Valéria SIQUEIRA (CUML) – Alessandra DAVID (CUML) –

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Transcrição da apresentação:

A Proposta Curricular Paulista e as diretrizes da avaliação: algumas considerações Valéria SIQUEIRA (CUML) – valeriasiqueiral8@gmail.com Alessandra DAVID (CUML) – davidalessandra@uol.com.br Marcado por uma reestruturação do papel do Estado em nível mundial, os anos de 1990 representam o período em que se consolidou o discurso neoliberal nas políticas de âmbito educacional. Tal discurso atribui a crise e o fracasso da escola pública à incapacidade do Estado em gerir o bem comum. Os países são então conclamados a se ajustar à política econômica neoliberal e às orientações dos organismos internacionais que preconizam o Estado mínimo,caracterizado pela não-intervenção, pelo individualismo e pela competitividade. De acordo com Beech (2009) a reforma educacional implantada no Brasil nos anos 1990 faz parte de uma onda de reformas que invadiram a América Latina no final das décadas de 1980 e 1990. A retórica oficial destas reformas tem princípios semelhantes como descentralização, autonomia escolar, profissionalização docente, currículo baseado em competências e sistema centralizado de avaliação de rendimento. O objetivo deste trabalho é investigar o referencial de avaliação proposto pelo currículo paulista “São Paulo faz escola”. A análise revela forte influência do modelo internacional de um currículo que prioriza habilidades e competências para o mercado de trabalho. Revela ainda a ênfase na avaliação para o sucesso da Proposta. Como positivo, os resultados demonstram que apesar da prática regulatória, a avaliação pode ser o início da real mehora educacional a partir do envolvimento da comunidade escolar no resgate de seu protagonismo, apropriando-se dosl resultados de sua avaliação institucional de modo a firmar acordos como a “qualidade negociada”. INTRODUÇÃO OBJETIVOS RESULTADOS PARCIAIS A metodologia utilizada foi a pesquisa documental, em que foram analisados documentos internacionais como: “A UNESCO e a educação na América Latina e Caribe, 1987-1997 (Santiago, Chile, 1998)” e a “Cúpula Mundial de Educação Para Todos: o Compromisso de Dakar (2000)”, além dos documentos referentes ao Currículo Paulista, sendo eles, a “Proposta Curricular”, os “Cadernos do Professor” e os “Cadernos do Gestor”. O referencial teórico apóia-se em autores como Freitas (2007), Beech (2009), Sordi e Ludke (2009) dentre outros. METODOLOGIA BEECH, Jason. A internalização das políticas educativas na América Latina. Currículo sem Fronteiras, v.9, n.2, p.32-50, jul/dez 2009. Disponível em: <http://www.curriculosemfronteiras.org/vol9iss2articles/beech.pdf> Acesso em: 17 abr. 2010. DIAS SOBRINHO, José. Avaliação como instrumento da formação cidadã e do desenvolvimento da sociedade democrática: por uma ético-epistemologia da avaliação. In: Avaliação participativa: perspectivas e desafios. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2005. FREITAS, Luíz C. Eliminação adiada: o ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 100, p. 965-987, out. 2007. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br -Acesso em abr/2010. SÃO PAULO (Estado). Proposta Curricular do Estado de São Paulo. São Paulo: SEE, 2007. ____________ Caderno do gestor, volume 2. São Paulo: SEE, 2009a. Disponível em: <http://educadoresaprendentes-deribeiraopreto.blogspot.com/2009/07/caderno-do-gestor-2009volume- 2-saresp.html> Acesso em: 04 mar 2011. ____________ Caderno do gestor, volume 3. São Paulo: SEE. 2009a. ____________ Caderno do professor: ciências, ensino fundamental -8ª série, volume 1. São Paulo: SEE, 2009b. ____________ Caderno do professor: educação física, ensino fundamental -8ª série, volume 2. São Paulo: SEE, 2009b. SORDI, Mara R. L.; LUDKE, Menga. Da avaliação da aprendizagem à avaliação institucional: aprendizagens necessárias. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v.14, n.2, p.313-336, jul.2009. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/aval/v14n2/a05v14n2.pdf> Acesso em: dez/2009. REFERÊNCIAS A avaliação nesse contexto exerce papel fundamental permitindo ao Estado governar à distância. Segundo Dias Sobrinho (2005), “cada avaliação afirma determinados valores,conforme os objetivos que lhe são atribuídos, denegando os valores opostos” (p.16). Essa ambiguidade torna o campo da avaliação um campo complexo,inscrevendo-o “num campo de conflitos e de contradições, como tudo o mais que é social e político” (DIAS SOBRINHO,2005, p.16). DESENVOLVIMENTO