Como reconhecer? O que fazer.

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Transcrição da apresentação:

Como reconhecer? O que fazer. TDAH Como reconhecer? O que fazer.

DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE MOGI DAS CRUZES DIRIGENTE:TERESA LUCIA DOS ANJOS BRANDÃO SUPERVISOR: ARMINDA BENEDITA GLÁUCIA BERTELLI REIS PCOP: KELLY P.M.SOARES

Critérios Oficiais Os sintomas devem ser constantes, com duração mínima de 6 meses e não estarem limitados a uma situação apenas. Também é necessário que eles realmente tragam prejuízo para a vida do portador. Geralmente não apresentam atraso intelectual e sim dificuldade de adaptação aos ambientes sociais

A pessoa do tipo desatento deve apresentar, pelo menos, 6 destas características:   não enxerga detalhes e faz erros por falta de cuidado tem dificuldade em manter a atenção parece não ouvir quando se fala com ela tem dificuldade na organização não gosta de tarefas que exigem esforço mental prolongado freqüentemente perde objetos distrai-se com facilidade esquecimento nas atividades rotineiras

A pessoa do tipo hiperativo/impulsivo deve apresentar, pelo menos, 6 destas características:   inquietação, mexendo as mãos e os pés ou não parando quieta na cadeira tem dificuldade em permanecer sentada corre sem destino (em adultos, sentimento de inquietação) dificuldade em fazer uma atividade quieta ou em silêncio fala excessivamente responde a perguntas antes delas serem formuladas age como se fosse movida a motor tem dificuldade em esperar a vez interrompe conversas e se intromete

É possível que algumas pessoas apresentem uma combinação de características dos dois grupos, é o chamado tipo combinado. Outras características que podem aparecer junto com as descritas ou no lugar delas dificuldade em terminar uma atividade ou um trabalho ficar aborrecida com tarefas não estimulantes ou rotineiras falta de flexibilidade (não faz transição de uma atividade para outra) é imprevisível não aprende com os erros passados percepção sensorial diminuída problemas de sono difícil de agradar agressividade não tem noção do perigo frustra-se com facilidade não reconhece os limites dos outros dificuldade no relacionamento com colegas dificuldades nos estudos

TAMBÉM EXISTE OUTRA MANEIRA DE IDENTIFICAR AS CONDUTAS TÍPICAS 1- Comportamento voltado para si próprio 2- Comportamento votado para o outro

1 Fobias Auto-mutilação Alheamento ao contexto externo Timidez Recusa em verbalização Recusa em manter contato visual

2 Agressão (verbal – física e a objetos) Faltar com a verdade Roubar Gritar Falar ininterruptamente Locomover-se o tempo todo

O que Fazer? - identificar -aproximar -se dos pais -criar programas pedagógicos adequados

Tratamento O tratamento de crianças com TDAH exige um esforço coordenado entre os profissionais das áreas médica, saúde mental e pedagógica, em conjunto com os pais. Esta combinação de tratamentos oferecidos por diversas fontes é denominada de intervenção multidisciplinar. Um tratamento com esse tipo de abordagem inclui:

treinamento dos pais quanto à verdadeira natureza do TDAH e desenvolvimento de estratégias de controle efetivo do comportamento; um programa pedagógico adequado; aconselhamento individual e familiar, quando necessário, para evitar o aumento de conflitos na família; uso de medicação, quando necessário.

Os medicamentos mais utilizados para o controle dos sintomas do TDAH são os psicoestimulantes; 70% a 80% das crianças e dos adultos com TDAH apresentam uma resposta positiva. Sendo que de 5% a 7% da população mundial possuem esses Transtornos Crianças com TDAH apresentam uma melhora dramática, com redução do comportamento impulsivo e hiperativo e aumento da capacidade de atenção.

O controle do comportamento é uma intervenção importante para crianças com TDAH. O uso eficiente do reforço positivo combinado com punições num modelo denominado “custo de resposta” tem sido uma maneira particularmente bem sucedida de lidar com crianças portadoras do transtorno.

Os pesquisadores, acreditam que somente reduzir os sintomas das crianças com TDAH não traz resultados satisfatórios a longo prazo. Assim, aumenta a consciência de que os fatores que predispõem todas as crianças à uma vida bem sucedida são especialmente importantes para as crianças que apresentam problemas relacionados a distúrbios como o TDAH.. Portanto, os tratamentos são aplicados para permitir alívio dos sintomas enquanto se trabalha no sentido de assistir a pessoa a construir uma vida bem sucedida.

A máxima “tornar as tarefas interessantes e fazer o pagamento valer a pena” parece ser extremamente importante para as pessoas com TDAH.

Aceitar o diagnóstico de TDAH significa aceitar a necessidade de fazer modificações no ambiente da criança.

Sala de Aula Adaptações organizativas A rotina deve ser consistente e raramente variar. As regras devem ser dadas de maneira clara e concisa. CONSIGNAS ESCRITAS E VERBAIS, Atividades ou situações em que já ocorreram problemas devem ser evitadas ou cuidadosamente planejadas. Trabalhar com subgrupos Montar estojo de empréstimos e regras para estes Tarefas variadas e curtas

Sala de Aula Adaptações Pedagógicas Programas voltados ao comportamento do aluno Programas voltados ao ensino de habilidades de convivência social Programas voltados à Educação Acadêmica

Criar um vínculo real-O toque é muito importante Momento Zen Aula contextualizada Integrada passo a passo Ordens verbais e por escrito Orientar e ajudar a organizar as matéria Combinar e cumprir Trabalhar elogiando os aspectos bons( descobrí-los) Dar Responsabilidades

Valorizar o mínimo que faça “ Não desistam na dificuldade peçam ajuda” • Planejar o ensino • Verificar efeitos de sua ação pedagógica • Promover os ajustes necessários • Flexibilidade na conduta pedagógica • Flexibilidade na utilização do espaço físico, materiais e equipamentos

MITOS Mito 1. O TDA/H é um distúrbio fantasma, não existe. Na verdade criaram uma boa desculpa para pais e professores justificarem suas dificuldades de educar e de colocar limites a certas crianças mais difíceis que as outras. Os estudos com gêmeos e com crianças adotadas mostram que o papel predominante é do fator hereditário, cabendo ao ambiente uma participação menos expressiva na gênese do problema.

Mito 2. As crianças com TDA/H não são diferentes das demais Mito 2. As crianças com TDA/H não são diferentes das demais. Nenhuma criança consegue ficar quieta ou prestar atenção por muito tempo seguido. É verdade que a capacidade de controle da atividade motora, dos impulsos e da capacidade de concentração variam de pessoa a pessoa e que só gradativamente essas capacidades vão se desenvolvendo no período da infância. A diferença entre uma criança com TDA/H e outra talvez não possa ser bem percebida na hora do recreio, quando é de se esperar que todas estejam correndo, pulando ou gritando. Porém, ao soar a campainha do fim do recreio, quando todos retornam à sala de aula, aí podemos observar que uma determinada criança sistematicamente não consegue parar, e nas aulas é constantemente incapaz de sustentar a atenção, desviando sua atenção para outros estímulos com a maior facilidade. Realmente a diferença é quantitativa e não qualitativa. Quer dizer, tudo que uma criança com TDA/H mostra no seu comportamento as demais também apresentam, só que naquela de uma forma mais intensa, freqüente e mal adaptada à situação.

Mito 3. O TDA/H é um transtorno muito mais freqüente no sexo masculino. Durante muitos anos o componente da hiperatividade foi considerado o fato mais importante nesse transtorno e, como os meninos costumam apresentar mais hiperatividade que as meninas, acreditou-se que esse problema seria bem mais comum no sexo masculino. Em 1980 (DSM-III) a denominação utilizada passou a ser Distúrbio do Déficit de Atenção. Com essa mudança as dificuldades de atenção destronaram a hiperatividade. O que ficou evidente é que nas meninas o tipo clínico que cursa sem hiperatividade (Tipo Predominantemente Desatento) é mais comum. Por essa razão, por ser menos ruidoso, esse tipo pode passar mais tempo sem ser identificado, ou ser facilmente confundido com outras condições, como depressão, deficiência intelectual leve, etc.

Mito 4. Os sintomas de TDA/H geralmente desaparecem espontaneamente no final da adolescência. Era exatamente isso que se pensava enquanto o fator hiperatividade era o mais importante no quadro clínico, pois existe uma tendência de a hiperatividade declinar com o passar dos anos, ao passo que os sintomas de desatenção tendem a persistir. Na verdade nem sempre a hiperatividade desaparece, ela apenas evolui de acordo com a idade. Por exemplo, uma criança hiperativa pula sem parar, trepa nos armários da casa, corre de um lado para outro. Quando essa mesma pessoa chega à idade adulta não é de se esperar que ela continue com o mesmo comportamento, mas podemos ver que ela está sempre andando de um lado para outro, faz tudo como se estivesse com muita pressa, não consegue deixar as mãos paradas, no mínimo está tamborilando na mesa de trabalho.

Mito 5. Se uma criança com TDA/H consegue fazer com muita atenção uma atividade do seu interesse (videogame) e não consegue fazer os deveres escolares, a razão para isso parece ser uma falta de vontade ou motivação. Na verdade o termo “déficit de atenção” não descreve fielmente o que ocorre e provavelmente será substituído no futuro, pois o que ocorre com essas pessoas é uma inconstância ou má-regulação da atenção. Existe um prejuízo na capacidade de a pessoa dirigir sua própria atenção, ou seja, uma dificuldade na atenção voluntária. Muitas dizem que tentam, se esforçam para ler, estudar, mas não conseguem. É claro que depois de algum tempo essas pessoas vão de antemão evitar ou desistir antes mesmo de iniciarem essas tarefas tão penosas para elas.

Mito 6. Os medicamentos usados no tratamento do TDA/H, notadamente o metilfenidato, provocam efeitos colaterais sérios e podem causar dependência. A maioria dos especialistas com experiência no acompanhamento de pessoas com TDA/H afirmam que o metilfenidato é um medicamento eficaz e seguro. É evidente que qualquer medicamento pode produzir efeitos adversos, e o metilfenidato não foge a essa regra. Deve ser administrado por profissional com experiência no seu manejo. Via de regra, os efeitos indesejáveis são discretos e limitados às primeiras semanas de tratamento. Usado por via oral, como é o caso no tratamento do TDA/H, não provoca dependência.

Mito 7. O uso do metilfenidato pode predispor a criança se tornar um dependente de outras drogas no futuro. Estudos já foram realizados acompanhando-se crianças que tinham feito uso de estimulantes (metilfenidato e outras substâncias), e comparando esse primeiro grupo com outro grupo de crianças que, por qualquer razão, não tinham feito tratamento para TDA/H. O resultado é que a ocorrência de abuso de drogas na juventude revelou-se maior no grupo não tratado, o que mostra que o tratamento com estimulantes na verdade protege, ao invés de induzir, em relação ao abuso de drogas.

Mito 8. Apresentar TDA/H na infância traz poucas conseqüências para a vida da pessoa e por isso não se justifica um tratamento nessa idade. Alguns casos de TDA/H menos intensos, quando acompanhados de alto nível intelectual e ambiente familiar bem estruturado, podem passar pela vida sem que o transtorno cause grandes prejuízos no seu funcionamento. Todavia, na maior parte dos casos, o TDA/H compromete seguramente o funcionamento da pessoa, e sem dúvida ela seria capaz de desenvolver melhor seu potencial se não fosse o TDA/H. Prejuízos na auto-estima, rendimento escolar e profissional abaixo da real capacidade, conflitos com colegas e cônjuges, maior morbidade, tendência maior a ter múltiplos casamentos, gestações indesejadas, abuso de álcool e drogas, são algumas das possíveis conseqüências que o TDA/H traz para a vida das pessoas. Sam Goldstein, experiente psicólogo norte-americano, afirma que “o risco de não tratar é certamente maior que o risco do tratamento”.

Diagnóstico e Tratamento ADHDA Ambulatório para Distúrbios Hiperativos e/ou Déficit de Atenção Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, s/n Cerqueira César 05403-010 São Paulo – SP fone: (11) 3069-6971/3063-2163 Coordenador: Dr. Ênio Roberto de Andrade PRODATH Projeto de Déficit de Atenção e Hiperatividade (para adultos) Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 3º andar, sala 4037 Cerqueira César 05403-010 São Paulo - SP fone: (11) 3069-6971/3063-2163 Coordenador: Dr. Mário Louzã Neto

Sites e Links para Pesquisa http://www.tdah.org.br http://www.universotdah.com.br http://www.dda-deficitdeatencao.com.br http://www.autistas.org/tdah.html http://www.tdahecomorbidades.com.br/ http://www.atencaoprofessor.com.br/