Introdução Os países participam do comércio internacional por três razões: O tamanho das economias e a distância entre mercados determinam as exportações.

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Produtividade do Trabalho e Vantagens Comparativas: O Modelo de Ricardo

Introdução Os países participam do comércio internacional por três razões: O tamanho das economias e a distância entre mercados determinam as exportações e importações. Eles diferem entre si em termos de clima, solo, capital, mão de obra, qualificação da mão de obra e tecnologia. Eles tentam alcançar economias de escala na produção. O Modelo Ricardiano é baseado nas diferenças tecnológicas entre os países. Estas diferenças tecnológicas se refletem em diferenças na produtividade da mão de obra.

O Conceito de Vantagens Comparativas Custo de Oportunidade O custo de oportunidade de produzir uma unidade a mais de alimentos (A) é a quantidade de produtos industriais (T) que terá que ser sacrificada para produzir esta unidade adicional de A. Vantagens Comparativas Um país tem VC na produção de um bem se o seu custo de oportunidade em produzir tal bem (em termos do outro bem) é menor neste país do que no resto do mundo.

O Conceito de Vantagens Comparativas Suponha que no Brasil 10 milhões de toneladas de A possam ser produzidas com a mesma quantidade de recursos que 100.000 de T. Suponha que na Argentina esta mesma quantidade de A possa ser produzida com a mesma quantidade de recursos, mas produziria somente 30.000 de T. No exemplo assume-se que o trabalhador argentino tenha uma produtividade menor que a do brasileiro na indústria.

O Conceito de Vantagens Comparativas Se cada país se especializar na produção do bem com o menor custo de oportunidade , o comércio internacional poderá ser vantajoso para ambos. Alimentos tem o menor custo de oportunidade na Argentina. Produtos industriais tem o menor custo de oportunidade no Brasil. Os ganhos do comércio podem ser vistos pela variação da produção nos dois países.

O Conceito de Vantagens Comparativas Mudanças na Produção

O Conceito de Vantagens Comparativas O princípio das vantagens comparativas: Se cada país exportar os bens nos quais tem vantagens comparativas (custos de oportunidade menores), então todos os países podem, em princípio, ter ganhos do comércio. O que determina as vantagens comparativas? As diferenças entre países determinam o padrão do comércio internacional (que bens cada país irá exportar).

Uma Economia de um Fator de Produção Existe um país (denominado local, ou economia doméstica). Nesta economia: A mão de obra é o único fator de produção. Somente dois bens (queijo e vinho) são produzidos. A oferta de mão de obra é fixa em cada país. A produtividade do trabalho em cada bem é fixa. Há concorrência perfeita em todos os mercados.

Uma Economia de um Fator de Produção A produtividade constante é explicitada pelo coeficiente unitário de mão de obra: O coeficiente de mão de obra é o número de horas necessárias para produzir uma unidade de produto. Seja aLV a quantidade de mão de obra por unidade de vinho (ex. se aLV = 2, então são necessárias 2 horas de trabalho para obter um litro de vinho). Seja aLQ o mesmo coeficiente para queijo (ex. se aLQ = 1, então é necessária uma hora de trabalho para produzir um quilo de queijo).

Uma Economia de um Fator de Produção A disponibilidade total de fatores é definida por L, a oferta total de mão de obra ( Se L = 120, então esta economia tem 120 homens hora ou 120 trabalhadores).

Uma Economia de um Fator de Produção Possibilidades de Produção A Curva de possibilidades de produção (CPP) de uma economia mostra a produção máxima de um bem (por ex. vinho) que pode ser obtida para uma dada quantidade do outro bem (queijo). A CPP da economia é dada pela seguinte equação: aLQQQ + aLVQV ≤ L Utilizando-se o exemplo anterior, segue-se que: QQ + 2QV = 120

Uma Economia de um Fator de Produção CPP Produção doméstica de vinho, QV , em litros Produção doméstica de queijo, QQ , em quilos O valor absoluto da declividade é igual ao custo de oportunidade do queijo em termos de vinho. ( aLQ/aLV) F P L/aLV +1 L/aLQ

Uma Economia de um Fator de Produção Custo de Oportunidade de Uma Unidade Adicional de Q: aLQQQ + aLVQV = L; diferenciando esta relação, obtém-se: aLQ dQQ + aLV dQV = 0; fazendo dQQ = 1 - dQV = aLQ /aLV

Uma Economia de um Fator de Produção Preços Relativos e Oferta A curva de possibilidades de produção mostra o que a economia pode produzir. A produção de cada bem é determinada pelos preços. O preço relativo do bem X (queijo) em termos do bem Y (vinho) é a quantidade de Y (vinho) que deve ser trocada por uma unidade do bem X (queijo).

Uma Economia de um Fator de Produção Preço Relativo de Q: PQQQ + PVQV = Y; Y = valor da produção nacional; Diferenciando a relação anterior: PQ dQQ + PV dQV = 0; - dQV =(PQ / PV) dQQ fazendo dQQ = 1 - dQV =(PQ / PV)

Uma Economia de um Fator de Produção Sejam: PQ o preço em R$ do queijo e PV o preço em R$ do vinho. Sejam: wV o salário horário em R$ no setor de vinho e wQ o salário horário em R$ no setor de queijos. Em concorrência perfeita, a condição de lucro não negativo implica em: Se PV / aLV < wV , então QV = 0. Se PV / aLV = wV , então QV > 0. Se PQ / aLQ < wQ , então QQ = 0. Se PQ / aLQ = wQ , então QQ > 0.

Produção, Preços e Salários Devido à concorrência: O salário horário no setor Q é igual ao valor de mercado da produção por hora: PQ /aLQ Os trabalhadores produzirão no setor que pagar o maior salário horário. Se PQ / aLQ > PV / aLV os trabalhadores produzirão somente Q.

Uma Economia de um Fator de Produção As relações anteriores implicam que se o preço relativo do queijo ( PQ / PV ) for maior que seu custo de oportunidade (aLQ / aLV ), então a economia local se especializará na produção de queijo. O salário é maior em Q e ninguém trabalhará no setor V. Se a economia desejar consumir os dois bens, em autarquia, deverá pagar o mesmo salário nos dois setores e o preço relativo será igual ao custo de oportunidade. Na ausência de comércio internacional, os dois bens serão produzidos, e portanto: PQ / PV = aLQ /aLV = W

O Comércio em um Mundo de Um Fator Hipóteses do modelo: Existem dois países no mundo (Local e o Resto do Mundo); Cada país produz dois bens: vinho e queijo; O trabalho é o único fator de produção; A oferta do fator trabalho é fixa em cada país; A produtividade do fator trabalho é fixa; Não há mobilidade internacional de mão de obra, nem custos de transporte; A concorrência é perfeita em todos os mercados; Todas as variáveis com o símbolo (*) representam o Resto do Mundo.

O Comércio em um Mundo de Um Fator Vantagens Absolutas: Um país tem uma vantagem absoluta na produção, se o seu custo unitário de mão de obra for menor do que o do resto do mundo, em todos os bens. Suponha que: a LQ < a*LQ e a LV < a*LV Esta hipótese implica que o país local é mais produtivo na produção dos dois bens que o RDM. Mesmo que o país local tenha vantagem absoluta nos dois bens, há vantagens no comércio internacional. O padrão do comércio será determinado pelo princípio das vantagens comparativas.

O Comércio em um Mundo de Um Fator Um país pode ser mais eficiente na produção dos dois bens, mas terá uma vantagem comparativa somente em um único bem: aquele que usa de forma mais eficiente os seus recursos (menor custo de oportunidade), comparado ao uso alternativo na produção do outro bem em outro setor.

aLQ /aLV < a*LQ /a*LV Vantagem Comparativa Assumindo que: aLQ /aLV < a*LQ /a*LV Esta hipótese implica que o custo de oportunidade do queijo em termos de vinho é menor na economia local do que no RDM. A economia local pode aumentar a produção de Q sacrificando menos a produção de V, quando comparado com o RDM. Em outras palavras, na ausência de comércio, o preço relativo do queijo é menor na economia local do que no RDM. O país local tem vantagens comparativas em queijo e exportará queijo em troca por vinho.

O Comércio em um Mundo de Um Fator Fronteira de possibilidades de produção do RDM Produção do RDM de vinho, Q*V , em litros Produção do RDM de queijo, Q*Q , em quilos F* P* L*/a*LV +1 L*/a*LQ

O Comércio em um Mundo de Um Fator Determinação do Preço Relativo com Comércio O preço relativo (PQ / PV ) com comércio depende da: Oferta e da demanda relativa por queijo no mundo como um todo. A Oferta relativa de queijo é a quantidade de queijo ofertada pelos dois países, a cada nível de preço relativo, dividida pela quantidade de vinho ofertada: (QQ + Q*Q )/(QV + Q*V ). A demanda relativa de queijo é um conceito semelhante: a demanda relativa de queijo diminui com o aumento do preço relativo do produto.

A Oferta Relativa Não há oferta de Q se o preço relativo de Q for menor que aLQ / aLV Os dois países se especializarão em V, por que o preço relativo de Q é menor que o custo de oportunidade. Quando PQ / PV = aLQ / aLV os trabalhadores do país local recebem o mesmo salário nos dois setores e produzirão os dois bens. O RDM produzirá somente V.

A Oferta Relativa Quando PQ / PV > aLQ / aLV o país Local se especializa em Q e o RDM em V (segmento vertical). Quando PQ / PV > a*LQ / a*LV , os dois países especializam-se na produção de Q.

Oferta e Demanda Relativa Mundial O Comércio em um Mundo de Um Fator Oferta e Demanda Relativa Mundial Preço Relativo do queijo, PQ /PV Quantidade Relativa De queijo, QQ + Q*Q QV + Q*V DR a*LQ / a*LV OR 1 DR' 2 aLQ / aLV Q' L/aLQ L*/a*LV

Os Ganhos do Comércio Internacional Se os países se especializarem de acordo com suas vantagens comparativas, ambos ganham com o comércio internacional. Cada país se especializa no produto que usa os fatores de produção de forma mais eficiente. No país local, os trabalhadores tem aumento de renda, pois PQ sobe com o comércio internacional. O mesmo acontece com o RDM. Isto pode ser visto de duas maneiras: comércio pode ser entendido como uma nova maneira de produzir bens e serviços ou como uma forma de ampliar as opções de consumo do país.

O Comércio em um Mundo de Um Fator Uma maneira de explicitar os ganhos do comércio pode ser visto pela forma como o comércio afeta o consumo em cada um dos países. A fronteira de possibilidades de consumo explicita o máximo de consumo que um país atinge de um dos bens, fixada a quantidade consumida do outro bem. Na ausência de comércio, a curva de possibilidades de consumo coincide com a curva de possibilidades de produção. O comércio amplia as possibilidades de consumo nos dois países, porque aumenta a produção mundial. O mundo usa os recursos de forma mais eficiente.

O Comércio amplia as Possibilidade de Consumo O Comércio em um Mundo de Um Fator O Comércio amplia as Possibilidade de Consumo Quantidade de vinho, Q*V Quantidade queijo, Q*Q Quantidade de vinho, QV queijo, QQ T P* F* T* F P (a) Local (b) RDM

O Comércio em um Mundo de Um Fator O país Local é mais eficiente nos dois bens, mesmo assim existem vantagens do comércio internacional Necessidades de Mão de Obra por Unidade de Produto aLQ / aLV = 1/2 < a*LQ / a*LV= 2 Em equilíbrio, o preço relativo do queijo precisa estar entre estes dois valores. Assuma que PQ /PV = 1

O Comércio em um Mundo de Um Fator O exemplo anterior implica que: aLQ / aLV = 1/2 < a*LQ / a*LV = 2 Em equilíbrio, o preço relativo do queijo precisa estar entre estes dois valores. Assuma que PQ /PV = 1 quilo de queijo por litro de vinho. Os dois países especializam-se e passam a ter ganhos decorrentes desta especialização. Considere o país local, que pode obter mais vinho por maio da produção doméstica ou produzindo queijo e trocando por vinho.

O Comércio em um Mundo de Um Fator Na economia doméstica pode se utilizar uma hora de trabalho para produzir 1/aLV = 1/2 litro de vinho – na ausência de comércio. Alternativamente, ele pode usar uma hora de trabalho para produzir 1/aLQ = 1 quilo de queijo, vender esta quantidade para o RDM, e obter 1 litro de vinho.

O Comércio em um Mundo de Um Fator Na ausência de comércio, o RDM pode utilizar uma unidade de mão de obra para produzir 1/a*LQ = 1/6 de quilo de queijo usando sua própria tecnologia. Com comércio, o RDM pode usar uma unidade de mão de obra para obter 1/a*LV = 1/3 litro de vinho. Como o preço mundial de vinho é PV / PQ = 1 quilo de queijo por litro de vinho, o RDM pode obter 1/3 quilo de queijo que é maior que 1/6 quilo.

O Comércio em um Mundo de Um Fator Salários Relativos: Como existem diferenças tecnológicas entre os países, o comércio internacional não equalizará os salários dos dois países. O país que tiver vantagens absolutas nos dois bens terá o maior salário depois do comércio.

Salários Relativos

Concepções Equivocadas sobre Vantagens Comparativas Produtividade e Competitividade: Mito 1: O livre comércio é benéfico somente se o país é suficientemente forte para enfrentar a concorrência externa. Este argumento desconsidera que o comércio seja baseado no conceito de vantagens comparativas e não em vantagens absolutas.

Concepções Equivocadas sobre Vantagens Comparativas O Argumento do Empobrecimento do Trabalho: Mito 2: A concorrência externa é desleal e prejudica outros países, quando baseada em salários baixos. O exemplo indica que o RDM tem salários menores, mas mesmo assim ambos ganham com o comércio. O relevante é a vantagem comparativa. (argumento utilizado por sindicatos em países ricos).

Concepções Equivocadas sobre Vantagens Comparativas Exploração: Mito 3: O comércio piora a situação dos trabalhadores em países com salários mais baixos. Na ausência de comércio, estes trabalhadores estarão em uma situação pior. Elilminar o comércio significa condenar os pobres a continuar no mesmo nível de renda.

Vantagens Comparativas com Muitos Bens Construção do Modelo: Os dois países consomem e podem produzir um grande número, N, de bens. Ordenam-se os bens de acordo com a produtividade relativa da mão de obra. Salários Relativos e Especialização: O padrão de comércio depende da relação de salários entre o país Local e o RDM. Os bens serão sempre produzidos no país com o menor custo. Será mais barato produzir o bem i no país Local se w aLi < w*a*Li , ou rearranjando termos, se: a*Li /aLi > w /w*

Vantagens Comparativas com Muitos Bens Necessidade de Trabalho por Unidade de Produto

Vantagens Comparativas com Muitos Bens Que bens cada país produzirá? Um país terá uma vantagem de custo em qualquer bem para o qual sua produtividade relativa seja maior que o salário relativo, e o outro país terá vantagens nos outros bens. se, por exemplo, w/w* = 3, o país Local produzirá maça, banana e caviar e o RDM produzirá damasco e espinafre. Os dois países ganham com o comércio internacional.

Custos de Transporte e Bens não Comercializáveis Existem três razões para que a especialização internacional não seja completa: A existência de mais de um fator de produção. Os países protegem algumas indústrias da concorrência estrangeira. Existem custos de transporte. A introdução de custos de transporte pode transformar alguns bens em não comercializáveis. Em alguns casos o transporte é impossível, ou proibitivo. Exemplos: Serviços como cabelereiro e de oficinas mecânicas não podem ser comercializáveis internacionalmente.

Evidência Empírica do Modelo de Ricardo O modelo de Ricardo prevê que os países exportarão bens para os quais a produtividade relativa é alta. A evidência empírica sugere que sim: a exportação relativa dos USA com relação à inglesa é explicada pela diferença de produtividade relativa entre os dois países. Os USA tinham vantagens absolutas em todos os 26 setores industriais, mas as exportações eram relativamente menores nos setores menos produtivos dos USA. O importante são as vantagens comparativas.

Evidência Empírica do Modelo de Ricardo Produtividade e Exportações – Balassa (1963) Relação entre exportações dos USA/Inglaterra Relação entre produtividade dos USA/Inglaterra

Evidência Empírica do Modelo de Ricardo

Limitações do Modelo de Ricardo 1. Especialização total 2. Não há efeitos sobre a distribuição de renda 3. Não contempla a dotação de fatores influenciando os padrões de comércio internacional. 4.Não existe o efeito escala.