Terapêutica Medicina veterinária

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Transcrição da apresentação:

Terapêutica Medicina veterinária Agentes Microbianos Terapêutica Medicina veterinária

Os agentes antimicrobianos são, de acordo com sua origem, classificados como antibióticos e quimioterápicos.

Os antibióticos são substâncias produzidas por diversas espécies de microrganismos, como bactérias, fungos e actinomicetos, ao passo que quimioterápicos são drogas sintéticas.

• Agentes que inibem a síntese da parede celular bacteriana: Antibióticos betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas), bacitracina, vancomicina e antifúngicos :imidazólicos (miconazol, cetoconazol e clotrimazol);

• Agentes que atuam sobre a membrana celular da bactéria, alterando sua permeabilidade: Polimixinas e antifúngicos politênicos (nistatina e anfotericina B);

• Agentes que atuam nas subunidades ribossômicas 30S ou 50S, causando inibição da síntese protéica e atuando como bacteriostáticos: cloranfenicol, tetraciclinas, macrolídeos (eritromicina, tilosina, azitromicina e outros) e lincosamidas (clindamicina e lincomicina); • Agentes que atuam nas subunidades ribossômicas 30S, causando inibição da síntese protéica e atuando como bactericidas: Aminoglicosídeos (estreptomicina, neomicina, amicacina e outros); • Agentes que afetam o metabolismo dos ácidos nucléicos: Rifamicinas e quinolonas; • Antimetabólitos: Sulfonamidas e trimetoprim;

• Análogos dos ácidos nucléicos: Agentes antivirais (zidovudina, ganciclovir, vidarabina e aciclovir).

O resultado terapêutico da administração de antibióticos é variável e depende principalmente da obtenção de uma concentração adequada da droga no local da infecção, defesas íntegras do hospedeiro (sobretudo quando se usa substâncias bacteriostáticas) e sensibilidade do microrganismo.

A resistência bacteriana se deve a fatores diversos como, por exemplo, inativação do fármaco por enzimas e modificações em seus receptores na célula. De maneira geral, o aparecimento destes fatores se deve aos seguintes fatores:

• Mutações: A seleção de cepas mutantes resistentes à droga é o principal mecanismo de resistência das micobacterioses à estreptomicina, rifampicina e outros tuberculostáticos;

Transdução: Transferência de resistência através de um vírus bacteriófago que carrega consigo material genético de uma bactéria resistente a determinada droga. Este material genético é constituído de plasmídeos (fragmentos de DNA extra-cromossômicos capazes de replicação autônoma) e é o principal meio de transferência de resistência entre Staphylococcus aureus à penicilina, eritromicina, cloranfenicol e tetraciclinas;

• Transformação: Consiste na incorporação de DNA livre pela bactéria, havendo desta maneira a transferência de material genético. É a base molecular da resistência (rara) dos Pneumococcus às penicilinas;

• Conjugação: É a passagem de plasmídeos de uma célula à outra, através de contato direto por uma fímbria ou ponte sexual. É o principal mecanismo de resistência de várias bactérias, incluindo-se a maioria dos bacilos Gram-negativos. Pode haver a participação de bactérias da flora saprófita no processo.

Os quimioterápicos constituem uma classe de antimicrobianos de origem sintética, ao contrário dos antibióticos, que são produzidos por certos microrganismos. Esta classe de drogas não deve ser confundida com os antineoplásicos, que também são conhecidos como quimioterápicos.

INTRODUÇÃO As sulfonamidas foram os primeiros agentes realmente efetivos a serem utilizados contra infecções bacterianas sistêmicas, sendo descobertos por acaso, quando se observou que o corante industrial prontosil protegia camundongos contra infecções estafilocócicas. A partir da purificação da sulfanilamida, base do prontosil, mais de 50 compostos foram sintetizados, mas apenas uns 30 se mostraram terapeuticamente viáveis. Algumas sulfonamidas se mostraram ineficientes como antimicrobianos, mas ainda são utilizadas com outras finalidades, como a acetazolamida (antiglaucomatoso) e a carbutamida (hipoglicemiante oral).

MECANISMO DE AÇÃO E ESPECTRO ANTIMICROBIANO: Quimicamente, as sulfonamidas constituem um grupo de compostos que se apresentam como pós cristalinos, de sabor amargo e relativamente insolúveis em água, todas derivadas da sulfanilamida (amida do ácido paminobenzenossulfônico).

A grande maioria das bactérias e alguns outros microrganismos tem a seguinte via metabólica: As sulfonamidas atuam sobre as bactérias através de inibição competitiva (ou antagonismo metabólico) da diidropepteroato-sintetase, a enzima bacteriana responsável pela incorporação de PABA ao ácido diidropteróico.

As sulfonamidas são bacteriostáticos de amplo espectro, sendo mais eficientes no tratamento das infecções agudas, onde os mecanismos humorais e celulares de defesa se mostram mais ativos, propiciando a remoção dos microrganismos “inativados”.

A sensibilidade bacteriana é variável em função da resistência, mas pode atuar contra certos Gram-positivos (Streptococcus, Staphylococcus, Bacillus, Clostridium e Nocardia), Gramnegativos (Salmonella, E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Pasteurella e Proteus), algumas rickettsias, protozoários (Toxoplasma e Eimeria) e Nocardia; são descritos ainda na literatura possíveis efeitos sobre actinomicose, actinobacilose e brucelose.

Na prática, as sulfonamidas têm sido primariamente indicadas para o tratamento de infecções cutâneas, gastrointestinais e urinárias.

A resistência bacteriana às sulfonamidas Resistência natural: Bactérias que não necessitam sintetizar seu próprio ácido fólico, podendo utilizar o folato pré-formado. Ex.: Gênero Leptospira; Adaptação enzimática: Os microrganismos passam a utilizar vias metabólicas alternativas para a obtenção de metabólitos essenciais, inativam a droga ou alteram seus processos enzimáticos, determinando um aumento da síntese dos mesmos. A seleção de cepas resistentes e a transferência mediada pelo fator R são os principais mecanismos desta adaptação.

SINÉRGICOS, ANTAGONISTAS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: . Sinérgicos: trimetoprim é um bactericida o principal sinérgico das sulfonamidas inibindo a enzima diidrofolase-redutase Acido diidrofólico Acido triidrofólico

similar do trimetoprim: Ormetoprim A pirimetamida é outra droga com mesmo efeito, mas menos potente e mais tóxica, sendo usada atualmente apenas para o combate de certos protozoários

OBS.: A meia-vida plasmática do trimetoprim é variável de acordo com a espécie: Homem: 10,6 h Suínos: 2-2,5 h Eqüídeos: 3,8 h Bovinos: 1,0 h Cães: 3,0 h Caprinos: 0,65 h

Antagonistas: São antagônicas das sulfas todas as drogas que possuam PABA ou moléculas similares em suas fórmulas, das quais se destacam anestésicos locais, vitaminas do complexo B, derivados da metilxantina (cafeína, teofilina e teobromina) e algumas proteínas (p.ex. gelatinas e proteínas séricas).

Interações medicamentosas adversas: • Analgésicos e antinflamatórios (indometacina, fenilbutazona e salicilatos): Aumentam a potência e reduzem a meia-vida plasmática da sulfa; • Antiácidos: Diminuem a biodisponibilidade da sulfa se administrados concomitantemente; • Anticonvulsivantes e digitálicos: São potencializados pela sulfa por serem deslocados de suas ligações a proteínas plasmáticas; • Ferro e metais pesados: Incompatibilidade química (precipitação); • Mandelamina e ciclosporina: Aumentam o risco de nefrotoxicidade das sulfas.

5. CLASSIFICAÇÃO: • Sulfonamidas sistêmicas de curta ação: Têm rápida absorção e excreção, exigindo intervalos entre doses de 4 a 6 horas. São utilizadas principalmente em terapêutica massal de aves e coelhos (infecções entéricas e sistêmicas) e em herbívoros (infecções sistêmicas). Não devem ser usadas isoladamente em carnívoros, pois podem causar cristalúria. Como têm atividade bacteriana fraca, devem ser associadas entre si. Bases principais: Sulfametazina, sulfamerazina, sulfaquinoxalina, sulfacloropiridazina, sulfadiazina, sulfanilamida, sulfatiazol, sulfisoxazol, sulfametizol e sulfacetamida;

• Sulfonamidas sistêmicas de ação intermediária: São rapidamente absorvidas e têm eliminação mais lenta que as anteriores, podendo ser administradas, dependendo da base, a intervalos de 8 a 24 horas. São indicadas para o tratamento de infecções urinárias, entéricas e sistêmicas, sobretudo aquelas que exigem tratamento mais longo. Podem ser usadas em todas as espécies, incluindo carnívoros, pois seu tempo de eliminação prolongado não favorece o aparecimento de cristalúria. Neste grupo estão o sulfametoxazol, sulfafenazol, sulfamoxol, sulfametoxina e sulfametonidina;

Sulfonamidas sistêmicas de ação prolongada: Têm eliminação ultralenta, com meia-vida plasmática variando entre 17 e 150 horas. Apesar de ideais para carnívoros e cômodas para administrar, pelo grande intervalo entre doses, estas sulfas determinam níveis plasmáticos baixos, não penetram no líquido cefalorraquidiano e, na presença de insuficiência renal, podem determinar quadros de intoxicação grave. Bases: Sulfadoxina, sulfametoxipirazina e sulfadimetoxina;

• Sulfonamidas de uso entérico: São aquelas que, devido a sua baixíssima absorção, têm sua ação restrita ao trato gastrointestinal. Após ingeridas, são hidrolisadas no lúmen do cólon em sulfanilamida ativa. Bases: Sulfaguanidina, ftalilsulfatiazol, succinilsulfatiazol, ftalilsulfacetamida e nitrossulfatiazol.  Sulfonamidas de uso tópico: São aquelas que, por serem pouco absorvidas e não irritantes para tecidos delicados, são indicadas para uso oftalmológico (sulfacetamida) ou em queimaduras (mafenida e sulfadiazina argêntica).

Absorção e vias de administração: Todas as sulfonamidas de uso sistêmico são prontamente absorvidas pelo trato gastrointestinal. As principais vias de administração são: Oral, endovenosa, intramuscular ,intraperitonial ,intrauterina e intramamaria.

Distribuição: sistêmicas de ação curta ou intermediária se distribuem, através de difusão passiva,