AMNIORREXE PREMATURA INTERNATO HUGG – OBSTETRÍCIA INTERNOS:

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Transcrição da apresentação:

AMNIORREXE PREMATURA INTERNATO HUGG – OBSTETRÍCIA 2011-02 INTERNOS: -ALEXANDRE -BERNARDO BOTTINO -JUAN PABLO -RODRIGO PEIXOTO

AMNIORREXE PREMATURA CONCEITO: É definida como a rotura das membranas ovulares que ocorre pelo menos uma hora antes do início do trabalho de parto. LATÊNCIA= É O DECORRIDO ENTRE A ROTURA E O PARTO

AMNIORREXE PREMATURA ou Rotura Prematura de membranas Ovulares (RPMO) GENERALIDADES: -Complica cerca de 10% das gestações -1/3 ocorre antes do termo da gestação -90% = Interrupção da gestação Pré-termo  até 1 semana para o parto Termo primeiras 24h Logo: FORTE ASSOCIAÇÃO COM INÍCIO DE TRABALHO DE PARTO

AMNIORREXE PREMATURA AUMENTA INCIDÊNCIA: -Trabalho de parto disfuncional -Corioamnionite -Operação cesariana -Endomiometrite -Infecção Neonatal

AMNIORREXE PREMATURA FATORES DE RISCO -Antecedentes de parto prematuro ; -Tabagismo; -Hemorragia anteparto; -Deficiência de α-1-antitripsina; -Doença falciforme; -Incompetência Istmocervical; -Vaginose bacteriana; -Hiperdistensão uterina – gravidez gemelar, polidramnia;

AMNIORREXE PREMATURA ETIOLOGIA: MULTIFATORIAL -Atividade Enzimática Colagenase e tripsina em placenta e LA estão aumentadas no fim da gestação e em casos de RPMO. -Forças mecânicas Com o evoluir da gestação elevam-se as forças mecânicas (maior atividade uterina) e há enfraquecimento do pólo inferior das membranas.

AMNIORREXE PREMATURA -Infecções Bacterianas MAIOR PROBABILIDADE ETIOLÓGICA --Colonização das membranas pela flora vaginal-- 40%Diagnóstico clínico de corioamnionite; 70% Critérios histológicos de corioamnionite; Prevalência das culturas + em 30% dos casos Germes: Streptococcus do grupo B; Neisseria Gonorrhoeae; vaginoses bacterianas. Vaginoses = 30-45% partos prematuros  Proteases, colagenases e elastases bacterianas

AMNIORREXE PREMATURA -Fatores do Hospedeiro Tabagismo Invasão bacteriana => IL-6 e IL-8 (Amnio) =>produção de PGs => Aumento da atividade uterina

AMNIORREXE PREMATURA CONSEQUÊNCIAS PARA O CONCEPTO: Prematuridade 55%= doença da membrana hialina 57%=outras complicações neonatais Infecção Risco de sepse neonatal se eleva com pouca idade gestacional. Hipoxia e asfixia Associação com prolapso e compressão do cordão umbilical, consequência direta da oligodramnia.

AMNIORREXE PREMATURA Hipoplasia Pulmonar Taxa de mortalidade de +- 70% Maior risco quanto menos LA e idade gestacional no momento da ruptura das membranas Sindrome de Compressão fetal Após 26 semanas iniciam-se as deformidades fetais denominadas “sequência da oligodramnia” mãos espalmadas, flexão por contratura dos cotovelos, dos joelhos e dos pés. resultado da imobilidade e da compressão pelo útero sobre o feto.

AMNIORREXE PREMATURA DIAGNÓSTICO 80%= Anamnese + Exame Físico Detecção de líquido claro que drena pelo colo Observação do acúmulo de líquido no fórnice post. Vaginal pH vaginal >7,0 (N 4-5) Teste do papel de nitrazina = AZUL quando pH>6 (muitos falsos + :contaminação do fluido vaginal) TestedeKittrich

AMNIORREXE PREMATURA 5. Cristalização arboriforme do muco cervical quando colocado em lâmina e flambado na microscopia. 6. Presença de elementos fetais (lanugem e célls da epiderme), líquido assume cor alaranjada –orangiófilas- após tto com azul do nilo 1% 7. Constatação de oligodramnia a USG afastadas outras causas, como mal formação fetal e crescimento intrauterino retardado. OBS: Exame especular > exame digital Menor risco de infecção

AMNIORREXE PREMATURA Diagnósticos diferenciais -Incontinência urinária -Leucorréia -Cervicite -Perda sanguínea -Sêmen -Duchas vaginais.

AMNIORREXE PREMATURA CONDUTA

Avaliação Inicial AMNIORREXE PREMATURA -Estabelecer IG -Identificar trabalho de parto -Verificar vitabilidade fetal -Rastrear Infecções intra-uterinas

AMNIORREXE PREMATURA CORIOAMNIONITE É A INFECÇÃO DO LA E DAS MEMBRANAS FETAIS ESTÁ ASSOCIADA A INFECÇÃO ASCENDENTE POR ORGANISMOS DA FLORA VAGINAL FATORES DE RISCO: PARTO PRETERMO, RPM POR MAIS DE 12 HORAS E PARTO PROLONGADO

CORIOAMNIONITE DETERMINA: BACTERIÚRIA MATERNA INFECÇÃO DE PAREDE PÓS CESÁREA SEPSE PNEUMONIA E MENINGITE NEONATAL

AMNIORREXE PREMATURA Corioamnionite O diagnóstico de corioamnionite pode ser clínico ou laboratorial Clínico: _ Hipertemia _ Taquisfigmia _ Secreção vaginal com odor fétido _ Taquicardia materna fetal _ Sensibiliddade aumentada do útero Laboratorial: Leucocitose - aumento > ou igual 20%, com desvio à esquerda. A conduta: 1. interrupção da gestação. 2. ANTIBIOTERAPIA: 2G DE AMPICILINA IV DE 6/6H + GENTAMICINA 1,5 MG/KG IV 8/8H + METRONIDAZOL 500MG IV 8/8H

AMNIORREXE PREMATURA < 24 (26) SEMANAS: INTERRUPÇÃO COM OCITOCINA OU MISOPROSTOL 24 (26) – 32 SEMANAS: INTERNAÇÃO POR 72 HORAS MONITORAÇÃO DA INFECÇÃO CORTICÓIDE e TOCOLÍTICO POR 48 HORAS ATB PROFILÁTICO: AMPICILINA 2G IV DE 6/6 H + ERITROMICINA 250mg IV 6/6h por 48H....depois... AMOXICILINA VO250mg 8/8h + ERITRO 333mg VO 8/8h por 5 dias 5. VITABILIDADE FETAL: PBF (CTG e MRF)

AMNIORREXE PREMATURA > 32 SEMANAS: INDUÇÃO DO PARTO OU CESÁREA (PROFILAXIA GBS- SE NÃO HOUVER CULT. ANOVAGINAL - RECENTE) Na cesárea: Cefalotina 2g IV no ato operatório + cefalotina 2g IV após 6h do parto Na indução: Misoprostol 25µg intravaginal 4/4h reduz infecções maternas e neonatias, encurta o tempo entre início de indução e parto, reduz cesareanas. Ocitocina IV durante o trabalho de parto

BIBLIOGRAFIA Obstetrícia Básica - 2ª Edição - Atheneu -  HERMÓGENES CHAVES NETTO & RENATO AUGUSTO MOREIRA DE SÁ Obstetrícia Fundamental - 11ª Edição - BARBOSA MONTENEGRO, JORGE DE REZENDE FILHO ILUSTRAÇÕES: www.google.com

OBRIGADO !!!