Caso Clínico Paciente homosexual sem proteção procurou posto de saúde com história de 3 meses: febre irregular, tosse seca, emagrecimento (8 kg), anorexia,

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
SÍNDROMES PULMONARES II
Advertisements

Identificação: CARF, 20 anos, pardo, natural e procedente de MG, agricultor, solteiro e católico. QD: Encaminhado de serviço médico local por apresentar.
Encefalomielite Disseminada Aguda
Liga Acadêmica do Trauma e Emergências Médicas
Esofagites Infecciosas
Universidade Federal da Paraíba
Caso clínico Identificação: M.N.L., 06 anos, sexo feminino, residente em Salvador-Ba, data de nascimento 26/12/2003, peso: 24kg. História da doença atual:
Reunião científica SPTDT 11/09/12
Anamnese DIH: 11/05/09 Identificação: D.C.S., 55 anos, natural da Bahia, procedente da Ceilândia, auxiliar de serviços gerais. QP: Febre, calafrios e sudorese.
Caso clínico 3  Identificação:
Caso clínico 2 Identificação:
ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA RESPIRATÓRIA
SEMINÁRIO CIRURGIA 4º ANO Regente: Prof. Doutor M. Cardoso de Oliveira
Natália Silva Bastos Ribas R1 pediatria/HRAS
Mariana Bruinje Cosentino
Mariana Bruinje Cosentino
CONSTRUÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE NANDA
Manifestações Pulmonares nos pacientes com HIV/AIDS
Relato de Caso Bruna B. Medeiros.
Mariana Bruinje Cosentino
A criança internada na Unidade Intermediária
INFECÇÃO PELO HIV.
Casos Clínicos Antibióticos
História Natural da Infecção HIV
Acidente Vascular Encefálico Caso Clínico
Reunião Mensal Anátomo-Patológica
Caso clínico de Neurologia
CASO CLÍNICO Hospital Infantil João Paulo II 09/01/2013
IV Simpósio da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro
Tá olhando o que!? Caso Clínico.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias Disciplina de Doenças Infecciosas.
Caso Clínico 2 Módulo de Atenção a Criança e ao adolescente
Vírus da imunodeficiência adquirida
CASO CLÍNICO: Meningites
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
CASO CLÍNICO Relatório de Admissão- UTI Adulto
Doença Inflmatória Intestinal
CASO CLÍNICO Neurologia infantil Doenças DESMINIELIZANTES
Caso Clínico.
Saulo da Costa Pereira Fontoura
Caso Clínico: Convulsão Febril
Sessão Clínica Pneumologia
Caso Clínico Síndrome do Lactente Sibilante
Caso clínico 1 Menina de 6 anos de idade é atendida no Posto de saúde com história de disúria e polaciúria há 2 dias. Nega febre. ISDA: obstipação; corrimento.
Diabetes Insípidus e SSIADH Caso clínico 1
Crise Convulsiva Febril
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
Saulo da Costa Pereira Fontoura
Hospital Santo Antônio
Saulo da Costa Pereira Fontoura R2 Clínica Médica
Caso Clínico 1 Diagnóstico Diferencial dos Derrames pleurais
Prof. Ana Veronica Mascarenhas
Diagnóstico de Diferencial das Cefaléias e Algias Cranianas
Hérica Barra de Souza Residente de Reumatologia do Hospital Heliópolis
Diarréia Aguda Aumento no número de evacuações
Caso Clínico GEMECS Ronaldo Rezende Jordão Neto Tatiane Benedita
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS
HIV Infecção oportunista
“CASO CLÍNICO” MONITORIA DE CLÍNICA MÉDICA
CRIPTOCOCOSE Cryptococcus neoformans. Criptococose Agente etiológico: Cryptococcus neoformans (levedura) ‏ C.neoformans variedade grubii (sorotipos A);
SINAN Caso Clínico Elisa Trino de Moraes Fernanda R. Canteli Nathália dos Reis de Moraes.
História Natural da Infecção por HIV
Docente : Kátia Cristine de Carvalho
HIV/AIDS Prof. Ana Veronica.
Prof. Dra. Ana Cecilia Sucupira Novembro 2008
Elane Sousa - R1 Acupuntura Saulo Alencar – R1 Clínica Médica Joaquim e Rita - R2 Clínica Médica Maria – R3 Clínica Médica Dr. Clésio e Dr. Daniel Kitner-
PATOLOGIA NASOSINUSAL
Transcrição da apresentação:

Caso Clínico Paciente homosexual sem proteção procurou posto de saúde com história de 3 meses: febre irregular, tosse seca, emagrecimento (8 kg), anorexia, astenia, queda discreta de cabelos e diarréia. Ao exame clínico, paciente descorado +/4+, monilíase oral pele sêca e descamativa, dermatite saboreica importante, gânglios palpáveis em todas as cadeias (1 cm, móveis e indolores), taquicárdico, ausculta normal, abdome NL.

Caso - continuação Encaminhado ao HB, internado, coletados os segintes exames. RX NL PPF NL EDA NL Conduta

CENÁRIO 1 Paciente de 45 anos sabidamente HIV positivo há 5 anos, sem tratamento antirretroviral ou acompanhamento ambulatorial regular , refere diarréia líquida, mais de 10 episódios diários, sem muco, pus ou sangue, há 2 meses, intermitentes. Refere emagrecimento de cerca de 20 kg no período. Queixa-se também de dificuldade de se alimentar, inicialmente devido a hiporexia e atualmente devido a disfagia. Último CD4 há 6 m 280.

CENÁRIO 1 - Continuação Ao exame: paciente caquético, hipocorado 2+/4+, hipohidratado 3+/4+, com dermatite seborreica e leucoplasia pilosa, discreta candidiase oral. PA=90x60mmHg, FC=130 bpm, FR=25 rpm, Tax=36,2C. Discreta dor a palpação no epigastrio. Restante do exame físico sem alterações. Cite 6 hipóteses diagnósticas para o quadro de diarréia, discuta.

CENÁRIO 1 - Continuação Isosporíase Criptosporidíase Parasitose – estrongiloidíase, giardíase Infecção bacteriana Enteropatia pelo HIV Colite por CMV

CENÁRIO 1 - Continuação Cite 3 hipóteses diagnósticas para o quadro de disfagia, indicando qual a mais provável e o porquê. Monilíase esofágica Esofagite por CMV Esofagite por HSV

CENÁRIO 1 - Continuação Quais exames complementares estão indicados tanto para a abordagem diagnóstica quanto para o manejo terapêutico adequado do paciente? Diarréia PPF Coprocultura Colonoscopia (se exames iniciais negativos) Odinofagia EDA (após teste terapêutico com fluconazol) Função renal, eletrólitos

CENÁRIO 1 - Continuação Quais as condutas terapêuticas indicadas para as hipóteses diagnósticas citadas? Hidratação venosa vigorosa/correção de distúrbio hidroeletrolítico Candidose esofagiana: fluconazol Esofagite por CMV: ganciclovir Esofagite por HSV: aciclovir Isosporíase: cotrimoxazol Criptosporíase: tratamento antiretroviral

CENÁRIO 2 Paciente do sexo masculino, 37 anos, branco, jornalista, apresenta há cerca de 20 dias tosse seca, alguns episódios de febre, desconforto torácico, perda ponderal de cerca de 5kg, prostração e dispnéia progressiva, inicialmente a grandes esforços e atualmente a pequenos esforços. Refere parceiro anterior portador de HIV.

CENÁRIO 2 - Continuação Ao exame: lúcido e orientado no tempo e no espaço, taquipnéico, FR=40 rpm, PA=120x70mmHg, Tax=38,5°C, P=128 bpm, hipocorado +/4+, eczema seborreico em face, candidíase oral, micropoliadenopatia cervical indolor, pulmões limpos. Precordio hiperdinâmico, RDR sem sopros. Abdome sem alterações. Pequenas placas cutâneas violáceas, infiltradas, de cerca de 1 a 2cm de diâmetro, em tórax e MMSS, num total de 7 lesões.

CENÁRIO 2 - Continuação Quais os diagnósticos sindrômicos deste paciente? Sd. Respiratória I. Respiratoria aguda S. Kaposi AIDS

CENÁRIO 2 - Continuação Quais exames complementares estão indicados tanto para a abordagem diagnóstica quanto para o manejo terapêutico adequado do paciente? Gasometria arterial – Verficar saturação de O2 pH=7,51 pCO2=28,6 pO2=66,4 HCO3=22,8 SatO2=92,7 BE=+2,7 Leucócitos 3.600, 3% bastões 70% Seg 20% linfócitos 7% mono Htc = 28% Hb=9,9g/dl plaquetas=367.000 RX de tórax

RX – infiltrado intersticial difuso

CENÁRIO 2 - Continuação Quais exames complementares estão indicados tanto para a abordagem diagnóstica quanto para o manejo terapêutico adequado do paciente? Gasometria arterial – Verficar saturação de O2 pH=7,51 pCO2=28,6 pO2=66,4 HCO3=22,8 SatO2=92,7 BE=+2,7 RX de tórax DHL - elevado em doenças intersticiais. Se maior que 1000, muito sugestivo de PCP DHL =722 Sorologia para HIV-BX de lesão

CENÁRIO 2 - Continuação Quais as principais hipóteses diagnósticas para o caso? Cite o diagnóstico diferencial. SIDA + pneumocistose pulmonar Doença fúngica disseminada Sarcoma de Kaposi com acometimento pulmonar Outras etiologias (intersticial) Qual a conduta para se chegar ao diagnóstico etiológico?

CENÁRIO 2 - Continuação TC de tórax Pesquisa de P. jiroveci no escarro, escarro induzido, LBA (p.ex. imunofluorescência) Pesquisa de BAAR (dx diferencial) Broncoscopia

CENÁRIO 2 - Continuação Qual a conduta terapêutica deve ser implementada de imediato, com base nos exames já disponíveis? Decubito-Oxigenoterapia-Fisioterapia Sulfametoxazol + trimetoprim Corticóide Fluconazol – candidose oral Suporte

CENÁRIO 3 Paciente do sexo feminino, parceiro HIV +, 31 anos, apresenta há 20 dias cefaléia holocraniana de intensidade crescente, formigamento do MSD, sem alteração do nível de consciência. Foi trazida pelos familiares à emergência após crise convulsiva generalizada há 2 horas, onde foi constatado ao exame físico: Paciente sonolenta, porém responsiva aos comandos verbais, desorientada no tempo e no espaço.

CENÁRIO 3 - Continuação Hipocorada +/4+, hipohidratada 2+/4+, anictérica, acianótica, taquipneica e afebril. Candidose oral exuberante. Discreto deficit MSD, sem irritação meníngea ao exame físico. Pulmões limpos, aparelho cardio-vascular e abdome sem alterações. PA=180x100mmHg, P=120bpm, FR=25 rpm, Tax=37ºC.

CENÁRIO 3 - Continuação Quais as síndromes neurológicas são identificadas nesse quadro? Síndrome de hipertensão intracraniana Síndrome de irritação meníngea Meningoencefalite AIDS Quais seriam suas principal hipóteses diagnósticas?

CENÁRIO 3 - Continuação SHIC Outras menigite criptocócica Menigite tuberculosa Síndrome de irritação meníngea Meningoencefalite Neurotoxoplasmose HSV Outras Linfoma primário do SNC Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) Neurossífilis Cite a conduta diagnóstica apropriada

CENÁRIO 3 - Continuação TC de crânio com e sem contraste – excluir lesão expansiva Punção lombar: análise de LCR Celularidade global e específica Exame direto e cultura para bact., fungos e MB T. China para C. Neoformans VDRL outros Sorologia para HIV Sorologia para toxoplasmose Outros

TC com contraste e RNM T1 - NTX

CENÁRIO 3 - Continuação TC de crânio com e sem contraste – excluir lesão expansiva Punção lombar: análise de LCR Celularidade global e específica Exame direto e cultura para bact., fungos e MB T. China para C. Neoformans VDRL outros Sorologia para HIV Sorologia para toxoplasmose Outros

CENÁRIO 3 - Continuação Toxoplasmose cerebral: Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico Manitol para controle da HIC, corticoide Meningite criptocócica: anfotericina B Meningite tuberculosa: RHZ + corticóide Fluconazol para candidose oral (não é necessário se iniciar anfo B)