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DAMIS, O. T. Planejamento escolar: expressão técnico-política de sociedade. In: VEIGA, I. A. (org.) Didática: o ensino e suas relações. Campinas: Papirus,

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1 Aspectos teóricos do planejamento e da avaliação em Ciências e Biologia Planejamento de ensino I

2 DAMIS, O. T. Planejamento escolar: expressão técnico-política de sociedade. In: VEIGA, I. A. (org.) Didática: o ensino e suas relações. Campinas: Papirus, (p ). Introdução Dois diferentes enfoques de planejamento escolar 1) Tendência tecnicista predominante a partir de 1960: ênfase na importância e na necessidade do planejamento como processo contínuo de organização racional do sistema educativo no que se refere à definição de objetivos, de recursos e de metas a serem alcançados e avaliados através de meios eficiente e eficazes, em prazos definidos; condição fundamental para garantir a produtividade da ação educativa;

3 2) Tendência crítica à escola como reprodução social, a partir de 1970:
analisa e critica a educação escolar do ponto de vista de sua função de reproduzir as condições predominantes na sociedade estruturada segundo a dominação capitalista; priorizou o enfoque sociológico, histórico e filosófico do processo educativo e desconsiderou (chegando até mesmo a descartar) qualquer abordagem técnica do referido processo; Hoje, após passar por estas duas posições, ou de total aceitação ou de rejeição incondicional, foi possível ampliar a compreensão da importância e da necessidade do planejamento para a escola O planejamento escolar sempre expressa uma concepção de educação do homem adequada a um mundo e a uma sociedade;

4 Este é o caso, por exemplo, quando os professores, em nome de uma suposta racionalidade e neutralidade da prática educativa, desenvolvem seu ensino segundo modelos predeterminados nos programas e nos textos didáticos; Esses modelos, na maioria das vezes, inconscientes e alheios à opção educativa dos mesmos, sem deixar de expressar finalidades sociais, reforçam, na teoria e na prática, as condições, as necessidades, os interesses, as aptidões e a visão de mundo adequada ao modelo de sociedade predominante;

5 “Neste caso, a preparação e a adequação de estratégias e recursos disponíveis a objetivos previstos passaram a ser utilizadas, também, como meios que contribuem para compreender, repensar e redefinir a função social desempenhada pela instituição escolar.” (p. 173)

6 Planejamento escolar e finalidade da escola
A ampliação da concepção de planejamento escolar supôs outra concepção da função social da escola Por um lado, a finalidade da escola deixou de ser compreendida, apenas, como meio de adequar os interesses e as necessidades predominantes no interior da sociedade; Por outro lado, ela passou a ser, também, o meio que contribui para reproduzir-criticar os interesses e as necessidades de manutenção-superação da sociedade, da ciência, da tecnologia, etc; O planejamento escolar tornou-se, assim, a expressão das condições, das necessidades e dos interesses predominantes na sociedade através da forma de organizar o processo educativo, de definir os objetivos, as estratégias e a avaliação

7 “Segundo esta abordagem, a importância e a necessidade de planejar, além de significar a organização racional dos meios para a escola garantir a reprodução, a manutenção e a produtividade do sistema, significam, ainda, uma forma de compreender, criticamente, a adequação do homem ao modelo de progresso e de desenvolvimento alcançados hoje pela sociedade capitalista.” (p. 173) O processo de planejamento escolar sintetiza o caráter conservador-transformador da escola e da sociedade que o define

8 Duas diferentes abordagens
Planejamento e desenvolvimento econômico-social no Brasil Anos 1930: “superação” de relações sociais de produção predominantemente oligárquicas e rurais por formas de organização industrial e urbana – alterações de conteúdo político, social, econômico, cultural Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico, de Getúlio Vargas, ; Plano de Metas, de JK, ; Plano Trienal de Jango, ; Planos de desenvolvimento do regime militar, )

9 Com esta crescente interferência do Estado na economia do país, foram colocadas as condições necessárias para que o desenvolvimento econômico, político, educativo etc. pretendido fosse tratado segundo a importância e a necessidade de planejar as ações institucionais. A elaboração de planos e projetos passou a ser compreendida como um meio capaz de conduzir as instituições sociais no caminho do crescimento e do progresso visados pelo Estado burguês emergente. A partir dessas exigências mais amplas, a escola, com a finalidade de adequar a função de sua prática social específica às condições e às necessidades predominantes, não ficou isolada da ênfase no planejamento adotada pelo Estado brasileiro, como meio de garantir a eficiência e a eficácia de sua ação educativa.

10 Perspectiva desenvolvida e ampliada entre 1960-1970
Significou planejar racionalmente a prática educativa para garantir a adaptação e a integração do aluno às condições e às necessidades colocadas pela sociedade Assim justificados, o planejamento e a elaboração de planos escolares tornaram-se os principais tópicos dos programas curriculares dos cursos que habilitam o profissional da educação Planejamento global da educação: Unesco (1968) Nos diferentes níveis do sistema de ensino, foi atribuído ao processo de planejar e aos planos dele resultantes o “poder” de solucionar os problemas educacionais do país Planejaram objetivos, definiram estratégias e programaram avaliações para, por exemplo, reduzir a evasão e a repetência e qualificar os professores

11 Quem define os objetivos?
Planejar significou definir objetivos, metas, prazos, selecionar recursos, etc Quem define os objetivos? “(...) os objetivos educacionais de um país devem, evidentemente, ser fixados pelo conjunto desta sociedade e pelos dirigentes que ela escolheu. Devem exprimir fielmente os valores fundamentais da sociedade – valores morais, culturais e estéticos – e considerar os diversos papéis que o indivíduo pode ser chamado a desempenhar enquanto cidadão, trabalhador ou membro de uma família.” (Unesco, 1971, p. XIV)

12 No final dos anos 1970, essa concepção de planejamento e de escola calcada na organização racional do trabalho pedagógico com a finalidade de garantir a eficiência e a produtividade do sistema escolar passou a ser questionada Teoria Crítica e autores marxistas: Althusser, Bourdieu, Passeron, etc Escola como aparelho ideológico do Estado: organização do trabalho pedagógico passou a ser questionada em sua função de veículo de transmissão e reprodução da ideologia dominante na sociedade Considerado como expressão da dominação capitalista, o processo do planejamento escolar foi secundarizado e, até mesmo, sua importância e sua necessidade foram descartadas pela prática escolar que se pretendia crítica

13 Hoje, ultrapassando o momento da crítica pela crítica, a questão de compreender o papel e a função da escola no interior do desenvolvimento histórico da sociedade capitalista pretende ser colocada em outros termos; Neste caso, o processo de planejar o trabalho pedagógico da escola e o(s) projeto(s) que dele resulta(m), como forma de organizar e operacionalizar as finalidades sociais da escola, também podem ser compreendidos como condição indispensável para a escola contribuir para a superação da realidade predominante; Isto será possível na medida em que a escola utilizar as condições e necessidades produzidas pelo desenvolvimento histórico do homem como meio de compreender, analisar e vivenciar, criticamente, a realidade produzida pelo capital

14 (Re)colocando a questão
A prática diária do trabalho pedagógico expressa, consciente ou inconscientemente, um projeto histórico de sociedade, uma finalidade social da educação escolar; À medida que o coletivo dos agentes (professores e alunos) envolvidos na prática pedagógica escolar compreender criticamente as finalidades sociais dessa forma de educação, os meios disponíveis poderão ser organizados e racionalmente contribuírem para alterar qualitativamente a participação específica da escola para a manutenção-superação da realidade capitalista predominante;

15 Planejamento crítico:
“O que está sendo levado em conta aqui é que a forma de organização das ações que concretizam a finalidade social da educação escolar, explicitada na definição de objetivos, de estratégias de execução e de avaliação dos resultados obtidos, poderá contribuir criticamente para reverter a transmissão de uma compreensão fragmentada, mecânica e arbitrária da realidade, pois a referida organização pode ser compreendida teórica e praticamente, ao mesmo tempo, como forma de contribuir para manter e superar a sociedade capitalista predominante.” (pp ) “Diante da compreensão do processo de planejamento como explicitação de um projeto político-pedagógico fundamentado em uma concepção que situa a educação escolar como mediação no interior da prática social global, a sociedade não será vista apenas como realidade pronta e acabada, o ponto de chegada para o qual a educação escolar deve direcionar sua ação pedagógica. Mas será também o pressuposto, o ponto de partida que definirá a finalidade mais ampla dessa forma de educação, podendo, assim, ser compreendida de um ponto de vista crítico.” (p. 182)

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29 Reflexões sobre a avaliação no ensino de Ciências e Biologia
Concepção Professor Aluno Ensino-aprendizagem Planejar Avaliar Tradicional Detentor do conhecimento Receptor passivo Transmissão unidirecional de conteúdos P  A Técnica neutra para garantir a produtividade do ensino-aprendizagem Verificação do rendimento do aluno por meio de instrumentos pontuais, em momentos estanques e finais Crítica Orientador e mediador do processo educativo Participa ativamente;Tem concepções próprias a serem levadas em conta Relação dialógica entre professor e aluno P ⇆ A Define e orienta as ações pedagógicas; está a serviço de quem ensina e de quem aprende Caráter formativo; crítica do percurso da ação educativa: dinâmica, contínua, qualifica e reencaminha Adaptado a partir de Cassab (2008) e Esteban (1999)


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