Saúde e Ciclos de Vida II Violência e Ciclos de Vida.

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Transcrição da apresentação:

Saúde e Ciclos de Vida II Violência e Ciclos de Vida

A definição de violência da OMS O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha a possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (Relatório Mundial sobre violência, 2002).

Expressões da Violência Fatal e Não Fatal Violências Física, Sexual, Psicológica e Negligência cultural (étnica; preferência sexual; de gênero) econômica política social coletiva comunidadeconhecidos colegas de trabalho vizinhos amigos interpessoal Violência a si próprio comportamento suicida auto agressão familiares (doméstica) criança, jovens idoso mulher, homem

Hematoma Fratura Dor muscular DST Sangramento ITU Dor pélvica Dor de cabeça Dor epigastr. abdom. Dor em B. V. Diarréia Cólon irritável Desmaio Tontura Insônia Dor crônica Depressão Álcool/Drogas Ansiedade Suicídio Medos/pesadelos Negligência de cuidados Alto custo da assistência Uso aumentado de serviços Invisibilida de dos casos Baixa resolução dos casos Pré-natal tardio SCHRAIBER et al, 2005 :[ AMA, 1992; McFarlane et al, 1992; Holtz, 1994; Parker et al, 1994; Heise et al, 1994; McGrath et al, 1998; Durant et al, 2000; Hathaway et al, 2000 ] RN baixo peso Aborto Repercussões na Saúde Dispnéia Asma Dor no peito

Mortes Violentas Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, 2002 Em 2004: 1,6 milhões de pessoas morreram por algum tipo de violência (28,8/100 mil hab) 52% por violência auto-infligida; 37% por violência interpessoal; 11% por guerras Não é homogêneo por país, por faixa etária ou por sexo Mais de 90% em países de menor renda 77% dos homicídios e 60% dos suicídios entre homens

Violência física por parceiro e transtorno emocional - Nicarágua 10,34,9-21,6 4,82,2-10,8 3, ,30,7-7,8 1 OR Bruto 95% IC [Ellsberg et al, 1999]

Abuso conjugal e saúde infantil - Nicarágua, DHS [Heise et al, 1999]

 Violências como transgressão de Direitos  Violências como questão de Saúde e Saúde Pública  Elevadas Magnitudes  Invisibilidade na anamnese (relatos da pessoa)  Invisibilidade nos diagnósticos (registros)  Políticas de saúde recentes  Protocolos de assistência iniciais  Desafios atuais: trabalho em equipe e intersetorial Violência DOMESTICA - Problema de saúde e de direitos humanos:

Violência: de que problema se trata ? Brasil: VF/S M - SP: 41%; ZMPE: 40,6% M-19 UBS SUS/SP : 54,8% H- 02 UBS : 69% Brasil: V Sexual por PI M:11,8%; H: 5,1% Violência contra mulheres e homens adultos Interpessoal e com altas magnitudes Sobressai o tipo sexual na diferença entre Homens e Mulheres Homens são vítimas e agressores; Mulheres mais vítimas que agressoras e seu Parceiro é o principal agressor Violência contra crianças Crianças menores mais expostas à violência física ( 75% nas Filipinas, 59% no Egito, a 47% nos Estados Unidos); adolescentes à violência sexual, mais em meninas ( 20% das mulheres e 5 a 10% dos homens) – OMS, 2002 Violência contra idosos Apenas 5 estudos; países desenvolvidos: 4% a 6% (doméstico) USA: 36% profissionais testemunharam abuso físico e 80% psicológico; 10% admitiram ter perpetrado abuso físico e 40%, psicológico

Um estudo referência - Inquérito Nacional sobre Violência contra a Mulher nos Estados Unidos, 1998 Violência contra homens e mulheres:peculiaridades. Violência Física e Sexual na Vida segundo Sexo da Vítima Porcentagem Tipo mulherhomem Física ª 51,9 66,4 Sexual ª 17,6 3,0 Física e Sexual ª 55,0 66,8 ª p  0,001 [NIJ/CDC, 1998]

Distribuição de Violência Física e Sexual segundo Sexo do Agressor e da Vítima [NIJ/CDC, 1998]

Distribuição de Violência Física e Sexual segundo relacionamento com agressor e sexo da vítima (1) p  0,001 (2) p  0,01 [NIJ/CDC, 1998]

Pesquisas e/ou Atenção e Prevenção em Violência Alguns aspectos a serem observados 1. O diferencial entre homens e mulheres 2. Particularidades dos grupos etários – crianças; jovens; adultos jovens; meia idade e idosos 3.O silêncio que cerca as vítimas – como perguntar, como suportar as respostas e como acolher Definição de violência – termo polissêmico Cuidados éticos e metodológicos especiais

Assassinatos Estupros Agressões físicas e sexuais Abusos emocionais Assédio sexual Espancamentos Compelir a pânico, aterrorizar Prostituição forçada Coerção à pornografia Mutilação genital Violência por causa de dote Violência tolerada ou perpetrada pelo Estado Impedimento ao trabalho Negar recursos financeiros Controle dos bens do casal Ameaças de expulsão da casa e perda de bens [National Research Council, EUA, 1996; Nações Unidas, 1993; School of Public Health, Johns Hopkins, 1999] A violência por delimitações de atos Uso das crianças para controlar uma vítima adulta

parceiro ex-parceiro estranho familiar agente institucional Violência psicológica Violência física Violência sexual Violência por delimitação de tipos de atos e agressores – definindo comportamentos conhecidos

Violência e geração, situação social e gênero Geração: dinâmicas de agressividades e violência na socialização das crianças; desvalorização dos idosos Gênero: identidade de sujeito e atribuições culturais de cada qual nas relações entre homens e mulheres (exercício das feminilidades/masculinidades) Situação Social de Classe e Raça/Etnia: identidade produtiva, jurídica e política de sujeito social Desigualdades e Iniquidades na vida social: Trabalho; Família; Vida comunitária; Corpo e saúde; Emoções, subjetividade e saúde; Sexualidade; Vida reprodutiva DIFERENÇAS transformadas em DESIGUALDADES (de valor e de poder social)

O silêncio das vítimas Porque não se conta o que está acontecendo? Representações (banalização e naturalização) e sentimentos contraditórios em estudos com Mulheres  Não crê ser importante falar; não há por que falar  Sente-se envergonhada ou humilhada  Sente-se culpada pelo fato  Teme pela sua segurança e dos filhos  Sente que não tem controle sobre sua vida  Espera que o agressor mude; ele promete  Tem medo de perder os filhos  Quer proteger o parceiro: razões econômicas ou afetivas  Teve más experiências quando falou no passado ( WHO VAW Brasil; Estudo SUS-GSP; Estudo duas capitais: SP e RE)

Considerações éticas nas pesquisas Sensibilidade do tema da pesquisa Consentimento individual / participação voluntária Confidencialidade e vínculo adequado à entrevista Segurança física dos informantes e pesquisadores Respeitar as decisões das mulheres e suas escolhas Mecanismos de suporte (mulheres e pesquisadoras) A segurança da entrevistada precede a obtenção do dado: privacidade na entrevista ( sem outros adultos e crianças maiores de 2 anos); questionário “substituto” Primeiro acolhimento nos limites da obtenção de dados da pesquisa; situações de risco de vida Achados utilizados em prol dos direitos das mulheres (políticas públicas/ advocacy)

Resultados do estudo populacional Prevalências da violência física e violência sexual Invisibilidades Schraiber et al, 2002

a. Deu-lhe um tapa ou jogou algo em você que poderia machucá-la? b. Empurrou-a ou deu-lhe um tranco/chacoalhão? c. Machucou-a com um soco ou com algum objeto? d. Deu-lhe um chute, arrastou ou surrou você? e. Estrangulou ou queimou você de propósito? f. Ameaçou usar ou realmente usou arma de fogo, faca ou outro tipo de arma contra você? Alguma vez, o seu atual marido/companheiro, ou qualquer outro companheiro, tratou você da seguinte forma: A Pergunta

Prevalência de Violência Física por parceiro Mulheres alguma vez parceiras SP n=940 PE n=1188 %

Violência Física Perpetrada por Outras Pessoas SP n=1172 PE n=1473 % Todas as Mulheres da amostra

- forçou-a fisicamente a manter relações sexuais quando você não queria? - você teve relação sexual porque estava com medo do que ele pudesse fazer? - forçou-a a uma prática sexual degradante ou humilhante? Alguma vez, o seu atual marido/companheiro, ou qualquer outro companheiro, tratou você da seguinte forma: A Pergunta

Prevalência de Violência Sexual por parceiro Mulheres alguma vez unidas SP n=940 PE n=1188 %

Estudo multipaíses: As mulheres contam ? Violência Física A importância do treinamento e da boa relação (privacidade, sigilo e segurança) na entrevista: para 24% ZMP e 21% SP o primeiro relato foi na pesquisa

Violência física: a quem as mulheres contam Quem ajuda: pais 44%; irmãos 37%; pais 36%;

Estudo multipaíses: Prevalência da VPI nos países Física 19% 23% Sexual 2% 3% 8% 11% Brasil: SP ; ZMP

Violência sexual desde os 15 anos cometida por outros agressores SP n=1172 PE n=1473 Todas as Mulheres da amostra %

Invisibilidades: a importância da pergunta Polissemia do termo violência 44,4% relataram agressões físicas; 76,9% por parceiro ou familiar 11,5% relataram relações sexuais forçadas; 62,2% por parceiro ou familiar 322 mulheres foram entrevistadas no CSE - FMUSP 46,9% consideraram sofrer violência na vida 70,3% consideraram sofrer violência na vida Perguntadas : O que é Violência A resposta: abuso ou agressão sexual.... por estranhos

Violência ou Abuso Sexual na Infância: Antes dos 15 anos, alguém tocou em você sexualmente ou obrigou-a a alguma atividade sexual que você não queria? [Schraiber et al., 2002] Sub-informações em pesquisas: revelação difícil SP ZMP FACE A FACE 7,8% ; 5,8% ANÔNIMA 11,6%; 8,7% Entrevista Face a face E Cédulas anônimas

Violência contra os idosos Literatura menos abundante quando comparada a crianças e mulheres Em uma revisão sistemática dos estudos de prevalência, Cooper e cols (2008) sumarizaram que cerca de 6,3% idosos relataram abuso significativo no último mês e que 5,6% dos casais relataram a ocorrência de violência física no último ano

PARA SABER MAIS: Schraiber LB, D’ Oliveira AFPL. Violência e Saúde IN Clínica Médica ed. Barueri - SP : Manole, 2009, v.1, p Garcia-Moreno C, Jansen HAFM, Ellsberg M, Heise L, Watts C [on behalf of WHO Multicountry Study Team]. Prevalence of intimate partner violence: findings from the WHO multi-country study on women’s health and domestic violence. Lancet 2006; 368: D’Oliveira AFPL, Schraiber LB, França-Jr I, Diniz S, Ludermir AB, Portella AP et al.Fatores Associados à violência por parceiro íntimo em mulheres brasileiras. Rev. Saúde Pública 2009; 43(2): Schraiber LB, d’Oliveira AFPL, França-Jr I, Diniz S, Portella AP, Ludermir AB et al. Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do Brasil. Rev. Saúde Pública 2007; 41(5): Krug EG, Dahlberg LL, Mercy JÁ, Zwi AB, Lozano R, editors. World Report on violence and health. Geneva: WHO, 2002 Schraiber LB, D’ Oliveira AFPL, Falcão MTC, Figueiredo W S. Violência dói e não é direito: A violência contra a mulher, a saúde e os direitos humanos. São Paulo: Editora UNESP, 2005 Schraiber LB; d´Oliveira AFPL. O que devem saber os profissionais de saúde para promover os direitos e a saúde das mulheres em situação de violência doméstica. 2ª edição CFSS/ FMUSP/ CREMESP, 2003 (também no site: Cooper C, Selwood A, Livingston G. The prevalence of elder abuse and neglect: a systematic review Age Ageing (2008) 37 (2):