REANIMAÇÃO NEONATAL ANA MARIA A. P. DE MELO HU-USP http://www.pediatrics.org/cgi/content/full/117/5/e978.

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Transcrição da apresentação:

REANIMAÇÃO NEONATAL ANA MARIA A. P. DE MELO HU-USP http://www.pediatrics.org/cgi/content/full/117/5/e978

ASFIXIA PERINATAL (1 milhão/ano) 11.000.000 óbitos <5a/ano 4.000.000 óbitos <28d/ano (OMS,2004) 23% (1 milhão/ano)

ASFIXIA PERINATAL 78.000 óbitos neonatais/ano (1997) (7.800/ano) 9.000 10% (7.800/ano) ASFIXIA PERINATAL 9.000 óbitos neonatais/ano (1999) 9% (753/ano)

TRANSIÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA 1as RESPIRAÇÕES feto AR TRANSIÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA 1as RESPIRAÇÕES Eliminação do líquido pulmonar Vasodilatação pulmonar feto RN

Causas TRANSIÇÃO FETO-NEONATAL INADEQUADA Não há eliminação do líquido pulmonar Não há dilatação dos vasos pulmonares TRANSIÇÃO FETO-NEONATAL INADEQUADA Causas Não há aumento da pressão arterial

 Freqüência Cardíaca Conseqüências: Apnéia 1ária e 2ária Movimentos respiratórios rápidos gasping apnéia primária apnéia secundária Tempo de asfixia  Freqüência Cardíaca  Débito Cardíaco  Pressão Arterial Óbito

Quanto maior a demora para iniciar a reanimação, mais difícil esta se torna e mais elevado é o risco de lesão cerebral.

ABC da reanimação Airway Breathing Circulation Via aérea pérvia Respiração Circulação

PREPARO PARA A REANIMAÇÃO ANAMNESE EQUIPAMENTOS EQUIPE

PREPARO PARA A REANIMAÇÃO HISTÓRIA MATERNA Intercorrências clínicas Intercorrências gestacionais Intercorrências no trabalho de parto e parto Líquido amniótico meconial? A gestação é de termo?

PREPARO PARA A REANIMAÇÃO EQUIPA- MENTOS Fonte de calor radiante Fontes de O2 e vácuo Material para aspiração Material para ventilação Material para intubação Medicações EQUIPA- MENTOS

PREPARO PARA A REANIMAÇÃO EQUIPE Pelo menos um profissional, cuja responsabilidade seja apenas o RN e capaz de iniciar todos os procedimentos de reanimação neonatal, deve estar presente em todo nascimento.

Ausência de mecônio? Gestação a termo? IMEDIATAMENTE APÓS O CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL Respirando ou chorando? Cor rosada? Tônus bom?

? PASSOS INICIAIS DA REANIMAÇÃO Prover calor Posicionar a cabeça Mecônio Prematuro Apnéia ou gasping Cianótico Prover calor Posicionar a cabeça Aspirar Secar (s/n estimular) Hipotônico

LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL Papel do Pediatra! Avaliar a vitalidade do bebê: Chorando ou iniciou a respiração? Tônus em flexão? FC > 100 bpm?

SIM NÃO LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL O BEBÊ ESTÁ VIGOROSO? Calor radiante Posicionar Aspirar Secar O2 inalatório s/n SIM Papel do pediatra Calor radiante Aspirar boca, hipofaringe e traquéia sob VISUALIZAÇÃO DIRETA O BEBÊ ESTÁ VIGOROSO? NÃO

Líquido amniótico meconial Papel do pediatra Inserir lâmina do laringoscópio Aspirar boca e hipofaringe

para aspiração de mecônio ADAPTADOR para aspiração de mecônio sonda de aspiração vácuo cânula traqueal cânula traqueal

Fonte de calor radiante

Manutenção da Temperatura em PT Aumentar a temperatura da sala de parto Garantir o funcionamento da fonte de calor radiante Colocar colchão aquecido abaixo dos campos Recepcionar o RN em campos aquecidos Nos <29 semanas: envolver em filme plástico poroso ou saco de polietileno (20x50cm) Usar toucas de algodão Transportar em incubadora pré-aquecida Manutenção da Temperatura em PT Fazer todos as manobras da reanimação no RN envolvido em plástico.

Posicionar a cabeça CORRETO

RESPIRAÇÃO FC COR AVALIAÇÃO AÇÃO DECISÃO

COR RÓSEA OU ACROCIANOSE AVALIAÇÃO AÇÃO DECISÃO Passos Iniciais + O2 inalatório RÓSEA OU ACROCIANOSE Retirada gradual do O2 inalatório

Oxigênio Inalatório CATETER Fluxo de O2  5 L/min. FiO2  1,0

RESPIRAÇÃO FC COR AVALIAÇÃO AÇÃO DECISÃO

VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA

VENTILAÇÃO PULMONAR IMPORTANTE EFETIVO

VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA Cianose central persistente INDICAÇÕES VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA Apnéia ou gasping FC < 100 bpm Cianose central persistente

VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA Fonte de oxigênio Entrada de AR Válvula “pop-off” Saída para monitoração da pressão Entrada de O2 Reservatório de oxigênio RN AAP - 2001

Balão auto-inflável IMPORTÂNCIA DO RESERVATÓRIO 40% O2 5 L/min. O2 AR AAP - 2001

BALÃO 90% - 100% O2 AUTO-INFLÁVEL + RESERVATÓRIO 5 L/min. O2 O2 AAP - 2001

Balão auto-inflável CAPACIDADE MÁXIMA 750 ml válvula de escape (“pop-off”) CAPACIDADE MÁXIMA 750 ml Ajuste em 30 a 40 cm/H2O AAP - 2001

MÁSCARAS Escolha do tipo e tamanho das máscaras AAP - 2001

Como ventilar? 40 a 60 movimentos/minuto Observar expansão e deflação da caixa torácica Como ventilar? 40 a 60 movimentos/minuto AAP - 2001

MÁ VENTILAÇÃO COM BALÃO E MÁSCARA Má adaptação da máscara  readaptar a máscara Vias aéreas não pérvias  reposicionar a cabeça  aspirar as secreções  ventilar c/ a boca levemente aberta Pressão insuficiente  aumentar a pressão

INTUBAÇÃO TRAQUEAL INDICAÇÕES Necessidade de aspiração traqueal (mecônio) Ventilação com balão e máscara inefetiva Ventilação com balão e máscara prolongada Suspeita ou presença de hérnia diafragmática Há indicação de massagem cardíaca Considerar intubação traqueal, se: - há indicação de surfactante profilático - RN prematuro extremo

CÂNULA TRAQUEAL Qual o tamanho?

Visualização da glote Elevar a lâmina! correta incorreta

Reconhecendo as estruturas anatômicas valécula epiglote glote corda vocal esôfago

Profundidade da inserção PESO (kg) MARCA em cm no lábio superior 0,750 1,0 2,0 3,0 4,0 6 7 8 9 10

Iniciar a VPP! 20 segundos!

RESPIRAÇÃO FC COR AVALIAÇÃO AÇÃO DECISÃO

MASSAGEM CARDÍACA

INDICAÇÕES MASSAGEM CARDÍACA FC< 60 APÓS 30 SEGUNDOS VPP COM O2 A 100%

Local de compressão Terço inferior do esterno AAP-2002

MASSAGEM CARDÍACA Técnica dos polegares AAP-2002

MASSAGEM CARDÍACA Técnica dos 2 dedos AAP-2002

MASSAGEM CARDÍACA 1/3 Quanto comprimir ? AAP-2002

Como avaliar a FC? 6 segundos FC = valor obtido x 10 VPP+MC 30seg AAP-2002

VPP O2 100% + MC AVALIAÇÃO AÇÃO DECISÃO Se a FC permanece abaixo de 60 bpm apesar da VPP e MC, a primeira ação deve ser a de assegurar que a VPP com O2 a 100% e a MC estão sendo feitas de maneira adequada! VPP O2 100% + MC

RESPIRAÇÃO FC COR AVALIAÇÃO AÇÃO DECISÃO

ADRENALINA Indicação VPP + O2 100% FC < 60 bpm VPP O2 100% + MC 30 segundos FC < 60 bpm VPP O2 100% + MC 30 segundos FC < 60 bpm

ADRENALINA Concentração  1/10.000 Preparo  1 mL de adrenalina + 9 mL de SF  seringa de 1 mL/5mL Dose  0,1 mL a 0,3 mL/kg ou - 0,01 a 0,03 mg/kg IV -0,1 a 0,3 mg/kg ET -0,3 mL a 0,9 mL/kg ET Via de infusão  veia umbilical/ ET Velocidade de infusão  o mais rápido possível ADRENALINA

EXPANSORES DE VOLUME Indicações RN com evidências de perda sangüínea: sinais clínicos de choque - palidez, pulsos finos, má perfusão periférica e taqui ou bradicardia persistente RN que não respondeu à VPP, MC e adrenalina RN com evidências de perda sangüínea: e/ou anamnese - DPP e PP

 contratilidade miocárdica BICARBONATO DE SÓDIO Quando usar? Acidose metabólica presumível X Acidose metabólica documentada gasometria SEM resposta a VPP, MC, adrenalina e expansor Hipoxemia  perfusão pulmonar Acidose lática  contratilidade miocárdica

BICARBONATO DE SÓDIO Como usar? Concentração  4,2%  0,5 mEq/mL Preparo  10 mL Bic 8,4% + 10 mL de AD  seringas de 20 mL Dose  2 mEq/kg  Bic 4,2%: 4 mL/kg Via de infusão  veia umbilical ( fluxo sangüíneo) Velocidade de infusão  < 1 mEq/kg/min. ou < 2 mL/kg/min. Como usar?

PASSOS INICIAIS VPP + O2 100% Apnéia/Gasping FC < 100 Cianose persistente 30 segundos VPP + O2 100% 30 segundos FC < 60 VPP + O2 100% + MC 30 segundos FC < 60 ADRENALINA 30 segundos FC < 60 Verificar ventilação e MC Repetir adrenalina (em 3-5 min. - v. umbilical) Considerar: expansor de volume (repetir 1x) e bicarbonato de sódio

Brasil ~ 303.000 RN/ano; 830 RN/dia Brasil ~ 30.300 RN/ano; 83 RN/dia 1 a cada 10 RN necessita de assistência para iniciar a respiração ao nascimento Brasil ~ 303.000 RN/ano; 830 RN/dia 1 a cada 100 RN necessita de intubação e/ou massagem cardíaca Brasil ~ 30.300 RN/ano; 83 RN/dia 1 a cada 1.000 RN necessita de intubação e massagem e medicações

Obrigada. http://www.pediatrics.org/cgi/content/full/117/5/e978