 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Jonathan M. Samet, MD, MS Diretor do Instituto para Saúde Mental da USC (USC Institute for Global.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Os Fatos sobre o tabaco.
Advertisements

TABACO: dados epidemiológicos
Antonio José Leal Costa – IESC/UFRJ Valeska C. Figueiredo – INCA
Conselho Regional de Medicina – São Paulo Novembro 2002
CÂNCER DE PULMÃO O que é? O câncer de pulmão é o mais comum dos tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. A.
PROJETO DE CONTROLE DE TABAGISMO
PESQUISA INCA: Impacto do Custo de Doenças Relacionadas com o Tabagismo Passivo, Brasil COPPE – UFRJ LTDS – Laboratório Tecnológico de Desenvolvimento.
ESCOLAS LIVRES DE TABACO
Metodologia Científica Medidas de Frequência e Associação
ELEMENTOS DO GRUPO:VITOR,RODRIGO,VANESSA,VANIA
DOMICÍLIOS 100% LIVRES DE FUMO
2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Introdução à economia do controle do tabaco Hugh Waters, PhD 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of.
Criação de uma clínica de cessação do tabagismo
PROJECTO DOMICÍLIOS 100% LIVRES DE FUMO Instituto de Educação – Universidade do Minho 02 de Novembro de 2011 José Precioso (a), Manuel Macedo (b), Carolina.
Realidade da Saúde Pública Hospitais lotados, emergências lotadas, uti lotadas, gastos crescentes com medicamentos Aumento de gastos com assistência médica.
Centro Colaborador em Crack e Outras Drogas IPq-HC-FMUSP Núcleo de Pesquisas Dra. Camila Magalhães Silveira Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool.
 2012 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Annette David, MD, MPH, FACOEM Parceira sênior no Health Consulting Services na Health Partners,
 2012 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Joanna Cohen, PhD Diretora, Instituto para Controle Global do Tabaco Professora de prevenção a doenças,
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - UFMA
Suzana E Tanni, Paula A B de Camargo, Nathalie I Iritsu, Massaki Tani e Irma Godoy A divulgação sobre os riscos do tabagismo mudou o conhecimento dos fumantes.
EPIDEMIOLOGIA Prof Ms Benigno Rocha.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Rastreamento das mortes e doenças relacionadas ao tabaco.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Os custos do tabagismo Hana Ross, PhD Sociedade Americana de Câncer (American Cancer Society) e.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Criação de uma campanha antitabaco para os meios de comunicação de massa Greg Connolly, DMD, MPH.
Efeitos do tabagismo passivo sobre a saúde
 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Populações especiais: Atualização Stephen A. Tamplin, MSE Departamento de Saúde, Comportamento e.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Analisando o futuro: Resumo dos principais avanços.
Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população urbana do Brasil Antonio José Leal Costa – IESC/UFRJ Valeska C. Figueiredo – INCA Tania Cavalcante.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Produtos de Tabaco Mitchell Zeller, JD Pinney Associates.
 2012 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Vigilância e avaliação do tabaco: uma atualização Gary A. Giovino, PhD, MS University at Buffalo.
Comércio ilegal do tabaco
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health A epidemia de tabagismo Jonathan Samet, MD, MS Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health.
A EPIDEMIA A EPIDEMIA TABAGICA TABAGICA.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health As mulheres e o tabaco Natasha Jategaonkar, MSc British Columbia Centre of Excellence for Women’s.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Como evitar 100 milhões de mortes pelo tabagismo Thomas R. Frieden, MD, MPH Departamento de Saúde.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Produtos não Combustíveis e Produtos Consumidos Via Oral.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco Heather Wipfli, PhD Johns Hopkins Bloomberg School.
 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Blocos fundamentais para uma regulamentação eficaz dos produtos de tabaco Seção B.
Câncer e Meio Ambiente – Uma Avaliação Recente Luiz Prado
UNIVERSIDADE Clovis Botelho/UFMT.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção C Estudo de caso: Irlanda.
ASMA E TABAGISMO João Paulo Becker Lotufo
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Avaliação das políticas de ambientes livres de fumo Andrew Hyland, PhD Roswell Park Cancer Institute.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B O texto da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.
Tabagismo e Fatores Associados Ilone Fabiane Rhoden Fabio Mulher
Na Inglaterra, o Medical Research Council classifica os fumantes em três categorias: a) FUMANTES LEVES 1 a 10 cigarros diários b) FUMANTES MODERADOS 11.
 2007 Escola de Saúde Pública Bloomberg, Universidade Johns Hopkins (Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health)  2007 Johns Hopkins Bloomberg School.
Gabriel Menezes Felipe Porto Gunther Malta 8º ano “A”
Disciplina de Epidemiologia I Faculdade de Saúde Pública da USP
A Mulher e a Relação com o Tabagismo II CBT 2007.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Qual é o impacto dos aumentos dos impostos sobre o tabaco na Tailândia?
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção C Carga Global do Tabagismo.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Estratégias para controlar o comércio ilícito.
Papilomavírus humano-1 Material apresentado e discutido no Curso de especialização em saúde pública-disciplina epidemiologia-2004
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Avaliação do ASSIST.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Avaliação dos programas de controle do tabaco: ASSIST Frances Stillman, EdD Institute for Global.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health CQCT da OMS: texto, compromissos e cronogramas Gemma Vestal, JD, MPH, MBA, BSN Iniciativa Livre.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Introdução à avaliação de programas Frances Stillman, EdD Institute for Global Tobacco Control Johns.
Medidas de Saúde Coletiva
CÂNCER DE COLO UTERINO: ANÁLISE POPULACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO EM EVENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA RONCHI, M. V. T. ; LEITE, S. P. ; PATINI, B. J. T.
 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Melhores práticas em tributação do tabaco Frank J. Chaloupka, PhD Universidade de Illinois em Chicago.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Desafios e próximos passos.
Ciências Naturais 9.º ano
MÉTODOS EMPREGADOS EM EPIDEMIOLOGIA
Cessação do tabagismo em grupos especiais: como motivá-los? IDOSOS Dra. Maria Eunice M. Oliveira Responsável pelo Programa de Tabagismo do Hospital N.
PROJETO ANTI-TABAGISMO
Título do Trabalho:GRAU DE DEPENDÊNCIA FÍSICA À NICOTINA EM PARTICIPANTES DO PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DO TABAGISMO EM SÃO JOSÉ- SC NO PERÍODO DE.
Introdução ao Tema Monitoramento Ambiental e Biológico de Exposições Exposições consideradas excessivas representam risco à saúde dos expostos. Avaliar.
 Dengue  Hipertensão  5 diferenças Traumatismos (acidentes/violências) Doenças genéticas Doenças relacionadas à assistência da gestação e parto Deficiências/carências.
Transcrição da apresentação:

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Jonathan M. Samet, MD, MS Diretor do Instituto para Saúde Mental da USC (USC Institute for Global Health) Professor e Presidente do Flora L. Thornton, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina Keck (Keck School of Medicine) O fumo e a saúde: uma atualização

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Epidemia global do tabagismo O estado da epidemia global de tabagismo e uma atualização sobre os efeitos do tabagismo na saúde 2

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Prevalência do fumo de cigarros atual *GATS = Global Adult Tobacco Survey (Pesquisa sobre o Uso Mundial do Tabaco entre Adultos) 3

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health O relatório do U.S. Surgeon General de 2010 Examina os mecanismos pelos quais o tabagismo causa doenças Inclui constatações de estudos com seres humanos, animais e resultados de laboratório As evidências são importantes para a determinação da causa, prevenção, diagnóstico e tratamento 4 Fonte do texto e imagem: USDHHS. (2010).

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health SGR 2010: principais conclusões Fonte: USDHHS. (2010). 5

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health SGR 2010: Resumo sobre a genética da dependência de nicotina Fonte: USDHHS. (2010). 6

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Informações Emergentes Sobre os Efeitos do Tabagismo na Saúde Tuberculose Câncer de mama Diabetes mellitus 7

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health O fumo e a Tuberculose 8

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health O fumo e a Tuberculose 9

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Risco de infecção latente de tuberculose – Fumantes X Não fumantes Fonte da imagem: (2007). PLoS Med, 4:e20 10

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Risco da tuberculose clínica - Fumantes X Não fumantes Fonte da imagem: (2007). PLoS Med, 4:e20 11

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Risco de mortalidade por TB - Fumantes X Não fumantes Fonte da imagem: (2007). PLoS Med, 4:e20 12

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health O fumo e a Tuberculose 13

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Número de mortes em excesso por TB Homens de Mulheres de O fumo e a Tuberculose Mortalidade taxa de risco* (99% IC) Risco atribuível ao tabagismo Homens2.3 ( )38 % Mulheres3.0 ( )9 % *TR na comparação de fumantes a não fumantes, ajustada por idade, escolaridade e álcool Mortes devido à tuberculose entre indianos adultos entre 30 e 69 anos Mortes estimadas associadas ao tabagismo em excesso entre índios adultos em 2010 Fonte: Jha et al. (2008). NEJM, 358,

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health FonteAnoEstudos avaliadosConclusões Agência Internacional de Pesquisa de Câncer (International Agency for Research on Cancer - IARC, na sigla em inglês) 2004 Fumo ativo: 36 estudos de caso controlados, 8 estudos de coorte, 1 grande análise Fumo passivo: 10 estudos de caso controlados, 5 estudos de coorte Fumo ativo: Há indícios que sugerem falta de carcinogenicidade no tabagismo em humanos para os cânceres de mama femininos e do endométrio. Fumo passivo: São inconsistentes os indícios coletivos do risco de câncer de mama associados à exposição involuntária à fumaça do tabaco de quem nunca fumou. Relatório do U.S. Surgeon General estudos de caso controlados, 5 estudos de coorte Fumo ativo: Os indícios não sugerem nenhum relacionamento causal entre o fumo ativo e o câncer de mama. Subgrupos de mulheres ainda não podem ser identificados de forma confiável como tendo maior risco de câncer de mama por causa do tabagismo, comparados à população geral de mulheres. Ainda não ficou estabelecido se as mulheres que têm maior risco de câncer de mama devido às mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 podem reduzir o risco por fumarem. Relatório do U.S. Surgeon General estudos de caso controlados, 7 estudos de coorte Fumo passivo: Os indícios sugerem, mas não são suficientes para inferir um relacionamento causal entre o fumo passivo e o câncer de mama. Tabagismo/Exposição ao tabagismo passivo e risco de câncer de mama 15

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health FonteAnoEstudos avaliadosConclusões Cal/EPA estudos (incluindo 3 meta-análises) Fumo passivo: Estudos epidemiológicos com seres humanos, apoiados no fato de que pelo menos 20 dos componentes químicos da fumaça ambiental do tabaco (ETS) causam câncer de mama, fornecem provas que condizem à associação causal entre a exposição à ETS e o câncer de mama em mulheres jovens na pré-menopausa. Há poucos, se houver, indícios de aumento do risco de câncer de mama em mulheres mais velhas na pós-menopausa. Painel Canadense de Especialistas em Tabagismo e Câncer de Mama 2009 Fumo ativo: 7 exames 4 meta-análises Fumo passivo: 5 exames e 4 meta-análises Genética e fumo ativo: 3 meta-análises Fumo ativo: Com base na importância dos indícios dos estudos epidemiológicos e toxicológicos, e no entendimento de mecanismos biológicos, as associações entre o fumo ativo e o câncer de mama na pré e na pós-menopausa condizem com a causalidade. Fumo passivo: A associação entre a SHS e o câncer de mama em mulheres mais jovens, na pré-menopausa, que nunca fumaram, condiz com a causalidade. Os indícios são considerados insuficientes para se julgar a SHS e o câncer de mama pós-menopausa. Tabagismo/Exposição ao tabagismo passivo e risco de câncer de mama 16

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health O fumo e o Diabetes Fonte da imagem: Willi et al. (2007). JAMA, 298,

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health O fumo e o Diabetes Fonte da imagem: Willi et. al. (2007). JAMA, 298,

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Cigarros Mentolados 19 Relatório do Comitê científico consultivo sobre produtos de tabaco (Tobacco Products Scientific Advisory Committee, TPSAC na sigla em inglês) do FDA

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Cigarros Mentolados O mentol é um composto orgânico (um álcool terpênico monocíclico de ocorrência natural), de origem natural ou sintetizada, usado amplamente em produtos para consumo e medicinais Na farmacologia, o mentol na fumaça do cigarro tem um efeito refrescante que pode facilitar uma inalação mais profunda e mascarar a irritação causada pela nicotina e outros componentes da fumaça O mentol está presente na maioria dos cigarros dos Estados Unidos, e em cerca de 30% dos cigarros, presente em concentração suficiente para que o mentol seja o sabor característico 20

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Cigarros Mentolados O FDA é encarregado de lidar com o impacto que o uso do mentol em cigarros exerce na saúde pública  Seu comitê científico elaborou um relatório sobre esse tópico, divulgado em março de 2011 Os cigarros de mentol não são comuns mundialmente, mas há produtos em desenvolvimento 21

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Mentol: possíveis efeitos sobre a saúde pública Fonte da imagem: Comitê Científico Consultivo sobre Produtos de Tabaco (Tobacco Products Scientific Advisory Committee, TPSAC na sigla em inglês), FDA

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Conclusões do TPSAC: De acordo com as conclusões decorrentes de nove questões, o TPSAC fornece as seguintes conclusões gerais: Os cigarros de mentol têm um impacto adverso sobre a saúde pública nos Estados Unidos Não há nenhum benefício para a saúde pública do mentol comparado aos cigarros sem mentol 23

 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Recomendação do TPSAC para o FDA A remoção dos cigarros de mentol do mercado seria benéfica para a saúde pública nos Estados Unidos 24