Antônio Ivo de Carvalho

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Congresso Internacional ABED de Educação a Distância 2008
Advertisements

Recife, setembro de 2005 Política de Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica Encontrando caminhos para a institucionalização.
Ações Estratégicas na Atenção Básica
PROGRAMA de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET/SAÚDE/UFPE
A gestão da aprendizagem na Educação Superior a Distância
Saúde Bucal na esfera pública
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - UEMS
EDUCAÇÃO PERMANENTE UMA POSSIBILIDADE DE MUDANÇA
APOIO INTEGRADO À GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUS – SANTA CATARINA
“Funções Essenciais de Saúde Pública” nas Américas
Educação profissional:
Seminário Nacional do PROFAPS
Seminário Internacional da Educação Profissional em Saúde: avaliação do PROFAE e perspectiva 24 e 25 de julho de 2006.
DESCENTRALIZAÇÃO, AUTONOMIA DAS ESCOLAS E O NOVO PAPEL DOS GESTORES EDUCACIONAIS A COMUNIDADE ESCOLAR ASSUME A RESPONSABILIDADE DE CONDUZIR OS DESTINOS.
Prof. Dra. Laura Feuerwerker
Diretrizes para o Plano Quadrienal da ENSP 2005 – 2008 Em Busca de Maior Direcionalidade e Mais Responsabilidade.
POLÍTICA ESTADUAL DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE - PGETS
Avaliação Institucional
Educação Permanente em Saúde :
SÉCULO XX.
Formação por competências
Lideranças nas organizações educativas
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS AVANÇOS: Estruturação (ainda incipiente)
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
Desenvolvimento e Capacitação: o papel da gestão de pessoas
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
O PLANEJAMENTO ESCOLAR
Projeto Integrado de Educação Permanente de Gestores Municipais de Saúde do Estado da Bahia 2008.
EDUCAÇÃO CONTINUADA X EDUCAÇÃO PERMANENTE
APROVAÇÃO DO PROJETO CISBAF-2008 EXECUÇÃO DO PROJETO -2010
Disciplina: Estágio Supervisionado I
ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA Educação a Distância
Cooperação ENSP/ FIOCRUZ/ SES/ RJ
São Paulo – Abril de 2008 Integração ensino-serviço nas redes municipais de saúde como princípio de gestão Título Laura Camargo Macruz Feuerwerker.
Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Educação
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DOS INTEGRANTES DA CARREIRA
INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Gerência de Educação Profissional GEPRO
Papel das Escolas na Saúde Pública do Século XXI Antônio Ivo de Carvalho Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca / FIOCRUZ Setembro de 2004.
Avaliação na Atenção Básica
Seminário Nacional de Gestão Estadual da Educação Profissional
LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS
ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA Educação a Distância Fundação Oswaldo Cruz Lucia Dupret Coordenação Geral Programa de Educação a Distância Escola Nacional.
Política de Formaçã0-Seduc Sala de Educador
GOVERNO DO ESTADO DO ACRE INSTITUTO DOM MOACYR
Seminário - MESTRADO PROFISSIONAL DIRETRIZES PARA O MESTRADO PROFISSIONAL na ENSP e PORTARIA NORMATIVA MEC No. 17, DE 28/12/2009. VDPG/ADE.
Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca.
1 Encontro Nacional das Escolas de Governo Sejam Bem-vindos ao Brasília,
BELO HORIZONTE SETEMBRO/2003 MEC/SEMTEC/PROEP GERÊNCIA TÉCNICO-PEDAGÓGICA BELO HORIZONTE SETEMBRO/2003 SEMINÁRIO NACIONAL DE GESTÃO ESTADUAL DA EDUCAÇÃO.
Antonia Maria Coelho Ribeiro
A Escola nasce em 1954, hoje conta com o trabalho de cerca de 1000 profissionais na maior escola de saúde pública da América do Sul, única escola de âmbito.
PLANEJAMENTO, CURRÍCULO E AVALIAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA Educação a Distância Fundação Oswaldo Cruz Lucia Dupret Coordenação Geral Programa de Educação a Distância Escola Nacional.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PROACAD / DDE COORDENAÇÃO DE AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO Equipe: Coordenadora: Ana Augusta Cordeiro Técnica em.
Rede de Recursos Humanos FIOCRUZ VPDIGT – DIREH - Março 2008.
Seminario Saneamento é Saúde Seminario Saneamento é Saúde A Educação a Distância como Estratégia de Implementação de Política Pública: a experiência da.
Governança em Rede na Formação para Gestão do SUS e EaD como estratégia para implementação de políticas públicas Roberta Gondim Walter Mendes Victor Grabois.
Ambientes e Programas de Aprendizagem a Distância Avaliação
P LANEJAMENTO DE SERVIÇO DE SAÚDE : PANEJA - SUS.
ESCOLA DE NEGÓCIOS, ARTES E OFÍCIOS (81) Quem somos nós O que fazemos Como fazemos Por quê fazemos.
Instituição Proponente: Universidade Vila Velha (UVV) Instituições Parceiras: Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (SESA) Secretaria Municipal.
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE GESTORES DO SUS Proposta preliminar – ENSP-FIOCRUZ.
Promoção da Saúde e as ESP’s do século XXI Antônio Ivo de Carvalho Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca / FIOCRUZ Maio de 2005.
A FORMAÇÃO DOCENTE EM VIGILÂNCIA DA SAÚDE José Inácio Jardim Motta Paulo Sabroza Marcelo Firpo Marcelo Rasga.
Promoção da Saúde: discutindo problemas de efetividade Antônio Ivo de Carvalho Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca / FIOCRUZ Maio de 2005.
Proposta de Mestrado Profissional em Saúde da Famíia ProfSaúde
Qualificação da Gestão. O QUE É O SUS Instituído pela Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde – SUS é formado pelo conjunto das ações e serviços.
Apresentação ApresentaçãoApresentaçãoApresentação.
MÉTRICAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: experiências em andamento no ICICT/FIOCRUZ Brasília, 1 agosto de 2008 Cícera Henrique da Silva Michele Nacif Antunes Maria.
Transcrição da apresentação:

Rede Escolas de Governo: estratégia para a formação em saúde pública para o SUS Antônio Ivo de Carvalho Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca / FIOCRUZ Setembro de 2007

Rede Escolas de Governo: estratégia inovadora para a formação em saúde pública A Reforma Sanitária e o SUS – novos conceitos em saúde, trabalho e educação 2. Novas exigências de qualificação Dos indivíduos - formação profissional Das instituições - desenvolvimento institucional 3. Escola de Governo em Saúde: um novo modelo de formação

1. Marcos conceituais do trabalho em saúde Saúde como problema complexo. Produção social (não simplesmente evento biológico). Vida com qualidade (não só ausência de doença) Trabalho em saúde envolvendo: Campo interdisciplinar de conhecimentos, e Campo intersetorial de práticas.

Reforma sanitária – SUS induzindo: Novos modos de gestão Descentralização Participação Novos modos de atenção à saúde Integralidade (na atenção coletiva e individual)

2.1. Novas exigências de formação profissional Escala da clientela: enorme ampliação de necessidades em razão da grande quantidade de novos postos de trabalho criados pela descentralização. Diversidade da clientela: além dos profissionais de saúde, incluem-se profissionais de outras áreas (engenharias, ciências sociais, pedagogia, direito, etc.), para cumprir as tarefas da interdisciplinaridade e da intersetorialidade, e também os cidadãos usuários, para cumprir tanto as tarefas do controle social quanto as de responsabilização para a autonomia.

Perfil profissional requerido: capacidades tecnicas e políticas para solucionar problemas complexos (não só aplicar normas, nem empregar pacotes de conhecimentos disciplinares); capacidade de aprender com a prática (mobilizar conhecimentos a partir da experiencia anterior e buscar novos conhecimentos a partir da prática atual); capacidade de investigar e produzir conhecimento (inovação) a partir da prática. Educação permanente, diante da rapidez de obsolescência do conhecimento e da rapidez das alterações do objeto e do processo de trabalho em saúde. Empowerment como conceito-chave para formação de profissionais e capacitação de cidadãos.

2.2. Novas exigências de desenvolvimento institucional A inadequação dos modelos clássicos de gestão para responder tanto as novas exigências do trabalho em saúde, quanto as novas exigências de formação profissional (organização vertical, divisão rígida entre funções técnicas e administrativas, estrutura hierárquica e processos burocraticos / lentos de tomada de decisão). A necessidade de re-desenho institucional de modo a dotar as organizações de saúde de capacidade de manejar os problemas de saúde-doença com eficiência e efetividade (mobilizar saberes interdisciplinares e recursos intersetoriais; operar com agilidade e flexibilidade; lidar com relações intersubjetivas e com juízos morais)

Impõe-se um novo modelo que: Propicie o trabalho cooperativo, a interação entre as experiências individuais e coletivas; a mobilização dos distintos saberes envolvidos no objeto saúde. Fomente a autonomia e a responsabilização dos profissionais, e amplie seu compromisso com a missão institucional e com os resultados em saúde. Flexibilize seu planejamento de modo a se beneficiar da aprendizagem institucional que se dá no transcurso das ações; o plano deve dar lugar ao processo (conceito de estrategia emergente). Transforme as normas rígidas em diretrizes flexíveis, baseadas na produção e análise de fluxo constante de informações sobre a realidade e sobre as ações institucionais, seus processos e resultados.

Propicie maior participação dos profissionais nos processos decisórios, que não deve se restringir ao âmbito dos administradores. Um modelo de gestão com essas características corresponde a um novo paradigma que tem sido chamdado modelo de gestão do conhecimento.

Para se capacitar à gestão do conhecimento e à aprendizagem institucional, a organização deverá estar baseada em dois conceitos centrais: um relativo a processos, outro relativo a design institucional: A comunicação como estratégia chave para todos os processos institucionais, permitindo a circulação multilateral de informação, a consolidação de modelos mentais e os insumos para a aprendizagem institucional. A estrutura em rede como lógica de construção de novas hierarquias institucionais e como substrato organizacional para o trabalho em cooperação.

3. Escola de Governo em Saúde: novo modelo de formação Reorientação estratégica do ensino e da pesquisa visando contribuir pra ampliar a capacidade e qualidade da governança em saúde. Implicando em : Reforma programática Reforma pedagógica Reforma do desenho institucional

Reforma programática: Nova metodologia para a definição de necessidades e dos profissionais e das organizações – oferta pactuada Oferta desenhada pela lógica (necessidades) das áreas de prática, não pela lógica disciplinar.

Reforma pedagógica: Formação como constitutiva do processo de trabalho Formação baseada em competências profissionais Aprendizagem através de metodologias colaborativas e orientadas a problemas. Utilização intensiva das NTIC Formação permanente – rede de egressos

Reforma de desenho institucional Estruturação através de redes de trabalho cooperativo por programas de formação (interdisciplinares e interdepartamentais) Regulação de processos através de comitês internos e ad hoc (avaliação de pertinência, adequação pedagógica, etc.) Modelos de avaliação focados em resultados – desempenho da formação e impacto no sistema / serviços. Trabalho em rede com: Instituições formadoras Escolas corporativas

Total reformulação do Programa de Formação Profissional, envolvendo as seguintes orientações: Alunos isolados Alunos em suas instituições Profissionais alunos Instituições como alunos. Cursos isolados Programas de Formação Ensino baseado em objetivos programáticos Formação baseada em competências profissionais. Disciplinas Unidades de aprendizagem Presencial ou a distância Presencial e a distância Formação só inicial Educação permanente Instituições formadoras isoladas Rede de Escolas de Governo

Três grandes programas: Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social Vigilâncias em Saúde Politica, Gestão e Atenção em Saúde Cada programa importando nos seguintes Níveis: Formação básica - competências básicas Formação avançada - competências específicas (customizadas) Educação permanente - menos temas e mais problemas - rede de egressos

Cada Unidade de Aprendizagem importando nos seguintes elementos: Definição das competências almejadas, da ementa programática, da estratégia pedagógica e do sistema de avaliação. Definição de coordenação docente. Materiais didáticos especificamente elaborados. Ambiente e ferramentas de EAD disponibilizadas Projeto e estrutura de educação permanente – rede de egressos

Processos estruturantes da Rede Escolas de Governo, mediados pela EAD e pelas NTIC, e com caráter interdependente: Formação Profissional: empowerment de profissionais e cidadãos Desenvolvimento Institucional: gestão do conhecimento, da aprendizagem institucional e da docência profissional Redes de cooperação: na formação profissional, no desenvolvimento institucional e no processo de trabalho Educação permanente: constitutiva do processo de formação e de trabalho