Artroplastia de Quadril

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Transcrição da apresentação:

Artroplastia de Quadril

Artroplastia de quadril Quando as condutas conservadoras não obtêm resultados favoráveis a indicação é de cirurgia; Nos casos de dor limitante também há indicação; Na grande maioria dos casos após a cirurgia a dor é aliviada, por cerca de até 15 anos aproximadamente; Uma indicação é a fratura cominutiva da cabeça do fêmur. (HALL,2001)

Artroplastia de quadril Utilizada em casos graves de osteoartrite, artrite reumatóide, necrose avascular da cabeça do fêmur; De uma maneira geral após a cirurgia os pacientes voltam a participar das atividades que eram antes dolorosas no pré-operatório. (DUTTON,2010)

Artroplastia de quadril Indicações: A)Dor em repouso ou com movimento : pode ser eliminada com até uma semana , após a cirurgia; B)Limitações funcionais: redução da ADM de quadril; C)Perda de mobilidade: espondilite anquilosante, rigidez articular mesmo sem dor no quadril; D) Indicações radiográficas. (DUTTON,2010)

Artroplastia de quadril Contra- indicações: A)Infecção ativa; B)Material ósseo ou suporte periarticular inadequado; C)Indivíduos mais jovens ( durabilidade da prótese) – mais usada em idosos de 60 a 80 anos. (DUTTON,2010)

Artroplastia de quadril Contra-indicações: D)Obesidade; E)Retorno planejado a ocupações ou esportes de alto impacto; F)Insuficiência arterial; G)Doença neuromuscular; H)Doença mental. (DUTTON,2010)

Artroplastia de quadril Quadril é uma articulação poliaxial, do tipo “bola e cavidade”, com localização entre o acetábulo e a cabeça do fêmur; Na artroplastia total de quadril (ATQ) há substituição do segmento acetabular e do segmento femoral. (DUTTON,2010)

Artroplastia de quadril Na cirurgia são usadas próteses bipolares, consistindo de uma capsula metálica externa que se articula com a cartilagem acetabular. (DUTTON,2010)

Artroplastia de quadril Procedimento cirúrgico pode ser cimentado ou não cimentado; O procedimento pode ter uma acesso posterior, antero-lateral e transtrocanteriano. (HALL,2001)

Artroplastia de quadril Segundo Dutton(2010): Existem 4 abordagens, sendo elas: Lateral – transtrocantérica; Ântero – lateral; Lateral direita; Póstero-lateral.

Artroplastia de quadril Ainda segundo Dutton(2010): A)Lateral –Transtrocantérica B)Ântero – lateral: acesso ao quadril pelo intervalo entre o tensor da fáscia lata e o glúteo médio; C)Lateral direita:abordagem onde insere a porção posterior do glúteo médio no trocanter femoral; D)Póstero-lateral: abordagem com separação do glúteo máximo, rotadores externos são liberados

Precauções e restrições na artroplastia total de quadril segundo Hall(2011) Póstero- lateral : apoio pleno e imediato do peso corporal, restrições de adm de flexão acima de 90º, abdução e rotação interna; Ântero lateral : restrição ao apoio do peso corporal por pelo menos 6 semanas, limitação da adm de extensão, adução e rotação externa; Transtrocantérica: restrição do apoio do peso corporal por pelo menos 6 semanas, limitação da extensão , adução e rotação externa. (HALL,2001)

Escolha dos componentes para artroplastia de quadril Componente femoral e acetabular cimentados : apoio imediato do peso corporal; Componente femoral e acetabular não cimentados: restrição do apoio do peso por 6 semanas a 12 semanas; Híbrida ( componente femoral cimentado e componente acetabular não cimentado ): apoio do peso corporal imediato. (HALL,2001)

Artroplastia de quadril Fixação: Dutton(2010) Com cimento ósseo (metilmetacrilato), onde sua polimerização ocorre durante os primeiros 10 minutos Permite sustentação de peso (devido á resistência do cimento acrílico) B)Sem cimento ósseo, sustentação de peso após seis semanas ( período este para crescimento ósseo interno) – mais indicado a indivíduos jovens e ativos.

Artroplastia de quadril Tratamento pós operatório: Estabilidade após a cirurgia é a prioridade; Dividido em : Tto pós operatório imediato; Tto pós operatório intermediário; Tto pós operatório avançado. (HALL,2001)

Artroplastia de quadril TTO pós operatório imediato: A)Transferência para cadeira no dia da cirurgia; B)Iniciar a fisioterapia com ADM inicial observando as precauções descritas anteriormente para cada procedimento cirúrgico; (HALL,2001)

Tratamento pós operatório intermediário- artroplastia Período de 4 a 6 semanas após a cirurgia, enfatizando a mobilidade com alongamentos envolvendo flexão-abdução e rotação externa ( limitação da flexão nas cirurgias com abordagem posterior- podendo ser realizados alongamentos somente com 6 semanas ou mais) Progressão dos exercícios de força e torque ( faixas elásticas ), subir e descer de degraus, sentar e levantar fortalecendo com estes exercícios glúteo máximo e médio. (HALL,2001)

Tratamento pós – operatório intermediário ( artroplastia ) Deambulação com bengala com cerca de 2 semanas caso o paciente não tenha déficit importante de força e equilíbrio; Minimizar os padrões incorretos de marcha; (HALL,2001)

Tratamento no pós operatório avançado ( artroplastia ) Manter a qualidade de vida com o mínimo de dor evitando esportes de contato e impacto ( tênis, basquete, atividades de correr ); Estimular atividades como o ciclismo, natação, caminhada, treinamento com pesos moderados; Consultas periódicas com o fisioterapeuta e com o ortopedista para reconhecimento precoce de possíveis complicações mecânicas. (HALL,2001)

Complicações Doença tromboembólica: tumefação dolorida na panturrilha; Luxação da prótese: cuidados com extremos de adm, levando em consideração os movimentos descritos como precaução para cada tipo de cirurgia; Ossificação heterotópica: limitação de mobilidade é um sinal característico; Sepse profunda: detectada nas primeiras duas semanas é realizado um debridamento e sinovectomia associados com antibióticos, nos casos de infecções por microorganismos resistentes é necessária a retirada total dos implantes e aguarda-se a resolução do quadro por até 12 meses. Sinais de dor e tumefação associados a febre são sinais de alerta quanto a sepse. (HALL,2001)

Trato Iliotibial É uma extensa fáscia profunda que cobre a região glútea e a coxa , sendo denominada fáscia lata; A porção densa da fáscia é denominada trato íliotibial ( localizada lateralmente ); O tensor da fáscia lata tem fibras ântero-mediais que participam da flexão de quadril, já as fibras póstero-laterais participam da abdução e rotação interna de quadril. (HALL,2001)

Trato iliotibial Os diagnósticos mais comuns envolvento o trato iliotibial são: Fasciite do TIT; Síndrome do atrito do TIT; Bursite do trocanter maior; Disfunção patelo femoral; Distensão do tensor da fáscia lata Padrões defeituosos de movimento nas articulações do quadril e tibiofemoral. (HALL,2001)

Diagnósticos comuns do trato iliotibial Fasciite: dor que confunde com a dor ciática; Na região lateral da coxa ou na região glútea; A dor pode estender-se para baixo do joelho, podendo ocorrer parestesias na panturrilha lateral (irritação do nervo fibular); Sintomas mais graves pela manhã, melhorando com a descarga de peso, voltando a piorar com o apoio contínuo; Esta condição caracteriza-se pelo uso excessivo o trato iliotibial; Descondicionamento dos músculos sinergistas (glúteo médio e máximo, quadríceps e iliopsoas ). (HALL,2001)

Diagnósticos comuns do trato iliotibial Síndrome do atrito do trato iliotibial: dor e hipersensibilidade ( côndilo femoral lateral); Bursite trocantérica: pressão exercida por trato iliotibial curto; Disfunção patelofemoral: causado por encurtamento do trato iliotibial ( inserção no retináculo lateral ); (HALL,2001)

Diagnósticos comuns no trato iliotibial Distensão do trato iliotibial : uso excessivo, ou complexo tensor da fáscia lata e trato iliotibial alongados; (HALL,2001)

Síndrome do Piriforme alongado Piriforme : Origem – região anterior do sacro Inserção - borda superior do trocânter maior; Pode haver irritação do nervo ciático; Quadril em rotação interna e adução e inclinação pélvica anterior podem alongar o piriforme e irritar o nervo ciático; (HALL,2001)

Síndrome do Piriforme alongado Diagnóstico: Dor na região glútea; Dor e fraqueza com os testes de resistência em amplitude final; Sintomas de acometimento do nervo ciático; Dor que pode ir da região glútea posterior até os artelhos; (HALL,2001)

Fraturas do Fêmur proximal e manejo pós operatório Fratura no idoso : bastante comum (Fêmur proximal) No idoso ocorrem duas situações: Osteoporose deixa o osso fraco, ocorre a fratura e logo após a queda ( movimento de rotação súbita pode gerar fratura) Pode haver a queda e devido ao impacto ocorrer a fratura pela porosidade óssea instalada. Kisner (1998)

Fraturas do Fêmur proximal Sinais agudos de fratura de quadril : Dor na região da virilha; Dor no quadril; Dor durante movimentos ativos e passivos de quadril , com sustentação de peso; O membro inferior parece estar encurtado alguns centímetros e assume um padrão em rotação externa. (Kisner,1998)

Fraturas do Fêmur proximal Geralmente o tratamento de escolha é a RAFI ( Redução aberta com fixação interna); Desta forma tenta-se evitar complicações tais como: Necrose avascular da cabeça do fêmur; Pseudoartrose; Consolidação retardada. (Kisner,1998)

Fraturas do Fêmur proximal Indicações comuns para cirurgias: Fratura intertrocantérica ( extracapsular ) Fratura do colo do fêmur ( intracapsular ) Fratura subtrocantérica Fratura proximal do fêmur (Kisner,1998)

Nervos da região do quadril e região glútea Nervos que podem ser sujeitos à compressão: A)Nervo ciático: começa na região posterior da pelve ( plexo sacral – L4,L5,S1,S2 e S3) deixa a pelve através do forame ciático maior, passando profundamente pelo piriforme ( a compressão pode gerar alterações sensoriais laterais e posteriores na perna e superfície dorsal e plantar do pé ), pode ocorrer diminuição da força de isquiostibiais, adutor magno e músculos da perna e pé em sua totalidade. (Kisner,1998)

Dores na região do quadril e glútea Nervo obturador: Tem origem dentro do músculo psoas ( raízes nervosas L2,L3 e L4 ), entra na pelve anteriormente à articulação sacro-ilíaca. Passa através do sulco obturatório com os vasos obturadores, dividindo em ramos anterior e posterior. Lesão em compressão podem gerar alterações sensoriais ( face medial da coxa ) , podendo gerar fraqueza de adutores. (Kisner,1998)

Dor referida O quadril é inervado pelo nível espinhal L3 : pode-se observar irritação a partir da virilha, região anterior da coxa e joelho. Quando os sintomas dolorosos surgem na região, deve-se tratar primariamente a fonte da irritação; Exercícios de alongamentos e fortalecimentos podem ser utilizados; Recursos eletrotérmicos, terapias manuais e aquáticas podem ser utilizadas. KISNER(1998)

Síndromes de Uso excessivo- Síndromes de traumas repetitivos Bursite trocantérica : Dor no quadril lateralmente; Dor pode irradiar para face lateral da coxa e chegar ao joelho ( onde o trato iliotibial faz atrito com o trocânter ); Desconforto ao ficar em pé por longos períodos assimetricamente; Andar e subir escadas aumentam as dores. (Kisner,1998)

Síndromes por uso excessivo ou traumas repetitivos Bursite do psoas : Dor na virilha ou coxa anteriormente, podendo ser referida na região patelar; Dor acentuada por movimentos de flexão excessiva de quadril. KISNER(1998)

Síndromes por uso excessivo e traumas repetitivos Bursite isquioglútea (assento de alfaiate ou tecelão ): Dor ao redor das tuberosidades isquiáticas; Dor especialmente na posição sentada; Se o nervo ciático estiver acometido devido a edema, pode haver dor ciática. (Kisner,1998)

Síndromes por traumas repetitivos ou uso excessivo Tendinite ou tração muscular: Distensões de flexores e adutores de quadril, flexores de joelho e extensores de quadril ( isquiotibiais ); Pouca flexibilidade e fadiga podem gerar distensão ou outra lesão durante a atividade, quedas súbitas, esportes, dentre outras causas. (Kisner,1998)

Síndromes por uso excessivo ou traumas repetitivos Comprometimentos e problemas comuns: Dor durante a contração do músculo envolvido; Dor durante a atividade de alongamento deste músculo ou repetição da atividade provocadora; Desvios na marcha, passo mais curto do lado acometido, claudicação com a contração do músculo envolvido durante a marcha. (Kisner,1998)

Síndromes por traumas repetitivos ou uso excessivo Comprometimentos comuns: D) Desequilíbrio muscular ( força e flexibilidade ); E) Diminuição da endurance ( contra a fadiga) KISNER(1998)

Síndromes por uso excessivo ou traumas repetitivos Condutas nas fases agudas: Educação do paciente no que se refere à cooperação , reduzindo traumas repetitivos; Repouso do tecido envolvido; Evitar pressão sobre a bolsa inflamada; Procedimentos antiinflamatórios; Uso de dispositivo de assistência para a marcha e diminuir o tempo e distância da marcha. (Kisner,1998)