MANEJO HÍDRICO NO PER OPERATÓRIO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Resposta Metabólica ao Trauma
Advertisements

Os distúrbios da concentração sérica do sódio
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico
Fisiologia do Exercício
SISTEMA EXCRETOR.
SOROTERAPIA ENDOVENOSA
SISTEMA EXCRETOR (URINÁRIO)
DISTÚBIOS DE CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO
Recuperação Pós Anestésica
INFECÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
MANUAL TEÓRICO DE PATOLOGIA BÁSICA
REPOSIÇÃO VOLÊMICA Dr. Adriano Carvalho Médico do CTI – HC UFMG
SISTEMA EXCRETOR.
HIDRATAÇÃO DO PACIENTE QUEIMADO
DISTÚRBIO HIDRO-ELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO
Estudo dirigido - Fisiologia Renal
Professor Cristofer A. Masetti
Cloretos Carolina Maximo Maldonado
Contrastes radiológicos e nefropatia induzida por contrastes
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico ALBUMINA
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Ciências Biológicas Componentes
Fisiologia do sódio e da água
Equilíbrio Hidroeletrolítico & Equilíbrio ácido Básico
Caroline Pouillard Os compartimentos dos líquidos corporais: líquidos extra e intracelulares; líquido intersticial e edema Caroline.
Déficit de volume plasmático
Cetoacidose Diabética (CAD)
Manuseio Hidroeletrolítico e Metabólico no Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca Pediátrica Dra. Fabiana Aragão.
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS: Hematológicas Renais Neurológicas
CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA FISIOTERAPIA - FMRPUSP Alfredo J Rodrigues Paulo.
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Fisiologia humana.
Uso de protamina após angioplastia com stent
Sangue.
Fisiologia do Exercício
Filtração Glomerular Karine Verdoorn.
de líquido extracelular
Manuseio hidroeletrolítico do paciente cirúrgico
SÍNDROME METABÓLICA Esta síndrome é um grupo de alterações clínicas, que podem decorrer de uma dieta inadequada, atividade física insuficiente e uma evidente.
REGULAÇÃO DA OSMOLARIDADE DOS LÍQUIDOS CORPORAIS E EXAME DA URINA
Cetoacidose diabética
DESTÚRBIO HIDRO-ELETROLÍTICO
Hemogasometria em Equinos
DEFINÇÕES MONITORIZAÇÃO REPOSIÇÃO
Avaliação Nutricional
Provinha – 6 – turma BProva A Assinale se é falso ou verdadeiro: (V) Se há queda na taxa de filtração glomerular, a fração de excreção de sódio deve aumentar,
Reposição hidroeletrolítica
Glomerulonefropatias
Hidratação em Pediatria
Equilíbrio Hidro-Eletrolítico e Ácido-Básico
RE-HIDRATAÇÃO PARENTERAL
FLUIDOTERAPIA.
MONITORIA DE BIOQUÍMICA E LABORATÓRIO CLÍNICO PROTEÍNAS TOTAIS
ATLS - C Circulação com controle da Hemorragia
Choque Hipovolêmico.
CÁLCULO DE NECESSIDADE HÍDRICA DIÁRIA NHD Baseado na necessidade calórica diária NCD 3 a 10 Kg 100 ml/Kg/dia 11 a 20 Kg 1000 ml + 50 ml/Kg/dia >
FISIOLOGIA HUMANA.
Distúrbios do Equilíbrio Ácido-Base
Aspectos fisiológicos, indicadores e estratégias de hidratação
Distúrbios Hidroeletrolíticos
FLUIDOTERAPIA EM GRANDES ANIMAIS
PROVAS DE FUNÇÃO RENAL RODRIGO CÉSAR BERBEL.
Distúrbio ácido-básico Enf a Rita Nascimento. Quanto maior for a concentração dos íons de hidrogênio mais ácido será a solução e menor será o pH. Quanto.
Avaliação do Equilíbrio hidroeletrolítico. Avaliação Importante para o controle de qualquer paciente gravemente doente Importante para o controle de qualquer.
HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
Hiponatremia 0,6xpesox(Na d-Na e) 0,6xpesox(Na d-Na e) Converter meq em gramas de Na( dividir o numero encontrado por 17) Converter meq em gramas de Na(
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO EM HEMODILUIÇÃO NORMOVOLÊMICA RAL 5856 Prof. Dr. Luís Vicente Garcia Aluno:Maurício Moretto Nº USP
Transcrição da apresentação:

MANEJO HÍDRICO NO PER OPERATÓRIO Diogo Pinto da Costa Viana ME 2 CET Prof. Bento Gonçalves UFRJ

FISIOLOGIA Total de água corporal: 60% peso. 2/3 Intracelular e 1/3 Extracelular.

FISIOLOGIA Volume EC é controlado pelo ADH, aldosterona e PAN. Expansão do volume plasmático após infusão de líquidos não segue uma ordem linear. Sistema de regulação mantém em equilíbrio o volume intersticial, intravascular e extracelular.

AVALIAÇÃO DO VOLUME INTRAVASCULAR Exame físico: maior valor no pré operatório. REMT e anestesia alteram no intra operatório. Mucosas, Sensório, Hipotensão ortostática e aumento da FC em posição ortostática, débito urinário, pulso e PA.

AVALIAÇÃO DO VOLUME INTRAVASCULAR Exames laboratoriais: Índices indiretos do volume intravascular. Também sofrem variação durante o ato anestésico. Hemoconcentração, acidose metabólica, hipernatremia, relação U/Cr > 10:1 e osmolaridade urinária.

AVALIAÇÃO DO VOLUME INTRAVASCULAR Medidas hemodinâmicas: Mais fidedignas. Importante pensar de forma dinâmica. Nenhum valor sozinho terá bom resultado. Δ PP, PAM, ΔPVC e PAP + Sinais de boa perfusão tecidual – BE, lactato PVC e resposta volêmica??? Duvidoso...

TIPOS DE SOLUÇÕES 1 – CRISTALÓIDES

TIPOS DE SOLUÇÕES RINGER LACTATO Perdas intra operatórias normalmente são isotônicas , reposição de volume plasmático e de volume extracelular secundários a hemorragias e manipulação tecidual – 3º espaço. RL pela sua composição é o mais indicado. Discretamente hipotônico, fornecendo 100 ml de água livre por litro de solução. Tende a reduzir o sódio para 130 meq/L. Solução mais fisiológica quando necessários altos volumes Lactato – convertido em HCO3 pelo fígado

TIPOS DE SOLUÇÕES SORO FISIOLÓGICO Fisiológico? Em adultos jovens normais – maior incidência de náuseas e vômitos, cefaléias e desorientação. 1000 ml. The history of 0.9% saline, Sherif Awad, Simon P. Allison, Dileep N. Lobo*, Clinical Nutrition (2008) 27, 179e188. Grandes volumes – acidose hiperclorêmica. Usar quando alcalose metabólica hipoclorêmica Evitar quando grandes reposições.

TIPOS DE SOLUÇÕES SALINA HIPERTÔNICA 3% SORO GLICOSADO 5% Reposição de déficits de água pura e líquido de manutenção Prevenção de cetose e hipoglicemia devio o jejum – principalmente em diabéticos. SALINA HIPERTÔNICA 3% Usada para tratamento de hiponatremia grave e sintomática. Preconização atual para ressucitação de choque hipovolêmico.

TIPOS DE SOLUÇÕES 2 – COLÓIDES Maior atividade osmótica – mais tempo no intravascular. Cristalóides 20 a 30 min. Colóides 3 a 6h. Principais indicações: Ressuscitação hídrica em choque hemorrágico até chegada do sangue ou em pacientes com déficits proteicos – grandes queimados, insuficiência hepática... Desvantagem teórica: espaço intersticial continuará depletado de água, criando assim um gradiente osmótico que tira a água do intravascular. Em pacientes com lesão endotelial – choque, sepse... – permeabilidade capilar esta afetada. Não se alcança o objetivo.

TIPOS DE SOLUÇÕES

TIPOS DE SOLUÇÕES

TIPOS DE SOLUÇÕES ALBUMINA Albumina humana purificada extraída do plasma. Colóide não sintético. Não contém anticorpos ou aglutininas – baixa chance de reações adversas. Chance de trasnmissão de HIV, hep A, B e C,doença priogência... Pré calicreína – bradicinina = Hipotensão Alta pressão oncótica com baixa viscosidade. 5% , 20% e 25%. 20% cada 1 ml = 5 ml de plasma.

TIPOS DE SOLUÇÕES GELATINAS Hidrólise de colágeno bovino. Estéril e apirogênico. Gelatina succinilada, Gelatina com pontes de uréia e Oxipoligelatinas. Difernças na meia vida de eliminação e excreção. Capacidade de expansão limitada. 1ml correspondem a 0,8ml de expansão. Riscos de reações anafiláticas e anafilactóides, coagulopatias ( diminuição de FVW e fator VIII ) e hemodiluição.

TIPOS DE SOLUÇÕES DEXTRANAS Polímeros de glicose com alto peso molecular. Dextrana 40 a 10% e Dextrana 70 a 6%. Diferença quanto o peso molecular. 1 g de Dextran 40 retém 30 ml de água e 1 g de Dextran 70 retém 25 ml de água. Expansão volêmica: 5 horas, para o Dextran 70 e 4 horas, para o Dextran40; efetividade expansora: 100% do volume infundido, para o Dextran 70 e 175%, para o Dextran 40. reduz a viscosidade sangüínea (hemodiluição), diminui a agregação plaquetária. Diminui a interação entre leucócitos ativados e endotélio microvascular (atenua lesão de isquemia reperfusão)

TIPOS DE SOLUÇÕES Causam mais reações que os amidos e gelatinas. Risco de insuficiência renal, principalmente em pacientes com fatores de risco. Edema vacuolização de células tubulares e obstrução tubular por urina hiperviscosa. Pode induzir síndrome de von Willebrand adquirida com níveis reduzidos dos fatores vWF e VIII. Tipagem sangüínea – podem interferir, pois suas moléculas recobrem os eritrócitos e induzem agregação, simulando incompatibilidade Elevação falsa de níveis glicêmicos e concentrações de proteínas e bilirrubinas,

TIPOS DE SOLUÇÕES HIDROXIETILAMIDOS Soluções sintéticas coloidais modificadas a partir da amilopectina. Para aumentar a solubilidade em água e lentificar a hidrólise pela amilase, substituem-se os grupos hidroxil pelos hidroxi-etil.

TIPOS DE SOLUÇÕES Indicados para expansão plasmática, alguns estudos sugerem atenuação da resposta inflamatória, redução da permeabilidade capilar e diminuição da lesão/ ativação endotelial. Induzem maior grau de disfunção renal (hiperviscosidade tubular com estase e edema de células tubulares),adequada hidratação tende a anular esse efeito. Reações alérgicas raras. Pode levar a prurido - acúmulo extravascular – e hiperamilasemia, amilase liga-se ao HES, esta escapa da excreção renal.

TIPOS DE SOLUÇÕES SOLUÇOES COMBINADAS Soluções salinas hipertônicas (7,2 – 7,5%) adicionadas de soluções colóides (HES/ dextran).

TIPOS DE SOLUÇÕES Ressuscitação volêmica, em trauma penetrante e fechado, traumatismo crânio-encefálico (pressão intracraniana elevada) acompanhado de hipotensão. Extendem-se suas aplicações à cirurgia cardíaca, cirurgia vascular, neurocirurgia e a pacientes sépticos. Contra-Indicações: Hiponatremia crônica (risco de mielinólise pontina central), sensibilidade alérgica conhecida aos componentes.

COMO REPOR? Necessidades hídricas normais: Holliday – Segar Primeiros 10Kg – 4ml/kg/h Próximos 10 – 20 Kg – acrescentar 2ml/Kg/h Cada Kg acima de 20Kg – acrescentar 1ml/Kg/h

COMO REPOR? Exemplo: Pcte 70Kg 40 + 20 + 50 = 110ml/h Déficits pré existentes: Duração do jejum x taxa normal Exemplo para Pcte acima de 70 Kg com 8h de jejum: 110ml/h x 8 = 880 ml de reposição

COMO REPOR? Perdas de sangue e perdas insensíveis ( calor, exposição de cavidades, tempo cirúrgicos ) – atentar! Repor de acordo com avaliação clínica.

OBRIGADO!