Surprises From Celiac Disease Study of a potentially fatal food- triggered disease has uncovered a process that may contribute to many autoimmune disorders Alessio Fasano Grupo: Ana Catarina, Carolina Gorriz, João Pedro, Margarida Aires, Maria Bernardes

Quem é Alessio Fasano? Alessio Fasano é professor de Pediatria, Clínica Médica e Fisiologia e director do Centro de Pesquisas em Biologia de Mucosas e do Centro de Pesquisas em Doença Celíaca da University of Maryland School of Medicine Aparecimento da doença Factos históricos O que é a doença celíaca? Causas para a doença – o trio Como é feito o diagnóstico? Mais comum do que se pensava Reacção do sistema imunitário Efeito devastador do glúten Zonulina Tratamentos Doenças associadas Tópicos

Aparecimento da Doença Celíaca Dieta do Homem Nómada TubérculosProteínasNozesFrutas Há anos atrás, no médio Oriente, surgiu a agricultura e com ela formaram-se as primeiras cidades. Muito cultivados passaram a ser o Trigo, o Centeio e a Cevada, visto serem: - nutritivos, - versáteis, - armazenável, - comerciável

Aparecimento da Doença Celíaca Passaram-se milhares de anos desde o início da agricultura, até começar a haver registo de crianças bem alimentadas mas mal nutridas. Morte das pessoas que tinham uma sensibilidade anormal a essa proteína (presente em alimentos como o trigo). Estas pessoas eram incapazes de absorver nutrientes da comida, e sofriam de dores abdominais e diarreia.

Factos históricos - Samuel Gee, em 1887, descreveu a Doença Celíaca como “um tipo de indigestão que ocorre em pessoas de todas as idades, especialmente em crianças entre um e cinco anos.”. Supôs ainda, correctamente, que “erros na dieta poderiam ser a causa”. - Willem-Karel Dicke, pediatra alemão, observou que a falta de pão na Holanda, aquando da 2ª Guerra Mundial, levou a uma queda significativa na mortalidade das crianças afectadas pela DC, de 35% para quase nula. - Reparou também que, após o fim da guerra, quando o trigo voltou a estar disponível, a mortalidade voltou a subir para os valores anteriores. Glúten era a principal causa da DC

O que é a doença celíaca? É uma doença auto-imune desencadeada pela ingestão de glutén, ou outras proteínas semelhantes, em cereais como o centeio e a cevada. A DC faz com que as vilosidades intestinais tornem- se cronicamente inflamadas e danificadas e a mucosa vai-se tornando plana – diminuindo a superfície de absorção (causando o défice de nutrientes, vitaminas, sais minerais e água). A remoção de glutén da dieta resulta na completa restauração da mucosa intestinal

Causas para a doença celíaca: 1) A reacção anormal que a proteína glutén, assim como outras semelhantes, provoca no organismo. (componente externa)

2) Pré disposição genética – têm o gene da proteína HLA- DQ2, da HLA-DQ8, ou ambas. Fazem com que as células do sistema imunitário ataquem a própria parede intestinal. 3) Falhas no intestino delgado – permitem que uma grande quantidade de gluten indigesto passe para o tecido subjacente e promova a resposta imunitária (permiabilidade invulgar).

Como é feito o diagnóstico? Antigamente, era apenas: - rever os sintomas dos pacientes, - confirmar a inflamação intestinal por uma biopsia do intestino - verificar que uma dieta sem glúten aliviaria os sintomas. Actualmente tem-se também em atenção o nível de moléculas de anticorpos direcionadas a uma enzima chamada transglutaminase tecidual. Essa enzima é lançada a partir de células danificadas em áreas inflamadas do intestino delgado e tenta auxiliar na reparação do tecido circundante.

Mais comum do que se pensava Uma vez que os clássicos sinais externos – indigestão persistente e diarreia – aparecem apenas quando regiões grandes e críticas do intestino estão inflamadas, a doença é muito mais comum do que se imaginava: 1 em cada 133 indivíduos é afectado Diagnosticada a doença Dieta sem glutén Parede do instestino volta ao normal; sintomas desaparecem Pode causar também: anemia, problemas neurológicos, osteoporose, dores articulares,lesões na pele, epilepsia, demência, esquizofrenia e convulsões, entre outras.

Uma dieta sem glutén

Reacção do sistema imunitário O sistema imunitário entra em acção quando detecta níveis significativos de proteínas estranhas no corpo. Alimentação O Sistema Gastrointestinal quebra a maioria das proteínas ingeridas nos aminoácidos que as constituem.

Glúten Rico em aminoácidos glutamina e prolina Esta propriedade mantém parte da molécula impenetrável ao sistema de degradação de proteínas Fragmentos proteicos intactos Ficam armazenados no tracto gastrointestinal

Predisposição genética nos pacientes com doença celíaca  Os pacientes com a doença celíaca herdaram genes que contribuem para uma elevada sensibilidade imunitária ao glúten  95% das pessoas com doença celíaca têm o gene HLA DQ2 ou HLA DQ8  A doença celíaca é virtualmente impossível de se estabelecer sem pelo menos um dos genes HLA’s

Efeito devastador do glúten Transglutaminase Tecidual Glúten HLA’s Células T Citocinas e Quimiocinas Ligamento União Activação Libertar

Zonulina É uma proteína humana que enfraquece a barreira intestinal, tornando-a mais permeável. Funciona como “guarda” das células dos tecidos, e permite a entrada de determinadas substâncias, impedindo a passagem de bactérias malignas e outras toxinas.

Zonulina Muitas doenças auto-imunes têm em comum uma permeabilidade anormal do intestino. Nos doentes celíacos, a gliadina, componente do glúten, liga-se ao receptor CXCR3 e estimula a secreção exagerada de zonulina.

Dieta estritamente livre de glúten:  Actualmente é o tratamento mais eficaz;  De carácter vitalício;  Pouca disponibilidade de produtos sem glúten;  Preço dos produtos bastante elevado. Tratamentos

Larazotide: Funciona como inibidor da zonulina, reduzindo a disfunção da barreira intestinal induzida pelo glúten, a produção de moléculas inflamatórias e sintomas gastrointestinais em doentes celíacos. Ausência, nos primeiros 12 meses de vida, de alimentos que contenham glúten.

Tratamentos Terapias orais proteico-enzimáticas: destroem os péptidos do glúten, normalmente resistentes ao processo digestivo; Meios de inibição da transglutaminase tecidual, para que não se verifique alteração química do glúten; Vacina: pretende expor o sistema imunitário a pequenas porções de glúten, na premissa de que este possa ser induzido a tolerá-lo.

Dermatite herpetiforme Doenças auto- imunes Osteoporose CancroFertilidade CONDIÇÕES ASSOCIADAS Diabetes tipo 1 Hepatite auto-imune Artrite reumatóide Esclerose múltipla Doença de Crohn Síndrome de Sjögren Linfoma não- Hodgkin Adenocarcinoma do intestino delgado

Risco elevado de ocorrência Parentes de 1º e 2º grau (10-30%) Síndrome de Down (12%) Diabetes tipo 1 (5 a 6%) Doenças auto- imunes que afectem a tiróide (5%) Síndrome da fadiga crónica (2%) Em Portugal estima-se que haja 100 mil doentes celíacos, mas, infelizmente, a doença ainda é mal diagnosticada.

Em Portugal... Estima-se que 0,5% a 1% da população europeia possa ser celíaca. Em Portugal, supõe-se que de 5000 a 8000 cidadãos possam ser celíacos diagnosticados. Muitos mais podem ser sem o saber (chega-se a pensar que podem ser perto dos 100 mil). Na tentativa de apoio aos doentes celíacos em Portugal, começam a existir associações que tentam ajudar a lidar com a doença.

Bibliografia BA2C8E70&opsel=2&channelid=0 BA2C8E70&opsel=2&channelid= celiaca.html celiaca.html