ADUBAÇÃO POTÁSSICA GUSTAVO AVILA.

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Transcrição da apresentação:

ADUBAÇÃO POTÁSSICA GUSTAVO AVILA

1-INTRODUÇÃO Potássio As adubações potássicas devem ser realizadas conforme dados de análises químicas do solo e análise química foliar para posteriormente avaliação nutricional da cultura (Embrapa, 1999). O potássio (K) é o segundo elemento mais requerido pela cultura da soja. 1 tonelada de grãos a soja exporta aproximadamente 17 kg de K (Cantarella et al., 1996).

POTÁSSICOS - Fontes econômicas: camadas sedimentares de sal, remanescentes de antigos mares interiores (depósitos evaporativos), ou em lagos de sal e salmouras naturais. - O potássio é extraído de minerais, sendo mais comuns: Silvita (KCl) Silvinita (KCl + NaCl) Hartsaltz (depósitos de mineral com sais de sulfato) Langbeinita (K2SO4.MgSO4)

A baixa disponibilidade de potássio Sem o aparecimento visual da deficiência Causa a “fome oculta” --- a redução na taxa de crescimento da planta com redução da produção.

Quando a deficiência é mais severa Aparecimento dos sintomas visuais começa com um mosqueado amarelado nas bordas dos folíolos das folhas da parte inferior da planta.

Sintoma e Deficiência Evita o acamamento e aumenta a resistência do Tecído; Afeta a produção de amido, açucar e proteínas; Maior vigor e resistência ás doenças; Diminui o número de grãos “chochos”; Maior resistência a seca e a geada;

- -- - - - - - - - - - -- mg/kg - - - - - - - - - - - - - Diagnose Foliar Tabela de concetração de nutrientes, usadas na interação dos resultados de análise de folha Elemento Suficiente ou média Martins: áreas com 3.600 kg/ha Flannery: 7.963 kg/ha - - - - - - - - - - - - - - - - g/kg - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - N 45,1-55,0 46,4  3,7 53,3 P 2,6-5,0 2,5  0,3 3,6 K 17,1-25,0 18,7  2,4 21,9 Ca 3,6-20,0 7,9  1,7 10,2 Mg 2,6-10,0 3,3  0,6 3,3 S 2,1-4,0 2,4 - -- - - - - - - - - - -- mg/kg - - - - - - - - - - - - - B 21-55 51  10 46 Cu 10-30 8  1,8 12 Fe 51-350 100  34 144 Mn 21-100 35  12 30 Mo 1-5 - Zn 21-50 45  10 48

Amostragem de folhas A seguinte recomendação é feita por Small e Ohlrogge (1973) quanto à época e a folha a ser amostrada: (1). cultivares de crescimento determinado: no início do florescimento, antes do aparecimento visível das vagens; (2). cultivares de crescimento indeterminado: no meio do período de florescimento; (3). em ambos os casos, coletar 30 a 50 trifólios recentemente maduros, em geral o terceiro ou quarto trifólio de cima para baixo, sem o pecíolo.

Tabela de concentração de nutrientes 3-Diagnose foliar Tabela de concentração de nutrientes

Composição e solubilidade dos fertilizantes potássicos 1 Numeros de partes solubilizadas em 100 partes de H2 O. 2 É o aumento de pressão osmotica da solução do solo provcada pela salinidade do adubo.

Potassio no solo O potássio no solo é absorvido em grandes quantidades pelas plantas. (apenas o N é superior ao Potássio). Em solos cultivados é encontrados em quantidade de 7 a 15.000 Kg/ha, mas desse total só 1 a 2% (70 a 300 kg) encontra-se soluvel.

Potassio no solo Potássio não disponível Þ É encontrado em minerais (rochas). É liberado à medida que os minerais do solo são intemperizados (lenta). Potássio disponível Þ É formado pelo K encontrado na solução do solo mais o K adsorvido, em forma trocável, pela matéria orgânica e pela argila do solo. Potássio lentamente disponível Þ É aquele “fixado” ou retido entre as lâminas de certas argilas do solo.

Formas de Potássio no solo K estrutural – 90% a 98% K “fixado” nas camadas das argila expansivas do tipo 2:1 K trocável – 1% a 8% K ligado as cargas negativas da CTC do solo, disponível para suprir a solução do solo. K em solução – 0,1% a 0,2% ligado as cargas negativas da CTC do solo, disponível para suprir a solução do solo.

Potássio Ativação de várias enzimas Aber. e Fech. dos estômatos Cres. Meristematico Ativação de várias enzimas Aber. e Fech. dos estômatos Fitohormônios IMPORTANCIA NA PLANTA

Importancia da Calagem Fornece mais sitios de troca para retenção do K Isto porque a calagem promove o aumento das concentrações de Ca e Mg do solo, relativamente a do K, podendo reduzir a absorção de pelas raízes e provocar sua deficiência GOEDERT et al., 1975, citado por OLIVEIRA et al., 2001). Pois a disponibilidade de K no solo e a sua absorção estar relacionadas com a disponibilidade de Ca e Mg no solo (OLIVEIRA et al., 2001).

Importancia da Calagem Segundo, Castro e Meneghelli (1989), avaliando a relação K, Ca e Mg, concluíram que os teores de K isolados no solo não dão uma informação correta das necessidades de adubação potássica. Doses elevadas de potássio diminuira a absorção de Ca/Mg

K+ Época de maior absorção e aplicações de K Nas culturas anuais a adubação é feita no plantio e em cobertura; K+ O adubo não deve entrar em contato com a semente ou com a muda; Considerando-se que a maior taxa de absorção de K dá-se na fase vegetativa, em período compreendido entre 44 e 63 dias após emergência As aplicações em cobertura e parcelada realizadas aos 30 dias após o plantio poderiam proporcionar aumento na Produtividade.

Aspecto de deficiência

Aspecto de deficiência Sintoma de deficiência de potássio em planta de soja no fim do ciclo, com vagens com poucas sementes e frutos partenocárpicos, sem possibilidade de colheita Sintoma de deficiência de potássio em planta de soja, com retenção foliar e haste verde, sem possibilidade de colheita

Potassagem quando fazer Em relação ao teor de K do solo, concluiu-se que se o teor de K for < 0,10 cmolc dm-3 a soja não pode ser cultivada sem adubação corretiva e de manutenção Quanto ao teor de K de folhas do terço superior na época da floração K < 12,59 g kg-1 e que há grande probabilidade de haver limitação na produção de grãos K+ Acima de 50 kg ha-1 ou quando o teor de argila for < 40%, fazer a adubação de 1/3 da quantidade total indicada na semeadura e 2/3 em cobertura, 30 a 40 dias ápos a semeadura.

(cmolc dm-3) K-extorável (Melich 1)(ppm) Que Dose Usar Para se obter produtividade de 2.500 a 3.000 kg/ha, adubação corretiva de 150 a 200 kg de K2O/ha, mais adubação de manutenção de 80 kg de K2O/ha.ano. (cmolc dm-3) K-extorável (Melich 1)(ppm) K2O a aplicar (kg/ha-1) < 0,06 0,07-0,13 > 0,13 0 a 25 26 a 50 + 50 100 50 Teor de K (*) Após atingir o nível de K acima desse valor, recomenda-se uma adubação de manutenção de 20 kg de K2O/t de grãos de soja.

Vantagens Desvantagens Maior vigor e resistência às doenças; Evita o acamamento e aumenta a resistência do tecido; Diminui o número de grãos"chochos"; Maior resistência a seca e a geada Desvantagens Indíce Salino Alto com doses acima de 100 Kg/ha de KCl Se o KCl próximo da semente a germinação poderá ficar prejudicada; Afeta a produção de amido, açúcar e proteínas; Adubações com doses elevadas de KCl podem induzir o aparecimento de sintomas de toxidez, caracterizado-se por queima dos borduras das folhas pelo íon cloro.(MASCARENHAS et. ali,. 1976)

Adubação corretiva > Consumo Taxa Vegetativa = 1,20 Kg ha-1 / dia 60 % Colheita 28 kg de K 1000 kg de sementes 40% M.O o que é importante do ponto de vista econômico e ambiental. Solos com textura média e arenosa Teores de K disponivel tendem a declinar rapida mente com as sucessivas colheitas

Adubação corretiva De acordo com a analise quimica do solo ; Solos com CTC a pH 7,0 menor do que 4,0 cmol­c/dm3; Solos com CTC a pH 7,0 maior ou igual a 4,0 cmolc /dm3, Nesse caso, recomenda-se o parcelamento para a doses acima de 40 kg/ha de K2O ou sua aplicação a lanço. Doses de potássio acima de 100 kg/ha de K2O, indepedentemente da CTC do solo, devem ser, preferencialmente, parceladas ou aplicadas a lanço. Teor de K Interpretação Corretiva total Corretiva gradual -------mg/kg ---------- -------------------- Kg de K2O/ha----------------- CTC a pH 7,0 menor do que 4,0 cmolc/dm3 ≤15 Baixo 50 70 16 a 30 Médio 25 60 31 a 40 Adequado1 >40 Alto2 CTC a pH 7,0 igual ou maior do que 4,0 cmol/dm ≤ 25 100 80 26 a 50 51 a 80 > 80 Fonte adaptado de Sousa & Lobato (1996).

Produtividade de grãos esperada t/ha -1 K+ trocável (mmolc dm -3) Adubação de Potássio para o estado de Minas Gerais Disponibilidade de K1 -----------------------K2O (Kg ha -1)2 -------------------- Baixa Média Alta 120 80 40 Fontes : Novais (1999) e Embrapa (2006b) Adubação mineral de semeadura de soja para o estado de Sao Paulo. Produtividade de grãos esperada t/ha -1 K+ trocável (mmolc dm -3) < 0,8 0,8 a 1,5 1,5 a 3,0 > 30 ------------------------------- K2O Kg ha-1-------------------------------------- < 2,0 2,0 a 2,5 2,5 a 3,0 3,0 a 3,5 > 3,5 60 70 80 40 50 20 30 Fonte: Mascarenhas e Tanaka (1996)

K+ Alta demanda pela cultura média de 6,64 kg de K/dia; Resposta da Cultura Alta demanda pela cultura média de 6,64 kg de K/dia; K+ Demanda pela produção do teor de Óleo no Grão; Deficiência K inibe o transporte de carbohidratos; Resistencia a pragas e doenças; Varias Funções Ezimaticas;

Avaliação Economica A adubação corretiva só deve ser considerada se a área vier a ser cultivada por um prazo de 5 anos com culturas anuais que tenham potencial de resposta ao fosforo, como o milho, soja, feijão e trigo.

Avaliação Economica No entanto as produtividades foram crescentes conforme se aumentou as doses de potássio em cobertura, apresentando uma curva linear crescente dentro das doses utilizadas no experimento (Gráfico 1).

Avaliação Economica Conclusão Aplicação de potássio em cobertura aumenta a produtividade da soja de forma crescente dentro dos valores de doses recomendadas. Assim para a expectativa de produção for de 3000 kg/ha de grãos, deve se aplicar 60 kg de K2O/ha, pois a soja exporta cerca de 20 kg de K2O em cada toneladas de grãos. Para cada quilo de K2O aplicado ao solo a soja produzirá 8,4 Kg de grãos a mais do que o solo sem adução potássica ou seja um lucro de 11 scs de soja / ha.

Pela atenção obrigado ! Gustavo Ávila avilagustavo@dag.ufla.br