Orientação Educacional

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Transcrição da apresentação:

Orientação Educacional Edimar Roberto L. Sartoro

A Orientação Educacional tem sua origem na Orientação Profissional que se fazia nos Estados Unidos, no início do século XX; A Orientação Profissional é consequência das mudanças científicas, tecnológicas e industriais das últimas décadas do século XIX, que assinalaram profundas transformações estruturais na sociedade.

Fatores que originaram o desenvolvimento da orientação profissional: a organização racional da indústria capitalista e o desenvolvimento da psicologia. A psicologia científica, que criou testes psicológicos de inteligência, de personalidade e de interesses. Instrumentos para a identificação das diferenças individuais.

A orientação profissional tinha o objetivo de colocar a pessoa certa no lugar certo; Assim, surge a necessidade de selecionar as pessoas conforme as capacidades requeridas para o adequado desempenho das funções. Ideologia do mérito pessoal;

Se os indivíduos pudessem ser convencidos de que o problema não estava na falta da oferta de empregos, e sim na ausência de capacidade dos indivíduos para ocupar os cargos, as reações poderiam ser minoradas.

A orientação profissional até então realizada fora da escola, passa a ser solicitada a atuar no interior dela, como forma de orientar os alunos nos planos de estudo e carreira conforme aptidões de cada um. A colocação do homem certo no cargo certo não bastava. Era necessário preocupar-se com o ser humano, ocupante do cargo.

A orientação escolar e seu comprometimento político pedagógico

O comprometimento da Orientação, em uma perspectiva crítica, está relacionado à dimensão coletiva que favorece o desenvolvimento do aluno (rays, 2011); O orientador educacional tem como objeto a articulação currículo-sociedade, homem-natureza, homem-sociedade, escola-trabalho, escola-vida e, como ação fundamental, a leitura crítica permanente da sociedade e do mundo em que vivemos. (rays, 2011, p. 54).

A orientação, busca, ajudar na construção de uma prática escolar emancipatória, tendo, na teoria, a função mediadora; Convém ressaltar que toda a atividade da Orientação é dirigida pela integração teoria-prática. A Orientação parte do cotidiano escolar, abstrai-se dele, buscando mediações teóricas que o explicam e o implicam e retorna a ele.

Falar numa oposição entre teoria e prática somente é possível, segundo Vázquez (1995, p.193-210), no sentido de que a atividade “teórica apenas transforma nossa consciência dos fatos, nossas idéias sobre as coisas, mas não as próprias coisas”, e na atividade prática “o sujeito age sobre uma matéria que existe independente de sua consciência e das diversas operações ou manipulações exigidas para a sua transformação.

Estes dois elementos: teoria e prática, estão intimamente ligados Estes dois elementos: teoria e prática, estão intimamente ligados. Apenas a teoria, apesar dela ser a responsável por produzir o conhecimento, não é capaz de transformar nada no real, ela carece da prática para se consolidar - teoria e prática são indissociáveis, pois uma depende da outra para concretizar a ação pedagógica. “As relações entre teoria e a prática [são] consideradas como duas formas de comportamento do homem diante da realidade, que se desenvolvem, em estreita unidade, ao longo da história humana” (VÁSQUEZ, 2007, pg. 261).

Segundo as palavras de Vásquez (2007, p Segundo as palavras de Vásquez (2007, p. 262) “a práxis é, na verdade, atividade teórico-prática; isto é, tem um lado ideal, teórico, e um lado material, propriamente prático”. Assim, compreende-se que a natureza humana é essencialmente teórica e prática e que a história humana é retratada através desta ligação. Neste contexto, para que a transformação social possa ser realizada é preciso guiar-se pela teoria e pela prática, porque uma não consegue concretizar-se plenamente sem a ajuda da outra.

A Orientação Educacional hoje

A Orientação Educacional hoje, em termos de teoria e prática da educação, posiciona-se como uma atividade político-pedagógica que procura respostas paras as perguntas: Por que é para quê faço Educação? O que me une a meus colegas de profissionais da educação? O que pretendemos com nossa atividade educativa? Por que e para quê realiza-se a Orientação nas escolas? Que contribuições pode a Orientação oferecer para a melhoria da qualidade de ensino, para a democratização da escola, para a superação do fracasso escolar? (Rays, 2011)

Cada tarefa dos profissionais na escola é inserida em um projeto coletivo, onde as atividades específicas se articulam com o todo, caracterizado por objetivos e finalidades comuns da escola. Na escola, o que temos são espaços diferenciados de atuação que dão vida e põe em movimento o projeto coletivo. A educação escolar é formada pela singularidade de cada profissional que juntos compõem uma unidade. (ver vídeo)

Ninguém na escola é dono de uma área apenas (supervisor/professor, orientador/aluno-problema, professor/aluno, diretor/escola), cada um tem sua especialidade, porém tudo isso concorre para a realização do projeto coletivo da escola.

A orientação deve, portanto, buscar os meios necessários para que a escola cumpra seu papel de ensinar/educar, promovendo as condições básicas para a humanização de nossos alunos. Analisar, compreender, criticar, refletir sobre esse processo é a prática da Orientação Educacional, que não se fundamenta nos achismos profissionais; respeita o senso comum, valoriza o conhecimento científico e sabe que sua prática só é possível porque há uma teoria que lhe possibilita desenvolver uma prática pedagógica. (Rays, 2011)

Desafios do Orientador frente à escola: compreendê-la como parte do contexto socioeconômico-político-cultural; Desafios do Orientador frente ao aluno: compreendê-lo como um ser real, concreto e histórico.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Clacso VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Clacso. São Paulo: Expressão Popular, 2007.