Disciplina de Citologia Clínica

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Transcrição da apresentação:

Disciplina de Citologia Clínica Líquidos Cavitários

Características Gerais Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Características Gerais Transudatos e Exsudatos

Transudato Processo Passivo (mecânico) Origem NÃO inflamatória Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Transudato Processo Passivo (mecânico) Origem NÃO inflamatória Baixa Concentração de Proteínas Distúrbio Hemodinâmico (Forças de Starling)

Exsudato Processos Ativos Origem Inflamatória Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Exsudato Processos Ativos Origem Inflamatória Grande Quantidade de Células e Proteínas Comprometimento das Serosas

Hipótese de Starling Forças que movimentam o fluído para fora Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Hipótese de Starling Fluxo Intravascular Normal Forças que movimentam o fluído para fora ULTRAFILTRAÇÃO Forças que permitem o retorno do fluído ao vaso REABSORÇÃO

Transudatos e Exsudatos Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Processo de Formação Transudatos e Exsudatos

Processo de Formação-Transudato Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Processo de Formação-Transudato LINFÁTICO (70%) ARTERIAL PC/OC   VENOSO (30%)  PI/OI Equação de Starling  Jv = Kf (PC-PI) - (OC - OI)

Em Condições de Desequilíbrio Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Em Condições de Desequilíbrio Transudatos PC aumentada (compressão tumoral, hipertrofia de órgãos) OC diminuída (hipoalbuminemia) Incapacidade de drenagem dos linfáticos(obstrução dos vasos linfáticos)

Em Condições de Desequilíbrio Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Em Condições de Desequilíbrio Exsudatos Espaçamento das junções “poros” Passagem de proteínas interstício Linfáticos não conseguem absorver

Processo de Formação - Exsudato Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Processo de Formação - Exsudato 1. MARGINAÇÃO Fonte da Agressão

Processo de Formação - Exsudato Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Processo de Formação - Exsudato 2. ADESÃO Moléculas de Adesão

Processo de Formação - Exsudato Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Processo de Formação - Exsudato 3. EMIGRAÇÃO E QUIMIOTAXIA Fonte da Agressão

3. EMIGRAÇÃO E QUIMIOTAXIA Neutrófilo – migração e quimiotaxia

Processo de Formação - Exsudato Citologia Clínica - Líquidos Cavitários - 2003 Processo de Formação - Exsudato 4. FAGOCITOSE E/OU DEGRANULAÇÃO Envolvimento Ligação Formação do Fagolisossoma

4. FAGOCITOSE E/OU DEGRANULAÇÃO Neutrófilo fagocitando bactéria Neutrófilo fagocitando Candida albicans

Causas Clínicas dos Derrames Redução da drenagem venosa (trombose, tumores, órgãos hipertrofiados) Aumento da permeabilidade capilar (processos inflamatórios, fatores promotores tumorais) Obstrução dos vasos linfáticos (carcinoma de linfonodos, filariose, lesões traumáticas cirúrgicas) Pressão osmótica plasmática diminuída (cirrose, glomerunonefrite com perda de proteína, gastroenteropatias)

Causas Clínicas dos Derrames Mediadores da Inflamação Permeabilidade Capilar Aminas vasoativas C3a e C5a Bradicinina Leucotrienos

Caracteres Físicos Leitoso Amarelo Ouro e Turvo Hemorrágico e Turvo

Análise Citológica Quantitativa Contagem de Leucócitos Câmara de Neubauer Diluição – purulentos ou hemorrágicos Determinação de células/mm3

DERRAME PLEURAL

Etiologia do Derrame Pleural 1= Transudato (90% dos caso) 2= Pneumonias bacterianas e empiemas (pus na cavidade); 3= Neoplasias secundárias; 4= Tuberculose pleural (Tb); 5= Tromboembolismo pulmonar(TEP); 6= Outras.

Derrame pleural Derrame transudativo: ↑ da pressão hidrostática capilar; ↓ da pressão coloidosmótica do plasma; Principais causas: ICC Sind. Nefrótica Cirrose hepática Desnutrição Mixedema Diálise peritoneal Urinotórax Atelectasia Embolia pulmonar Mixedema = é uma desordem de pele e tecidos causada geralmente por um hipertireoidismo severo prolongado. Atelectasia = é o colapso de um segmento, lobo ou todo o pulmão, alterando a relação ventilação/perfusão.

Derrame pleural Principais causas: Pneumonia bacteriana Empiema pleural Tuberculose Carcinoma metastático Linfoma Mesotelioma pleural Pancreatite aguda Colagenoses Asbestose Quilotórax Derrames exsudativos: Conseqüência a uma doença que afeta diretamente a pleura de caráter infeccioso, inflamatório,neoplásico ou obstrução linfática.

Pleurodese – Catéter de Fino Calibre Procedimentos Cirúrgicos em Cuidados Paliativos

Derrame pleural Investigação Diagnóstica: Rx de tórax:

Derrame pleural Investigação Diagnóstica: Rx de tórax:

Derrame pleural Investigação Diagnóstica: Rx de tórax:

Derrame pleural

Derrame pleural

Tratamento do transudato pleural. O tratamento do transudato pleural geralmente não necessita de pleurodese ou toracocentese; com o tratamento da moléstia de base (p. ex. ICC) resulta em regressão do derrame.

Tratamento dos derrames pleurais neoplásicos. O tratamento deve ser dirigido para o câncer responsável pelo processo (radio e quimioterapia) pode-se utilizar a pleurodese (tetraciclina injetada na cavidade pleural).

Tratamento dos derrames parapneumônicos. O derrame parapneumônico requer intervenção precoce para evitar a progressão do estágio de exsudativo para fibrinopurulento e organizado. Pode-se utilizar também a toracotomia com drenagem fechada.

Diagnóstico e etiologia do pneumotórax espontâneo. O pneumotórax espontâneo está associado a doenças pulmonares preexistentes, ocorrendo principalmente em jovens fumantes do tipo longilíneo por ruptura de bolhas enfisematosas periféricas. O diagnóstico envolve o quadro de dor torácica aguda ipsilateral e dispnéia com vários dias de duração; cianose e colapso cardiovascular nos casos de pneumotórax hipertensivo; presença de ar pleural ao R-X de tórax.

Complicações do pneumotórax espontâneo. As complicações incluem parada cardíaca, pneumomediastino (considerar ruptura de esôfago ou ruptura brônquica).

Choque circulatório Pneumotórax aberto Aumento da pressão intratorácica Desvio Mediastino Colapso pulmonar ipsi e contralateral! Ferimento pulmonar subjacente Possibilidade de tornar-se hipertensivo Choque circulatório

DERRAME PERITONEAL

PERITÔNIO

Compartimento supracólico Saco menor infracólico ANATOMIA ABDOMINAL

ASCITE: O líquido peritoneal: Grau 1: detectada apenas por ecografia A cavidade peritoneal, normalmente, contém ~100 ml de líquido A partir de 500 mL de líquido acumulado é clinicamente detectável O líquido peritoneal: é um transudado e tem um turnover de 50% por hora é produzido pelos capilares viscerais é drenado pelas vias linfáticas diafragmáticas ASCITE: Grau 1: detectada apenas por ecografia Grau 2: abdómen de batráquio (dilatação dos flancos, com o doente em decúbito dorsal) e sinal da macicez variável, ao exame físico Grau 3: directamente visível, confirmada pelo sinal da onda ascítica

ASCITE - Patogênese Aumento da pressão hidrostática (Hipertensão Portal) Diminuição da pressão osmótica coloidal Saída de fluidos para a cavidade peritoneal Aumento da permeabilidade dos capilares peritoneais

DIÁLISE PERITONEAL

DIÁLISE PERITONEAL Agulha de Cope Sítio de punção: quadrante inferior esquerdo entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca antero-superior linha Alba 3 a 4 cm abaixo da cicatriz umbilical Agulha de Cope

Complicações Varizes Encefalopatia hepática Ascite Coma hepático Esplenomegalia Encefalopatia hepática Coma hepático Ascite

SAÍDA DE FLUIDOS PARA A CAVIDADE PERITONEAL Ascite quilosa Ascite pancreática Ascite biliar

Ascite quilosa Presença de linfa na cavidade peritoneal Fisiopatologia Obstrução dos canais linfáticos na base do mesentério  dilatação vasos linfáticos  saída de linfa para a cavidade peritoneal Passagem de linfa através de uma fístula nos vasos linfáticos Passagem de linfa através das paredes dos vasos linfáticos retroperitoneais sem fistula visível ou obstrução do ducto linfático

Ascite pancreática Presença de secreções pancreáticas na cavidade peritoneal Fisiopatologia Extravasamento crónico de pseudocisto pancreático Ruptura de um ducto pancreático Patogénese Adultos  pancreatite alcoólica Crianças  pancreatite traumática Caracteriza-se por: Perda de peso recente acentuada Ausência de resposta da ascite aos diuréticos Ausência de peritonite Ausência de dor intensa

Peritonite Bacteriana Primária (espontânea) Disseminação bacteriana hematogénea Ocasionalmente, infecção transluminal ou directa da cavidade peritoneal Presença de neutrófilos no líquido ascítico Mais frequente em doentes com ascite provocada por cirrose ou outra doença hepática avançada Exame Objectivo Febre Dor abdominal Distensão abdominal Evidência de choque séptico Alto grau de recorrência na cirrose

Peritonite Tuberculosa Reativação de um foco peritoneal latente, derivado da disseminação hematogénea Exame Objectivo Aumento do volume abdominal devido a ascite  sintoma mais comum Febre Sudorese nocturna Dor abdominal Alteração do trânsito intestinal Perda de peso  da susceptibilidade nos imunodeprimidos

Carcinomatose Peritoneal Segunda causa mais frequente de ascite Responsável por 2/3 das ascites de causa maligna Resultante da disseminação de adenocarcinomas do ovário, útero, pâncreas, vias biliares, estômago, cólon, pulmões ou mama Pode ocorrer como consequência de cirurgia  sementeira peritoneal Mau prognóstico  impossibilidade de ressecção cirurgica completa Tratamento  quimioterapia

Mesotelioma Peritoneal Causa mais comum de neoplasia primária do peritoneo Raro Deriva do revestimento mesodérmico do peritoneo História de exposição a asbestos Exame objetivo Ascite Dor abdominal tipo cólica Perda de peso

Pericardite Constritiva LÍQUIDO PERICÁRDICO Pericardite Constritiva Inflamação do pericárdio e consequente espessamento, cicatrização e calcificação Limitação enchimento diastólico dos ventrículos Causas Idiopática (50% dos casos) Tuberculose (15% dos casos) Cirúrgica / Traumatismo Neoplasia com infiltração do pericárdio Infecções Outras

Insuficiência Cardíaca Congestiva LÍQUIDO PERICÁRDICO Insuficiência Cardíaca Congestiva Incapacidade do coração para bombear o sangue eficazmente Necessidades metabólicas do organismo comprometidas Sinais e sintomas: Congestão venosa Taquicardia Débito cardíaco diminuido Fadiga Sudorese Extremidades frias Tonturas Alterações da consciência Síncope Ascite Hepatomegalia Edema periférico Turgescência venosa jugular Dispneia/Ortopneia Edema pulmonar

Diminuição da pressão osmótica coloidal LÍQUIDO PERICÁRDICO Diminuição da pressão osmótica coloidal Síndrome Nefrótico Enteropatia Má nutrição com anasarca

Síndrome Nefrótica LÍQUIDO PERICÁRDICO Quadro clínico: Fisiopatologia Hipoalbuminemia Proteinúria muito acentuada Edema Ascite Hipercolesterolemia Lipidúria Fisiopatologia Comprometimento da função da membrana basal glomerular  permeabilidade glomerular Albuminúria  pressão osmótica oncótica do plasma  filtração transcapilar de água para o interstício EDEMA LÍQUIDO PERICÁRDICO

Síndrome Nefrótico Primário Secundário Doença vascular Diabetes Mellitus Nefrite hereditária Sífilis Amiloidose Malária Neoplasia Infecções Víricas Heroína Tuberculose Streptococcus hA

Enteropatia Através de: Obstrução linfática Erosão da mucosa Ulceração Perda ou incapacidade de absorção de proteínas plasmáticas a partir do TGI (Trato Gastrointestinal) Fisiopatologia Incapacidade de compensação pelo fígado e sistema reticuloendotelial Fuga excessiva de proteínas plasmáticas para o lúmen do TGI Através de: Obstrução linfática Erosão da mucosa Ulceração

LÍQUIDO PERICÁRDICO

LÍQUIDO PERICÁRDICO O PERICÁRDIO NORMAL O saco pericárdico é o tecido fibroso, auxilia em sua fixação, reduz o atrito com as estruturas vizinhas e previne infecções pela formação de uma barreira física. Contribui em prevenir a dilatação aguda do coração na diástole e distribui as forças hidrostáticas de maneira uniforme durante o ciclo cardíaco.  Na verdade a saco pericárdico se constitui de 2 membranas, uma fibrosa externa e uma serosa interna que contem uma quantidade mínima de líquido que mantém a lubrificação dos folhetos.    LÍQUIDO PERICÁRDICO

As patologias do pericárdio                  A inflamação dos folhetos do pericárdio, independente da sua etiologia constitui a pericardite. Clinicamente se caracterizam pela presença de dor precordial, atrito pericárdico e anormalidades no eletrocardiográficas. Pode ocorrer no entanto de forma subclínica ou ainda como patologia associada a miocardites ou endocardites. Geralmente é uma doença auto-limitada secundária a outro processo sistêmico, passando então muitas vezes de forma despercebida.                  A pericardite pode evoluir com a transudação de líquidos e aumento do volume normal do liquido pericárdico, causando o derrame pericárdico. Um aumento súbito da quantidade de liquido pericárdico ou mesmo crônico, mas em grande quantidade, pode gerar um aumento da pressão intra pericárdica que irá causar alteração do ciclo hemodinâmico cardíaco o que constitui o tamponamento cardíaco.                   A cronificação do processo inflamatório pode resultar em algumas situações no enrijecimento do saco pericárdico, com perda de sua distensibilidade, impedindo a diástole ventricular, chamado de constrição do pericárdio ou pericardite constritiva. O pericárdio pode não existir de forma congênita - agenesia do pericárdio.  As patologias do pericárdio 1) A inflamação dos folhetos do pericárdio - pericardite. Clinicamente se caracterizam pela presença de dor precordial, atrito pericárdico e anormalidades no eletrocardiográficas. 2) Pode ocorrer no entanto de forma subclínica - passando então muitas vezes de forma despercebida.   3) A pericardite pode evoluir com a transudação de líquidos e aumento do volume normal do liquido pericárdico: o derrame pericárdico. Um aumento da quantidade de liquido pericárdico pode gerar um aumento da pressão intra pericárdica que irá causar alteração do ciclo hemodinâmico cardíaco o que constitui o tamponamento cardíaco.  4) A cronificação do processo inflamatório resulta no enrijecimento do saco pericárdico, com perda de sua distensibilidade, impedindo a diástole ventricular, chamado de constrição do pericárdio ou pericardite constritiva. . 

Pericardiopatias - Etiologias Idiopática   Infecciosa Viral: coxsackie A, Echovirus, adenovirus, mononucleose, Aids, hepatite B, varicela Tuberculosa Bacteriana: pneumococo, estafilococo, sepse por gram-negativos, Neisseria Fungica: histoplasmose, coccidioidomicose, candidíase, blastomicose Parasitária: toxoplasmose, amebiase Doenças auto-imunes LES, AR, esclerodermia Outras doenças inflamatórias sarcoidose, amiloidose Doenças neoplásicas pulmão, de mama, linfomas Uremia Radiação Infarto agudo do miocárdio Forma aguda - epistenocárdica Mixedema  Hipotireoidismo - Lesão do Parênnquima Trauma Sind. Pós pericardiotomia Dissecção Aórtica Drogas hidralazina, procainamida, fenitoina, isoniazida, fenilbutazona

LÍQUIDO PERICÁRDICO CLÍNICA A dor torácica é um dos aspectos mais importantes da pericardite. precordial, podendo irradiar para a borda do músculo trapézio esquerdo, ter duração de horas ou dias e apresentar características pleuríticas,  piorando com os movimentos respiratórios, com a movimentação do tórax e com a postura do corpo. É possível que ocorram outros sintomas relacionadas com a doença de base (perda de peso, tosse seca ou produtiva, febre). CLÍNICA LÍQUIDO PERICÁRDICO

Pericardiopatias - Tratamento Tratamento Medicamentosos Os medicamentos mais utilizados são os analgésicos e os anti-inflamatórios não esteróides. O Ácido Acetil Salicílico pode ser usado na dose de 300 a 600 mg a cada 4 a 6 horas. Tratamento alternativo - ibuprofeno, o diclofenaco ou o piroxicam nas doses habituais. Em geral o paciente se mostra assintomático em 6 ou 7 dias. pericardite urêmica - diálise pericárdica processos infecciosos a antibioticoterapia específica processos virais, o suporte sintomático e anti-virais pericardite tuberculosa - esquema tríplice (por 9 meses). pericardite são recorrentes - colchicina na dose de 1 mg/dia durante 1 ano Tratamento Cirúrgico – pericardiocentese ou pericardiectomia

LÍQUIDO SINOVIAL

Como é realizado o exame: LÍQUIDO SINOVIAL Como é realizado o exame: - cor transparente ou amarelo-pálida encontrado em pequenas quantidades nas articulações, bursas e bainhas dos tendões. - Para obter o líquido a ser analisado, uma agulha esterilizada será inserida no espaço articular.

O que se sente durante o exame: LÍQUIDO SINOVIAL O que se sente durante o exame: Será aplicada uma anestesia local. Normalmente ocorre uma dor temporária quando a agulha entra na cápsula articular. Motivos pelos quais o exame é realizado: Este exame é feito para identificar a causa da inflamação nas articulações, para diagnosticar certos tipos de artrite e de doenças inflamatórias articulares e para aliviar a dor e a distensão causadas pelo acúmulo de líquidos em uma articulação.

Análise Citológica Diferencial Células dos Líquidos Cavitários Células Mesoteliais Isoladas = pequenas (9m de diâmetro) - 1 núcleo. Agrupadas = gigantes (60m de diâmetro) - até 10 núcleos. Reativas = hipertrofia Hemácias = nucleadas(leucemias) Neutrófilos = Inflamação, infarto ou ruptura de órgãos, purulentos.

Análise Citológica Diferencial Células dos Líquidos Cavitários Eosinófilos = Alergias, doenças autoimunes, infecções parasitárias, pneumotórax (pleural), catéter (diálise peritonial). Basófilo = Muito raro; leucemias mielóides crônicas (27%). Linfócitos = processos crônicos, resposta a agentes virais ou fúngicos. Macrófagos = pequenos (frequentes em todos os derrames); gigantes (pleurites ; cistos ovarianos)

Análise Citológica Diferencial Células Mesoteliais

Análise Citológica Diferencial Células Mesoteliais

Análise Citológica Diferencial Células Mesoteliais

Análise Citológica Diferencial Células Mesoteliais

Análise Citológica Diferencial Macrófagos

Análise Citológica Diferencial Lipófagos

Análise Citológica Diferencial Eritrófago

Análise Citológica Diferencial Eritrófago

Análise Citológica Diferencial Macrófago com Hemossiderina

Análise Citológica Diferencial Células Neoplásicas - Irregularidade de Núcleo

Análise Citológica Diferencial Células Neoplásicas - Sincício

Análise Citológica Diferencial Células Neoplásicas - Amoldamento Nuclear

Análise Citológica Diferencial Células Neoplásicas - Canibalismo

Análise Citológica Diferencial Células Neoplásicas - Adenocarcinoma

Líquido Pleural e Tratamento 1) O tratamento dos líquidos pleurais depende da causa e outras condições que afetam a cavidade Pleural. 2) A aspiração terapêutica é suficiente para o tratamento do derrame cavitário pleural que é chamado de toracocentese. 3) Mais de 1 litro de fluido pode ser removido de uma só vez em 15 minutos de aspiração. 3) Geralmente não há complicações no procedimento de punção, mas pode ocorrer: a) Pneumotorax (colapso do pulmão), b) Recúmulo do fluido pulmonar, hemorragias ou sangramentos, infecções e muito raramente pode haver a punção do fígado ou baço pela inserção muito profunda da agulha. Colabamento sirúrgico das membranas pleurais pode ser uma maneira de prevenir novos acúmulos de líquido pleural.

Líquido Pericárdico e Tratamento O tratamento do líquido pericárdico depende muito na presença ou ausência de tamponamento cardíaco (cianose generalizada, lábios e dedos cianóticos, choque ou alterações mentais). A punção (pericardiocentese), na qual é inserido no espaço pericárdico uma agulha grande. O líquido pericárdico crônico é pobre em quantidade volumétrica e a punção pode comprometer a função do coração. Se o prognóstico do paciente é ruim, o líquido pericardico deve ser drenado sem que comprometa a função cardíaca. A punção é sempre um procedimento de tratamento benéfico. Derrames pericardicos causados por linfoma somente resolve depois de uma agressiva sessão de quimioterapia e posterior punção.

Líquido Pericárdico e Tratamento Ocasionalmente agentes esclerosantes infundidos no pericárdio através de um catater (ex: tetraciclina, bleomicina ou substância irritante) fazendo com que o pericardio sofra um colabamento e adere no músculo do coração prevenindo novos derrames. Para alguns líquidos pericárdicos malignos, o derrame só termina com a instilação de drogas quimioterápicas (ex: thiotepa ou cisplatina) diretamente na cavidade é o procedimento que inibe a formação do derrame pericardico Outra terapia é fazer inocular substâncias radiativas no próprio pericárdio.

Líquido Peritoneal e Tratamento A bleomicina é utilizada para o tratamento dos líquidos peritoneais por instilação abdominal (controla 30-60% dos casos) e não depende do agente causador do derrame . Entretanto, sérios efeitos colaterais são observados, acompanhado de óbito quando a bleomicina é a droga utilizada. Mitoxantrona (Cloridrato de mitroxantrona) foi recentemente utilizado e estudos preliminares demonstram uma elevada eficácia para o tratamento de líquidos pleural, pericárdico e peritoneal, embora os dados sejam ainda conflitantes sobre sua eficácia. Um estudo com 41 pacientes com derrame peritoneal tratados com bleomicina ou mitoxantrona intracavitária depois de 5 meses para a bleomicina (em média 1 semana de tratamento para 14 meses sem tratamento) e mitoxantrona por 4 meses (1 semana de tratamento e 12 meses sem tratamento). A terapêutica permitiu a remissão do derrame peritoneal. Ambas as drogas, embora possuam efeitos colaterais são indicadas no tratamento dos derrames peritoneais

Avaliação de Celular como Ferramenta Poluição Atmosférica Citotoxicidade de Produtos naturais – novas drogas antitumorais. Chemioprevenção – utilização de células metabolizadoras para rastrear composto que protegem contra o desenvolvimento do cancer. Verificar se drogas induzem apoptose com o objetivo de encontrar novos fármacos antitumorais

Citotoxicidade de Produtos naturais – novas drogas antitumorais. Composto EP6 – Estirilpirona de Cryptocaria mandioccana em células com HPV 16 proteínas E6/E7

Fração aquosa 31,25 mg/mL A B 62,5 mg/mL 125 mg/mL C D 250 mg/mL E Fração aquosa 500 mg/mL Figura 2. Imagem em microscopia óptica comum da linhagem melan-a corada por May-Grunwald-Giemsa, tratada com fração aquosa do extrato hidroalcoólico nas concentrações: A) 31,25 mg/mL; B) 62,5 mg/mL; C) 125 mg/mL; D) 250 mg/ml; E) 500 mg/mL. Aumento 10 x.

Estudo com poluição atmosférica Controle Positivo (CP) = Doxorrubicina 15µm/mL

Estudo com poluição atmosférica

Apoptose pelo Método do Hoescht-Iodeto B N AT D AP=Apoptose precoce, AT = Apoptose tardia, N=Necrose

Casos Clínicos – Derrame cavitário e Farmacologia NEOPLASIA PERICÁRDICA Sarcomas pericárdicos são muito raros. Um paciente Japones de 62 anos de idade apresentou tamponamento cardíaco. Ecocardiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética revelaram um grande derrame e um grande tumor na cavidade pericárdica ligado a parede lateral do pericárdio. Remoção cirúrgica foi realizada e exames histopatológicos e por imunohistoquímica identificou um sarcoma miofibroblástico de alto grau de malignidade. Por causa da recorrência pós-cirurgica na cavidade pericardica o paciente recebeu quimioterapia coadjuvante, incluindo doxorrubicina, ifosfamida e radioterapia. Após 6 meses de completa radioterapia o paciente relatou alívio, não havendo progressão dsa doença ou metástase evidente.

Casos Clínicos – Derrame cavitário e Farmacologia EMPIEMA PLEURAL O tratamento ideal é o uso de antibiótico apropriado e adequada drenagem pleural para o sucesso na remissão do derrame Uma complicação clínica aumentou a quantidade de fibrina levando a inefetiva drenagem, com presença de líquido pleural purulento. Na citologia observou-se um acúmulo de neutrófilos. Intrapleural fibrinolítico medicamento foi empregado para evitara toracotomia devido esse complicado derrame pleural. A inoculação de estreptoquinases (A estreptoquinase é uma proteína de 47 kDa secretada pelas bactérias Streptococcus do grupo β-hemolítico. A estreptoquinase ativa o plasminogênio do soro humano formando um complexo capaz de converter moléculas de plasminogênio em plasmina) foi efetivo e teve efeito adjuvante, facilitando a drenagem no estágio precoce e tardio do empiema. A tendendêcia.de persistência de febre e sintomas respiratórios, a despeito do tratamento com com fibrinolíticos pode significar a necesssidade de intervenção cirúrgica precoce. early surgical intervention.

Casos Clínicos – Derrame cavitário e Farmacologia MESOTELIOMA E EMPIEMA ASSOCIADOS Há muitos anos que a toracoscopia é indicada nos derrames pleurais. Para obter um diagnóstico mais eficiente, faz-se a toracocentese e um biópsia de agulha fina, especialmente se há suspeita de maligninidade. No caso do mesotelioma a citologia do líquido pleural é determinante para se saber o tipo celular: mesotelioma inoperável, empiema nos quais o tubo torácico resulta no completo esvaziamento da cavidade pleural A combinação do diagnóstico celular e a presença ou de mesotelioma aplicou – se “talc poudrage” que é a aplicação de um pó cirurgico que permite a fusão das membranas pleural ou peritoneal. Para o empiema, caso essa terapia não seja eficaz deve-se fazer a toracoscopia e punção em 2 ou 3 dias pós derrame.Esse paciente deverá ser levado a realizar toracoscopia. A toracoscopia tem sido eficaz no acompanhamento de tumores pleurais benignos, hemotorax e quilotorax, tendo como aliada a análise celular dos derrames cavitários.

Casos Clínicos – Derrame cavitário e Farmacologia LAVAGEM PLEURAL E CÂNCER DE PULMÃO A lavagem pleural tem sido considerada um importante fator prognóstico associado a medicação antineoplásica e o monitoramento celular. Essa lavagem é importante nos casos de tumores de células não pequenas. O mais interessante é que o ato de lavar a pleural sem aparente derrame evita o processo de metastase em pacientes sem aparência de derrame pleural e disseminação. Estudo prévio verificou que a lavagem pleural só foi eficiente no estágio I da doença e não eficiente nos estágios II e III. Assim a lavagem pleural só é recomendada para o estágio I e associado a terapia medicamentosa adjuvante