RELATÓRIOS CONTÁBEIS COMPARAÇÕES AULA 2 Prof. Carlos Jones

RELATÓRIOS CONTÁBEIS BRASIL LEIS 11.638/07 e 11.941/09 Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração do Resultado Abrangente; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); Notas Explicativas; Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Prof. Carlos Jones

RELATÓRIOS CONTÁBEIS US GAAPs SFAC Nº 5 Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que pode ser substituída pela Demonstração do Resultado Abrangente; Demonstração do Fluxo de Caixa; Notas Explicativas; Prof. Carlos Jones

RELATÓRIOS CONTÁBEIS IASB (IAS 1) Balanço Patrimonial (a partir de 01/01/2009 Demonstração da Posição Financeira); Demonstração do Resultado do Exercício (a partir de 01/01/2009 Demonstração do Resultado Abrangente) ; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) que pode ser substituída pela Demonstração das Receitas e Despesas Reconhecidas; Demonstração do Fluxo de Caixa; Notas Explicativas; Prof. Carlos Jones

Relatório Anual das S.A. de capital aberto – normas brasileiras Relatório da Administração – informações sobre Mercado, Economia, Investimentos, Desempenho. Demonstrações Contábeis: Obrigatórias:Balanço Patrimonial, DRE, DMPL, DFC e DVA; Facultativa: Balanço Social. Notas Explicativas – parte integrante das Demonstrações Contábeis e pela Deliberação CVM nº 488/05 deve conter a descrição das práticas contábeis; Parecer dos Auditores – opinião sobre a adequação das Demonstrações contábeis; Parecer do Conselho Fiscal ou do Comitê de Auditoria – avaliação da prestação de contas da administração. Prof. Carlos Jones

Relatório Anual das S.A. de capital aberto – normas brasileiras Relatório da Administração: Objetivo: apresentar informações sobre os negócios da sociedade e os principais fatos administrativos do exercício findo. Regulamentação: Leis 6404/76, 10303/01 e parecer de Orientação nº 15/87 da CVM; Informações Gerais que deve conter: Atividades globais do grupo (análise Corporativa); Detalhamento dos segmentos (análise setorial); Desempenho econômico-financeiro do grupo. Prof. Carlos Jones

Relatório Anual das S.A. de capital aberto – normas brasileiras Relatório da Administração – conteúdo conforme parecer de orientação nº 15/87 da CVM: descrição dos negócios, produtos e serviços; comentários sobre a conjuntura econômica geral; recursos humanos; investimentos; pesquisa e desenvolvimento; novos produtos e serviços; proteção ao meio ambiente; reformulações administrativas; investimentos em controladas e coligadas; direitos dos acionistas e dados de mercado; perspectivas e planos para o exercício em curso e futuros; empresas investidoras. Prof. Carlos Jones

Balanço Patrimonial normas brasileiras Balanço Patrimonial: estrutura tradicional regulamentada pela Lei 6404/76. Balanço Patrimonial: Leis 11638/07 e 11.941/09 : (vide arquivo Word anexo). Prof. Carlos Jones

Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Objetivo: demonstrar o “valor adicionado” gerado pela empresa à economia local e/ou nacional, bem como apresentar como se deu a sua distribuição entre os funcionários (salários e benefícios), governo (tributos), acionistas (dividendos), terceiros (financiadores) e a própria empresa (parcela utilizada para reinvestimentos). Conceito: representa em contabilidade a riqueza gerada pela empresa. Regulamentação: Pronunciamento Técnico nº 09 do CPC, aprovado pela Deliberação CVM nº 557/08, resolução CFC nº 1.138/08 (cancela e substitui a Resolução nº 1010/05). Obrigatoriedade imposta pela Lei 11.638/07 para companhias de capital aberto. Prof. Carlos Jones

Balanço Patrimonial normas internacionais (IAS 1) Demonstração da Posição Financeira ATIVO Patrimônio Líq. e Passivo Notas 2008 2007 Notas 2008 2007 Ativo Não-Corrente Patrimônio Líquido Capital Social Ações Pref. Ações Ordinárias Reservas Lucros/Prejuízos Ac Participação Minoritária 9 10 11 12 1 2 3 4 5 Imobilizado, líquido Investimentos Societários Goodwill Contas a Receber Impostos Diferido Ativo Corrente Passivo Não-Corrente Financiamentos Impostos Diferidos 13 14 Estoques Clientes Caixa e Equivalente de Caixa 6 7 8 Passivo Corrente Fornecedores Impostos a Recolher 15 16 TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

Apresentação das Demonstrações Contábeis normas internacionais (IAS 1) Recomenda-se a divulgação de um Relatório da Administração que contenha as seguintes informações sobre o desempenho econômico-financeiro da empresa: Políticas de Investimentos, Financiamentos e Dividendos; Ambiente Econômico; Fatores e Influências determinantes do desempenho econômico-financeiro, dentre outras informações de interesse. Recomenda-se a divulgação do Balanço Social e Demonstração do Valor Adicionado, como demonstrações complementares (estão fora do alcance das NIC).

Apresentação das Demonstrações Contábeis normas internacionais (IAS 1) PRINCÍPIO DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA: Com o objetivo de preservar a essência sobre a forma, em casos extremamente raros, em que a Administração concluir que a adoção de uma determinada disposição prevista em uma IAS/IFRS resultar em informações não correspondentes à realidade, chegando ao ponto de conflitarem com os objetivos das demonstrações contábeis estabelecidas na Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, a entidade poderá vir a deixar de aplicar essa disposição.

Apresentação das Demonstrações Contábeis normas internacionais (IAS 1) PRINCÍPIO DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA: Caso a empresa deixe de aplicar uma disposição prevista numa IAS/IFRS, ela (empresa) deverá reportar as seguintes informações: que a administração concluiu que as demonstrações contábeis apresentam adequadamente sua posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e os fluxos de caixa; que as demonstrações contábeis estão de acordo com as IAS/IFRS, exceto quanto à mudança descrita, que objetivos apresentar essas demonstrações; qual a disposição e o número da IAS/IFRS que deixou de ser adotada, a natureza do desvio, incluindo o tratamento que a IAS/IFRS exige, a razão pela qual esse tratamento causaria distorções nas circunstâncias de tal forma que os objetivos das demonstrações contábeis não seriam atingidos, bem como o tratamento adotado; e qual seria o efeito nas demonstrações contábeis em cada período apresentado caso as IAS/IFRS tivesse sido adotada.

Apresentação das Demonstrações Contábeis normas internacionais (IAS 1) Cada componente das demonstrações contábeis deve ser identificado claramente, considerando: o nome da empresa; o componente de empresa individual ou de grupo consolidado; a data da demonstração; a moeda de apresentação; o nível de arredondamento usado nos valores apresentados em cada um dos componentes.

Apresentação das Demonstrações Contábeis normas internacionais (IAS 1) Demonstração do Resultado por natureza de Custos e Despesas: Receita Operacional Líquida (pode partir das Receitas Brutas) (-) Matéria-prima e materiais de consumo utilizados (-) Despesas com Pessoal (salários e encargos) (-) Despesas de Depreciação e Amortização (-) Despesas com Propaganda (-) Outras Despesas Operacionais Lucro Operacional Líquido (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (+) Outras Receita Lucro Antes dos Impostos (-) Imposto de Renda Corrente (-) Imposto de Renda Diferido Lucro Líquido do Exercício Lucro por Ação

Apresentação das Demonstrações Contábeis normas internacionais (IAS 1) Demonstração do Resultado por Função dos custos e despesas Receita Operacional Líquida (-) Custo das Vendas Lucro Operacional Bruto (-) Despesas de Distribuição (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais Lucro Operacional Líquido (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras Lucro Antes dos Impostos (-) Imposto de Renda Corrente (-) Imposto de Renda Diferido Lucro Líquido do Exercício Lucro por Ação

Notas Explicativas (informações mínimas) normas internacionais (IAS 1) deve haver uma declaração quanto ao atendimento às normas contábeis internacionais; o seu contexto operacional; o nome da matriz; o seu domicílio, sua forma legal, seu país de constituição e o endereço de sua sede; os critérios de avaliação de ativos e políticas contábeis para transações e eventos significativos no ato da declaração das demonstrações financeiras, considerando: o reconhecimento da receita; os princípios de consolidação, incluindo subsidiárias integrais e associadas; as combinações de empresas; o controle compartilhado; o reconhecimento, a depreciação ou amortização de ativos tangíveis e intangíveis; os custos dos empréstimos; os contratos de construção de longo prazo; As propriedades de investimento; Os instrumentos financeiros derivativos

Notas Explicativas (informações mínimas) normas internacionais (IAS 1) os leasing; os estoques; os gastos com pesquisa e desenvolvimento; os tributos; as provisões; os custos de benefícios aos funcionários; a conversão e moeda estrangeira das operações; os relatórios por segmento; o caixa e seus equivalentes; a correção monetária; as subvenções governamentais. o número de funcionários no final do período; as contingências; informações não financeiras, dentre outras.

Balanço Patrimonial Norte-Americano Ativo Ativo Corrente Caixa e equivalente de caixa Investimentos de curto prazo Recebíveis Estoques Despesas antecipadas Ativo de Longo Prazo Investimentos Societários Imobilizado, líquido Goodwill Outros ativos TOTAL DO ATIVO

Balanço Patrimonial Norte-Americano Passivo e Patrimônio Líquido Passivo Corrente Passivo de Longo Prazo Contingências Participação de Minoritários Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO Os ativos correntes devem ser apresentados por ordem de liquidez separados dos demais ativos; Comparação ano atual e anterior (dois períodos); Separação na conta Capital Social de ações preferenciais e ordinárias

Demonstração do Resultado do Exercício norma Norte-Americana Receita Operacional Líquida (opcional Líquida ou Bruta) (-) Custo das Vendas (-) depreciação, amortização e exaustão (-) Despesas Operacionais (-) Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (=) Lucro Operacional (+/-) Resultado Financeiro (+/-) Resultado não Operacional Lucro Líquido Antes do IR (-) Imposto de Renda Corrente (-) Imposto de Renda Diferido Lucro Líquido do Exercício Comparação exercício atual e dois anteriores.

EXERCÍCIO Vide arquivo Word anexo.

Referências bibliográficas Carvalho, Nelson L. e outros, Contabilidade Internacional – Aplicação das IFRS 2005, São Paulo, Atlas,2006; Deloitte. Normas Internacionais de Contabilidade, São Paulo, Atlas, 2007; FIPECAFI.Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações – Suplemento, São Paulo, Atlas, 2008; FIPECAFI e ERNST & YOUNG. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade, IFRS versus Normas Brasileiras, São Paulo, Atlas 2009; Santos, João José dos. Manual de Contabilidade Internacional, São Paulo, CENOFISCO, 2007;