MARKETING TURÍSTICO.

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Transcrição da apresentação:

MARKETING TURÍSTICO

"Marketing é mais do que uma forma de sentir o mercado e adaptar produtos ou serviços - é um compromisso com a busca da melhoria da qualidade de vida das pessoas...“ (Cobra, 1992)

Introdução Diversos métodos e procedimentos podem levar a um aperfeiçoamento do sector turístico. Estes métodos podem, igualmente, ser aplicados em agências de viagens e turismo. Tais procedimentos envolvem, basicamente, técnicas de marketing. O objectivo principal para o uso destas técnicas é o de conhecer as necessidades do cliente e, deste modo, oferecer produtos que atendam a suas expectativas.

A partir da década de 50 introduziu-se o novo conceito de marketing na comercialização do turismo. Este novo conceito surge a partir da entrada de uma série de empresas no negócio turístico. Estas novas empresas, apesar de não pertencerem à actividade, tinham experiência noutros negócios e dominavam modernas técnicas de marketing. A introdução de novas técnicas de marketing no turismo faz surgir na Europa Ocidental o conceito de produto turístico e o consequente desenvolvimento mundial do turismo, o qual, atinge seu auge no início da década de 70. Neste período, deixa-se de olhar para dentro, ou seja, para o atractivo turístico, e passa-se a olhar para fora, isto é para o turista.

O processo de comercialização do turismo pode ser sintetizado nas seguintes actividades: • obtenção da informação para a tomada de decisão; • preparação de um plano de marketing; • execução dos diferentes programas do plano e, • controle da gestão.

O plano de marketing é um instrumento que deve servir para estabelecer sequências de acções que a empresa deverá realizar dentro de um processo ordenado e coerente. A razão principal que apoia a elaboração de planos de marketing é prever as acções da empresa face à concorrência, com o objectivo de apresentar alternativas válidas a todo momento.

O plano de marketing é um documento no qual se encontram as decisões da empresa em relação ao mercado, ao tipo de produto, aos canais de distribuição, aos preços pelos quais se irá vender o produto turístico e às características gerais das actividades de promoção e venda.

Um produto define-se como um conjunto de atributos físicos e psicológicos (tangíveis e intangíveis) que um determinado bem ou serviço possui para satisfazer os desejos e necessidades dos clientes. O produto compõe-se de duas variáveis ou elementos: uma parte tangível e outra intangível. A parte tangível constitui o produto em si, tal como é oferecido e a parte intangível está vinculada directamente à percepção que os consumidores/usuários têm dos produtos.

No produto turístico predomina a variável intangível tornando-se difícil defini-lo. O produto turístico é normalmente composto por uma variedade de produtos e serviços. Pode-se considerar alguns tipos de elementos que combinados de forma correcta dão valor ao produto turístico global: • recursos turísticos: monumentos, praias, rios, montanhas, artesanato, etc. • infra-estruturas e instalações privadas básicas: transporte aéreo, terrestre e marítimo, alojamentos em geral. • elementos complementares: restaurantes, teatros, enotecas, casinos, etc.

A correcta utilização de todos estes elementos resulta num produto turístico atractivo. Sem dúvida, o factor chave do produto turístico reside nos recursos existentes num determinado destino, que são a fonte de motivações que originam as deslocações e estadas.

Os produtos para uma agência de viagens são os diferentes serviços turísticos que se pode oferecer a um cliente. O produto turístico geralmente contem: • um ou vários destinos e os seus atractivos turísticos; • os meios de transporte que permitem chegar aos destinos; • a infra-estrutura geral e turística que permite desfrutar da viagem. As agências de viagens, como empresas intermediárias, são as distribuidoras por excelência do produto turístico. São distribuidores excepcionais pois não encarecem o produto, podem chegar a torná-lo mais barato ao conseguirem tarifas especiais.

Os preços fixados nos pacotes e excursões é determinado pelos agentes de viagem, sendo que, nos serviços isolados os preços vem impostos pelos prestadores de serviços. Nas viagens organizadas o preço é fixado em razão dos custos, mais o lucro permitido pelo mercado. Actualmente, a concorrência obriga à manutenção de uma política de preços baixos para a maioria das agências, reduzindo-se assim as margens de lucro. Em geral, as agências pretendem cobrir custos de forma global, compensando uns produtos com outros e umas temporadas com outras.

A publicidade é um instrumento amplo que inclui diferentes suportes para difundir um produto. A sua utilização é imprescindível num mundo de imagem como o actual. Os objectivos principais são: chamar a atenção, despertar interesse, provocar o desejo de compra e provocar a acção. Na indústria do turismo, a publicidade é utilizada com as seguintes finalidades: • mostrar os atractivos do país ou destino turístico; • diferenciar ofertas relativas a outros destinos, ou países competidores; • inspirar confiança ao turista; • fornecer às empresas turísticas informações sobre os clientes potenciais; • fornecer apoio promocional nos pontos de venda.

Na promoção de vendas podem ser utilizadas técnicas como: visitas promocionais, viagens de familiarização para agentes de viagens, seminários, participação em eventos e feiras. Uma ferramenta promocional também muito importante são as feiras turísticas, que além da comercialização de produtos e serviços, servem como elementos de comunicação para as empresas do sector. Num sector como o turístico, onde a fragmentação por razões geográficas, pelo tamanho das empresas e diversidade de actividades torna difícil o contacto entre oferta e procura, as feiras cumprem um papel integrador e facilitador das trocas comerciais.

Para uma agência de viagens, a venda requer o seguinte processo: • Conhecer o produto: o vendedor deve ser uma pessoa com experiência em viagens, dominar as programações de mercado e possuir amplos conhecimentos sobre os destinos e sua geografia, história, cultura, clima, condições sociais e políticas, atractivos turísticos, infra-estruturas, requisitos de entrada no país. • Comunicar com o cliente: exige uma atitude positiva de relação e uma forma ao mesmo tempo amável e profissional. O cliente deve ser bem atendido desde o instante que entra na agência. • Assessorar o cliente: após conhecidas as necessidades do cliente, deve-se tratar de recomendar o mais apropriado. Deve-se evitar de oferecer alternativas demais, para que a escolha não se torne muito difícil e obrigue a perder muito tempo. • Convencer o cliente: oferecer o produto mais adequado, utilizando como argumentos suas próprias sugestões. No entanto, a pessoa é quem deve ter a última decisão sobre a viagem. Evitar concentrar-se no preço, atraindo a atenção do cliente para o prazer da viagem. • Fechar a venda: deve-se ajudar o cliente a decidir através de conselhos profissionais, conduzindo a aceitação de um compromisso formal sobre a viagem.

Philip Kotler – 10 Pecados Mortais do Marketing (“The Ten Deadly Sins of Marketing”, John Wiley&Sons, 2005) 1 – Não haver orientação para o mercado; 2 – Não entender os clientes-alvo; 3 – Não definir e avaliar os concorrentes; 4 – Não se relacionar correctamente com as pessoas, dentro e fora da organização; 5 – Não descobrir novas oportunidades; 6 – Não planear devidamente; 7 – Não estabelecer políticas específicas de produto e de serviço; 8 – Não criar marcas fortes; 9 – Não avaliar a eficiência e a eficácia do marketing; 10 – Não retirar o máximo proveito das tecnologias.