Terapia Cognitiva Focada nos Esquemas

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Transcrição da apresentação:

Terapia Cognitiva Focada nos Esquemas Segundo Jeffrey Young, PhD Profa. Ms. Eliana Melcher Martins Mestrado pelo Depto. de Psicobiologia da Unifesp Doutoranda pelo Depto. de Psiquiatria da Unifesp Especialista em Medicina Comportamental e Terapia Cognitivo-Comportamental Psicóloga Clínica

Jeffrey E. Young, o cara Professor do Depto. de Psiquiatria da Columbia University Fundador do Centro de Terapia Cognitiva de Nova York e Connecticut. Fundador do Instituto de Terapia do Esquema, em Nova York Diversos trabalhos com Aaron Beck e outros pesquisadores da Terapia Cognitiva

Bibliografia Terapia do Esquema – Guia de Técnicas Cognitivo-Comportamentais inovadoras, Artmed – 2008, 368 pags. Terapia Cognitiva para Transtornos da Personalidade: Uma abordagem focada no Esquema, Artmed – 2003, 88 pags. (Esgotado)

Definição Teoria que integra e unifica Elaborada para tratar uma série de dificuldades emocionais arraigadas, em indivíduos e casais Com origens significativas no desenvolvimento durante a infância e adolescência Combina modelos cognitivos-comportamentais de apego Gestalt psicodinâmicos e focados na emoção

Modelos Psicodinâmicos Exploração das origens na infância Foco na Relação Terapêutica Reparação Parental Limitada Confrontação Empática Enfatiza o insight e o processamento do trauma Transferência e Contratransferência Estrutura da personalidade

Terapia do Esquema Posição ativa do terapeuta X neutralidade do psicanalista Não se baseia em pulsões sexuais e agressivas instintivas Baseia-se nas necessidades emocionais fundamentais Na coerência cognitiva Mecanismos de defesa X estilos de enfrentamento Terapeuta mais passivo X integrador ( Técnicas de imagens e dramatizações – tarefa de casa )

Teoria do Apego de Bowlby/Ainsworth Apego Evitador - evita a mãe - chorar não adianta - não pede socorro Fica aflita e disfarça Finge que não sofre Reprime suas necessidades emocionais Mães pouco sensíveis não tem certeza se a mãe está ou não Pais viajam muito

Teoria do Apego de Bowlby/Ainsworth Apego Ansioso Ambivalente - bebês dependentes - ansiosos - agarram-se mais choram muito c/separação bravas com a volta da mãe amor e raiva - mistura quero e ignoro

Teoria do Apego de Bowlby/Ainsworth Apego Seguro - Amigáveis com a mãe - Exploram o ambiente estranho - Aliviam-se com a reunião - Na volta deixam-se consolar

Outras influências Cognitivo-analítica de Ryle Aspectos educativos e ativos da cognitiva e relações objetais – ênfase na intelectual Terapia focada na emoção de Leslie Greenberg – reconhecer, expressar, verbalizar emoções e acessar recursos internos (Técnica da Cadeira Vazia) Tratamento de dificuldades emocionais arraigadas (eixo 2 do DSM IV) Amplia a Terapia Cognitivo-Comportamental

CONCEITOS BÁSICOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL   O indivíduo interage com o mundo externo e constrói significados que alicerçam seus sistemas de crenças   indivíduo significado meio crenças emoções   Comportamento

Crença Central   Crença Intermediária     Situação     Pensamento Automático     Reações: emocional comportamental fisiológica

Da TCC à Terapia dos Esquemas TCC eficaz para transtornos do eixo 1 20 sessões: redução dos sintomas formação de habilidades solução de problemas atuais Pesquisas – índices altos de recidivas Problemas com a TCC: 1- Pacientes não se livram dos sintomas ao término da terapia 2- Resolvem os problemas do eixo 1 e tem como foco os problemas caracterológicos 3 - TCC sem 1 problema específico como alvo Problemas vagos e difusos. Não há desencadeadores claros: Problemas caracterológicos Dificuldades nos relacionamentos em geral

Exemplos Paciente com Agorafobia: Livra-se dos sintomas do transtorno (respiração e exposição gradual) mas pode recidivar se não for tratado seu esquema de dependência e vulnerabilidade Paciente com TOC Pode livrar-se dos sintomas do transtorno, mas pode precisar tratar um esquema de defectividade, pois com a doença afastou-se do mundo

Quando a TCC não funciona Pacientes não acessam pensamentos e emoções, parece não terem contato com eles Desenvolvem evitação cognitiva e afetiva Bloqueiam pensamentos e imagens perturbadores Evitam as próprias memórias e seus sentimentos negativos Evitam olhar fundo dentro de si mesmos Evitam o avanço Evitação aprendida = reforço = redução de sentimentos negativos

Pressupostos da TCC Mudança de Comportamento através: Prática da análise empírica Discurso lógico Experimentação Exposição Gradual Repetição Os pacientes caracterológicos sabotam essa iniciativas

Pacientes com transtorno de personalidade Difíceis de mudar Inflexíveis/Rígidos Problemas são parte de sua identidade Problemas egossintônicos Agressivos em relação à mudança

Relação Terapêutica Não costuma ser trabalhada na TCC Dificuldade destes pacientes em fazer vínculo desde cedo Não confiam no terapeuta (borderline, dependente) para uma relação segura Narcisista, paranoide, esquizoide ou obssessivo-compulsivo são desconectados ou hostis Problemas-alvo prontamente discerníveis Estes pacientes apresentam problemas difusos: relacionamento ansioso, não conseguem atingir o potencial desejado no trabalho, sensação de a vida ser um vazio

Terapia do Esquema Enfatiza aspectos caracterológicos e não só os sintomas Eficaz nos tratamentos de: depressão ou ansiedade crônicas transtornos alimentares problemas difíceis de casal dificuldades de relacionamentos íntimos satisfatórios Ajuda criminosos Evita recaídas entre usuários de álcool e drogas

O que é um Esquema? Padrão imposto à realidade ou à experiência Ajuda o indivíduo a explicar essa experiência Media a percepção e guia suas respostas A Psicologia Cognitiva define-o como plano cognitivo abstrato – interpreta e soluciona problemas Necessidade de coerência cognitiva = manter a visão estável de si e do mundo, mesmo que seja imprecisa e distorcida Beck – princípio organizativo amplo para se entender a própria experiência

Um esquema pode ser: Adaptativo Desadaptativo Formado na infância ou posteriormente Esquemas nocivos podem estar no centro da formação de um transtorno de personalidade, problemas caracterológicos mais leves ou os do eixo 1 Há esquemas remotos e posteriores

Necessidades Centrais na Infância Segurança “Base Estável”, Previsibilidade Amor, Carinho e Atenção Aceitação e Elogio Empatia Limites Realistas Validação de Sentimentos, Necessidades

Esquemas e necessidades durante o Desenvolvimento Os esquemas iniciais desadaptativos se desenvolvem quando necessidades centrais e específicas não são atendidas na infância - Questionário de Estilos Parentais

Objetivo amplo da Terapia Focada nos Esquemas Ajudar os pacientes a terem suas necessidades centrais atendidas De uma maneira adaptativa Através da mudança de esquemas desadaptativos estilos de enfrentamento modos

Definição de um Esquema Inicial Desadaptativo Um tema ou padrão amplo e difuso Compreende memórias, emoções e cognições Quanto a si mesmo e aos relacionamentos com os outros Desenvolvido durante a infância ou adolescência, e elaborado durante toda a vida da pessoa Disfuncional em um grau significativo

18 Esquemas Iniciais Desadaptativos Abandono Fracasso Desconfiança e Abuso Subjugação Privação Emocional Auto-Sacrifício Dependência Padrões Inflexíveis Vulnerabilidade Negativismo Emaranhamento Merecimento Defectividade Auto-Controle Insuficiente Isolamento Social Inibição Emocional Busca de Aprovação Punição

Desconexão e Rejeição Neste grupo há a expectativa de que as necessidades de segurança, estabilidade, carinho, empatia, compartilhamento de sentimentos, aceitação e respeito não serão atendidas de uma maneira previsível. A família de origem é normalmente desligada, fria, rejeitadora, refreadora, solitária, explosiva, imprevisível ou abusiva.

Desconexão e Rejeição Abandono/Instabilidade (AB) Desconfiança/Abuso (DA) Privação Emocional: Carinho, Empatia,Proteção (PE) Defectividade/Vergonha(DV) Isolamento Social/Alienação (IS)

Autonomia e Desempenho Prejudicados Neste grupo há a expectativa sobre si mesmo e o ambiente que interferem em sua capacidade percebida de se separar, sobreviver, funcionar de modo independente ou ter bom desempenho. A família de origem normalmente é emaranhada, mina a confiança da criança, é superprotetora ou falha em dar reforço à criança para ter desempenho competente fora da família.

Autonomia e Desempenho Prejudicados Dependência/Incompetência (DI) Vulnerabilidade a Danos e Doenças (VD) Emaranhamento/Self Subdesenvolvido (EM) Fracasso (FR)

Limites Prejudicados Neste grupo há a deficiência em limites internos, responsabilidade com os outros ou orientação para metas de longo prazo. Leva à dificuldade de respeitar os direitos dos outros, cooperar com os outros, assumir compromissos ou estabelecer e satisfazer metas pessoais não realistas. A família de origem normalmente caracteriza-se pela permissividade, excesso de indulgência, falta de direcionamento ou um sentimento de superioridade, ao invés de confrontação, disciplina e limites apropriados em relação a assumir responsabilidades, cooperar de maneira recíproca e estabelecer metas. Em alguns casos, a criança pode não ter sido pressionada para tolerar níveis normais de desconforto ou não ter recebido supervisão, direcionamento ou orientação adequados.

Limites Prejudicados Merecimento/Grandiosidade (ME) Autocontrole/Autodisciplina Insuficientes (E)

Orientação para o outro Neste grupo há um enfoque excessivo nos desejos, sentimentos e respostas dos outros, às custas das próprias necessidades, a fim de obter amor e aprovação, manter o sentimento de conexão ou evitar retaliação. Normalmente envolve supressão e falta de consciência da própria raiva e das inclinações naturais. A família de origem normalmente baseia-se na aceitação condicional: crianças devem suprir aspectos importantes de si mesmas a fim de obter amor, atenção e aprovação. Em muitas dessas famílias, as necessidades emocionais e desejos – ou aceitação e status social – dos pais são mais valorizados do que as necessidades e sentimentos singulares de cada criança.

Orientação para o outro Subjugação (SB) Das Necessidades Das Emoções Auto-Sacrifício (SS) Busca de Aprovação/de Reconhecimento (AS)

Supervigilância e Inibição Neste grupo há ênfase excessiva na supressão dos sentimentos, impulsos e escolhas espontâneas da pessoa ou na obediência a regras e expectativas internalizadas rígidas quanto ao desempenho e comportamento ético – geralmente às custas da felicidade, auto-expressão, relaxamento, relacionamentos íntimos ou saúde. A família de origem normalmente é severa, exigente e, às vezes, punitiva: desempenho, dever, perfeccionismo, obediência às regras, esconder emoções e evitar erros predominam sobre o prazer, a alegria e o relaxamento. Normalmente existe uma propensão ao pessimismo e à preocupação – de que as coisas poderiam desmoronar se a pessoa não conseguir ser vigilante e cuidadosa o tempo todo.

Supervigilância e Inibição Negativismo/Pessimismo (NP) Inibição Emocional (IE) Inibição da raiva e agressão Inibição dos impulsos positivos Dificuldade de expressar vulnerabilidade ou comunicar livremente os próprios sentimentos Ênfase excessiva na racionalidade Padrões Inflexíveis/Crítica Exagerada (US) Perfeccionismo Regras rígidas Preocupação com tempo e eficiência Caráter Punitivo (CP)

Origens dos Esquemas Experiências negativas na infância e adolescência Temperamento Inato Influências culturais (etnia, situação socioeconômica, religião, etc.)

Aquisição dos Esquemas Frustração tóxica de necessidades Maus tratos: traumatização, vitimização, duras críticas, intimidação “Tudo muito fácil” Internalização ou identificação seletiva com as pessoas significativas

Estilos de enfrentamento e Respostas As maneiras como nos adaptamos aos ambientes angustiantes Respostas de Rendição (desistir) Respostas de Evitação (fugir) – YRAI-I Respostas de Compensação (reagir de formas disfuncionais) – YCI- I

Respostas de Enfrentamento Rendição Complacência Dependência

Respostas de Enfrentamento - Compensação - Agressão, Hostilidade - Auto Confiança Excessiva - Manipulação/Rebeldia - Exigência - Perfeccionismo - Controle Excessivo - Busca de Reconhecimento/Status

Respostas de Enfrentamento Evitação Abuso de substâncias Afastamento, Desligamento Psicológico Isolamento Social Estimulação Tornar-se workaholic

Operações dos Esquemas Perpetuação do Esquema Cura do Esquema Questionário de Esquema (YSQ-S3)

MODOS DOS ESQUEMAS Segundo Jeffrey Young

Definição “Aqueles esquemas, respostas de enfrentamento ou reações saudáveis que estão atualmente ativos para um indivíduo” O estado predominante em que estamos em um determinado momento (estado X traço) Nosso estado de humor atual, comportamento e cognições (crenças centrais) “Mudança imediata dos modos dos esquemas”

Por que Modos? História do conceito de modos de esquemas Condensa esquemas em “pedaços” maiores para pacientes mais difíceis Coloca maior foco nos estados de humor no aqui e agora Proporciona estratégias mais eficazes para superar a evitação e a compensação

Quatro Tipos de Modos Modos Inatos da Criança Modos Desadaptativos de Enfrentamento Modos Internalizados de Pais Modo de Adulto Saudável

Modos Inatos da Criança Inatos da Criança 1- Criança Vulnerável Criança Solitária, Isolada, Alienada Criança Inferior, Inadequada, Rejeitada Criança Humilhada, Abusada Criança Abandonada Criança Ignorada, “Invisível” Criança Dependente (relação a outras crianças da mesma idade) 2- Criança Raivosa, Enraivecida 3- Criança Satisfeita Criança Espontânea 4- Criança Impulsiva, Indisciplinada Criança Mimada

Desadaptativos de Enfrentamento 1- Vencido Submisso 2- Modos de Escape a. Modo Emocionalmente Desligado (Protetor) b. Modo Evitativo (Protetor) c. Modo Auto-tranquilizante d. Modo de Auto-estimulação 3- Modos Compensadores Perfeccionista, Supercompensador (diferente do pai perfeccionista) Desconfiado, Supervigilante Supercontrolador Merecedor, Auto-engrandecedor, Superior Busca de Atenção ou Aprovação Agressor

Pai Internalizado 1- Pai (ou colega) Punitivo, Crítico, Vergonhoso 2- Pai Emocionalmente Inibido 3- Pai Exigente, Perfeccionista 4- Pai Rígido 5- Pai Pessimista, Preocupado 6- Pai Auto-Sacrificante, Cuidador Modo Adulto Saudável Modo Adulto ou Pai Saudável

Modos de Esquemas + Comuns Criança Vulnerável Criança Raivosa Protetor Desligado Pai (ou mãe) Punitivo, Crítico Hipercompensação Criança Satisfeita Adulto Saudável

Avaliando os Modos Observe cada modo na sessão e através da discussão de eventos fora da sessão Administre e interprete o questionário para modos (YAMI-PM2) 186 perguntas

Na prática: 1- Identificar e dar nome aos modos do paciente 2- Explorar a origem e o valor adaptativo dos modos 3- Relacionar os modos desadaptativos aos problemas e sintomas atuais 4- Demonstrar as vantagens de modificar ou abrir mão de um modo 5- Acessar a criança vulnerável por meio de Imagens Mentais 6- Realizar diálogos entre os modos 7- Ajudar o paciente a generalizar o trabalho com modos para situações da vida fora das sessões de terapia

Exercício de Imagens Mentais para descobrir seus Próprios Esquemas

Meus Esquemas Esquemas de Esquemas em Minha Imagem Minha Vida Adulta da Infância 1. 1. 2. 2. 3. 3.

Guia de Estratégias para trabalhar com Esquemas Cognitivo: Técnicas cognitivas para mudança de pensamento automático Crenças intermediárias e Centrais Experiencial: Técnica de Imagem Mental: reviver as memórias de pai/mãe instável Exprimir sentimentos considerados proibidos Trabalhar com os modos de maneira a identificá-los e modificá-los Comportamental: Experimentos comportamentais de enfrentamento e mudanças efetivas e antes nunca conseguidas Evitar ciúmes, raiva, apego excessivo Tolerar ficar sozinho. Aprender a tolerar ambientes seguros e estáveis Relacionamento Terapêutico: Terapeuta: fonte transacional de segurança e estabilidade Corrige distorções apresentadas por cada esquema Lembrar-se de que essa reparação é limitada

Abandono/ Instabilidade Emocional Cognitivo: 1- modificar a visão exagerada de abandono 2- modificar expectativas irreais -pessoas serem consistentes,disponíveis 3- reduzir certificação que não será abandonado Experiencial: 1- Técnica de Imagem Mental: reviver as memórias de pai/mãe instável 2- Exprimir raiva 3- Criança Interna cuidar da “criança abandonada” Comportamental: 1-Escolher parceiros estáveis 2- Evitar ciúmes, raiva, apego excessivo 3- Tolerar ficar sozinho. Aprender a tolerar ambientes seguros e estáveis Relacionamento Terapêutico: 1- T.fonte transacional de segurança e estabilidade 2- T.corrige distorções sobre a probabilidade de abandono 3- Aceitar períodos de afastamento

Desconfiança/Abuso Cognitivo 1- Reduzir vigilância excessiva 2- Mudar visão exagerada da má intenção do outro 3- Mudar sua culpa pelo abuso 4- Não justificar o perpetrador do abuso 5- Mudar visão de indefeso diante do abuso 6- Ensinar o continuum de maus tratos/abuso Experiencial 1- Lembrança das memórias do abuso/humilhação 2- Exprimir raiva verbal e fisicam/enfrentar abusador mentalmente 3- Encontrar um local seguro longe do perpetrador Comportamental 1- Gradualmente começar a confiar nas pessoas, parceiro não abusivo 2- Grupo de Apoio 3- Escolher parceiros não abusivos 4- Não abusar dos outros 5- Estabelecer limites com pessoas abusivas 6- Ser menos punitivo Relacionamento Terapêutico 1- Honesto e genuíno com o paciente 2- Confiança e Intimidade – discutir sempre a relação 3- Questionar vigilância 4- Não realizar trab.experiencial caso a relação não esteja constituída

Privação Emocional Cognitivo 1- Mudar o sentimento do paciente de que todo mundo age ou agirá de forma egoísta para com ele, existe um continuum de privação; 2- Aprender qdo as necessidades emocionais não estão sendo satisfeitas Experiencial 1- Exprimir mentalmente raiva e dor em relação aos pais que impõem privações 2- Pedir mentalmente por esta satisfação Comportamental 1- Escolher parceiros que satisfaçam suas necessidades 2- Pedir apropriadamente a seu parceiro que satisfaça às suas necessidades emocionais 3- Não reagir de forma extrema, com raiva, às privações 4- Não se afastar ou isolar quando for magoado pelos outros Relacionamento Terapêutico 1- Promover uma atmosfera protetor-empatia,atenção, orientação 2- Ajudar o paciente a expressar seus sentimentos de privação, sem reagir de modo extremo ou recorrer ao silêncio 3- Ajudar o paciente a aceitar as limitações do terapeuta e a tolerar algum grau de privação, apreciando o apoio que está patente na relação 4- Estabelecer conexões entre os relacionamentos e as memórias anteriores

Dependência/ Incompetência Funcional Cognitivo 1- Mudar a visão de incapacidade 2- Mudar a visão de não confiar em si Experiencial 1- Imaginação: expressar raiva aos pais por terem superprotegido e minado suas decisões Comportamental 1- Estabelecer tarefas graduadas que o paciente deverá executar diariamente, sozinho (liderar, tomar decisões), sem ajuda de ninguém Relacionamento Terapêutico 1- Resistir às tentativas do paciente de assumir um papel de dependência em relação ao terapeuta 2- Encorajar o paciente a tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas

Vulnerabilidade ao Mal e à Doença Cognitivo 1- Contestar as percepções exageradas do paciente quanto ao dano, perigo e doenças nas seguintes áreas: Perigo criminal desastres naturais (por ex. acidente aéreo ruína financeira doença médica (por ex. hipocondria, morte iminente) doença mental (enlouquecer, perder o controle) Experiencial 1- Diálogo mental com pais superprotetores e fóbicos 2- Conseguir prever resultados seguros nos obstáculos do dia-a-dia Comportamental 1- Construir uma hierarquia de situações temerárias 2- Exposição gradual a essas situações com o intuito de superar o comportamento esquivo Relacionamento Terapêutico 1- Confrontar a evitação: acalmar, assegurar racionalmente ao paciente que nada de mal vai acontecer

Emaranhamento/ Eu Subdesenvolvido Cognitivo 1- Modificar a visão de que o paciente ou o pai/mãe não consegue sobreviver na ausência de um contato constante entre eles Experiencial 1- Imaginar que está se separando dos pais 2- Estabelecer um diálogo entre as duas partes de modo a superar os obstáculos para o estabelecimento de uma identidade separada Comportamental 1- Identificar as preferências pessoais e as inclinações naturais nas situações cotidianas. Libertar-se das expectativas de outra pessoa; agir com base em suas próprias preferências 2- Escolher parceiros apropriados que não incentivem a fusão ou o emaranhamento Relacionamento Terapêutico 1- Ajudar o paciente estabelecendo limites apropriados – nem próximo demais nem distante demais

Defeito/ Impossibilidade de Ser Amado Cognitivo 1- Modificar a visão de si mesmo como alguém mau, indesejável, fracassado - concentrar-se nas qualidades úteis do paciente, minimizar seus defeitos Experiencial 1- Ventilar a raiva perante pais críticos 2- Dialogar com o esquema crítico Comportamental 1- Escolher parceiros que o aceitem tal como é 2- Não reagir exageradamente às críticas 3- Tentar não compensar (por ex. através de ênfase excessiva no status/posição Relacionamento Terapêutico 1- Promover um ambiente de aceitação, não julgar nem criticar o paciente 2- Compartilhar pequenas fraquezas do terapeuta 3- Elogiar apropriadamente o paciente

Isolamento Social/Alienação Cognitivo 1- Modificar a percepção de si mesmo como sendo socialmente indesejável; modificar a visão negativa exagerada em relação à aparência e às competências sociais. Dar importância às qualidades úteis do paciente 2- Minimizar as diferenças e sublinhar as semelhanças com as pessoas Experiencial Trabalhar mentalmente memórias de rejeição ou de alienação; expressar seus sentimentos perante o grupo. Imaginar um grupo de adultos que o acolhem e aceitam Comportamental 1- Superar a evitação 2- Terapia de grupo 3- Desenvolver gradualmente círculos de amigos e estabelecer laços com a comunidade 4- Melhorar as competências sociais Relacionamento Terapêutico 1- Confrontar a evitação de situações sociais 2- Elogiar atributos sociais positivos

Fracasso Cognitivo 1- Contestar a visão de que o paciente é intrinsecamente estúpido, incapaz. Reatribuir o fracasso à manutenção do esquema 2- Enfatizar os sucessos e as competências 3- Estabelecer expectativas realistas Experiencial 1- Acessar memórias de pais, professores, etc.críticos que não constituíram fontes de apoio; comparações com parentes ou expectativas irrealistas 2- Utilizar técnicas de imagens mentais para superar a evitação de situações de desempenho Comportamental 1- Tarefas graduadas para o paciente empreender novos desafios 2- Estabelecer limites, desenvolver estruturas para superar a procrastinação e ensinar autodisciplina Relacionamento Terapêutico 1- Apoiar o sucesso 2- Estabelecer expectativas realistas 3- Fornecer estrutura e limites

Subjugação Cognitivo 1- Contestar expectativas de consequências negativas exageradas do paciente mediante a expressão de suas necessidades emocionais (punição, abandono, retaliação) Experiencial 1- Expressar raiva e afirmar seus direitos, usando a imaginação, perante pais controladores Comportamental 1- Escolher parceiros não controladores 2- Afirmar gradualmente as suas necessidades perante os outros 3- Aprender inclinações naturais e agir de acordo com elas Relacionamento Terapêutico 1- Não controlar excessivamente 2- Encorajar o paciente a tomar suas próprias decisões 3- Apontar comportamentos de reverência – identificar a raiva

Inibição Emocional Cognitivo 1- Enfatizar as vantagens de demonstrar as emoções 2- Minimizar as consequências temidas por agir impulsivamente ou com emoção Experiencial 1- Acessar e expressar mentalmente emoções não reconhecidas; raiva, agressão, sexo, alegria, etc. 2- Dialogar com pai/mãe inibidor(a) Comportamental 1- Discutir mais frequentemente os sentimentos do paciente 2- Expressar mais frequentemente os sentimentos do paciente 3- Ser mais espontâneo: dançar, sexo, agressão, etc. 4- Tarefas graduadas – deixar de se controlar Relacionamento Terapêutico 1- Modelar e encorajar maior expressão de afeto e espontaneidade

Auto-Sacrifício/ Excesso de Responsabilidade Cognitivo 1- Mudar a percepção exagerada quanto à intensidade das necessidades dos outros 2- Aumentar a consciência de suas próprias necessidades 3- Realçar o desequilíbrio existente na razão: dar/receber Experiencial 1- Avaliar mentalmente o ressentimento em relação à privação emocional, assim como o desequilíbrio em relação aos pais Comportamental 1- O paciente pedir para satisfazerem as suas necessidades 2- Não escolher parceiros carentes 3- Estabelecer limites quanto àquilo que se dá aos outros Relacionamento Terapêutico 1- Como terapeuta, moldar limites apropriados. O terapeuta tem o direito de ter suas próprias necessidades e carências 2- Desencorajar a tendência do paciente de querer tomar conta do terapeuta – esclarecer esse padrão de comportamento 3- Encorajar o paciente a confiar no terapeuta e validar suas necessidades de dependência

Padrões Excessivos/ Rígidos de Realização Cognitivo 1- Reduzir padrões irrealistas- enfatizar a existência de um continuum e recorrer à análise de custos e benefícios 2- Apontar as vantagens e desvantagens do paciente ter esses padrões inflexíveis; na saúde, na felicidade, etc 3- Reduzir os riscos percebidos de imperfeição Experiencial 1- Diálogo com pais com expectativas elevadas Comportamental 1- Reduzir gradualmente os padrões inflexíveis 2- Aumentar o tempo dedicado ao lazer e à descontração/relaxamento Relacionamento Terapêutico 1- O terapeuta deve modelar, em sua abordagem, padrões equilibrados de exigência na terapia ou na própria vida

Negativismo/ Pessimismo Cognitivo 1- Encorajar o paciente a enfocar os aspectos positivos de sua vida ao invés de exagerar continuamente seus aspectos negativos 2- Satisfação ilusória X realismo depressivo Experiencial 1- Diálogo com um pai/mãe negativista 2- Estabelecer um diálogo entre as partes negativas e positivas de si mesmo 3- Avaliar possíveis perdas, raiva ou privações Comportamental 1- Solicitar a satisfação de suas necessidades emocionais/carências nos relacionamentos com os outros 2- Realizar atividades apenas com o objetivo de se divertir, de obter prazer Relacionamento Terapêutico 1- Encorajar o paciente a desempenhar um papel positivo (e não se queixar cada vez mais e ser mais pessimista)

Grandiosidade Cognitivo 1- Modificar a visão que o paciente tem de si mesmo de ser alguém especial com direitos especiais 2- Encorajar a empatia em relação aos outros – princípio da reciprocidade 3- Realçar as consequências negativas da grandiosidade Experiencial 1- Avaliar o lado vulnerável do paciente:esquemas subjacentes Comportamental 1- Interromper o padrão de comportamento autocentrado: equilibrar suas próprias necessidades com as necessidades dos outros: “Seguir regras” Relacionamento Terapêutico 1- Confrontar a tendência para o engrandecimento – estabelecer limites 2- Apoiar vulnerabilidades 3- Não apoiar/reforçar status/posição/categoria, etc.

Autocontrole/ Autodisciplina Insuficientes Cognitivo 1- Ensinar o paciente sobre o valor da gratificação em curto prazo X gratificação a longo prazo Experiencial 1- Explorar mentalmente afetos e esquemas nucleares subjacentes Comportamental 1- Ensinar autodisciplina através de tarefas estruturadas 2- Ensinar técnicas de controle das próprias emoções Relacionamento Terapêutico 1- Ser firme; estabelecer limites

Formulários adicionais Conceitualização do Caso Técnica – Lembretes Demonstração de um caso

TERAPIA FOCADA NO ESQUEMA Expansão da Terapia Cognitiva para Transtornos de Personalidade

As cognições e comportamentos são mais rígidos nos transtornos de personalidade A lacuna entre a mudança cognitiva e emotiva é muito maior nos transtornos de personalidade Os relacionamentos íntimos são mais centrais aos problemas de pacientes com transtornos de personalidade Muitos pacientes com transtornos de personalidade não obedecem às técnicas da TCC tradicional (por exemplo, RPD, tarefas de casa)

Maior ênfase no relacionamento terapêutico Maior ênfase no afeto (por ex.: imagens mentais, roleplaying) e nos estados de humor Maior discussão das origens na infância e nos processos durante o desenvolvimento Maior ênfase nos estilos de enfrentamento de toda a vida (e.g.evitação e compensação) Maior ênfase nos temas centrais entrincheirados (i.e.,esquemas

Profa. Ms. Eliana Melcher Martins Obrigada Pela Atenção Profa. Ms. Eliana Melcher Martins