Pedro Pita Barros Universidade Nova de Lisboa

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Transcrição da apresentação:

Pedro Pita Barros Universidade Nova de Lisboa Comentário a “Investimento empresarial e o crescimento da economia portuguesa” F Alexandre, P Bação, C Carreira, J Cerejeira, G Loureiro, A Martins e M Portela Pedro Pita Barros Universidade Nova de Lisboa

Diagnóstico Desde 2000: década e meia perdida no crescimento económico – “estagnação da produtividade total” Não foi por falta de investimento no período anterior – falta de retorno no investimento Desde 2001: queda no investimento produtivo Desde 2011: empresas voltam-se para os mercados externos

Diagnóstico (complementar) Baixa de taxas de juro com o euro: efeito riqueza nas famílias e no Estado Expectativa do euro ser fonte de crescimento – mas implicava crescimento da produtividade que não ocorreu – más escolhas de investimento, menos investimento depois Endividamento das empresas e familias e por fim resgate internacional

Os principais resultados Empresas mais dinâmicas: Expostas à concorrência internacional nos mercado externos Indústria transformadora Investem em I&D Afetar “recursos a projetos de elevado retorno” – Porque não se conseguiu aproveitar o investimento feito? Como evitar que volte a acontecer?

O que fazer?

Copo meio-cheio: as propostas Focar na qualidade do investimento Procurar investimento estrangeiro de grande dimensão (impacto à la Autoeuropa) (?) Manter/reforçar o esforço para competências mais adequadas nos recursos humanos, nomeadamente no emprego jovem Maior capacidade do mercado de trabalho gerar “encontros” trabalhador-empresa que tenham elevada produtividade

As propostas (mecanismos de reconversão técnica, identificação de novas profissões) Tributação empresarial competitiva a nível internacional (simplificação?) mas também nos rendimentos do trabalho Quadro fiscal estável Eliminar as empresas zombie (?) Novos mecanismos de financiamento das empresas

As propostas Ligação universidades – empresas (e com ambições para o mercado pelo menos europeu) Formação de gestores Promoção da concorrência em todos os sectores Por omissão (?) Não é o Estado a definir sectores estratégicos ou empresas estratégicas Não há uma necessidade de grandes investimentos públicos

Copo meio vazio: ideias para encher a outra metade Porque houve falta de retorno no investimento? Falta de qualidade na gestão das empresas portuguesas? (vale a pena explorar mais do que 5 linhas na página 134) Escolha errada de projetos? (poder de mercado faz projetos mais rentáveis privadamente não serem os mais rentáveis socialmente – poder de mercado em detrimento do crescimento da produtividade como fonte de lucro)

Outras ideias Sugestão “nerd”: modelo de classes latentes para determinantes de aumento de produtividade em resultado de investimento realizado (ou seja, não só saber as caracteristicas das empresas que investem mais, passar a conhecer o que favorece tornar o investimento em maior produtividade)

Outras ideias Existirá uma dimensão mínima para que o investimento em I&D produza efeitos? Qual a relação entre rentabilidade num período e investimento em I&D nos três ou cinco anos anteriores? Existe uma dimensão a partir da qual essa rentabilidade se manifesta? Implicação de política: apoiar I&D apenas de entidades empresariais acima dessa dimensão mínima

Outras ideias Existirá uma relação entre dimensão da empresa e capacidade de gerar retorno no investimento realizado? Existira uma dimensão mínima para que as empresas possam investir em projetos de maior retorno? (capacidade de gestão? Capacidade de selecionar projectos?) Implicação de política: apoios públicos condicionais a dimensão mínima dos candidatos (que podem ser em consórcio)

Outras ideias E sobre exposição a mercados internacionais, a vantagem vem do que é preciso fazer para estar nos mercados externos? Ou é suficiente estar exposto à concorrência internacional (que pode surgir pelas importações) Variável adicional: importações no sector

Outras ideias Empresas Zombie quantos recursos financeiros seriam libertados para investimento mais produtivo, se fossem eliminadas? Quantos trabalhadores teriam que procurar outro emprego? Implicações de politica: que mecanismo de eliminação de empresas zombie?

Outras ideias As diferenças geográficas são importantes – mas o que está na sua base? (bastará mudar uma empresa do Alentejo para o Porto para ela aumentar a sua produtividade?) Hipóteses: ecossistemas de inovação? Concentração de recursos (humanos)?

Quem lava os copos? Ou de outro modo, que medidas adicionais? Agregação de empresas para receberem apoio a investimento – criar dimensão mínima (?) Instrumentos que ajudem as empresas a avaliar se têm bons projetos (?) Apoios públicos condicionais a visão da empresa para o mercado europeu (?) Duas etapas: Mais investimento Saber aproveitar esse investimento em termos de aumento de produtividade