3ª Conferência FORGES Educação Superior: elementos na relação professor-aluno que contribuem com a inovação do processo de ensino-aprendizagem Kaline.

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Transcrição da apresentação:

3ª Conferência FORGES Educação Superior: elementos na relação professor-aluno que contribuem com a inovação do processo de ensino-aprendizagem Kaline Valeria Pereira Silva Universidade Federal de Pernambuco   Gisele Gomes de Almeida Universidade Federal de Pernambuco

Situando o estudo Um movimento de atenção com a inovação pedagógica na sala de aula, vem se apresentando nas práticas pedagógicas do professor, na relação com o estudante e o conhecimento; A partir de experiências vivenciadas no âmbito da disciplina de Didática do Ensino Superior, buscamos aprofundar a reflexão acerca da relação professor-aluno;

Objetivos Objetivo geral: Conhecer na relação professor-aluno elementos necessários para a construção do conhecimento em tempos de mudança paradigmática. Objetivos específicos: Identificar na relação professor-aluno elementos que possibilite a construção do conhecimento; Identificar os limites e possibilidades nessa relação que valorizam os processos de reflexão como forma de organização do processo pedagógico na sala de aula.

Perspectiva Partimos de estudos que tratam sobre a inovação pedagógica na sala de aula, em que apontam novas formas de relação entre os sujeitos, através do rompimento com a ideia de figura do professor como centro do processo ensino-aprendizagem; E que assume uma postura de provocador de questões, que incentiva a elaboração de hipóteses e estimula a construção da autonomia, respeitando, aceitando e valorizando os conhecimentos do aluno.

Marco teórico Santos, 1996; Cunha, 1998; Veiga, Resende & Fonseca 2000; Masetto, 2003; Behrens, 2006; Pedroso e Cunha, 2008; Outros.

Procedimentos metodológicos A abordagem utilizada na pesquisa - cunho qualitativa (MINAYO, 2006); Campo empírico - Faculdade particular do Recife/ PE; Sujeitos escolhidos – estudantes e professora do curso de Pedagogia; Procedimentos de recolha de dados: Observação pouco estruturada e questionário. O tratamento e análise dos dados apoiou-se na análise de conteúdo (BARDIN, 2002).

Relação professor-aluno como condição para a construção do conhecimento numa perspectiva que rompe com a visão instrumental de ensino Uma relação não verticalizada, permeada de afetividade e respeito mútuo, fato reafirmado no questionário: “Esta turma específica (pois também tenho outras) é bem aplicada, participam, envolvem-se com a atividade, como eu já lecionei em outra disciplina na mesma turma, eles tem uma boa relação comigo, sentem-se abertos para fazer as críticas e eu também conheço as fragilidades e possibilidades do grupo e trabalho sempre levando isto em consideração”. (Professora)

Relação professor-aluno como condição para a construção do conhecimento numa perspectiva que rompe com a visão instrumental de ensino O respeito como ação que valoriza a fala do outro foi construída, na forma de tratamento pessoal que se configurava em ações de escuta e discussão; Percebe-se que a professora valoriza a construção conjunta de conhecimento, e sua figura não é de detentora de todo conhecimento, mas mediadora das aprendizagens.

A valorização dos processos de reflexão como forma de organização do trabalho em sala de aula Aproveitamento do processo avaliativo para discutir aspectos da disciplina; A partir do posicionamento dos estudantes sobre o desempenho individual e da reflexão sobre esse processo avaliativo; O acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem possibilita ao professor e ao estudante repensar o processo.

A aula é o encontro entre os sujeitos na direção da aprendizagem - Masetto (2003, p. 74) - que deixa de ser uma relação entre o professor e aluno vertical e de imposição cultural, para ser “de construção em conjunto de conhecimentos que se mostrem significativos para os participantes do processo, de habilidades humanas e profissionais e de valores éticos, políticos, sociais e transcendentais”.

Limites e possibilidades no ambiente institucional que interferem na relação professor-aluno Exigência da instituição privada na atuação do professor para que este atenda as expectativas dos estudantes: “A relação de um modo geral é muito boa, porém há uma certa imaturidade de alguns estudantes, que desgastam um pouco essa relação. Alguns acham que porque pagam uma mensalidade a Faculdade tem que se moldar aos gostos pessoais de cada um. Criticam a prática de alguns docentes em função disso”. (Professora)

Limites e possibilidades no ambiente institucional que interferem na relação professor-aluno Atribuir um sentido à sua função em relação aos estudantes, possibilita o professor estabelecer boas relações e incentiva a aprendizagem. “Mas fora essas questões que também dependem de cada professor, como ele se coloca nessa relação de diálogo, a relação é proveitosa, e vai além, envolve afetividade, fazemos amizade com os estudantes e isso favorece a aprendizagem”. (Professora)

Considerações Práticas inovadoras são possíveis através de uma relação exitosa, a qual se apresenta como fruto de uma construção coletiva; que desperta nos estudantes a autonomia necessária para a construção da aprendizagem; Porém o caráter mercadológico atribuído à formação pode influenciar as relações estabelecidas na sala de aula; Requerendo do professor uma inquietação, um questionar-se constantemente sobre a sua atuação. No mais, obrigada!

Referências Kaline Silva kalinevps@gmail.com Gisele Almeida Bardin, Laurence (2002). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70. Behrens, Marilda (2006). Paradigma da complexidade: metodologias de projetos, contratos didáticos e portifólios. Petrópolis, RJ: Vozes. Cunha, Maria Isabel (1998). O professor universitário na transição de paradigmas. Araraquara: JM Editora. Masetto, Marcos Tarciso (2003a). Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus, Editorial. Minayo, Maria Cecília (2006). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde (4.ªed.). São Paulo-Rio de Janeiro: HUCITEC-ABRASCO. Pedroso, Maísa & Cunha, Maria Isabel (2008). Vivendo a inovação: as experiências no curso de nutrição. [Versão eletrônica], Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 12, (24), 141–52. Santos, Boaventura (1996). Um discurso sobre as ciências (8.ªed.). Porto: Edições Afrontamento. Veiga, Ilma; Resende, Lúcia & Fonseca, Marília (2000). Aula universitária e inovação. In: Ilma Veiga, & Maria Castanho (Orgs.). Pedagogia universitária: a aula em foco (pp. 161–191). Campinas, SP: Papirus. Kaline Silva kalinevps@gmail.com Gisele Almeida g_giza4@hotmail.com