Fraturas de Colo de Fêmur, Transtrocanteriana e Cintura pélvica

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
LESÕES FISÁRIAS Andrey Wanderley.
Advertisements

TRATAMENTO DAS FRATURAS DO 1/3 MÉDIO DA CLAVÍCULA COM HASTE INTRAMEDULAR ELÁSTICA DE TITÂNEO (TEN-AO) Marcelo De Vita; Rüdger Hercht; Axel Jobel Städtisches.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA.
Fraturas do Colo do Fêmur
Fratura do Colo Femoral
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Traumatologia do Membro Superior
Continuação Tratamento: Tratamento cirúrgico O objetivo geral: é que o paciente volte ao nível de função anterior a lesão de forma mais rápida e segura.
EXAME CLÍNICO ORTOPÉDICO DOS MEMBROS PÉLVICOS EM PEQUENOS ANIMAIS
Fraturas do Pé Fraturas de calcaneo= são mais graves quando atingem as superficies articulares sub-astragalinas e as que produzem alterações no ângulo.
FRATURAS DO JOELHO PLANALTO TIBIAL
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE FISIOTERAPIA / TRAUMATOLOGIA
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA FISIOTERAPIA / TRAUMATOLOGIA
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA FISIOTERAPIA / TRAUMATOLOGIA
Universidade Veiga de Almeida Fisioterapia / Traumatologia
Traumatismo Raquimedular. Descrever as bases anatômicas e fisiológicas da medula espinhal Descrever as bases anatômicas e fisiológicas da medula espinhal.
TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM
Trauma de extremidades
QUAIS AS LESÕES FREQUENTES DO TORNOZELO DO ATLETA ?
Liga Pernambucana de Emergências Projeto de Extensão
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
Termo introduzido em 1911 pelo médico radiologista francês Destot,
Módulo Cirurgia Vascular
LESÕES MUSCULARES E ARTICULARES
PRINCIPIOS E TRATAMENTO DAS FRATURAS
FRATURAS ANTEBRAÇO E PUNHO
FRATURAS ANTEBRAÇO E PUNHO
Princípios Sobre Fraturas
Lesões de Membros Inferiores
Trauma Abdominal O Comitê de Trauma Apresenta © ACS Title slide
Divisão do esqueleto Esqueleto axial Esqueleto apendicular
ENTORSE, LUXAÇÃO, FRATURAS
FRATURA PROXIMAL DO FÊMUR
Fratura de Fêmur Proximal no Idoso
Fratura do fêmur FRATURAS DIAFISÁRIA
Fraturas do Membro Superior Andrey Wanderley.
FRATURAS e LUXAÇÕES.
FRATURAS DO ANEL PÉLVICO
Fraturas e Luxações do Tornozelo
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Afecções Punho, Mão e Dedos
TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS INFERIORES NA CRIANÇA
João Marcelo Castelpoggi
TARO 2009 Questões 46 a 50.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Laboratório de Biomecânica
Ortopedia e Traumatologia UERJ Fernando Cerqueira
Fraturas da Perna Karen Levy Korkes.
Luxação Patelar Academicos: Cassio Henrique Filipe Camargo
Quadril Bursite Trocanteriana Displasia de quadril Osteonecrose Sacroileíte Pubalgia Nayara T. C. Pereira.
Fraturas da Pelve Sandra R. S. Castilho Campinas, 2008.
FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES EM CRIANÇAS
Acadêmica: Vanessa Alice M. Amorim 03/12/2010
Cinesiologia da articulação do quadril
DIÁFISE DE TIBIA E FIBULA
Ilíaco RTM.
FRATURAS Definição – É uma solução de continuidade óssea (exposta – fechada). História Epidemiologia Classificação - Qto à localização - Qto ao traço de.
Trauma abdominal Objetivo
ENTORSE, LUXAÇÃO, FRATURAS
PSEUDARTROSE.
Edésio Willemann Acadêmico de Fisioterapia
Classificação Pseudartrose Hipotróficas (mal vascularizada):
Adriana da Paz Mendonça PUC- Campinas 2008
Transcrição da apresentação:

Fraturas de Colo de Fêmur, Transtrocanteriana e Cintura pélvica Disciplina de Ortopedia Anderson Sousa Martins da Silva

Fraturas de Colo de Fêmur

Fratura de Fêmur Aumento entre jovens : intensidade Aumento entre idosos : expectativa de vida Complicações: Necrose Avascular Não Consolidação

Classificação - Garden

Classificação - Garden Garden I - fratura incompleta ou impactada Garden II - fratura completa sem deslocamento.

Classificação - Garden Garden IV –completa com importante deslocamento. Garden III - fratura completa com deslocamento parcial.

Diagnóstico Fraturas Impactadas: Dor na virilha ou lado medial do joelho Deambulação com claudicação Muitas vezes sem sinais óbvios Percussão do trocanter maior dolorosa

Diagnóstico Fraturas Impactadas: Após 3 semanas : TC Idoso + dor + trauma + RX normal Investigação Exaustiva

Diagnóstico Fraturas Deslocadas: Clinica Evidente : Dor RX adequado após anestesia Osteoporose

Tratamento Fraturas Impactadas e Não Deslocadas: Garden I : Cirurgico: 2 a 3 parafusos canulados 15% dos não operados = deslocamento > de 4 semanas e deambulando Conservador

Tratamento Fraturas Impactadas e Não Deslocadas: Garden II : Cirurgico: 2 a 3 parafusos canulados

Tratamento Fraturas Impactadas e Não Deslocadas:

Tratamento Rápido : Evitar Necrose Avascular e Não Consolidação Fraturas Deslocadas: Objetivo: Redução anatômica Impactação Fixação Interna estável Tratamento Rápido : Evitar Necrose Avascular e Não Consolidação

Tratamento Fraturas Deslocadas: Redução Fechada: Mesa Ortopédica Tração do MI em extensão Rotação Interna Abdução

Tratamento Fraturas Deslocadas: Redução Fechada: Radiografia Índice de Garden Entre 155º e 180º Reduz complicações AP :ângulo da compressão trabécular em relação ao eixo longitudinal da diáfise            Lateral: ângulo da compressão trabécular em relação ao eixo do fêmur.

Tratamento Fraturas Deslocadas: Redução Aberta: Após 2 ou 3 tentativas de Fechada Quanto maior abertura capsular Maior lesão Vascular

Tratamento Fraturas Deslocadas: Fixação da Fratura: Após estabilidade do foco Rígida e Estável 2 a 3 parafusos canulados Mobilização em 48 horas

Tratamento Fraturas Deslocadas: Substituição Protéticas: Parcial: >80 anos Pouca atividade Rápida mobilização Fraturas patológicas Total: >60 anos Fratura complexa Afecção prévia Afecção contralateral

Tratamento

Complicações Gerais: Próteses: Tromboembolismo Retardo de consolidação Necrose Avascular Infecção Próteses: Fratura Infecção Luxação Dor Afrouxamento Ossificação Ectópica

Fraturas Transtrocantéricas

Considerações Gerais 100.000 pacientes / ano Idosos, mulheres/osteoporose Maior mortalidade X colo do fêmur Sempre consolidam, porém: Mortalidade: 17% cirúrgicos X 35% não operados

Considerações Biomecânicas Fatores Extrínsecos: Redução obtida Escolha dos implantes Técnica de colocação Fatores Intrínsecos: Grau de Osteoporose Geometria dos fragmentos

Classificação - Tronzo Classificação de Tronzo: Tipo I: fx imcompleta Tipo 2: fx não cominutivas, com ou sem deslocamento, ambos os trocanteres Tipo 3: fx cominutivas, grande fragmento do trocanter menor; explosão da parede posterior; bico do pescoço impactado no eixo Tipo 4: Explosão da parede posterior, bico do pescoço deslocado for a do eixo Tipo 5: fx obliqua reversa, com ou sem separação do trocanter maior.

Classificação - Tronzo

Tratamento Objetivo: Conservador: Restituição da função e anatomia Mínimo de seqüelas Conservador: Alto risco anestésico Paciente confinado ao leito TTO 6 a 10 semanas

Tratamento Cirúrgico: Primeiras 48 horas Situação favorável a consolidação Redução anatômica, exceto: idoso + pouco ativo + fx instável

Tratamento Cirúrgico Tipos: Implantes: Placas de ângulo fixo Hastes intramedulares Placas-tubo com parafuso deslizante Endopróteses parciais Implantes: Ideal não existe Consolidação antes de forças deformantes

Implantes

Implantes

Pós Operatório Complicações: Idosos: descompensações Infecção Falhas mecânicas Idosos: descompensações Mobilização passiva em 48 horas Sem pressa para aoio precoce

Fraturas da Cintura Pélvica

Considerações Gerais Causa primária de óbito em politraumatizados Automóvel X Pedestre 3% das fraturas Mortalidade: 87% em 1890 40% em 1905 a 1916 5 a 20% atualmente

Anatomia

Anatomia

Mecanismo do trauma Mais associadoa lesões do trato Urinário

Mecanismo do trauma Compressão Lateral: Fx pélvica mais comum 3 tipos: Tipo I: sem dano ligamentar Tipo II: desvio medial anterior do anel pélvico, rotura dos ligamentos posteriores, fx articulação sacroilíaca Tipo III: abertura da pelve sobre o lado contralateral, rotura dos ligamentos posteriores, fx articulação sacroilíaca

Mecanismo do trauma Mais suscetíveis a Sangramentos

Mecanismo do trauma Compressão AP: 3 tipos: Tipo I: fx vertical do ramo púbico ou pequena diástase da sífese púbica Tipo II: rotura de ligamentos anteriores com grande abertura anterior Tipo III: rotura de ligamentos anteriores e posteriores

Mecanismo do trauma

Mecanismo do trauma Cisalhamento vertical: Associadas : Desvio superior do acetábulo Fx de vértebra lombar Fx calcâneo

Diagnóstico

Diagnóstico

Tratamento Politraumatizado: Vias Aéreas Reposição Sanguínea e flúidos SNC Aparelho Digestivo Aparelho Urinário Fraturas

Tratamento de Emergência Controle da Hemorragia: Fixador Externo Vestimenta Pneumática antichoque Embolização Arterial Clamp de Ganz

Tratamento de Emergência Controle da Hemorragia: Falha de métodos anteriores Fixação Interna de Emergência

Tratamento Definitivo Raramente requerem fixação Interna: Estáveis ou instabilidade mínima Compressão Lateral Requerem fixação Interna: Livro Aberto Rotura completa da Hemipelve anterior e posterior

Tratamento Definitivo Fixação do anel pélvico anterior Desviados e irredutíveis Placas de 4 a 6 orifícios Complicações: Lesão Vesical Lesão do cordão espermático Hérnia incisionais Lesão do plexo venoso prostático

Tratamento Definitivo Fixação do anel pélvico posterior: Fx instáveis Tração incial Clamp de Ganz Falha = Redução Aberta Antes de Fixação Confirmação da Redução Anatômica

Tratamento Definitivo Fixação do anel pélvico posterior: Fixação por: Hastes Placas Parafusos

Complicações da Fx de Pelve Acidentes fatais 18 a 24% Hemorragia : A. ilíaca intera A. Glútea superior Lesões de Uretra e Bexiga Uretrografia Cistografia Pielografia

Obrigado