Parte II Focalizando a história recente: Panoramas e desafios.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Tema: Construindo Diretrizes da Política e do Plano Decenal
Advertisements

POMMAR/USAID-Partners
1.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTENCIA SOCIAL – SUAS:
Políticas de Segurança Pública
A intersetorialidade no contexto do SUAS e do Brasil sem Miséria
ARTICULAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS NA PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA 21 ANOS E DESAFIOS RELUTANTES –
Missão O Fórum Estadual DCA é um espaço democrático da sociedade civil que tem como missão garantir a efetivação dos direitos das crianças e adolescente,
Centro de Apoio Operacional Cível e de Tutela Coletiva PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E DEFESA DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À CONVIVÊNCIA.
A Institucionalização de Crianças no Brasil
I CONFERÊNCIA NACIONAL DA APRENDIZAGEM PROFISSIONAL
Ação das entidades que promovem integração ao mercado de trabalho
Profª Maria Cecilia Ziliotto
A PRIMEIRA INFÃNCIA NA AGENDA DO UNICEF BRASIL
Presidência da República Secretaria Especial dos Direitos Humanos Implementação do Plano Nacional do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência.
PPCAAM / PR Introdução Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte do Estado do Paraná.
I Reunião - Preparatória Coordenadoria da Mulher
à Convivência Familiar e Comunitária
Dimensões da Infância: Direitos
“Os Incríveis”.
CARTA DE INTENÇÕES São José dos Campos
CARTA DE INTENÇÕES ENCONTRO REGIONAL PARA IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SÓCIO EDUCATIVO - SINASE - NO ESTADO DE SÃO PAULO As intervenções.
As modalidades de proteção social previstas no SUAS e os serviços socioassistenciais correspondentes Sandra Mancino Curitiba, 04/04/ ui9jiouiioiouiio.
PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E DEFESA DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO.
Rua Jacanã, 328 Bairro Divinéia Unaí-MG
O MP E A FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Proteção Social Básica
Sistema Único de Assistência Social
Estatuto da Criança e do Adolescente
Modelos anterior e atual de atendimento dos acolhidos
Gestão intersetorial - combate à pobreza, proteção de direitos e promoção de oportunidades para o desenvolvimento das famílias Instrumentos: Cadastro.
Desenvolvimento Comunitário
Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária ( ) Ministério do Desenvolvimento.
Seminário “Instituições de Longa Permanência para Idosos” POLÍTICAS PUBLICAS PARA IDOSOS: EXPERIENCIA DO PARANÁ DENISE RATMANN ARRUDA COLIN Coordenadora.
1. Fluxograma de identificação de demandas para atuação na infância e juventude na Política Mães em Cárcere CONVIVE Recebe demanda para atuação na infância.
Assistencialismo Filantropia Caridade Assistência Social Política de Estado - SUAS Benefícios, serviços, programas e projetos SOCIAL X SOCIEDADE ESTADO.
O desafio de articulação em seus vários níveis
CONCEPÇÃO DE REDE INTERSETORIAL JUSSARA AYRES BOURGUIGNON
Rede de atenção Intersetorial
Secretaria de Assistência Social - SEAS Em abril de 2014, a SEAS assinou termo de aceite junto ao MDS, pactuando o reordenamento de 90 vagas para o acolhimento.
PROF. MARIA CECILIA ZILIOTTO
Lei e as alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente
Eixo 2: Estado, Políticas Públicas e Democracia 1ª PARTE
Convivência Familiar e Comunitária - Políticas sociais: as interfaces no atendimento à família na proteção especial CAMPINAS/SP SETEMBRO / 2010.
A Politica de Assistência Social
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
SEMINÁRIO PRÓ – CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Programa de Atenção Comunitária a meninos, meninas e adolescentes com sofrimento mental Direção Adjunta de Saúde Mental Governo da Cidade de Buenos Aires.
ECA 21 ANOS DE EXISTÊNCIA.
“REDUÇÃO DOS ÍNDICES DE FALTAS DE ALUNOS À ESCOLA ” Diretoria de Ensino da Região de São Bernardo.
SUAS - Sistema Único da Assistência Social
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CMDCA - Campinas / SP Seminário Pró-Convivência Familiar e Comunitária Políticas Sociais: as.
PROGRAMA DE LIBERDADE ASSISTIDA COMUNITÁRIA – LAC PASTORAL DO MENOR
A Interface a Proteção Social Especial e os Programas Socioeducativos SEDS – 25 de fevereiro de 2014.
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
DISCIPLINA: SEGURIDADE SOCIAL I (POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL)
OS DEZ DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS
Sis Plano Estadual de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária COFAC/MS - Comissão Intersetorial.
CONSELHO TUTELAR ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA LEI Nº. 8069, 13 DE JULHO DE 1990 Alex Fabiano S. de Lima Conselheiro Tutelar – Região Sul.
P A I R Secretaria Especial dos Direitos Humanos Presidência da República.
Escola de Conselhos do Pará Vivência Formativa Eixo 2: Estado e Políticas CONCEPÇÃO DE REDE INTERSETORIAL JUSSARA AYRES BOURGUIGNON.
Serviço de Proteção em Estado de Calamidade Pública e Situação de Emergência Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS X Fórum Nacional.
FNPETI Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil “Desafios da Erradicação das Piores Formas de Trabalho Infantil no Brasil” Seminário:
Sistema de Garantia de Direitos Redes: um sistema de incompletudes.
P A I R Secretaria Especial dos Direitos Humanos Presidência da República.
A DEMOCRACIA BRASILEIRA – Constituição de 1988 A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA; O DIREITO DO INDIVÍDUO À SUA CIDADANIA; RECONHECIMENTO DA IGUALDADE BÁSICA.
A IMPORTÂNCIA DE UMA AÇÃO ARTICULADA E INTEGRADA NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Foz do Iguaçu, maio/2012.
FEVEREIRO/2012 ENCONTRO COM MOVIMENTOS SOCIAIS. HISTORICO O Fórum das Instituições de Acolhimento Institucional de Belo Horizonte (Fórum de Abrigos) tem.
DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL E PESSOA IDOSA
As Politicas Publicas para o enfrentamento da violência Dorival da Costa Mestre em Tecnologia.
Transcrição da apresentação:

Parte II Focalizando a história recente: Panoramas e desafios

Questionamento sobre as práticas de internação de crianças nos anos 1980 (redemocratização) Busca de alternativas à Internação; Movimentos sociais organizados; Estudos; Interesse dos profissionais; Protesto de internados; Art.227 da CF (Direitos da Criança); Amplo processo de discussão que culmina com o ECA.

Foco nas causas; Movimento internacional de revisão das políticas de atendimento; Reações de dentro dos internatos, da sociedade civil e da esfera governamental; 1987: Projeto Diagnóstico Integrado para uma nova política do bem-estar do menor; Centralização política/descentralização da execução; FUNABEM – CBIA; ONGs

Os anos 1990: o abrigamento e a internação frente ao ECA Abrigamento Excepcional e temporário; Proteção; Nomenclaturas; Convivência familiar e comunitária. Internação Brevidade e excepcionalidade; Flagrante delito; Atendimento inadequado;

Momento de transição Resistência na passagem das idéias às práticas; Esforços contrários: garantia de direitos/atendimento inadequado/redução da idade penal;

Instituições de abrigamento após o ECA Crianças e adolescentes órfãos ou em situação de abandono; Em situação de risco; Em situação de pobreza; Descontinuidade e rompimento de vínculos Famílias JIJ Eles mesmos Outros agentes DPCA DECA Conselho Tutelar Forma não articulada de ação: repetição quanto ao rompimento de vínculos

Tipos de instituições que abrigam crianças e adolescentes Não há um sistema nacional integrado (apesar de metade da população ter menos de 20 anos) 1. Curto prazo: caráter provisório (máximo de 3 meses), situações de risco; 2. Longo prazo: perspectiva de continuidade (casas de acolhida) As intervenções que mais beneficiam são as que cortam o processo de instabilidade e insegurança. Preferência à casa da família de origem ou futura.

Instituições de abrigamento do passado e do presente Casos complexos e problemas das entidades; Confusão com o internato; Necessidade de rompimento com traços assistencialistas e autoritários; Política deve ser entendida como um empreendimento essencial para o desenvolvimento humano, social e econômico do país.

Marcos referentes à prática de institucionalização de crianças e adolescentes ao longo da história: permanências e mudanças Sistemas centralizados/regimes autoritários; Ideologias justificadoras da internação; Construção social da categoria de menor; Poder tutelar do Estado sobre os filhos dos pobres; Culpabilização da família e desautorização do papel parental; Relações clientelistas; Circulação dos menores (causas e formas de atendimento); Tensão entre educação e repressão; Indefinição do período de internação; Política de assistência em detrimento de políticas públicas integradas;

Sem os direitos garantidos, como cobrar o cumprimento de deveres? Principais atores envolvidos – comunidades, famílias e filhos – passam a ser vistos como importantes na busca de alternativas aos problemas identificados como prioritários

Apontando caminhos Colocar a institucionalização em seu devido lugar; Sistemas alternativos; Privilegiar a convivência familiar e comunitária; Regularizar e supervisionar instituições.

Enfrentando o problema Pauta de prioridades da agenda política nacional; Pesquisa e experiência acumulada; Participação na busca de soluções; Políticas e práticas;