9º Ciclo de Palestras e Debates Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, Senado Federal Contribuições para o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação.

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9º Ciclo de Palestras e Debates Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, Senado Federal Contribuições para o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (PLANAVEG) Brasília 14/08/2015 Cooperfloresta

Passivos de APPs e Reserva Legal (ha) são o principal indutor da restauração

Custos de restauração florestal e potencial de rentabilidade em RL variam muito e ainda precisam ser validados. Rentabilidade é a chave para restauração em escala. VPL (R$/ha) 0R$ R$ Fontes: IBA; WWF; Governança Florestal; IIEB e Ebata.

Custos básicos variam com as condições locais (rendimentos das operações) e regionais (preços de mão de obra e insumos) Componentes de custos de restauros florestais Custos fixos materiais Custos operacionais básicos Custos fixos inteligência Cerca Aceiros Diagnóstico e Recomendação Técnica Gestão Monitoramento Declividade Capacidade de regeneração Precipitação Fatores chave para variabilidade de custos de restauro (D3) >30 % (D2) >12% < 30% (D1) <12% (P2) > 1200 mm (P1) <1200 mm (R2) Média (R3) Alta (R1) Baixa Pré-plantio Limpeza da área Aplicação de Herbicida Preparo do solo Adubação de base Plantio Irrigação Replantio Combate de formiga Insumos 14 situações de custos: C0 a C13 Custos variam em função de Variam em função da escala e da organização que executa

Custos básicos de restauração variam muito em função de capacidade de regeneração natural, declividade e precipitação Regeneração natural ativa Plantio de mudas Semeadura direta Regeneração passiva  Custos básicos de restauro variam de 0 (regeneração natural passiva) até R$ 20mil  Custo efetivo compreende:  Custos fixos materiais (cerca e aceiro) - ~ /ha  Custos fixos de inteligência (diagnóstico e recomendação técnica, gestão e monitoramento) - ~R$ /ha  Custo de oportunidade da terra (?) CO

Cenário de médio potencial de regeneração natural (menos provável) Os custos da REGENERAÇÃO NATURAL ATIVA* variam entre R$ 728 a dependendo da declividade e precipitação. *Foram considerados os custos com o controle de plantas invasoras.

Cenário de baixo potencial de regeneração natural (mais provável) Os custos da restauração com PLANTIO DE MUDAS variam entre R$ a dependendo da declividade e precipitação. Semeadura Direta foi considerada possível somente em declividades < 12% e seu custo é R$

Os custos da REGENERAÇÃO NATURAL ATIVA para o MT variam entre R$ 779 a dependendo da declividade e precipitação. *Foram considerados os custos com o controle de plantas invasoras. Cenário de médio potencial de regeneração natural (mais provável)

Cenário de baixo potencial de regeneração natural (menos provável) Os custos da restauração com plantio de mudas variam entre R$ a dependendo da declividade e precipitação. Semeadura Direta (SD) foi considerada possível somente em declividades < 12% e seu custo é R$

Modelos de restauração e incertezas ModeloAno 6 Ano 7 Ano 10Ano 15Ano 20Ano 30Ano 35Ano % Nativa Madeira Inicial Madeira Média e Complementar Madeira Média Madeira Final Nativas + Exóticas Modelo 1 Lenha (Talhadia) LenhaMadeira Média Madeira Final Nativas + Exóticas Modelo 2 LenhaSerrariaMadeira Média e Complementar Madeira Média Madeira Final Nativas + Exóticas Modelo 3 Lenha Madeira Média e Complementar Madeira Média Madeira Final Produtividade de árvores nativas Mercado florestal Regulamentações Fontes de receitas dos modelos de restauração com aproveitamento econômico PRAs estaduais não definidos Quantos cortes/ciclos serão permitidos? Limites para faixas de exóticas? Fatores que interferem na rentabilidade dos restauros com aproveitamento econômico Escassa literatura e experiências empíricas disponíveis Grande variabilidade e incertezas das curvas de crescimento Competição com madeira ilegal e “esquentada” Incertezas com relação ao preço e mercados consumidores Falta de transparência o que inviabiliza planos de investimento Nota: Modelos com base no Pacto pela restauração da Mata Atlântica e literatura.

Resultados econômicos de modelos de restauração variam de 11,55% a -7,51% o que traz incerteza para produtores e investidores Aumento de custos para declividades mais acentuadas (C12 e C13), diminuindo rentabilidade Grande amplitude de preços de madeira em pé – especialmente nativas 1. incertezas do mercado consumidor 2. influência da presença (ou não) de madeiras ilegais ConservadorOtimista Madeira inicial 50,00 Madeira média 103,00367,20 Madeira final136,70570,00 Eucalipto50,00 Cenários de preços de madeira (R$/m3 em pé)

Reflexões 1.Restauração florestal como um novo negócio? 2.Garantia de viabilidade econômica da Reserva Legal ao longo do tempo é fundamental para sua implementação em grande escala; 3.Fomento à cadeia de valor da restauração florestal: PLANAVEG, outras políticas que fomentem investimentos privados; 4.Conhecimento técnico, científico e empírico sobre recuperação de vegetação nativa deve ser ampliado entre biomas e fitofisionomias e incluir seus usos econômicos; Incertezas sobre custos de restauração em campos, veredas e outras formações não florestais são obstáculos a serem vencidos no médio prazo; 5.Sensibilização dos governos (Federal, estaduais e municipais), do setor privado e da sociedade quanto a relevância da restauração: serviços ambientais, geração de renda e desenvolvimento sustentável.

Rodrigo C. A. Lima - Laura Antoniazzi - Tel.: + 55 (11) Suporte técnico: Paolo Sartorelli (Baobá Consultoria Florestal)