Análise causal e experimentos propriamente ditos Experimentos genuínos ou experimentos propriamente ditos se adaptam perfeitamente à análise causal. Sua.

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Análise causal e experimentos propriamente ditos Experimentos genuínos ou experimentos propriamente ditos se adaptam perfeitamente à análise causal. Sua principal força é a sua validade interna. Controlando e manipulando variáveis Variáveis são qualidades que o pesquisador deseja estudar e tirar conclusões a respeito. Devem variar (como o nome sugere) e ter pelo menos dois valores. Na maioria das pesquisas não há uma mas sim duas variáveis, deve-se prestar atenção à relação entre elas. Predizer os votos das pessoas; incluir diversas varáveis na pesquisa; Compreender a influência de uma única variável para saber se ela afeta o voto; controlar todas as outras variáveis. Varáveis experimentais: variáveis que possam manipular; Variáveis organísmicas, ou do sujeito: religião, renda, escolaridade, preferência política dos pais, etc.

Manter outras variáveis constantes compromete a validade externa. Quanto mais constantes mantiver tais condições, menos generalizáveis serão seus dados, mas maximiza a validade interna. Distribuição aleatória dos sujeitos pelas condições experimentais: controla os efeitos de todas as variáveis dos sujeitos estranhas que você não quer estudar mas que também não quer manter constantes por limitar as generalizações do estudo; os resultados estariam razoavelmente seguros de que as diferenças que aparecem ao final do experimento são resultado dos tratamentos e não resultados de algumas diferenças preexistentes no grupo. Distribuição aleatória DIFERENTE de Amostragem aleatória. Probabilidade de os grupos serem significativamente diferentes é pequena, mas deve ser considerada.

Validade interna e o problema das hipóteses rivais As hipóteses rivais são ameaças à validade interna da pesquisa; Maturação; História; Instrumentação; Regressão em direção à média;

Variáveis Independente e Dependente Variáveis Independentes = Causas; controláveis, previsíveis, aleatórias. Variáveis Dependentes = Efeitos Estudos correlacionais: Não manipulam uma variável e observam os efeitos em outra. Medem ambas e observam a relação entre as duas.

Exemplos de Experimentos Exemplo1: experimento de laboratório -David Glass e Jerome Singer realizaram mais de 24 experimentos de laboratório de alta validade interna. -A maioria centravam-se no ruído -Utilização dos estímulos ruidosos: recurso para estudar antecedentes e conseqüentes de análogos das tensões urbanas. -Ruído: produzido por um gerador de ruído eletrônico e substituto para tensões sociais urbanas.

Exemplos de Experimentos -Examinaram os efeitos de duas variações do ruído: 1a: possibilidade de predição: expunham os sujeitos tanto a ruídos intermitentes predizíveis como intermitentes imprevisíveis. *O controle : reside no fato do sujeito não ser pego de surpresa ao poder predizer quando o barulho começaria 2a: possibilidade de controle percebida: os ouvintes que percebiam que tinham o controle podiam pressionar um botão para interromper o barulho, apesar de serem encorajados a não fazê-lo a menos que fosse absolutamente necessário. Outro grupo de ouvintes não tinha meio de interromper o barulho. *O controle : situa-se no fato do sujeito poder pressionar um botão para interromper o barulho, apesar de nesse caso os experimentadores terem conseguido convencer os ouvintes a não usarem o botão.

Exemplos de Experimentos -Os sujeitos foram distribuídos aleatoriamente pelos tratamentos -Experimentadores:mediram reações fisiológicas e o desempenho cognitivo dos ouvintes após serem submetidos a uma das condições de ruído e coletaram classificações feitas pelos sujeitos de quão irritante, perturbador e desagradável era o barulho. -Resultados: a) ouvintes do ruído intermitente não previsível apresentaram menor tolerância a frustração do que os ouvintes do intermitente previsível. Os sujeitos desses dois grupos dos não se diferenciaram quanto as reações fisiológicas. b)O acesso a um botão para interromper o ruído provocou diferenças tanto nas reações fisiológicas como na tolerância a frustração dos ouvintes. Esses sujeitos também classificaram o ruído como menos irritante, perturbador e desagradável.

Exemplos de Experimentos -Conclusão: os efeitos perturbadores de tensão podem ser reduzidos se os sujeito puderem predizer quando o evento causador de tesão ocorrerá e quando acreditarem que podem controlá-lo, interrompendo-o assim que desejarem. -Questões: O ruído produzido em laboratório é uma boa analogia para as tensões físicas e sociais das cidades? As medidas fisiológicas e cognitivas utilizadas são boas analogias dos efeitos do estresse urbano? -Observação:O uso de ruídos produzidos em laboratórios, por Glass e Singer, para representar tensões físicas e sociais produzidas nas cidades é convincente pelo menos para estes autores. Suas conclusões parecem ser generalizáveis para o mundo exterior ao laboratório. O teste real da validade externa, contudo, depende da confirmação destas descobertas em outras situações, através da replicação do estudo.

Exemplos de Experimentos Exemplo 2 :um experimento de campo - Richard Schulz repete algumas idéias do experimento do exemplo 1, permitindo-nos testar se é generalizável a pesquisa de Glass e Singer, observando se sua idéias se aplicam a uma outra situação( uma instituição para pessoas idosas). - O autor realizou um estudo sobre os efeitos do controle e possibilidade de predicação sobre o bem-estar físico e psicológico de pessoas num asilo. -Schulz perguntou a residentes de um asilo se participariam de um estudo sobre “atividades diárias de indivíduos idosos” -40 pessoas foram aleatoriamente designadas para uma de quatro condições experimentais -Estudantes visitaram três dos quatro grupos e a manipulação experimental consistia no grau de controle que os residentes tinham sobre a escolha do momento e da duração das visitas.

Exemplos de Experimentos -Haviam 3 variações e um quarto grupo de comparação: 1)grupo que tinha controle sobre as visitas: Os residentes controlavam tanto a freqüência como a duração das visitas dos estudantes 2)grupo que podia prever a visita: Estes residentes sabiam quando seus visitantes apareceriam, mas não podiam controlar nem a ocorrência nem a duração das visitas 3)grupo de visitas aleatórias: Estes residentes não podiam controlar nem prever a ocorrência de suas visitas 4)grupo de comparação que não recebia visitas Os residentes nessa condição não receberam visitas de estudantes, mas foram entrevistados no inicio e no final do estudo. -Para que as visitas pudessem ser comparadas, o esquema de visitas era determinado pelas solicitações dos residentes do grupo1, que podiam controlar a freqüência e duração das visitas.

Exemplos de Experimentos -Resultados: ter controle sobre o próprio ambiente produz bem estar físico e psicológico. a)Os grupos que “tinha controle” ou podia prever” as vistas obtiveram escores consideravelmente mais altos de bem estar físico e social que os grupos de “visitas aleatórias” e “que não recebia visitas”. b)Entretanto, o grupo de residentes que podia controlar as visitas não demonstrou quaisquer ganhos maiores que o grupo que podia prevê-las, contrariamente a idéia de que mais controle produz mais bem estar. -Conclusão: O autor atribuiu à possibilidade de predição o resultado relativamente positivo dos grupos que podiam prever e controlar as visitas.

As vantagens e as limitações dos experimentos -Distribuindo aleatoriamente as pessoas pelas condições experimentais, os experimentadores podem ficar razoavelmente seguros de que as diferenças subseqüentes são causadas pelos tratamentos e não por diferenças preexistentes entre grupos. -Delineamentos e procedimentos experimentais maximizam a validade interna da pesquisa. -A critica principal aos experimento é que eles são representações pobres de processos naturais.

As vantagens e as limitações dos experimentos -três desvantagens de experimentos controlados: a) teste artificial das hipóteses. A relevância do experimento para o mundo real esta sempre sujeita a ser questionada. b) a representatividade dos sujeitos dos sujeitos da amostra. Os experimentos podem não ser generalizáveis para outros segmentos da população ex: não se sabe se são generalizáveis para toda a população, experimentos de psicologia que voltam-se para o estudo de pessoas em geral, mas usam como sujeitos, apenas estudantes universitários de psicologia. c)não fornecem dados descritivos úteis. Os experimentos, geralmente não contêm uma amostragem probabilística representativa da população. Objetivo:fornecer informações sobre causa e efeito X freqüência dos eventos. Resultados sobre uma porcentagem de pessoas de um grupo experimental X porcentagem de pessoas da população maior. Condição rara: recrutar os sujeitos para o estudo através da seleção de uma amostra representativa da população maior.