagrecimento de 3 kilos em 06 meses e aumento da dispnéia aos esforços.

Nega outras patologias pulmonares anteriores Nega outras patologias pulmonares anteriores. Refere hábito tabágico de 1 maço/dia por 40 anos. Antecedente famíliar de neoplasia mamária em irmã. Exame físico: corado, P.A. 13/08. Ausculta pulmonar: diminuição do murmúrio bilateral, com roncos . Exame físico restante: normal

Nódulo Pulmonar

Nódulo Pulmonar

Nódulo Pulmonar -T.C.

Apresentação Clínica Assintomático Tosse Hemoptise Dor Dispnéia Chiado Perda de peso

Suspeita Clínica e Diagnóstico História de Tabagismo Idade Sintomas Exames Radiológicos de Imagem Broncofibroscopia Material cito-histológico

Neoplasia Pulmonar Histologia: Carcinoma de células escamosas Adenocarcinoma Carcinoma de grandes células CNPC Carcinoma de pequenas células CPC

Resultados : Tipos Histológicos 59 % carcinoma epidermóide 34,6% adenocarcinoma 5,1% carcinoma de grandes células 1,3% carcinoma adenoescamoso

Material cito-histológico Escarro Lavado e escovado brônquico Biópsia broncoscópica Biópsia transparietal Biópsia por mediastinostomia Toracotomia exploradora Biópsias de sítios extra-torácicos

Nódulo Pulmonar Crescimento

Cancer de Pulmão Tomografia por Emissão de Pósitron ( P. E. T Cancer de Pulmão Tomografia por Emissão de Pósitron ( P.E.T.) Goldsmith SJ, KostakogluL.Nuclear Medicine Imaging of Lung Cancer. Radiol. Clin. North Am. 38(3), 2000, p.5111-23 Imagem gerada é funcional ou metabólica e não anatômica. Radiofármaco normalmente utilizado é a 18FDG (18F-FLUORDEOXIGLICOSE) com meia vida de 2 horas. Entra na célula cancerosa ávida por glicose mas não é matabolizada. Custo alto e dificuldades técnicas: Liberado em 1999 pelo governo americano e aceito pelos seguros de saúde para avaliação do câncer. Diminuição de custos e “popularização” do aparelho. Estudos promissores.

Biópsia Transparietal

Estadio I-A

Estadio I-B

Estadio II-A

Estadio II-B

Estadio III-A

Estadiamento TMN X Tratamento Estadio I IA- T1 N0 M0 Cirurgia IB- T2 N0 M0 Cirurgia Estadio II II-A T1N1M0 Cirurgia II-B T2N1M0 Cir + QT + RT T3N0M0 Cir + QT + RT

Estadiamento TMN X Tratamento Estadio III III-A T1 N2 M0 Cirurgia + T2 N2 M0 Qt + T3 N2 M0 Rtx T3 N1 M0

Estadio III-B

Nódulo de Pulmão Captação Positiva na Tomografia Helicoidal e no P. E Nódulo de Pulmão Captação Positiva na Tomografia Helicoidal e no P.E.T. 18FDG

Estadiamento TMN X Tratamento Estadio III-B T4 Nx M0 QT + RTX Tx N3 M0 Estadio IV Tx Nx M1 QT? –RTX?

Manifestações da doença localmente avançada Rouquidão Disfagia Paralisia do Frênico Estridor Obstrução da Veia Cava Superior Derrame pleural Síndrome de Pancoast

Tumor de Pancoast

Tumor de Pancoast

Metástases Sistema Nervoso Central Ossos Fígado Adrenal Outros sítios: pele, tireóide, pâncreas, etc.

Câncer de Pulmão Tumor Central e Metástase em Coluna

Estadiamento X Sobrevida (Mediana de três anos): Resultados Estadiamento X Sobrevida (Mediana de três anos): I-A ?? I-B 73,4% II-A 66,7% II-B 40,6% III-A 18,5%

Tipos de Ressecções Cirúrgicas Nodulectomia Segmentectomia Lobectomia Bi-lobectomia Pneumectomia Esvaziamento ganglionar +

Tipos de Cirurgia

Neoplasia Pulmonar Histologia: Carcinoma de pequenas células: Tratamento: Quimioterapia/radioterapia Cirurgia?

Prognóstico Estadiamento TMN Perfomance Status Sintomas (estadios iniciais) Tamanho do Tumor (estadio I) Acometimento da pleura visceral

Prognóstico Número de linfáticos acometidos Tipo histológico Diferenciação celular Invasão vascular Micrometástases em linfonodos

p= 0,04543

Valor da biologia molecular Diagnóstico precoce Valor da biologia molecular São necessários novos estudos para definir um conjunto de alterações genéticas precoces que poderiam ser úteis na busca lesões pré-neoplasicas principalmente nos grupos de risco para câncer de pulmão

Curva de sobrevida global 20 40 60 80 100 sobreviventes (%) sobrevida em meses Mediana 25,9 meses Curva de sobrevida global

Câncer do Pulmão Não Pequenas Células Estadiamento e Sobrevida Mountain CF. Revisions in the International System for Staging Lung Cancer. Chest 1997; 111:1710-17.

Câncer do Pulmão Não Pequenas Células Comparação Estadio na Chegada da Onco-pneumologia Unicamp \ Mountain.

OBRIGADO