ANESTÉSICOS INALATÓRIOS

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Transcrição da apresentação:

ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Dra. Mirian Vieira Maia Anestesiologista do HUCFF-UFRJ Anestesiologista do HUPE-UERJ

ANESTÉSICOS INALATÓRIOS OBJETIVOS: Noções básicas sobre farmacocinética e farmacodinâmica dos inalatórios atuais e seus efeitos clínicos mais comuns.

Histórico “Suffering so great as I underwent cannot be expressed in words . . . but the blank whirlwind of emotion, the horror of great darkness, and the sense of desertion by God and man, which swept through my mind, and overwhelmed my heart, I can never forget." 16 de outubro de 1846 – William Morton-demonstração de anestesia com éter

Estrutura e Evolução

Farmacologia clínica Farmacocinética: CAM, captação, distribuição e eliminação Farmacodinâmica: metabolização

FARMACOCINÉTICA CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA (CAM) Concentração alveolar mínima do anestésico para impedir, em 50% dos pacientes, a movimentação em resposta à incisão de pele (DA50) Índice de potência anestésica CAM expandida (DA 90) = CAM + 1/3CAM Fatores que alteram a CAM: idade, estado metabólico, drogas estimulantes SNC, drogas depressoras do SNC, hipotensores,medicação pré-anestésica e drogas coadjuvantes em anestesia. Medicação pré-anestésica usual pode reduzir a CAM de 7 a 30%. Uso de agente venoso (hipnóticos) na indução da anestesia pode diminuir a CAM do anestésico inalatório em 15 a 20% nos 15 primeiros minutos. O óxido nitroso, teoricamente, reduz a CAM na proporção da concentração em que é administrado. Na prática tem sido descrito uma redução da CAM entre 50 a 60% para concentrações de óxido nitroso de 50 a 70% (valores aproximados).

Efeito do segundo gás

Absorvedor de CO2 Cal Sodada é absorvente de CO2, consiste essencialmente de cal hidratado (CA(OH)2) em pequenas quantidades de hidróxido de sódio (NaOH) e mesclados com um método especial e uma porosidade e mantendo sua umidade cuidadosamente controlada para maximizar a capacidade de absorção . Contém violeta de etilo que modifica de cor branca para violeta na medida que se esgota a capacidade de absorção

CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS Sangue/Gás Gordura/Gás CAM Metoxiflurano 13,00 990,0 0,16 Halotano 2,30 224,0 0,76 Enflurano 1,80 98,0 1,68 Isoflurano 1,40 1,15 Desflurano 0,42 - 7,00 Sevoflurano 0,60 1,76 Óxido nitroso 0,47 1,4 106,00

FARMACOCINÉTICA Captação Inicialmente Fad > FI (diluição e absorção no sistema). Quanto > FGF < tempo de equilíbrio (Fad=FI). através da respiração (ventilação alveolar) o anestésico inalatório é levado das vias aéreas superiores ao alvéolo onde é captado pelo sangue(dependente do débito cardíaco e da solubilidade no sangue). FI > FA

FARMACOCINÉTICA Distribuição Sangue Tecidos (SNC) “concentração alveolar espelha a concen- tração cerebral”. Compartimento muito vascularizado (vísceras) Compartimento mediamente vascularizado (músculos) Compartimento pouco vascularizado (gordura)

Indução da anestesia (10 a 15 minutos), é possível se realizar a saturação das vísceras, ou seja, estas entrarem em equilíbrio com o sangue. Manutenção da anestesia pode se estabelecer o equilíbrio dos músculos com o sangue logo no início deste período, mais 10 minutos; 20 a 25 minutos de administração do anestésico inalatório. A partir deste ponto, a captação é feita essencialmente pelo compartimento gorduroso, no qual os agentes são geralmente muito solúveis e o tecido gorduroso pouco perfundido. Então este compartimento tem a característica de grande capacidade e longa saturação. Por esta razão, quanto mais gordo o indivíduo, maior será seu compartimento gorduroso e conseqüentemente mais longo seu período de saturação. Os volumes dos depósitos dos anestésicos inalatórios no organismo são dependentes da solubilidade dos agentes, da massa corporal (especialmente a gordurosa) e da duração da administração.

FARMACOCINÉTICA Eliminação Regressão da anestesia: FI < FA Células sangue alvéolo VAS Sistema Fatores que interferem nesse processo: Perfusão sanguínea Ventilação alveolar Duração de administração do anestésico inalatório Massa corporal do paciente Solubilidade do anestésico

FARMACODINÂMICA Mecanismo de ação Macroscópio: CÉREBRO: amnésia, inconsciência MEDULA ESPINHAL: imobilidade Microscópio: ligação à estrutura protêica e lipídica da membrana celular desorganização entropia celular Molecular: alteração no fluxo iônico bloqueio na propagação do potencial de ação

FARMACODINÂMICA SNC: Sistema Respiratório: Cardiovascular: inibição na percepção da sensibilidade vasodilatação PIC Sistema Respiratório: depressão dos centros respiratórios superiores(>1,5 CAM) levando à hipoventilação com PaCO2 Broncodilatação; isoflurano=irritação vias aéreas Cardiovascular: resistência vasc. sistêmica PA discreto efeito inotrópico negativo Útero: relaxamento Rim: fluxo plasmático filtração glomerular débito urinário Junção neuromuscular: relaxamento muscular Metabolismo: mínima biodegradação(sevo/desflur)

FARMACODINÂMICA Metabolização ISOFLURANO: é metabolizado cerca de 0,2% do que é captado. Sevoflurano: mínima biodegradação Praticamente sem toxicidade