Aprendizagem colaborativa on-line Junia de Carvalho Fidelis Braga

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Transcrição da apresentação:

Aprendizagem colaborativa on-line Junia de Carvalho Fidelis Braga CEFET-MG – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Departamento de Linguagem e Tecnologia Mestrado em Estudos de Linguagens Aprendizagem colaborativa on-line Junia de Carvalho Fidelis Braga Ambientes Sociotécnicos para ensino/aprendizagem de Línguas Profa. Dra. Maria Raquel de A. Bambirra Aluna: Girlene Dias de Medeiros

Sobre a autora: Possui graduação em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais(1985), especialização em Especialização em língua Inglesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais(1988), mestrado em Lingüística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais(2004), doutorado em Lingüística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais(2007), pós-doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais(2009), aperfeiçoamento em Refresher curse for experienced teachers pela International House(1987) e aperfeicoamento em Certificate of Overseas Teachers of English pela University of Cambridge- International Examinations(2000). Atualmente é Professora adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Letras. Atuando principalmente nos seguintes temas:complexidade, comunidade de aprendizagem on-line, ensino de língua inglesa, colaboração, tecnologia. (Texto gerado automaticamente pela aplicação CVLattes) Disponível em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=C995255 Acesso em 19/02/2013

Aprendizagem colaborativa on-line Construção do conhecimento por troca de experiências Proposta pedagógica que contempla a interação

INTERAÇÃO De acordo com a definição do dicionário Houaiss: influência ou ação mútua entre coisas e/ou seres. Nesse trabalho: “a troca colaborativa de pensamentos, sentimentos ou idéias entre duas ou mais pessoas, resultando em um efeito recíproco” (p.70)

Aprendizagem colaborativa cooperativa ≠ Aprendizagem colaborativa

Aprendizagem cooperativa “A aprendizagem cooperativa conta com um protocolo no qual as tarefas são divididas em sub-tarefas, desempenhadas individualmente, e posteriormente, ajuntadas como produto final.” (p.71)

Aprendizagem colaborativa “Aprendizagem colaborativa descreve situações nas quais as tarefas são desempenhadas por meio da interação e os parceiros (ou aprendizes) constroem uma solução comum para a tarefa. Um importante componente da colaboração é a discussão que ocorre durante o desempenho das tarefas, uma vez que os benefícios cognitivos almejados pela aprendizagem colaborativa devem ser mediados pela troca verbal entre os aprendizes.” (p.71)

Aprendizagem transformadora A autora cita Cranton (1996) que menciona um terceiro tipo de aprendizagem relacionada ao processo colaborativo: a aprendizagem transformadora. “Esse tipo de aprendizagem refere-se às oportunidades que o ambiente colaborativo oferece para a emancipação do indivíduo.” (p.71) O indivíduo assume uma postura de responsabilidade e se torna capaz de gerenciar a própria aprendizagem.

Comunicação mediada por computador - CMC As novas ferramentas tecnológicas, especialmente, as que estão voltadas à comunicação mediada por computador propiciam práticas colaborativas em ambientes digitais. o uso da tecnologia deixa de ser um sistema de transmissão cognitivo e se torna um meio de suporte às trocas colaborativas e construção do entendimento.

Questionamento Com Harasim (2002) surge o questionamento: “De que maneira o ambiente on-line pode oferecer suporte para as conversações e explorações compartilhadas, partes da co-produção ativa do conhecimento?”

Busca por solução Diversas pesquisas realizadas acerca das teorias de aprendizagem como o construtivismo, teoria da atividade e a teoria sociocultural, já que essas teorias consideram a interação como elemento central na construção do conhecimento.

“Para Figueiredo (2006, p.12), inspirado em Dillenbourg e Schneider (1995 apud CURTIS; LAWSON, 2001), a aprendizagem colaborativa é uma abordagem construtivista que promove oportunidades de cunho educacional entre duas ou mais pessoas que almejam aprender algo juntas, seja por meio de interações em sala de aula ou fora dela, seja por intermédio de interações mediadas pelo computador.” (p.72)

Gerenciamento das interações Para que ocorra a aprendizagem colaborativa não é necessário a participação de um par mais competente, já que o conhecimento será construído em conjunto. A autora cita Paiva que enfatiza que das interações podem surgir experiências positivas e negativas.

Diversidade e redundância nas práticas colaborativas on-line Para Paiva (inédito) o processo de aquisição de línguas é complexo, dinâmico e não linear e apresenta características diversificadas e redundantes como um sistema complexo adaptativo.

Estágios de aprendizagem e trabalho de conhecimento colaborativo Geração de ideias - brainstorming Conexão de ideias. Convergência intelectual.

Comunidade de busca do conhecimento Modelo conceitual de Garrison, Anderson e Archer (2000). Nesse modelo de comunidade professores e alunos são participantes chave do processo educacional. Aspecto cognitivo Experiência educacional bem sucedida Aspecto social Aspecto instrucional

Comunidade de Busca de Conhecimento

“Garrison (2006) argumenta que a essência de uma experiência educacional significativa envolve dois processos integrados: a reflexão e o discurso. Na experiência de aprendizagem on-line a vantagem é dada à reflexão devido ao dinamismo e ao fluxo do ambiente face-a-face. O ambiente presencial requer espontaneidade verbal e segurança para que se possa expressar em um contexto de grupo. Já o ambiente on-line reflete um padrão interacional “centrado no grupo” versus um padrão “centrado na autoridade”, comum em ambientes presenciais, oferecendo oportunidades de se construir comentários a partir das reflexões do outro comparado à troca de turnos de ambiente face-a-face.” (p.78)

Presença cognitiva no entendimento de Garrison, Anderson e Archer (2000, 2001) a) fase de acionamento do evento, quando há reconhecimento do problema ou um sentimento do persplexidade ou estranhamento; b) a fase de exploração em que os aprendizes se movimentam da reflexão privada para a exploração, social por meio da troca de informações; c) a fase de integração, na qual os aprendizes constroem significados ou soluções a partir de idéias exploradas na fase anterior e d) a fase de resolução na qual o aprendiz testa suas hipóteses, confirmando dessa forma o entendimento.

Eventos de acionamento Descritor Indicadores Processos sócio-cognitivos Evocativo Reconhecer o problema Sensação de perplexidade Apresentar informações de background que culminam em uma questão. Fazer perguntas. Mensagens que levam a discussão a outras direções.

Processos sócio-cognitivos Exploração Descritor Indicadores Processos sócio-cognitivos Hesitante Sugestões para consideração Autor explicitamente caracteriza mensagem como exploração, ex.: “Isto parece estar certo? “Estou chegando perto?”

Integração Descritor Indicadores Processos Sócio-cognitivos Temporária Convergência entre membros do grupo Referência à mensagem anterior seguida de concordância substanciada, ex.: “Concordo porque...”

Resolução Descritor Indicadores Processos Sócio-cognitivos Comprometido Aplicação vicária do mundo real Testando soluções Defendendo soluções

Fases de entendimento Sentimento de perplexidade inicial Reconhecimento do problema Elaboração de hipóteses Testes ou experimentações

Papel do professor Garrisson citando Meyer (2004), Garrisson, Anderson e Archer (2001) ressalta que estudos apontam evidências de que o papel do professor, desenho instrucional e do gerenciamento de grupos em processo colaborativo podem influenciar positiva ou negativamente o processo de construção de significado e o processo reflexivo dos aprendizes envolvidos na experiência educacional online. (p.81)

Presença social Associa-se à habilidade de expressão dos participantes, pessoal e social. A definição expandida de Garrison (2006, p. 2) que propõe que presença social é a “habilidade de projetar-se e estabelecer relações pessoais e de relações voltadas para um propósito.” (p.82)

Interação afetiva e social no ambiente virtual Segundo Rourke et al. (2001), teóricos da comunicação tais como Short, Williams e Christie (1976), Daft e Lengel (1986) e Sproull e Kiesler (1986), inspirados nos estudos de Mehrabian (1969), comungam o pensamento de que a falta de informação não verbal provoca um efeito negativo nas interações interpessoais mediadas por voice mail, aparelhos de facsimile e tele-conferências de áudio, sugerindo, dessa forma, que a comunicação mediada por artefatos tecnológicos inibe a interação afetiva e social. (p.82)

Avaliação de presença social Categoria Indicador Definição Exemplo Afetivo Expressões de emoções Expressões convencionais de emoção ou expressões não convencionais “Simplesmente não aguento quando...!!!! Interativo Referir-se explicitamente às mensagens dos outros. Referências diretas aos conteúdos das mensagens postadas dos outros . “Na sua mensagem, você falou sobre a distinção de Moore entre....” Coesivo Dirigir-se ao grupo Dirigir-se ao grupo como nós, gente, nosso grupo, etc. “Nosso livro-texto referese”, “Acho que estamos nos desviando do assunto”

Conclusões: A aprendizagem colaborativa mediada por computador possui pontos comuns à Teoria da complexidade, especialmente devido ao caráter de não linearidade. O uso de comunicação mediada por computador pode influenciar positivamente o processo de aprendizagem. A aprendizagem colaborativa on-line é interativa.

Obrigada!!!!!

Referência BRAGA, J. C. F. Comunidades autônomas de aprendizagem on-line na perspectiva da complexidade. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais. 2007. 207p.