CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, HISTOPATOLÓGICA, CLÍNICA E GENÉTICA DOS TUMORES DO OVÁRIO: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL DO SUL DO PAÍS OBJECTIVOS Caracterizar.

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Transcrição da apresentação:

CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, HISTOPATOLÓGICA, CLÍNICA E GENÉTICA DOS TUMORES DO OVÁRIO: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL DO SUL DO PAÍS OBJECTIVOS Caracterizar do ponto de vista epidemiológico, clínico, histopatológico e genético, a população de doentes com tumores do ovário tratadas na área abrangida pelo ROR-Sul, com diagnóstico entre 2004 e Analisar a sobrevivência das doentes com tumores malignos epiteliais e os factores que mais a influenciam (histologia, estadio, intervalo de platino-sensibilidade, presença de doença residual após cirurgia de citorredução, tipo de tratamento sistémico). Avaliar a efectividade das duas modalidades de tratamento citostático inicial: após citorredução primária e neoadjuvante. Estudar a correlação entre mutações BRCA 1/2 germinativas e somáticas num subgrupo desta última população de doentes. PROJETO

Desenho do estudo Estudo observacional, longitudinal, retrospectivo. População do estudo Doentes com neoplasia do ovário diagnosticada entre 1 Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2014, identificados no ROR-Sul. Critérios de inclusão: Confirmação histológica de neoplasia do ovário, trompa ou peritoneu, à data de diagnóstico (inscritos no ROR-Sul) de 2004 a Critérios de exclusão: Tumores malignos secundários do ovário. Dimensão da amostra 2000 doentes Análise estatística  Análise univariada e multivariada  Análise de sobrevivência (método Kaplan-Meier)  Modelo de riscos proporcionais de Cox Promotor Serviço de Oncologia do IPOLFG e ROR-Sul Serviços envolvidos ROR-Sul Serviço de Oncologia do IPOLFG Serviço de Ginecologia do IPOLFG Serviço de Anatomia Patológica do IPOLFG Clínica de Risco Familiar do IPOLFG Unidade de Investigação de Patobiologia Molecular (UIPM) IPOLFG METODOS

Aspectos éticos e legais O tratamento dos dados do ROR-Sul está ao abrigo dos termos aprovados pela CNPD. Os dados genéticos relativos às doentes aconselhadas na Consulta de Risco Mama e Ovário foram todos obtidos com consentimento específico prévio, em formulários aprovados pela CES do IPOLFG,EPE. O acesso a esses dados está condicionado pelo cumprimento de regras que tem em conta a legislação sobre protecção de dados e acesso a dados genéticos. Identificação de casos Na tentativa de assegurar a exaustividade na identificação de todas as doentes com os critérios exigidos pelo estudo, os vários casos serão obtidos da seguinte forma: Colaboração do ROR-Sul no estudo. Em estudo prévio foi estudada a população com tumores do ovário, com datas de diagnóstico compreendidas entre 2006 e 2011 tratada no IPO de Lisboa. A caracterização dessa população foi útil para estimar o número de casos a analisar, de forma a atingir os objectivos propostos. Nessa análise, ainda não foi feita caracterização genética, que será analisada retrospectivamente, em todos os casos em que seja aplicável. Da amostra populacional do estudo global, irão ser identificados os casos referenciados à Consulta de Risco Familiar de cancro da Mama e Ovário e que consentiram em rastreio genético BRCA1/2.

4 Métodos Base de dados do ROR-Sul: de um total de 252 doentes com cancro epitelial do ovário inscritas no IPOLFG entre 2006 e 2011, 147 (58%) fizeram quimioterapia. VariávelTipoEscalaValores Idade ao diagnósticoQuantitativa contínuaDe razão(anos) HistologiaQualitativaNominal Seroso, Endometrióide, Mucinoso, Células claras, Indiferenciado, Misto, SOE EstadioQualitativaOrdinalI, II, III, IV Estadio avançadoQualitativaNominalSim ou Não CirurgiaQualitativaNominalSim ou Não Doença residualQualitativaNominalSim ou Não QuimioterapiaQualitativaNominalSim ou Não Tipo de quimioterapiaQualitativaNominalAdjuvante ou Neoadjuvante Número de ciclosQuantitativa discretaDe razão(ciclos) Motivo de quimioterapia neoadjuvante QualitativaNominal Doença retroperitoneal pré-sagrada; Adenomegálias acima do hilo renal; Invasão da parede abdominal; Metástases hepáticas intraparenquimatosas ou subcapsulares; Implantes>2cm; Comorbilidades que contraindicam a cirurgia RecaídaQualitativaNominalSim ou Não ÓbitoQualitativaNominalSim ou Não Intervalo de platinossensibilidadeQualitativaNominalPlatino-resistente ou Platino-sensível Sobrevida livre de progressão (PFS)Quantitativa contínuaDe razãoTempo até à recaída (meses) Sobrevida global (OS)Quantitativa contínuaDe razãoTempo até ao óbito (meses)

Resultados – Análise de sobrevivência 1. QT adjuvante vs neoadjuvante VariávelGruposMédiaMedianap Tipo de QT Neoadjuvante30,925,0 Log-rank (0,001) Peto (0,001) Adjuvante48,456,6 Total42,744,0 VariávelGruposMédiaMedianap Tipo de QT Neoadjuvante13,88,1 Log-rank (0,010) Peto (0,003) Adjuvante23,419,4 Total19,813,4

Resultados – Análise de sobrevivência 2. Doença residual VariávelGruposMédiaMedianap Doença residual Sem27,025,1 Log-rank (0,000) Peto (0,000) Com14,09,9 Total21,014,5 VariávelGruposMédiaMedianap Doença residual Sem52,7- Log-rank (0,002) Peto (0,009) Com36,032,0 Total45,150,2

Resultados – Análise de sobrevivência 4. Intervalo de platino-sensibilidade VariávelGruposMédiaMedianap Intervalo de Platino-sensibilidade Platino-sensível56,063,0 Log-rank (0,000) Peto (0,000) Platino-resistente12,38,0 Total43,049,0

Modelo de riscos proporcionais de Cox Resultados – Análise de sobrevivência