PARADIGMAS DE APRENDIZAGEM: A Perspectiva do Conhecimento

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Transcrição da apresentação:

PARADIGMAS DE APRENDIZAGEM: A Perspectiva do Conhecimento

FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL A questão do conhecimento está na origem da própria Psicologia, e surge quando os filósofos se perguntam: como podemos conhecer. A partir desta questão, surgem três premissas básicas, a grosso modo: EMPIRISMO RACIONALISMO FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL

Paradigmas de Aprendizagem que Permeiam Ambientes Educativos INSTRUCIONISMO TECNICISMO CONSTRUCIONISMO Cada um pressupõe uma concepção de aprendizagem, de ensino, erro, do papel do aluno e do professor e, conseqüentemente, de avaliação.

INSTRUCIONISMO Aprender é: Acumular informações Como se aprende: Através da repetição, memorização e imitação Ensinar é: Transmitir informações e colocar o aprendiz em contato com modelos da cultura Papel do professor: Transmitir informações, apresentar modelos e corrigir equívocos

INSTRUCIONISMO (Continuação) Papel do aluno: Memorizar informações e repetir modelos Visão do erro: Distorção da realidade, inadequação, portanto algo a ser corrigido e evitado Avaliação Aferição e quantificação da informação acumulada

Tecnicismo Aprender é: Mudar o comportamento de forma relativamente permanente. Como se aprende: Através de condicionamento - com esquemas de reforçamento dos comportamentos desejados. Ensinar é: Estruturar esquemas de reforçamento dos comportamentos desejados (recompensa e punição)

Tecnicismo (continuação) Papel do professor: Aplicar os esquemas de reforçamento montados por técnicos. Papel do aluno: Agir para ser reforçado (aluno ativo - condicionamento operante) Visão do erro: Comportamento indesejado, que deve ser reforçado negativamente (punido) ou ignorado (Skinner) Avaliação Aferição e quantificação das respostas emitidas (comportamento)

Construcionismo Aprender é: Construir relações internamente a partir das interações que o sujeito tem com o mundo, mediado pela cultura. Como se aprende: Levantamento de hipóteses, teste, reelaboração das hípóteses, novo teste, num processo recursivo. HIPÓTESE > AÇÃO > < DEPURAÇÃO < REFLEXÃO Ensinar é: Facilitar, através da criação de um ambiente cuja tônica seja a proposição de desafios, desequilíbrios e questionamentos que ponham em cheque as hipóteses do aluno, auxiliando-o na reflexão sobre o contexto no qual está inserido, e ajudando-o na sistematização dos resultados.

Construcionismo (continuação) Papel do professor: Ter uma concepção do sujeito como totalidade: um ser experiencial, pessoal e em relação; Ter o aprendiz como referência, compreendido em suas relações com o mundo, que também faz a mediação entre ele e os outros homens; Mediar as interações interpessoais introduzir o aluno numa heurística que lhe permita encontrar as soluções, ao invés de apresentá-las a ele; provocar o aluno a pensar sobre o que está fazendo, indagando sobre seus planos e suas hipóteses, sobre o que está ocorrendo ou sobre o que ele pensa que vai ocorrer;

Construcionismo (continuação) Papel do professor: fornecer todo o tipo de recursos disponíveis (inclusive a si próprio) que permita aos estudantes uma aprendizagem experiencial significativa para suas necessidades, inclusive o acesso à informação propor, diante de situações novas, a comparação com situações conhecidas vivenciadas na cultura em que está mergulhado; Estabelecer com o aluno uma relação de companheirismo e cordialidade.

Construcionismo (continuação) Papel do aluno: Agir sobre as situações e desafios, levantando hipóteses e testando-as, refletindo sobre os resultados (aluno ativo) Visão do erro: Resultado inesperado. Condição “sine qua non” para a aprendizagem, portanto algo a ser considerado e refletido

Construcionismo (continuação) Avaliação Acompanhamento das hipóteses do aprendiz, de seu nível cognitivo, dos conceitos que domina e das estratégias que utiliza, com o objetivo de encaminhar o próximo passo do processo.

Bibliografia BECKER, Fernando, in Ensino e Construção do Conhecimento: o processo de abstração reflexionante, in Educação e Realidade. Porto Alegre: UFRGS, 1993, (1),18. FAGUNDES, Léa da Cruz e PETRY, Paulo Padilha, O Preparo de Professores Para Trabalhar em Ambiente LOGO, in Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre: UFRGS, 1992: (1),5. PAPERT, Seymour. LOGO: Computadores e Educação. São Paulo: Brasiliense, 1985. PAPERT,. Seymour. A Máquina das Crianças: Repensando a Escola na Era da Informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. PIAGET, Jean, Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975. QUELUZ, Ana Gracinda, A Pré-Escola Centrada na Criança - uma influência de Carl R. Rogers. São Paulo: Pioneira, 1984. RIBEIRO, José Geraldo da Cruz Gomes. O Ambiente Logo Como Elemento Facilitador de Reflexão Pedagógica Sobre a Prática Educativa. Maceió: UFAL, 1994. RIBEIRO, José Geraldo da C. G.; ARROXELLAS, Renata C. da Paz e FERNANDES, Roberto N., Intervenções de Facilitação, Pesquisa em andamento na IMPISA, Maceió: 2001. ROGERS, Carl R. e KINGET, G. Marian. Psicoterapia e Relações Humanas. Belo Horizonte: Interlivros, 1977, vol. 1.

Bibliografia ROGERS, Carl R., O Tratamento Clínico da Criança Problema. São Paulo: Martins Fontes, 1978. ROGERS, Carl R., Terapia Centrada no Cliente. São Paulo: Martins Fontes, 1992. ROGERS, Carl R.. Liberdade Para Aprender em nossa década. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985, trad. de José Octávio de Aguiar Abreu. VALENTE, José Armando (organizador). Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. São Paulo: Gráfica Central da UNICAMP, 1993. VYGOTSKY, L. S., A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988, 2ª edição brasileira.