Gestão do Conhecimento

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Transcrição da apresentação:

Gestão do Conhecimento O processo de elaboração da Estratégia como Diálogo 1

Processo de elaboração da estratégia Enquanto a estratégia preocupa-se com fontes de vantagem competitiva, seu processo de elaboração é o meio pelo qual a história é feita (Chakravarthy e Doz, 1992). Mintzberg e Waters (1985) observaram que nem todas as estratégias implementadas eram elaboradas por uma pessoa ou unidade organizacional oficialmente responsável pelo desenvolvimento da estratégia. Eles classificaram as estratégias com base nos processos de sua elaboração em “estratégia intencional” e “estratégia emergente”.

Processo de elaboração da estratégia A estratégia intencional é imbuída de intenção organizacional, desenvolvida por tomadores de decisão identificáveis, como uma equipe de administração da organização, o departamento responsável ou consultores externos. É o resultado da escolha consciente e é, frequentemente, racional e analítica. É formalmente registrada com nitidez na documentação ou mesmo na oralidade. A estratégia emergente, de acordo com a definição apresentada por Mintzberg e Waters (1985), é um padrão de ação que ocorre sem intenção organizacional ou tomada de decisão centralizada.

Processo de elaboração da estratégia Na estratégia emergente os sistemas administrativos da empresa – como a estrutura organizacional, o planejamento, o controle, o sistema de alocação de recursos, os incentivos, a administração dos recursos humanos, o sistemas de valores e os processos decisórios – influenciam seus padrões de ação (Chakravarthy e Doz, 1992; Bower, 1986). Também é influenciada pelas ações e compromissos organizacionais (Ghemawat, 1991) que são feitos por ocasião de crises ou oportunidades inesperadas (Quinn, 1980; Burgelman e Sayles, 1986).

Diálogo como comunicação social De acordo com Wertsch, a comunicação social envolve inerentemente duas tendências opostas: a “univocalidade” e a “multivocalidade”. A univocalidade preocupa-se com o grau que a comunicação é dominada pela mesma perspectiva, atuando como um dispositivo de transmissão de dados, cuja eficiência é medida pelo modo como o significado é transmitido sem modificar seu sentido original. Pronunciamentos feitos por professores e autoridades religiosas, políticas e éticas são exemplos de univocalidade. Existe menos espaço para a resistência e para diferentes perspectivas na univocalidade.

Diálogo como comunicação social A multivocalidade preocupa-se com o grau em que a comunicação carrega múltiplas perspectivas, é geradora de novos conhecimentos e tende ao dinamismo, à heterogeneidade e ao conflito entre as perspectivas. O diálogo, que é a comunicação através de perspectivas diferentes com multivocalidade (Wertsch, 2000), é indispensável para a criação do conhecimento. Através dele as diferenças nas perspectivas podem funcionar como um “dispositivo de raciocínio”, criando, assim, um novo significado (Lotman, 1988).

Diálogo como comunicação social Nonaka (2002, p. 449) sugeriu as seguintes condições para “elevar a qualidade do diálogo”: (1) o diálogo deve ser temporário e multifacetado, de forma que sempre haja lugar para a revisão ou a negação; (2) os participantes do diálogo devem ser capazes de expressar suas opiniões livre e sinceramente; (3) a negação pela simples negação deve ser desencorajada; (4) deve haver continuidade temporal; (5) a existência de um grau de informação redundante auxiliará no processo.

Elaboração da estratégia como vozes O processo de elaboração de estratégia intencional tende a ser univocal, muitas vezes analítico e racional, tendo como base um entendimento geral. A estratégia emergente, por outro lado, tende a ser multivocal, tendo sua elaboração focada nas interações de ações locais independentes. O ponto alto da estratégia emergente é o potencial para provocar descobertas inesperadas. O baixo é o perigo de uma única pessoa não ser capaz de captar todo o quadro, ou que te nehuma pessoa tenha uma resposta clara a partir do início, pois o processo confia na cognição e na tomada de decisões distribuídas.

Dependência de opostos Os processos de elaboração das estratégias intencional e emergente não são exclusivos, para permanecerem efetivos a longo prazo eles complementam-se. A univocalidade e a multivocalidade também são interdependentes. Mesmo que a comunicação relativa à estratégia articulada intencional seja univocal, qualquer investigação exploratória que preceda seu desenvolvimento contém multivocalidade, pois as pessoas tentam analisar os ambientes a partir das diferentes perspectivas. Similarmente, mesmo que a multivocalidade pertença às interações entre as ações locais, ela obtém uma única perspectiva – a univocalidade – quando as pessoas tentam refletir e conceituras as ações locais.

Conclusões importantes A interdependência entre a multivocalidade e a univocalidade mantém-se evoluindo de maneira dialética. Outros fatores que ajudam o processo: Altas aspirações para melhorias; Deixas as pessoas experimentarem realidades diferentes; Proporcionar às pessoas motivação para verbalizar suas perspectivas; Ter uma forte orientação dirigida à experimentação; Ter receptividade a diferentes perspectivas e diferentes realidades; Dar boas vindas às contradições. O diálogo permite que a organização tenha um pensamento de mundo mais complexo, e que aprecie um sentido mais rico das realidades existentes na organização, assim como no ambiente externo.